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domingo, 9 de setembro de 2012

ESPÍRITO DA TREVA


Está em toda parte.
Surge inesperadamente e assume faces de surpresa que produz estados
d’alma afligentes, configurando pungentes conflitos que conduzem, não raro, a
nefandas conseqüências.
Às vezes, no lar, os problemas se avultam, na ordem moral, desconcertando
a paisagem doméstica; no trabalho, discussões inesperadas, por nonadas, tomam
aspectos de gravidade, que conduz os contendores a ódios virulentos e perniciosos;
nas relações, irrompem incompreensões urdidas nas teias da maledicência,
fragmentando velhas amizades que antes se firmavam em compromissos de lealdade
fraterna Inamovível; na rua e nas conduções gera inquietações que consomem e
lança pessoas infelizes no caminho, provocantes, capazes de atirar por coisas de
pequena monta, nos rebordos de abismos profundos, aqueles que defrontam...
É o espírito da treva. Está, sim, em toda parte.
Membro atuante do que constitui as “força do mal”, que por enquanto ainda
assolam a Terra, na atual conjuntura do planeta, irrompe inspirando e agindo, nos
múltiplos departamentos humanos, objetivando desagregar e infelicitar as criaturas,
no que se compraz.
Espírito estigmatizado pela agonia íntima que sofre, envenenado pelo ódio
em que se consome ou revoltado pelo tempo perdido, na vida passada, sintoniza com
as imperfeições morais e espirituais do homem, mantendo comércio pernicioso de
longo curso.
Está, também, às vezes, encarnado no círculo das afeições. Aqui é o esposo
rebelde, a genitora alucinada, a nubente corroída por ciúme injustificável, o filho
ingrato, o irmão venal, a filha viciada e ultrajante, a irmã desassisada; ali é o vizinho
irritante, o colega pusilânime, o chefe mesquinho, o amigo negligente, o servidor
cansativo, o companheiro hipócrita exigindo atitude de sumo equilíbrio, em convite
contínuo à serenidade e à perseverança nos bons propósitos.
Transmite a impressão de que não há lugar para o amor nem o bem, como
se a vida planetária fosse uma arbitrária punição e não sublime concessão do Amor
Divino, a benefício da nossa redenção.
* * *
Como quer que apareça o espírito das trevas, no teu caminho, enfrentao
simples de coração e limpo de consciência. Não debatas nem te irrites com ele.
87 – FLORAÇÕES EVANGÉLICAS (pelo Espírito J oanna de Ângelis)
Ante os doentes, o medicamento primeiro e mais eficaz é a compaixão que
se lhes dá, não levando em conta o que dizem ou fazem por considerar que estão
fora da razão e do discernimento, pela ausência da saúde.
Armate a todo instante com a prece e põe o capacete da piedade,
conduzindo a luz da misericórdia para clarificar o caminho e vencerás em qualquer
luta, permanecendo livre face a qualquer das suas ciladas.
E quando, enfraquecido na luta, o espírito da treva estiver a vencerte após
exasperarte danosamente, quase colimando por empurrarte
ao fosso da insensatez, lembrate
de Jesus e dize:
“Afastate de mim, espírito do mal” —, e avança sem parar na direção do dever sem olhar para trás.
*
“Depois vai e leva consigo mais sete espíritos pior es do que ele, Ali entr am e habitam”.
(Mateus, 12:45)
*
“O Espírito mau esper a que o outr o, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu
cor po e, assim, menos livr e, par a mais facilmente o ator mentar, ferir nos seus
interesses, ou nas suas mais car as afeições”.
(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Capítulo 10º — Item 6)

Livro: Florações Evangélicas
Divaldo -Joana de Angelis.

Os efeitos do álcool na sociedade e no Espírito imortal

 Reformador • Abr i l 2009
ROBERTO CARLOS FONSECA
1. Introdução
O álcool, do árabe al-kuhl (essência) é uma das drogas mais antigas da Humanidade. Inicialmente
se acreditava que teria surgido em 6000 a.C., no Egito, onde foram encontradas ruínas de uma
fábrica de cerveja. Porém, recentemente, pesquisadores descobriram vestígios de uva apodrecida
em locais habitados por homens pré-históricos, a qual tinha em torno de 5% de teor alcoólico, demonstrando que o seu consumo é ancestral. No início, a utilização de bebidas alcoólicas pelas sociedades
estava muito ligada à prática religiosa, pois acreditava-se que elas facilitavam o contato com os deuses. Ainda hoje, de forma diferenciada, o álcool serve de símbolo para muitas religiões. Outro sentido para o uso de alcoólicos era a sua utilização tanto como dissipador de preocupações e dor quanto como elemento abortivo.
Com a Revolução Industrial, foram desenvolvidas bebidas destiladas como o uísque (usquebaugh –
água da vida), as quais possuem um teor extremamente alto, gerando inúmeros malefícios ao corpo humano.
Acompanhando a Revolução Industrial, as bebidas fermentadas também passaram a conter um
grau etílico maior, aumentando o número de dependentes em álcool.
O alcoolismo decorre do uso prolongado, geralmente entre 20 e 25 anos, de substâncias alcoólicas.Nesta
fase, o hábito de consumir a bebida já está relacionado ao ritmo de vida do indivíduo, sendo muito difícil
convencê-lo a parar de ingeri-la. .
2-Efeitos no cérebro
Acreditar que o álcool é somente um estimulante é um grande engano. Ele, num primeiro momento,
ao agir diretamente no lobo frontal do cérebro, desinibe o indivíduo, modificando sobremaneira
seu comportamento social, mas sua principal característica é provocar a depressão. Seus efeitos
podem ser observados em três fases:
Na primeira, o indivíduo, via de regra, perde seu senso moral, seus medos e inibições, passando
a se comportar conforme pendores
íntimos que estavam reprimidos por medo das Leis do Estado e pelos costumes vigentes no grupo
social em que se relaciona. Se tinha comportamento tímido, passa a se soltar, principalmente em
relação ao sexo oposto. Se era quieto, torna-se loquaz.
Na segunda, podem ocorrer falta de coordenação motora, descontrole dos reflexos, descontrole
emocional e agressividade. Isto explica a mudança brusca de comportamento, visualizada geralmente
quando ocorrem atos de violência após o consumo de bebidas alcoólicas. Muitos pais de
família, que fazem uso de alcoólicos, ao retornarem ao lar acabam por extravasar seus pendores de
violência na esposa e nos filhos.
A terceira é caracterizada pela depressão, condição em que o indivíduo reclama de tudo e de todos,
da vida, do salário, e normalmente extravasa suas angústias por meio de lágrimas. Ocorrem
também problemas digestivos como: vômitos, diarreias, dores de cabeça, sono, mal-estar geral, coma
etc. Esta fase é mais perigosa, pois a depressão alcoólica pode levar ao suicídio, principalmente
em alcoolistas que, ao retornarem à realidade, percebem que não conseguiram ficar sem a bebida.
Este sentimento de fracasso é agente impulsionador do comportamento suicida.
3-A dependência
Denomina-se alcoolismo a dependência à bebida alcoólica, caracterizada pelo consumo compulsivo
de álcool, com progressiva tolerância à intoxicação produzida pela droga e desenvolvimento de
sintomas de abstinência, quando o consumo é interrompido. Os sintomas mais comuns no caso de
uma crise de abstinência são sudorese, aceleração cardíaca, insônia, náuseas e vômitos. Num estado
mais avançado, ela se caracteriza como delirium tremens, causando confusão mental, alucinações
e convulsões.
Inicialmente, o alcoolista era discriminado, sendo tratado como um ser de personalidade fraca.
Mas, com o avanço da Ciência e dos tratamentos, chegou-se à conclusão de que o alcoolismo
é uma doença, potencialmente forte e destruidora do caráter do indivíduo, que faz de tudo para ter
satisfeita a sua vontade de beber: mente, rouba, trai, seduz.
O alcoolismo gera deterioração psicológica e física. O indivíduo, aos poucos, pela perda dos neurônios,
tem sua capacidade mental reduzida, descuida-se da sua apresentação, torna-se impontual e
tem a concentração nas atividades corriqueiras limitada.
Para esta doença não há cura, o que existe é um tratamento ininterrupto, a fim de que jamais ocorra
novamente o consumo, sob risco de retornar todo o prazer em sorver os alcoólicos, colocando
a perder todo o tratamento já realizado.
4-O álcool e a sociedade
Impulsionado pelos costumes sociais, pela tradição das festas
e comemorações múltiplas, o homem não se dá conta de que o álcool é um dos maiores males que
existem na face da Terra. É agente impulsionador da violência, possui inúmeras doenças atreladas ao
seu uso abusivo, e está entranhado em quase todas as ocasiões em que um grupo humano se reúne, como
se fosse impossível conversar, trocar ideias, tomar decisões na vida particular ou em sociedade, sem
estar com um copo na mão.
Aliado ao baixo custo de produção, tornando-o uma droga acessível a qualquer grupo social, e às políticas de governo pouco eficazes no combate ao seu consumo indiscriminado, ele se torna um verdadeiro destruidor de vidas, de carreiras e da sociedade.
5. Considerações
Se o indivíduo bebe uma vez por semana, é um bebedor social; se de três a quatro vezes, é um
bebedor excessivo; mas se bebe todos os dias, é considerado bebedor dependente.Nem todo bebedor
social vai ser um bebedor dependente, porém todo dependente, um dia, já foi bebedor social. Na
fase da dependência, ele dificilmente sairá sem ajuda; é preciso solicitar auxílio a parentes, amigos
e especialistas.
A maior dificuldade de se combater o uso abusivo de alcoólicos está em ser o álcool uma droga
socialmente aceita. A maioria das pessoas tem o seu primeiro contat com o álcool dentro do próprio
lar.
6. O álcool e o Espírito imortal
Joanna de Ângelis nos alerta que o uso de alcoólicos reflete o declínio dos valores espirituais da
sociedade, sendo aceito como hábito social. Enfatiza que a viciação alcoólica inicia-se pelo aperitivo
inocente, repete-se através do hábito social, impõe-se aos poucos como necessidade e converte-se em
dominação absoluta pela dependência.
Alerta também que a desencarnação se dá através do suicídio indireto, graças à sobrecarga destrutiva que o dependente de álcool depõe sobre o corpo físico.1
Os efeitos do consumo desta substância transcendem os umbrais da morte, vão além dos danos causados
ao corpo físico, instrumento de trabalho da alma reencarnada, que o devolve à terra após o desenlace, a
morte. Esta substância deixa inúmeras marcas no perispírito e na mente do dependente alcoólico, que
se refletirão na próxima encarnação.
Da análise do texto de Manoel P. de Miranda no livro Nas Fronteiras da Loucura, psicografia de
Divaldo P. Franco, podemos concluir que a intoxicação alcoólica traz os seguintes prejuízos a quem
dela se torna dependente:
1. Libera toxinas que impregnam o perispírito;
2. Introduz impurezas amortecendo as vibrações;
3. Entorpecimento psíquico;
4. Insensibilidade ao tratamento espiritual;
5. A dependência prossegue depois da morte;
6. As lesões do corpo físico refletem-se no corpo espiritual;
7. O perispírito imprime as lesões nas futuras organizações fisiológicas;

1FRANCO, Divaldo P. Após a tempestade.
Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 8. ed. Salvador
(BA): LEAL, 1985. Cap. 9, Viciação
alcoólica, p. 49.