Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!
Mostrando postagens com marcador Casamento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Casamento. Mostrar todas as postagens

domingo, 26 de maio de 2019

Casamentos provacionais


[...]São duas criaturas que trazem em seu inconsciente um registro comum ou histórico de vivências anteriores.[...]Os dados computados e registrados em nosso corpo astral ocasionam um campo de energia que terá uma luminosidade específica, brilho, frequência de onda, coloração e outras peculiaridades, que determinam uma irradiação peculiar e toda nossa. O antigo parceiro, com quem convivemos uma ou mais vidas, traz em sua estrutura íntima os mesmos registros, alusivos à vida pretérita em comum conosco.[...]



Ricardo Di Bernardi


São duas criaturas que trazem em seu inconsciente um registro comum ou histórico de vivências anteriores.

A questão do amor sexual já esteve presente entre ambos. Como somos, todos nós, seres em aprendizado na escola da vida, já erramos muito e fizemos sofrer aos companheiros de jornada, gerando em nós mesmos núcleos energéticos em desarmonia e esses se registraram em nosso “computador de dados”, chamado de perispírito, psicossoma ou corpo astral.


Dois Espíritos que na romagem terrena se unem visando conviver sexualmente, o fazem, normalmente, buscando uma complementação física, emocional e sentimental... No entanto, a história de cada casal é muito mais antiga.

O planeta que habitamos é definido ou classificado pelos Espíritos superiores como um mundo de provas e expiações. O percentual maior de seres humanos que aqui na Terra renascem está sob o regime de testes para verificação de aprendizado, isto é, provas. Muitos outros ainda renascem para reequilíbrio de desarmonias em sua estrutura psíquica, necessitando eliminá-las ou expiá-las, são as reencarnações expiatórias.

Importante lembrar que nossas vidas apresentam mais de um conteúdo com relação à programação reencarnatória. Todos nós nos deparamos com aspectos provacionais, expiatórios, e, por que não, até missionários com relação à família e ao trabalho. Da mesma forma, os casamentos também apresentam diversos conteúdos, porém de forma didática os classificaremos conforme a característica mais significativa do programa reencarnatório.

Seguindo a concepção clássica, sobejamente conhecida dos estudiosos da vida espiritual, as uniões estáveis ou casamentos podem ser classificados em: provacionais, sacrificiais, acidentais, afins e transcendentais. 

Os casamentos provacionais ainda constituem a maioria dos reencontros programados para os que renascem em nosso planeta. São duas criaturas que trazem em seu inconsciente um registro comum ou histórico de vivências anteriores.

A questão do amor sexual já esteve presente entre ambos. Como somos, todos nós, seres em aprendizado na escola da vida, já erramos muito e fizemos sofrer aos companheiros de jornada, gerando em nós mesmos núcleos energéticos em desarmonia e esses se registraram em nosso “computador de dados”, chamado de perispírito, psicossoma ou corpo astral.

Os dados computados e registrados em nosso corpo astral ocasionam um campo de energia que terá uma luminosidade específica, brilho, frequência de onda, coloração e outras peculiaridades, que determinam uma irradiação peculiar e toda nossa. O antigo parceiro, com quem convivemos uma ou mais vidas, traz em sua estrutura íntima os mesmos registros, alusivos à vida pretérita em comum conosco.

Uma questão, frequentemente mencionada em seminários que efetuamos sobre Amor, Sexo e Vidas Passadas: Como é possível que duas pessoas se sintam atraídas profundamente a ponto de se unirem de forma estável; já que não seriam almas afins, qual a “química” que as atraiu? Já que se trataria de um casamento provacional?

Trata-se da autoprogramação inconsciente que nossas estruturas extrafísicas determinaram. Quando aqueles que conviveram de forma tumultuada no passado se reencontram, se veem, na vida atual, estabelece-se um fluxo de energia entre ambos, motivado pela similaridade de seus registros energéticos. Uma sintonia automática ocorre, motivando um envolvimento ou encantamento no qual ambos imaginam estar diante do Ser mais especial que poderiam encontrar.

De fato é o Ser que precisam reencontrar, e o automatismo perfeito das leis da natureza assim o programou.

Sem dúvida que a espiritualidade superior acompanha cada caso, no entanto, é importante que saibamos ser a “Natureza” o livro divino onde Deus escreve a história de sua sabedoria...

Qual seria a finalidade de um casamento provacional? Sofrer? Estariam ambos destinados a um convívio desagradável? O “pagamento” das dívidas de um ou de ambos dar-se-ia pelo sofrimento?

Não, de forma alguma. A ideia de que sofrer “paga” dívidas é resquício da idade medieval e dos conceitos de penitência. As provas, sejam em casamentos ou não, existem para serem vencidas, superadas, abrindo-se caminhos para horizontes de felicidade. 

Casamentos provacionais, com o esforço dos parceiros, poderão se tornar casamentos afins, se não nesta vida, em uma próxima encarnação, se o convívio atual criar estímulos novos e produtivos. Não se reencarna com finalidade de sofrer, mas para crescer, mudar, evoluir e amar. Por outro lado, não se está fazendo apologia da aceitação de convívios agressivos ou francamente nocivos e improdutivos nos quais a separação seria o caminho inexorável.

Temos notícia de que, em determinados casos, a superação dos problemas determinará no final da vida presente um convívio fraterno e respeitoso. A superação das dificuldades mútuas ocasionará a liberação de ambos que, ao se sentirem livres na espiritualidade, poderão renascer em outro contexto, isto é, junto de suas almas afins.


O autor é médico, escritor e conferencista espírita.

Fonte:
http://www.oconsolador.com.br/ano11/516/ca6.html

sábado, 23 de maio de 2015

AVERSÕES


 Emmanuel

Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena.
Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação.
Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos, antes, durante e depois de suas encarnações.
Do item 8, do Cap.
XIV, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".
Somos defrontados, em todos os departamentos da família humana, pelas ocorrências da aversão inata.
Pais e filhos, irmãos e parentes outros, não raro, se repelem, desde os primeiros contactos.
Claramente verificáveis os fenômenos da hostilidade, entre adultos e crianças, trazidos pelo imperativo do berço à intimidade do dia-a-dia.
Pais existem nutrindo antipatia pelos próprios rebentos, desde que esses rebentos lhes surgem no lar, e existem filhos que se inimizam com os próprios pais, tão logo senhoreiam o campo mental, nos labores da encarnação.
Arraigado no labirinto de existências menos felizes, decerto que o problema das reações negativas, culpas, remorsos, inibições, vinganças e tantos outros está presente no quadro familiar, em que o ódio acumulado em estâncias do pretérito se exterioriza, por meio de manifestações catalogáveis na patologia da mente.
Nessa base de raciocínio, determinada criança terá sofrido essa ou aquela humilhação da parte dos pais ou tutores e se desenvolveu abafando propósitos de desforço, com o que intoxicou a si mesma, no curso do tempo, e certos pais haverão sentido inesperada animosidade por esse ou aquele filho recém-nato, alimentando ciúme contra ele, embora sufocando tal sentimento, com benéficas atitudes de convenção.
Não muito raro, os cadastros policiais registam infanticídios em que pais ou mães aniquilam o corpo daqueles mesmos Espíritos aos quais favoreceram com a encarnação na Terra.
Indubitavelmente, o tratamento psicológico, visando à cura mental e à sublimação da personalidade, é o caminho ideal para semelhantes pacientes; urge entender, porém, que médicos e analistas humanitários conseguirão efetuar prodígios de compreensão e de amor, liberando enfermos dessa espécie; no entanto, o estudo da reencarnação é igualmente chamado a funcionar, nos alicerces da obra de salvamento.
Quantos milhares de existências terminam anualmente, no mundo, pelos golpes da criminalidade? Claro está que as vítimas não foram arrebatadas para céus ou infernos teológicos.
Se compenetradas, quanto às leis de amor e perdão que dissipam as algemas do ódio, promovem-se a trabalho digno na Espiritualidade, às vezes até mesmo em auxílio aos próprios algozes.
Na maioria das circunstâncias, todavia, persistem no caminho daqueles que lhes dilapidaram a vida profunda, transformando-se em perseguidores magoados ou vingativos, jungidos mentalmente aos antigos ofensores, e finalmente reconduzidos, pelos princípios cármicos, ao renascimento junto deles, a fim de sanarem, no clima da convivência, os complexos de crueldade que ainda se lhes destilem do ser.
Quando isso aconteça, o apostolado de reajuste há-de iniciar-se nos pais, porquanto, despertos para a lógica e para o entendimento, são convocados pela sabedoria da vida ao apaziguamento e à renovação.
Observemos, no entanto, que em semelhantes domínios da alma o apoio da fé religiosa se erguerá em socorro e terapêutica.
É indispensável amar e desculpar, compreender e servir, tantas vezes quantas se façam necessárias, de modo a que sofrimento e dissensão desapareçam e a fim de que, nas bases da compreensão e da bondade de hoje, as crianças de hoje se levantem na condição de Espíritos reajustados, perante as Leis do Universo, garantindo aos adultos, nas trilhas das reencarnações porvindouras, a redenção de seus próprios destinos.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo
 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

UNIÃO INFELIZ


 Emmanuel
Pergunta - Qual o fim objetivado com a reencarnação?
Resposta - Expiação.melhoramento progressivo da Humanidade.
Sem isto, onde a justiça?
Item n° 167, de "O livro dos Espíritos".

Dolorosa, sem dúvida, a união considerada menos feliz.
E, claro, que não existe obrigatoriedade para que alguém suporte, a contragosto, a truculência ou o peso de alguém, ponderando-se que todo espírito é livre no pensamento para definir-se, quanto às próprias resoluções.
Que haja, porém, equilíbrio suficiente nos casais unidos pelo compromisso afetivo, para que não percam a oportunidade de construir a verdadeira libertação.
Indiscutivelmente, os débitos que abraçamos são anotados na Contabilidade da Vida; todavia, antes que a vida os registe por fora, grava em nós mesmos, em toda a extensão, o montante e os característicos de nossas faltas.
A pedra que atiramos no próximo talvez não volte sobre nós em forma de pedra, mas permanece conosco na figura de sofrimento.
E, enquanto não se remove a causa da angústia, os efeitos dela perduram sempre, tanto quanto não se extingue a moléstia, em definitivo, se não a eliminamos na origem do mal.
Nas ligações terrenas, encontramos as grandes alegrias; no entanto, é também dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações.
Isso porque, embora não percebamos de imediato, recebemos, quase sempre, no companheiro ou na companheira da vida intima, os reflexos de nós próprios.
É natural que todas as conjunções afetivas no mundo se nos figurem como sendo encantados jardins, enaltecidos de beleza e perfume, lembrando livros de educação, cujo prefácio nos enleva com a exaltação dos objetivos por atingir.
A existência física, entretanto, é processo específico de evolução, nas áreas do tempo, e assim como o aluno nenhuma vantagem obterá da escola se não passa dos ornamentos exteriores do educandário em que se matricula, o espírito encarnado nenhum proveito recolheria do casamento, caso pretendesse imobilizar-se no êxtase do noivado.
Os princípios cármicos desenovelam-se com as horas.
Provas, tentações, crises salvadoras ou situações expiatórias surgem na ocasião exata, na ordem em que se nos recapitulam oportunidades e experiências, qual ocorre à semente que, devidamente plantada, oferece o fruto em tempo certo.
O matrimônio pode ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede que os dias subseqüentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás.
A mudança espera todas as criaturas nos caminhos do Universo, a fim de que a renovação nos aprimore.
A jovem suave que hoje nos fascina, para a ligação afetiva, em muitos casos será talvez amanhã a mulher transformada, capaz de impor-nos dificuldades enormes para a consecução da felicidade; no entanto, essa mesma jovem suave foi, no passado - em existências já transcorridas -, a vítima de nós mesmos, quando lhe infligimos os golpes de nossa própria deslealdade ou inconseqüência, convertendo-a na mulher temperamental ou infiel que nos cabe agora relevar e retificar.
O rapaz distinto que atrai presentemente a companheira, para os laços da comunhão mais profunda, bastas vezes será provavelmente depois o homem cruel e desorientado, suscetível de constrangê-la a carregar todo um calvário de aflições, incompatíveis com os anseios de ventura que lhe palpitam na alma.
Esse mesmo rapaz distinto, porém, foi no pretérito - em existências que já se foram – a vítima dela própria, quando, desregrada ou caprichosa, lhe desfigurou o caráter, metamorfoseando-o no homem vicioso ou fingido que lhe compete tolerar e reeducar.
Toda vez que amamos alguém e nos entregamos a esse alguém, no ajuste sexual, ansiando por não nos desligarmos desse alguém, para depois somente depois - surpreender nesse alguém defeitos e nódoas que antes não víamos, estamos à frente de criatura anteriormente dilapidada por nós, a ferir-nos justamente nos pontos em que a prejudicamos, no passado, não só a cobrar-nos o pagamento de contas certas, mas, sobretudo, a esmolar-nos compreensão e assistência, tolerância e misericórdia, para que se refaça ante as leis do destino.
A união suposta infeliz deixa de ser, portanto, um cárcere de lágrimas para ser um educandário bendito, onde o espírito equilibrado e afetuoso, longe de abraçar a deserção, aceita, sempre que possível, o companheiro ou a companheira que mereceu ou de que necessita, a fim de quitar-se com os princípios de causa e efeito, liberando-se das sombras de ontem para elevar-se, em silenciosa vitória sobre si mesmo, para os domínios da luz.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Entrevistando Chico Xavier:SÉTIMA PARTE - SEXO E RESPONSABILIDADE: CASAMENTO, ENCONTROS E DESENCONTROS

FW - O próprio Cristo revelou-nos que João Batista era a reencarnação do
profeta Elias.
Registra a Bíblia que Elias mandara degolar diversos filisteus. Sabemos
também que João Batista foi degolado a pedido da mulher de Herodes,
Herodíades e sua filha Salomé. Jesus amava João Batista, mas de qualquer
forma a lei cármica — causa e efeito, crime e castigo, — funcionou também
para o anunciador dos Novos Tempos. É assim que a morte de João Batista
deve ser interpretada?
Antes de responder por escrito, Chico faz um breve comentário:
Observe que após a morte de Batista, que entristeceu ao Mestre, Jesus
prefere não mais falar no Precursor. Por quê? Se João Batista tivesse se
encomendado à Misericórdia Divina e não só à Sua Justiça é bem possível que
outro teria sido o seu fim.
Todos nós, inferiores ou evoluídos, devemos invocar sempre misericórdia,
que é amor sublime. Em seguida toma do lápis e registra o seguinte: Conforme
ensinamentos da Espiritualidade Superior, sempre que estejamos em função
da justiça devemos exercê-la com misericórdia. Cremos sinceramente que
João Batista, o Precursor, era Elias reencarnado. O respeito devido ao
Evangelho não nos permite anatomizar o problema da morte de João Batista.
Mas perguntamos a nós mesmos, na intimidade de nossas orações, se ele não
se teria exonerado do rigor do carma, caso agisse com misericórdia no
exercício do que era considerado de justiça para a família de Herodes. É um
ponto de minhas reflexões na veneração com que cultivo o amor pelos vultos
inesquecíveis do Cristianismo. (FW, julho de 1976)
==================================================================
Família
FW - Como devemos entender a expressão “almas gêmeas” dentro da
conceituação de que os espíritos não têm sexo?
Diz «O Livro dos Espíritos” que os espíritos não possuem sexo como
entendemos na Terra, mas percebamos “como entendemos”, de vez que, do
ponto de vista da comunhão das criaturas, cada qual no corpo ou fora do corpo
tem o magnetismo que se lhe faz peculiar. A saudade de alguém é a fome do
magnetismo desse alguém (grifo do entrevistador), razão pela qual o amor
é uma lei para nós todos, mas as ligações afetivas são conexões particulares,
em vista da comunhão das pessoas umas com as outras no curso do tempo e
na construção dos ideais que lhes são comuns. (janeiro de 1977)
ME - Do ponto de vista espiritual como definir o lar e a família?
Outra afirmativa de nosso Emmanuel é de que o lar é uma bénção de Deus
para os homens e de que a família é uma criação dos homens onde eles
podem servir a Deus, desde que aceitem com amor o sacrifício e a renúncia, o
trabalho e o serviço por alicerces de nossa felicidade em comum. (julho de
1974)


ME - Qual o mecanismo ideal para atingir a paz e a segurança entre os
familiares vinculados à mesma casa e ao mesmo nome?
Cremos que este problema será perfeitamente solucionado quando esquecermos
a afeição possessiva, a idéia de que somos pertences uns dos
outros, quando nos respeitarmos profundamente, cada qual procurando
trabalhar e servir, mostrando sua própria habilitação, o rendimento de serviço
dentro da vocação com a qual nasceu, dentro do lar, respeitando-se uns aos
outros.
Desse modo, com o respeito recíproco e o amor que liberta, o amor que não
escraviza, o problema da paz em família estará perfeitamente assegurada na
solução devida. (julho de 1974)

40
Namoro e Noivado
ME - Por que motivo casais que noivavam apaixonadamente experimentam
a diminuição do interesse afetivo nas relações recíprocas, após o nascimento
dos filhos?
Grande número dos enlaces na Terra obedecem a determinações de resgate
escolhidas pelos próprios cônjuges, antes do renascimento no berço físico e
aqueles amigos que serão filhos do casal, muitas vezes transformam ou,
melhor, omitem as dificuldades prováveis do casamento para que os cônjuges
se aproximem segundo os preceitos das leis divinas e formem o lar,
transformando determinadas dificuldades em motivos de maior amor, de
compreensão maior.
O namoro, o noivado, muitas vezes, estão presididos pelos espíritos
familiares que serão os filhos do casal. Quando esses mesmos espíritos se
transformam em nossos filhos parece que há diminuição de amor, mas isso
não acontece. Existe, sim, a poda da paixão, no capítulo das afeições
possessivas que nós devemos evitar. (julho de 1974)


ME - Os casais que experimentam menos interesse afetivo em torno das
relações mútuas após a chegada dos filhos devem continuar unidos mesmo
assim?
Os nossos amigos espirituais explicam que ninguém pode exigir de alguém
espetáculos de grandeza e que determinadas situações heróicas podem ser
abraçadas pela criatura humana, mas tanto quanto possível por amor aos
filhos. Por amor aos nossos familiares devemos sofrer qualquer espécie de
dificuldade para sustentar a família e resguardar a invulnerabilidade do lar,
porque muitas vezes nos sacrificamos de modo absoluto em grandes avais
para os quais não estamos preparados, em favor de nossos amigos, por que é
que não podemos também sofrer ou lutar por amor aos nossos filhos, aos
nossos descendentes? É uma pergunta a nós todos. (julho de 1974)


FW - A propósito, há casais que têm afinidades espirituais mas não se
acertam em termos de conjugação amorosa. Esta última, por si só, é motivo
suficiente para separação, para desquite do casal?
O assunto implica problemas de consciência pertinentes a cada um. De
nossa parte, consideramos que compromisso traduz débito, livremente
assumido, e qualquer débito pode ser adiado no resgate, segundo as
condições dos devedores, mas será sempre trazido pela contabilidade do
tempo à consideração dos responsáveis para ajusta liquidação. (outubro de
1976)

41
Divórcio, Dificuldades no Relacionamento

ME - Chico Xavier, os espíritos amigos apresentam algum ponto de vista
sobre o divórcio no Brasil?
Allan Kardec no capítulo 22 de «O Evangelho Segundo o Espiritismo”
assevera que o divórcio é uma lei humana que veio consagrar determinada
situação já existente entre os cônjuges. Do ponto de vista humano
naturalmente que seria crueldade fugirmos da possibilidade do divórcio em
determinadas situações da vida e em determinados setores de nossos
problemas, quando estamos certos de que as organizações bancárias do
mundo nos concedem reformas e determinados prazos para resgate de certas
dívidas.
Mas, devemos estar igualmente conscientes de nossa situação no Brasil e
podem os perfeitamente reconhecer que ainda estamos imaturos para receber
o divórcio da magnanimidade da nossa Justiça porque somos um pouco
jovens. Precisamos habilitar a consciéncia coletiva para uma conquista de
tamanha expressão na vida da criatura e na vida planetária. (julho de 1974)


ME - Chico, esta é uma pergunta ligada à anterior e foi formulada pela
direção do jornal “5 de Março”: Qual a posição do Espiritismo em relação ao
divórcio?
Retornamos apalavra a Allan Kardec em “O Evangelho Segundo o
Espiritismo “. No capítulo 22 Kardec assevera que o divórcio vem consagrar
uma situa ção já existente, mas não podemos deixar de apresentar uma
ressalva, quanto a nós outros em nosso país, que estamos procurando Jesus.
Nós queremos Nosso Senhor Jesus Cristo e devemos esperar e trabalhar
muito para que a compreensão e o amor reinem sobre nós todos, a fim de
aguardarmos uma realização como esta, embora sob o ponto de vista humano,
do ponto de vista da humanidade, em geral, o divórcio é uma lei
compreensível.
Devemos entender que em efetuando casamento, cada um de nós não está
criando uma união de anjos e sim um ajuste respeitabilíssimo de criaturas
humanas em que um e outro cônjuge apresentam determinadas nuances de
incompreensão, às vezes de grandes dificuldades, que devem ser
compreendidas pela outra parte no campo das relações recíprocas. (julho de
1974)

* * *
Parece que a vida entre um desquitado e um solteiro é normal, no mundo
evoluído de hoje, mas não o é, pois, socialmente, o preconceito existe; aquele
mesmo que faz o missivista misturar as tiranias dos homens com pretensas
determinações de Deus. Nas relações sociais, familiares, nos assentamentos
dos clubes recreativos, nas justificações tributárias, nas inscrições, nos títulos,
nos documentos pessoais, tudo é difícil aos que se unem, sob a égide do amor,
para ensaiarem uma nova vida. Quando, então, estes “marcados” vão
matricular os seus filhos nos estabelecimentos escolares, é que sentem o peso
de uma pena, por sinal, “imprescritível” e que cruelmente atinge seres
inocentes, que nada têm a ver com o peixe.
Talvez seja por isso que, através de Chico Xavier, num Pinga-Fogo célebre,
as vozes do Alto se fizeram sentir através deste “baba”, na expressão de
Bannerjee, respondendo aquele médium a uma pergunta formulada pelo nobre
deputado federal, Freitas Nobre: Nós que vivemos hoje em dimensões tão
grandes de compreensão humana, consideramos o divórcio como medida
humana, legítima, porqüanto «dói ao nosso coração” quando ouvimos, nas
palavras públicas de nossos grandes magistrados, a palavra, desculpem-me, a
palavra «concubina’ para designar senhoras distintíssimas... E Chico Xavier,
depois de outras considerações, obtemperou: Peçamos a Deus que as nossas
autoridades possam ouvir os nossos sentimentos... Nós vamos esperar que dia
melhores venham para a família brasileira, e que o divórcio possa ser
consagrado, por nós todos, como medida humana...
Chico Xavier, com aquela sua ímpar humildade, no fim fez um apelo à Igreja:
Por isso mesmo, fazemos votos para que o Soberano Ponttfice, que nós
tratamos com a máxima veneração e que suas eminências, os senhores
arcebispos e bispos do Brasil, possam também abençoar estes “nossos
ideais”para que o divórcio venha tranqüilizar tantos que necessitam de
semelhante medida... (Mario B. Tamasia, abril de 1975)
* * *
Uma senhora trajando costume cinza indaga do médium o que deveria fazer
alguém que, amando muito o esposo, fosse por este preterida em favor de
outra?
Minha irmã, na vida tenho amado entranhadamente pessoas que me
abandonaram sem que, pelo menos, me dissessem o porquê. Se eu tivesse
perdido essas pessoas por morte, não resistiria. Mas como os motivos foram
outros, na própria frieza ou indiferença a que me relegaram encontrei forças que
me reconduziram à recuperação, convidando-me a prosseguir a luta pelo
equilíbrio restaurador. No decorrer da existência, assim como há encontros que
são reencontros, há encontros que são dolorosos desencontros. (FW, agosto
de 1976)

Encontro pela Paz -Vibrações negativas (inveja) de outras pessoas podem
destruir a união de um casal?
Quando o casal não está ligado por afinidades espirituais ou quando a união
esponsalícia não se baseia no espírito de responsabilidade ante os
compromissos assumidos, qualquer pequena perturbação pode ser utilizada
por motivação a conflitos e separações que, na essência, não mostram razão
de ser. (MN, outubro de 1983)

* * *
Nair Belo e Hebe Camargo lembraram a incompatibilidade entre os casais. O
que poderia ser feito para acalmar tais situações?
O médium lembrou a terapêutica através da imunização espiritual. A palavra
deve ser centralizada no bem. Se não falarmos no erro ele não vai adiante.
Devemos ser as estações terminais de toda fofoca.
Chico lembrou o caso do moço João de Deus que recebeu uma carta, por
seu intermédio, da esposa, inocentando-o de toda a culpa porque ele era
acusado de tê-la assassinado. Eles tinham vindo de uma festa há 6 ou 8km de
sua casa e ao regressarem, já no aposento de dormir, uma bala disparada
acidentalmente quando o marido tirara o cinto com o revólver, atingira-a em
cheio.
.Ela pedia a Jesus a oportunidade de escrever para que os jurados e o juiz a
ouvissem. Ela desejava que ele fosse feliz no segundo casamento com o
filhinho que Deus lhe enviara e que ela não pudera lhe dar. E realmente o
moço foi inocentado pelo tribunal. (MN, janeiro de 1986)


Livro: Lições de Sabedoria.
Marlene Nobre

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Ninguém se Casa com a Pessoa Errada


INALDO LACERDA LIMA
Com tristeza, verificamos no seio das atuais sociedades ocidentais de
nosso planeta, e de modo já bastante arraigado no Brasil, a prática abusiva dos
divórcios, dos ajuntamentos clandestinos, das separações irresponsáveis com o
abandono da família e dos escândalos recheados de cinismo.
E mais: há até quem chega ao exagero de manifestar propósitos
relacionados com a extinção ou abolição do casamento, como se tratasse de
costume desnecessário.
A propósito, no momento em que rascunhamos este trabalho, somos
chamados à atenção, por nossa esposa, para mais um escândalo através da
mídia relacionado com o número excessivo de adolescentes grávidas entre 10 e
19 anos. São mães solteiras que, em sua maioria, terão de abandonar a escola
para cuidar de filhos sem pais! O próprio Ministro da Saúde se mostra
preocupado, achando que tal situação tão seriamente desoladora é
conseqüência dos maus exemplos oferecidos pelos adultos. Aliás, a essa
situação de se procurar pôr filhos no mundo, na condição de mães solteiras, o
ministro cognominou de produção independente. Independente quanto ao
arbítrio, sim; mas de modo algum quanto às conseqüências que acarreta às suas
famílias, a esses filhos e ao próprio Estado.
O caso é citado aqui dada a oportunidade do assunto e em face de uma
entrevista que acompanháramos, não faz muito tempo, quando um juiz da
infância e da juventude orientava a uma mãe solteira, dizendo-lhe que filho vem
ao mundo para ter pai e mãe, que a sua educação precisa contar com esse duplo
apoio. Dava a entender a todos que estavam presentes àquela solene audiência
ser essa a função primacial do casamento: assistência e educação aos filhos,
com vistas ao bem-estar e defesa da própria sociedade.
Realmente, essa é a finalidade essencial do casamento num mundo que
valoriza a civilização. Caso contrário, a Ciência Espírita, que se encontra na Terra
por determinação divina, desde abril de 1857, não lhe daria enfoque tão elevado
nas questões 695 a 699 de “O Livro dos Espíritos”, obra máxima do Espiritismo.
Não se trata de mero comentário. É manifestação dos Espíritos superiores
por determinação divina, através da mediunidade, advertindo o homem planetário
quanto à sua responsabilidade de criatura de Deus presa no escafandro carnal.
Já temos tido diversas oportunidades de tratar desse assunto em palestras
nas casas espíritas. E, aqui, ele vem a propósito de uma interessante
reportagem, na televisão, a respeito das causas de divórcios ou separações de
casais, em que se tenta demonstrar que a razão dos fatos deve encontrar-se nos
casamentos indevidos, quando alguém se consorcia com a pessoa errada. Se os
homens atentassem bem nos ensinos do Evangelho, pensariam melhor antes de
externar certos juízos relacionados com as separações no casamento.
Vejamos de que modo Jesus respondeu aos fariseus, quando, para tentálo,
indagaram se era lícito ao homem abandonar a sua mulher por qualquer
motivo. E como o Mestre respondesse em sentido contrário, citando a lei divina,
eles perguntaram por que Moisés mandou dar-lhe carta de divórcio e abandonála?
E Jesus, Cristo de Deus, responde-lhes com estas palavras: “Moisés, por
causa da dureza de vossos corações, vos permitiu repudiar as vossas mulheres;
mas no princípio não foi assim” (Mateus, 19:3-8).
A bem da verdade, ninguém casa com a pessoa errada, seja qual tenha
sido o móvel do casamento. Enganam-se os que assim pensam. Os casamentos
são sempre acertados ou melhor preparados na vida espiritual, em face dos
desacertos, abusos, crimes ou incontinência moral praticados em encarnações
anteriores. De modo que os Espíritos comprometidos com a lei divina, no
passado, reencarnam com o fim de reparar esses males que envolveram, até
mesmo, os que virão depois na condição de filhos.
A reencarnação é a grande e luminosa forma de aperfeiçoamento das
almas e reparação dos erros em que se comprometeram por desatentas às leis
que regem a Vida. Um dia, quando a Humanidade toda atentar no papel do
Espiritismo no mundo, compreenderão que ele não veio para destruir as religiões,
pelo contrário, veio para iluminá-las, esclarecendo-as, sobre a lei das vidas
múltiplas como meio de purificação dos Espíritos. Nesse dia, todos
compreenderão melhor a importante função do casamento.
Compreenderão todos que não há, e nunca houve, casamento errado,
nem mesmo no tempo em que os casamentos eram determinados pela tirania
dos pais, em face de interesses de ordem econômica e social; nem mesmo
quando, ainda hoje, alguém se aproxima de uma mulher ou de um homem com
intenções levianas!... Ah, homens do mundo como sois imperfeitos e atrasados,
mesmo quando vos vangloriais de vossos títulos acadêmicos!
Cada indivíduo está casado ou vai casar-se com a pessoa certa, com
quem se comprometeu na teia dos desatinos e das paixões, num passado
distante. O que ocorre é que, após o enlevo das fantasias à qual dão o nome de
paixão, caem as máscaras e cada um passa a ver o outro tal como ele é. Porque
os casamentos, em nossas sociedades, ainda são provacionais em sua grande
maioria. Estudai bem, homens do mundo, a Revelação Espírita.
Há os casamentos de almas que não se rebelam diante do realismo de
suas provas ou expiações. E esses são tidos como felizes. E os filhos que deles
se originam dispõem de melhor condição de se prepararem para a vida. São
casamentos felizes, muitas vezes na aparência, porque representam uniões de
almas um pouco mais evolvidas no processo de seu caminhar incessante na
direção do infinito bem.
Naqueles lares, porém, onde os pais reagem ou se rebelam diante da
prova ou da expiação, os filhos se sentem infelizes e correm riscos sérios em
relação à sua formação social, por cujos desajustes os pais responderão mais
tarde.
Os divórcios ou separações ocorrem em função do livre-arbítrio de cada
casal ou do cônjuge responsável, mas não se encerram aí. Esses Espíritos deverão
encontrar-se mais adiante, no roteiro da marcha evolutiva, depois de
sofrerem bastante, no cumprimento dos compromissos que retardaram!...
Voltaremos ao assunto, oportunamente. .
Revista O Reformador Dezembro de 1999

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

CASAMENTO


«Pergunta -- Será contrário à lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres ?»
«Resposta - E' um progresso na marcha da Humanidade. »
Item n." 695, de «O LIVRO DOS ESPÍRITOS».
O casamento ou a união permanente de dois seres, como é óbvio, implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua.
Essa união reflete as Leis Divinas que permitem seja dado um esposo para uma esposa, um companheiro para uma companheira, um coração para outro coração ou vice-versa, na criação e desenvolvimento de valores para a vida.
Imperioso, porém, que a ligação se baseie na responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão sexual um ser humano se entrega a outro ser humano e, por isso mesmo, não deve haver qualquer desconsideração entre si.
Quando as obrigações mútuas não são respeiitadas no ajuste, a comunhão sexual injuriada ou perfidamente interrompida costuma gerar dolorosas repercussões na consciência, estabelecendo problemas cármicos de solução, por vezes, muito difícil, porquanto ninguém fere alguém sem ferir a si mesmo.
Indiscutivelmente, nos Planos Superiores, o liame entre dois seres é espontâneo, composto em vínculos de afinidade inelutável.
Na Terra do futuro, as ligações afetivas obedecerão a idêntico princípio e, por antecipação, milhares de criaturas já desfrutam no próprio estágio da encarnação dessas uniões ideais, em que se jungem psiquicamente uma à outra, sem necessidade da permuta sexual, mais profundamente considerada, a fim de se apoiarem mutuamente, na formação de obras preciosas, na esfera do espírito.
Acontece, no entanto, que milhões de almas, detidas na evolução primária, jazem no Planeta, arraigadas a débitos escabrosos, perante a lei de causa e efeito e, inclinadas que ainda são ao desequilíbrio e ao abuso, exigem severos estatutos dos homens para a regulação das trocas sexuais que lhes dizem respeito, de modo a que não se façam salteadores impunes na construção do mundo moral.
Os débitos contraídos por legiões de companheiros da Humanidade, portadores de entendimento verde para os temas do amor, determinam a existência de milhões de uniões supostamente infelizes, nas quais a reparação de faltas passadas confere a numerosos ajustes sexuais, sejam eles ou não acobertados pelo beneplácito das leis humanas, o aspecto de ligações francamente expiatórias, com base no sofrimento purificador.
De qualquer modo, é forçoso reconhecer que não existem no mundo conjugações afetivas, sejam elas quais forem, sem raizes nos principios cármicos, nos quais as nossas responsabilidades são esposadas em comum.
Emmanuel - Vida e Sexo

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

TÉDIO NO LAR




Uma vez que os Espíritos simpáticos são induzidos a unir se, como é que, entre os encarnados, frequentemente só de um lado há afeição e que o mais sincero amor se vê acolhido com indiferença e, até, com repulsão?
Como é, além disso, que a mais viva afeição de dois seres pode mudar se em antipatia e mesmo em ódio?
Não compreendes então que isso constitui uma punição, se bem que passageira?
Depois, quantos não são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que, obrigados a viver com as pessoas amadas, não tardam a reconhecer que só experimentaram um encantamento material.
Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá apreciála.
Tanto assim que, em muitas uniões, que a princípio parecem destinadas a nunca ser simpáticas,
acabam os que as constituíram, depois de se haverem estudado bem e de bem se
conhecerem, por votar se, reciprocamente, duradouro e terno amor, porque assente
na estima! Cumpre não se esqueça de que é o Espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade. “Duas espécies há de
afeição: a do corpo e a da alma, acontecendo com frequência tomar se uma pela
outra. Quando pura e simpática, a afeição da alma é duradoura; efêmera a do corpo.
Daí vem que, muitas vezes, os que julgavam amar se com eterno amor passam a odiar se, desde que a ilusão se desfaça”.
Seja qual seja o motivo em que o tédio se fundamente, recorram os companheiros imanizados em mútua associação no lar ao apoio recíproco mais profundo e mais intensivo. Com isso, estarão em justa defesa da harmonia íntima, sem castigarem o próprio corpo. E reeducarseão, sem hostilizar os que, porventura,
lhes demonstrem afeto, mas acolhendo os, não mais na condição de cúmplices das aventuras deprimentes, a que se renderam outrora, e sim por irmãos queridos, com quem podemos fundir nos, em espírito, no mais alto amor espiritual.

Livro: Vida e Sexo
Chico Xavier/Emmanuel

sábado, 18 de agosto de 2012

Encontro de Reparação.



          Encontro de Reparação
          O diálogo, na praça ensolarada, no qual a mulher adúltera foi compreendida por Jesus, tornou-se um esperado escândalo.

          Surpreendentemente, o Mestre não censurou o delito, recomendando a lapidação da equivocada, nem a liberou de responsabilidade, considerando-a inocente.

          Reportou-se, isto sim, à leviandade dos acusadores que se encontravam incursos no mesmo crime.

          Tal atitude havia desconcertado os intrigantes e vingadores gratuitos, que se rebelavam contra a terrível chaga do organismo social, que é o adultério, esquecidos de que, ao lado da caída encontrava-se o comparsa que tombara no mesmo erro.

          Passada a surpresa e debandada a multidão sedenta de sangue, e porque a sós, com a infortunada, o Senhor recomendou-lhe que não voltasse a pecar a fim de que não lhe acontecesse mal pior, conforme era habitual.

          Naquela noite, no entanto, quando o episódio já esmaecia, inclusive, entre os discípulos, a mulher, decidida a imprimir novo rumo à existência, procurou o Amigo Divino, na residência que O acolhia ...

          Demonstrando, no constrangimento que exteriorizava, todo o drama, e sofrimento maceradores, solicitou e conseguiu uma entrevista com Aquele graças a cuja interferência tivera a vida poupada.

          Compreendendo a angústia que a apunhalava, o Senhor ensejou-lhe o início da conversa de edificação, saudando-a com carinho e sem afectação.

          - Rogo perdão - disse ela reticente - por vir perturbar-Vos a paz.

          - A verdadeira paz - retrucou-lhe, calmo - é a que flui do coração aclimatado ao culto do dever, que nada perturba.

          "Fala, tranquila e te ouvirei... "

          - Sinto-me aturdida - ripostou-Lhe em pranto - sem saber que rumo dar à minha existência. Lutei muito antes de tombar... O sedutor rondou-me os passos como lobo voraz, ante a presa invigilante ...

          "Meu esposo, passados os primeiros dias da novidade conjugal, retornou às noitadas alegres, deixando-me em solidão... Enferma da alma e carente de bondade, permiti-me envenenar por tormentos que não merecem compaixão.

          "Com sede de ternura, embriaguei-me de concupiscência e ansiosa pela água pura do amor, chafurdei no lodaçal dos desejos doentios. O resultado foi a tragédia ...

          "Abandonada e sem lar, agora padeço o desprezo e a zombaria geral, não sabendo que rumo seguir, nem como agir.

          "Peço-Vos um roteiro e uma lâmpada acesa de


          esperança, a fim de prosseguir... "

          Jesus penetrou naquela alma, ansiosa e sofrida, nela encontrando as dores da Humanidade através dos tempos e considerou, bondoso:

          - A paciência e a confiança em Deus serão as duas providências iniciais que te facultarão a cura e a renovação da saúde. Cometido o erro, ele passa a pesar na economia social e a sobrecarregar a consciência culpada.

          "Não são de importância o que os outros pensam de nós e a cobrança, pela impiedade, com que .desejam fazer justiça. O problema íntimo é vital, e somente quando o homem se reintegra no concerto da ordem, do bem, é que pode fruir de tranquilidade.

          "Arma-te de humildade e confia no amanhã.

          "A memória do povo é fraca e passa rápida em relação às virtudes do próximo. Todavia, é firme, clara e duradoura de referência às faltas alheias, sempre recordadas com o ácido da acusação e os acepipes da malícia.

          "O exemplo decorrente do arrependimento se transforma na defesa do equivocado, que assim repara perante o Pai, ante si mesmo e a sociedade, o engano perpetrado."

          - Para onde irei, agora? - inquiriu, vencida ..

          - As aves dos céus têm ninho, as serpentes e feras os seus covis, mas o filho do Homem não tem onde se agasalhar, vivendo sob a abóbada estrelada e avançando na direcção do Infinito ...

          "Assim, busca a oportunidade de reparação e adapta-te à situação actual, aguardando o amanhã com a disposição de quem compreende o prejuízo a si mesmo causado, ao arrojar fora o hoje ...

          "A negligência do esposo ingrato e leviano não constitui respaldo para que assumisses compromisso infeliz semelhante. E porque ele é doente também, vivendo num organismo comunitário alienado do amor, não tem condições de distender-te a mão amiga, quando dele necessitas e conforme de ti no futuro igualmente dependerá.

          "A vida é feita de permutas, que facilitam a felicidade para todos, sem cujo concurso faz-se mais difícil.

          "Segue, porém, renovada pela certeza do triunfo, porquanto todo aquele que se levanta da queda, encontra apoio na fé e na luta para firmar-se.

          "O Pai Criador não desampara filho algum e vela, devotado, por todos."

          Fazendo-se um silêncio natural, profundo e tocante, foi a mulher quem o arrebentou, rogando:

          - Permiti-me, seguir-Vos, na minha pequenez, e dai-me a Vossa bênção.

          Jesus envolveu a sofredora em uma onda de ternura ímpar, e, erguendo-a, pois que, comovida, se Lhe prosternara aos pés, concluiu:

          - Vai, filha, e não sofras mais. Aqueles que se arrependem e buscam ensejo de redenção, encontram-no. Há sempre um lugar no rebanho do amor para as ovelhas que retornam e desejam avançar.

          "Onde quer que vás, eu estarei contigo e a luz da verdade, no archote do bem brilhará à frente, clareando o teu caminho."

          No céu silencioso, a sinfonia dos astros espalhava luz cintilante, apontando o futuro.

          *

          Dez anos depois, na cidade de Tiro, uma casa humilde de aspecto e rica de amor, recolhia peregrinos cansados e enfermos sem ninguém.

          Uma mulher, que traía na face desgastada vestígios de grande beleza em decadência, reunia ali os infelizes, limpava-lhes as chagas e falava-lhes de Jesus.

          Tornara-se, por isso, querida e respeitada por todos.

          Num cair de tarde amena, chegou, trazido por mãos piedosas, um homem chagado, em extrema penúria, quase morto sob o fardo de mil vicissitudes.

          Recolhido com carinho, teve as úlceras lavadas e aliviadas com unguentos medicamentosos, recebendo caldo reconfortante das mãos da caridade.

          Quando se recobrou um pouco do desalento que o vitimava, ouviu a mensagem de encorajamento, em nome de Jesus, enunciada com unção e carinho pela desconhecida benfeitora.

          Emocionado, e quase sem vitalidade, indagou interessado:

          - Esse Jesus a quem vos referis é o galileu que foi crucificado em Jerusalém?

          - Sim, é Ele mesmo. Morreu por nós, mas volveu ao nosso convívio para nunca mais deixar-nos.

          - E vós O conhecestes para terdes a certeza de que os Seus ensinos são verdadeiros?

          - Sim, eu O conheci oportunamente, quando a mim Ele salvou-me ...

          - Também eu tive a honra de O conhecer - respondeu o moribundo, quase sem forças - mas não soube beneficiar-me. A vós Ele salvou, mas, eu, egoísta e mau, O detestei, afastando-me da Sua presença, confuso e amargurado.

          - Que vos fez Ele para que fugísseis, magoado?

          - Salvou a minha mulher que adulterara contra mim e não me concedeu uma palavra, sequer, de consolação. Não pude compreendê-lO, então.

          "Abandonei a companheira a quem eu infelicitara com os meus vícios e envenenei-me de dor.

          "Passados os anos e havendo despertado para a verdade, tenho-a buscado em vão por toda parte, até que a doença me devorou o corpo e aqui estou... "

          Embargada pelas emoções em desenfreio, naquele momento, a mulher recordou-se da praça e do diálogo, à noite, com o Mestre, um decénio antes, reconheceu o companheiro do passado e sem dizer-lhe nada, segurou-lhe a mão suavemente e o consolou:

          - O arrependimento do erro, a confiança em Deus e a paciência são os primeiros passos para a reparação de qualquer delito.

          "Deus é amor, e, Jesus, por isso mesmo nunca está longe daqueles que O querem e buscam.

          "Agora durma em paz enquanto eu velo, porquanto, nós ambos já O encontramos ... "


          
Pelos caminhos de Jesus -  Divaldo Pereira Franco – Amélia Rodrigues

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Entrevista com Raul Teixeira sobre família .


PDF Imprimir E-mail
Escrito por Raul Teixeira   
VIOLÊNCIA NO LAR
Por que tanta violência entre pais e filhos?

Raul – No capítulo da violência entre pais e filhos, deparamo-nos com adversários que reencarnam-se no mesmo conjunto doméstico, para atenderem ao serviço da recuperação de si mesmos, desfazendo rastros odientos e frustrações afetivas com o esforço devido; no entanto, ao lado desta realidade, conhecemos a indiferença e o abandono a que muitos filhos são relegados por seus pais, despertando velhos antagonismos, de conseqüências imprevisíveis.

Há que buscar-se o equilíbrio que o Evangelho de Jesus ensina. Aquele que mais compreender, sirva, oriente, perdoe, a fim de diminuir-se a onda de violência entre pais e filhos. Não esqueçamos, entretanto, que o abandono dos filhos, o ato de relegar-se sua orientação a escolas e a terceiros, a imposição sem explicação educativa, o fato de permitir aos filhos usos perigosos; apenas para não incomodar-se, não deixam de ser, à luz do Espiritismo, tenebrosos atos de violência, com os que atraiçoamos a confiança da Divindade, e que deveremos ajustar em tempos do futuro, e muitas vezes, de um futuro a iniciar-se hoje mesmo.

FILHOS ADOTIVOS
Os filhos adotivos: quando e como os pais devem falar a verdade?

Raul – Desde que são adotados, deverão sabê-lo. Não há porque aguardar que cresçam. Os filhos adotivos convivem muito bem com a revelação que lhes é feita, se feita com atenção e com ingredientes de carinho, sem a intenção de magoar, de ferir. Alegar-se-á a desencarnação dos verdadeiros pais ou a impossibilidade deles para criá-los, por insuperáveis dificuldades. Deixem-nos sentir que são amados, respeitados como filhos realmente, e nenhum problema advirá além das marcas com que a provação já os assinalou.

SEPARAÇÕES NO MATRIMÔNIO
A que se deve o número cada vez maior de separações no matrimônio?

Raul – Deve-se ao fato de não ter sido levado em conta a lei divina, conforme anota Allan Kardec, no “Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo XXII, item 5.

Os problemas de intolerância, a liberalidade da formação do caráter, o despreparo para as responsabilidades do casamento, o orgulho soez e seus afins, representam elementos danosos a atentarem contra os lares de fracos alicerces.

DIVÓRCIO E FILHOS
Quando o divórcio é iminente como fica a situação dos filhos?

Raul – A situação do divórcio do casal, com raríssimas exceções, perturba muito os filhos. Seja pela divisão emocional que se processa, seja pelo caráter odiento em que se estriba, os filhos ficam como que sufocados num clima desestruturador, desde a iminência, desde as conversas, as querelas, as friezas ou os desrespeitos.

Melhor seria que os casais se pudessem compreender melhor, evitando que essas aves implumes e dependentes, que são os filhos, caiam do ninho desfeito ou mal mantido, perturbando-se ao invés de avançar para Deus, em clima de segurança.

FILHOS ENVOLVIDOS COM DROGAS
Qual deve ser o comportamento dos pais, quando os filhos estão envolvidos com drogas?

Raul – O do esclarecimento lúcido, sem emoções desequilibradas, mostrando que eles, os filhos, são os primeiros e grandes lesados. A persistir o envolvimento, nenhum pai responsável e que ame seus filhos, deverá negar-se a conduzi-los a tratamento médico, ou médico e psicológico, com profissionais de comprovada confiança e, se necessário, pelo nível de descontrole a que cheguem ou pelos perigos para os implicados ou para a própria família, a internação em competente clínica. É bom que lembremos que, em tais casos, o paciente não tem que decidir se vai ou não internar-se, uma vez que já demonstrou não estar sabendo utilizar seu livre-arbítrio para o bem de si e dos que o rodeiam.

Ao lado do atendimento de profissionais, a oração e o tratamento da fluidoterapia espírita, em muito contribuirá para desfazer-se o quadro tormentoso, considerando-se a insuflação obsessiva que costuma estar presente em situações desse gênero.

INFLUÊNCIA DA TV
Como você vê a influência da televisão no lar?

Raul – Na atualidade são poucas as emissoras e programações de televisão que apresentam material de boa qualidade educativa ou divertimentos saudáveis para quem os vê. Quando não é o noticiário tendencioso e escandaloso, é a violência que, como um vírus, penetra e adoece o organismo doméstico, acompanhado por algumas novelas que apresentam tanta “realidade”, que conseguem desequilibrar, transtornar os de mentalidade mais frágil. Urge adotemos uma postura analítica perante as programações.

O costume de dialogarem os esposos, pais e filhos, os irmãos entre si, discutindo esse ou aquele aspecto do que viram e ouviram, auxiliará, sobremaneira, a que se forme um critério seletivo, seja individual, seja da equipe familiar, quando se chegue a um consenso positivo.

Por outro lado, percebemos que os indivíduos que põem no ar a ganga intelectual em forma de programas e atrações, são os elementos das famílias perturbados em si mesmos, vaidosos ou de moralidade cediça, o que nos permite destacar a importância, ainda mais, da educação que a família pode oferecer.

FAMÍLIA ATUAL
Sob que aspecto a família atual está mais descuidada?

Raul – Ao que podemos contemplar, a família acha-se, de um modo geral, descuidada nos mais diversificados aspectos da vida, considerando-se o seu papel de “escola das almas”, e a primeira escola por sinal dos que chegam no mundo terreno. Entretanto, as raízes atormentadoras de tanto desajuste familiar, vemos na vivência materialista, sem as noções básicas quanto ao Espírito imortal, a descrença em Deus, embora a maioria professe rituais e cultos variados e vazios de conteúdo mais profundo acerca da vida.

É aí que o conhecimento da reencarnação, da lei de causa e efeito, conforme ensina o Espiritismo, pode despertar os pais, os filhos, esposos, para que reflitam acerca das responsabilidades graves que têm, em face das relações familiares, com vistas ao futuro de alegrias e de paz.

MÃES QUE TRABALHAM
Mãe que trabalha fora do lar prejudica a educação dos filhos?

Raul – Em “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec recebe dos Espíritos a informação de que a paternidade é uma verdadeira missão e, mais do que isto, que é um grandíssimo dever e que envolve, mais do que pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro, conforme notamos na questão 582. Acredito que a questão grave não seja a situação em que a mãe precisa trabalhar fora do lar, mas sim, como fará ela a necessária compensação, quando ao lar retorna.

É certo que admitimos que a ausência da mãe sempre provocará, sobre os filhos pequenos, processos de carências que ninguém suprirá devidamente. De acordo com o tipo de Espírito, essas carências poderão atingir índices altos de transtornos na formação da personalidade infantil, a desaguar nos desajustes da adolescência, quando não corrigidos a tempo.

Faze-se, assim, importante que a mãe que trabalhe fora de casa, empreenda maiores esforços para envolver a criança, atendê-la, entendê-la, ajudá-la em seus trabalhos escolares, dialogando sempre. Enfim, torna-se imprescindível que os pais, e particularmente a mãe, conversem com as crianças sobre as razões ponderáveis.

Não deverão os pais, em chegando ao lar, fixarem-se nas intermináveis novelas, em leituras de jornais delongadas, irritando-se com a aproximação ou solicitação dos pequenos, aos quais, antes deveriam buscar para aconchegá-los.

Nesses casos, depois que os pais cheguem em casa, eles próprios superarão o cansaço para cuidarem, com atenção e carinho, dos filhos que ficaram sem eles durante todo o dia, ou grande parte do dia. Os finais de semana, igualmente, deverão ser passados junto dos filhos, aproveitados na companhia deles, salvo em casos de necessidade imperiosa que determina o contrário.

Necessário se faz renunciar a alguns prazeres e divertimentos, enquanto os filhos disto careçam, a fim de formá-los no equilíbrio para o futuro, agindo dentro da orientação espírita, de acordo com o que nos lembra a Codificação Espírita.

EDUCAÇÃO SEXUAL
No mundo atual vemos aumentar o desequilíbrio no campo sexual. Até que ponto os pais têm influência na educação do sexo?

Raul – O sexo, representando uma das potências das quais se vale o Espírito, para progredir e cooperar com Deus na Obra universal, não encontrará equilíbrio, enquanto outras áreas do ser não forem bem trabalhadas pela educação superior. Jamais encontraremos sexualidade equilibrada em indivíduos egoístas, vaidosos, irascíveis, orgulhosos, violentos, mentirosos e usurpadores. Assim, no dizer do Espírito Joanna de Ângelis, a família deve educar seus filhos para Deus, para que, então, o todo se encaminhe para a faixa da harmonia.

A morigeração dos hábitos, o respeito à vida em todas as suas dimensões, o cuidado de si mesmo, a sinceridade de uma religião profunda, farão com que a família cresça conduzindo seus filhos para Deus, com suas energias de criação, de características sexuais, ajustadas ao respeito, à dignidade, ao bem geral.

FILHOS E CENTRO ESPÍRITA
Qual a atitude dos pais, quando os filhos não aceitam o encaminhamento ao Centro Espírita?

Raul – Se são filhos emancipados, com vida própria, caberá aos pais o respeito à sua condição e escolha. Entretanto, o mesmo não poderá ocorrer com os filhos menores, totalmente dependentes dos pais. É uma questão de coerência. Aos pais, neste caso, caberá persuadir, sem violência, mas com seriedade e severidade, para que participem da doutrina que auxilia o lar a manter-se em franco clima de progresso e de trabalho.

Os que perante Deus são incumbidos de dar o alimento, o calçado e a veste, a escola e o cobertor, por que não ensejariam aos filhos a opção do conhecimento espírita?

Mesmo que mais tarde, emancipados, se afastem do caminho espiritista, estarão lançadas as sementes da verdade, que um dia, germinarão, ainda que seja sob chuvas de testemunhos difíceis ou entre os ciclones de dores acerbas, ou, ainda, ante as exigências da alma, na sua sede de comunhão com Deus.


Entrevista concedida por Raul Teixeira em Catanduvas-SP, reproduzida pelo Jornal Mundo Espírita de agosto de 1986, retirada do endereço: http://www.raulteixeira.com/noticias.php