Assumir compromissos na paternidade e na maternidade
constitui engrandecimento do espírito, sempre que o homem e a mulher
lhes compreendam o caráter divino.
Infelizmente, o Planeta ainda apresenta enorme percentagem de criaturas mal- avisadas relativamente a esses sublimes atributos.
Grande número de homens e mulheres procura prazeres
envenenados nesse particular. Os que se localizam, contudo, na
perseguição à fantasia ruinosa, vivem ainda longe das verdadeiras noções
de humanidade e devem ser colocados à margem de qualquer apreciação.
Urge reconhecer, aliás, que o Evangelho não fala aos
embriões da espiritualidade, mas às inteligências e corações que já se
mostram suscetíveis de receber-lhe o concurso.
Os pais do mundo, admitidos às assembléias de Jesus,
precisam compreender a complexidade e grandeza do trabalho que lhes
assiste. É natural que se interessem pelo mundo, pelos acontecimentos
vulgares, todavia, é imprescindível não perder de vista que o lar é o
mundo essencial, onde se deve atender aos desígnios divinos, no tocante
aos serviços mais importantes que lhes foram conferidos. Os filhos são
as obras preciosas que o Senhor lhes confia às mãos, solicitando-lhes
cooperação amorosa e eficiente.
Receber encargos desse teor é alcançar nobres títulos de
confiança. Por isso, criar os filhinhos e aperfeiçoá-los não é serviço
tão fácil.
A maioria dos pais humanos vivem desviados, através de
vários modos, seja nos excessos de ternura ou na demasia de exigência,
mas à luz do Evangelho caminharão todos no rumo da era nova,
compreendendo que, se para ser pai ou mãe são necessários profundos
dotes de amor, à frente dessas qualidades deve brilhar o divino dom do
equilíbrio.
XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 135.
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