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terça-feira, 8 de junho de 2021

A INCOERÊNCIA DA TRINDADE:"A Doutrina dos Espíritos proclama que Deus é nosso Pai, uno, indivisível, eterno, imutável, onipotente, onisciente."

 

A Doutrina que vos ensino não é minha, mas daquele que me enviou." (João, 7:16)


Seria incoerente alguém enviar-se a si próprio para o desempenho de determinada missão. Se o Cristo fosse o próprio Deus, conforme o apregoam as teologias, Ele falaria por si próprio, Deus, conforme o apregoam as teologias, Ele falaria por si próprio, não havendo necessidade de empregar subterfúgios, sustentando que a Doutrina que ensinava não era sua, mas daquele que o havia enviado.

No decurso do seu Messiado, Jesus deixou bem evidenciado que era uma personalidade distinta do Pai, e não uma entidade trina. Não deixou também de demonstrar a sua subordinação à vontade de uma entidade maior: Deus. Basta perlustrar as páginas dos Evangelhos, para constatar, de forma reiterada, que Ele veio à Terra num momento apropriado, a fim de revelar verdades novas, objetivando atualizar os velhos conceitos contidos na lei mosaica, os quais já estavam superados.

Fato concludente ocorreu no Horto das Oliveiras, quando o Cristo, em ardente prece dirigida ao Criador, por três vezes consecutivas, rogou que "se fosse possível passasse dele aquele cálice de amargura", acrescentando, logo a seguir: "Contudo, Senhor, seja feita a tua vontade e não a minha."

Se Ele fosse o próprio Deus, ou parte trina de Deus, não haveria necessidade de formular uma ação dessa natureza, dirigida a si próprio. Ele teria resolvido o problema de per si. No cimo do Calvário, pendurado na Cruz, Ele exclamou: "Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito", frase essa que também atesta, de forma clara, a sua dependência em relação ao Criador de todas as coisas.

Em pleno Século das Luzes, quando o Espírito de Verdade já está entre nós para estabelecer toda a Verdade, não há mais lugar para ensinamentos errôneos, nem podem prevalecer velharias, verdadeiros resíduos de discussões estéreis entre homens personalistas e eivados de interesses materiais. A crença na existência de um Deus único é uma das verdades que cumpre ser restabelecida.

Ninguém que se tenha aprofundado na análise dos preceitos 
evangélicos, ou meditado sobre as palavras do Cristo, podem em sã razão proclamar que neles exista qualquer afirmação categórica, ou de Jesus, que conduza à crença que Ele seja o próprio Deus, ou parte trina de Deus. O seu dizer "quem ver o Pai vê a mim, ou "Eu e o Pai somos uno", não significa em absoluto que Ele não tenha uma individualidade própria. Jesus Cristo foi um enviado de Deus e, portanto, seu representante na Terra. Como autêntico embaixador dos céus, que o via, claramente quem o havia enviado.

Os antigos israelitas, apesar de todos os seus preconceitos e vãs tradições alimentavam uma concepção mais realística sobre a unicidade de Deus, embora lhe atribuíssem características profundamente humanas. Não se nota nos livros do chamado Velho Testamento nenhuma passagem que sustente ser Deus uma entidade trina.

Ninguém desconhece que a implantação do dogma da Trindade foi imposição política, ou pelo menos contou com o apoio político do Imperador Constantino, de Roma, que, naquela época, havia se transformado em protetor dos cristãos. Houve intensas contendas, e Ário, que era radicalmente contrário à teoria da Trindade, juntamente com outras mentalidades esclarecidas, foi vencido, porque o Imperador não desejava criar problemas que afetassem a paz do Império. Implantado, nessa época, o dogma persistiu até o presente.

O Espiritismo vem esclarecer os homens em torno dessa questão, restabelecendo as coisas em seus devidos lugares. A Doutrina dos Espíritos proclama que Deus é nosso Pai, uno, indivisível, eterno, imutável, onipotente, onisciente. Jesus é o nosso Irmão Maior, que já colimou elevadíssimo grau de perfeição, mas ainda continua sujeito às leis evolutivas. O chamado Espírito Santo é a comunidade dos Espíritos esclarecidos, obreiros do bem, executores da vontade de Deus, na Terra, lídimos intermediários entre o Céu e a Terra, entre Deus e os homens, sempre sob a égide augusta de Jesus Cristo, o governador do nosso Planeta.

Paulo A. Godoy