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domingo, 25 de outubro de 2015

UM pouco desse grande pesquisador espírita: CANUTO DE ABREU

CANUTO ABREU
O MAIOR PESQUISADOR ESPÍRITA BRASILEIRO
(1892 - 1980)
Biografia de Canuto Abreu:
Silvino Canuto Abreu nasceu em Taubaté, Estado de São Paulo, no dia 19 de janeiro de 1892.
Formou-se em Farmácia aos 17 anos de idade, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na qual também concluiu, em 1923, o curso de Medicina.
Bacharelou-se, ainda, em Direito da Universidade do Rio de Janeiro.
Dr. Canuto logo cedo acostumou-se aos fenômenos mediúnicos, encarando-os como fatos normais em sua vida já que, segundo ele, toda a família era constituída de médiuns.
Entretanto, foi levado definitivamente ao Espiritismo pelos fenômenos provocados, em sua própria casa, pelo espírito Afonso Moreira, com o concurso da médium Maria Leopoldina Barros, conhecida como Mariquita.
Afonso Moreira fora antigo amigo de seu pai e manifestava-se assobiando, conversando baixinho (fenômeno de voz direta), provocada batidas nas portas e janelas, além de aumentar ou diminuir a luz do lampião de gás de xisto betuminoso, comum nas casas daquela época.
Tais fenômenos duram aproximadamente cinco meses, após o que o Espírito Afonso Moreira despediu-se, informando que ia ser levado para um lugar que desconhecia.
Entretanto, ainda uma vez manifestou-se, abrindo a porteira do curral e libertando o gado que lá estava, em virtude de ter ficado bastante zangado com a irmã do Dr. Canuto que, ouvindo-o bater na porta não a abriu, embora sabendo que se trata dele. Dr. Canuto Abreu possuía vasta cultura e sua biblioteca, especializada em metapsíquica, parapsicologia e assuntos correlatos, composta por mais de 10.000 volumes, é o atestado veemente da sua cultura.
Na esfera teológica, empreendeu entre outros trabalhos, a versão direta dos Evangelhos gregos, tomando por base o mais antigo manuscrito do Novo Testamento.
Pesquisou nas bibliotecas do Museu Britânico, do Vaticano e na Biblioteca Nacional de Paris. Profundo conhecedor do Espiritismo no Brasil e no mundo, escreveu, quando ainda circulava a revista "Metapsíquica", vários artigos abordando fatos ocorridos no Brasil, detendo-se com profundeza de detalhes na atuação do Dr. Bezerra de Menezes.
Em 1957, quando da comemoração do primeiro centenário de "O Livro dos Espíritos", o Dr. Canuto Abreu fez publicar, em edição bilíngüe, referida obra, tal qual foi lançada pelo Codificador.
Silvino Canuto Abreu e J. Herculano Pires, à esquerda, compondo a mesa no evento dos 100 anos de O Livros dos Espíritos.
O Espiritismo muito lhe deve pelo muito que fez em favor da divulgação dos seus postulados e pelo incomparável esforço em favor das pesquisas que formam sua parte histórica. Dr. Silvino Canuto Abreu desencarnou na cidade de São Paulo, no dia 2 de maio de 1980.
"Seu desencarne representa uma lacuna nas fileiras do Espiritismo, difícil de ser preenchida, a não ser com a profunda saudade que ele deixou no coração de seus familiares e amigos".
Bibliografia: Anuário Espírita 1981 Folha Espírita - Julho de 1980 - Palavras do Dr. Hernani Guimarães Extraído de "A Caminho da Luz", nº 61, maio/ 81.
Canuto Abreu no Congresso Espírita de 2004
Nas comemorações do bicentenário de Allan Kardec, realizadas em Paris em outubro de 2004, ocorreu um fato muito curioso. No congresso internacional preparado para homenagear o nascimento Codificador registrou-se a presença de centenas de representantes de diversos países – a maioria brasileiros – e de médiuns de grande prestígio no movimento espírita brasileiro. Uma grande expectativa estava no ar. Que personalidades espirituais se manifestariam naquele evento histórico? Talvez os Espíritos que colaboraram na Codificação e na Sociedade Espírita de Paris? Talvez Chico Xavier, Emmanuel, André Luiz, Herculano Pires? Ou então Amélie Boudet ou mesmo o próprio Allan Kardec? Nenhum deles. Muitos participantes confessaram uma certa decepção e surpresa com a manifestação já aguardada do Espírito Léon Denis, mas poucos esperavam uma comunicação de Canuto Abreu, um dos maiores admiradores e divulgadores da obra de Kardec e que caiu no esquecimento e na desconsideração de muitos espíritas.
Mensagem de Canuto Abreu no Congresso Espírita de 2004
Allan Kardec!
Este nome é um marco de um tempo novo. É uma legenda de luz e de força moral que edifica um tempo especial de regeneração humana, e que, ao longo de mais de seis décadas, esteve no mundo das formas para materializar os ensinamentos do Mundo Etéreo, junto às almas terrenas.
Alma de escol, sem embargo, Allan Kardec veio ao planeta para representar no campo físico a Equipe Luminosa do Espírito da Verdade, que jorrava claridade sobre o orbe sob a ação venturosa do Cristo Excelso.
Nesse tempo em que o Espiritismo está no mundo, como esplendente Sol diluindo os miasmas da longa noite moral humana, ainda que pouco a pouco, são incontáveis aqueles que vêm recebendo o sustento para viver com entusiasmo, a motivação para prosseguir nas árduas lutas, sem pensar em fugir dos proscênios dificultosos dessas graves experiências das sociedades terrenas.
Quantos se arredaram das idéias suicidas, pelo entendimento de que ninguém morre essencialmente?
Quantos desistiram do abortamento por terem admitido o acinte que tal coisa representa contra as divinas leis de Deus?
Quantos se decidiram por manter iluminada por Jesus a estrutura do lar, ao verificarem sua importância para o progresso familiar?
Quantos se dedicaram a estudar as leis da vida e a estudar-se, anelando o entendimento e a melhoria de si mesmos?
Quantos abriram mão dos preconceitos de raça, de cor da epiderme, de gênero, de cultura e tantos outros, libertando-se dessa forma de ignorância que se demora no seio das sociedades?
Quantos que se esforçam por servir, por amar, desejosos de se tornarem cada vez mais úteis no campo da existência?
Quantos hão renunciado às pressões do homem-velho, na corajosa busca dos valores do homem-novo, conforme as considerações do Apóstolo Paulo?
Quantos sofrem e choram seus tormentos de agora, conscientes quanto às razões desses complexos dramas, sem se permitir murchar pelo desânimo, ante a visão lúcida que o Espiritismo enseja?
Hoje, quando reconhecemos, na Pátria Espiritual, os inúmeros equívocos que costumamos cometer, quando caminhantes da vilegiatura corporal, vale considerar a importância de fazer com que a gloriosa informação da Codificação penetre nossa intimidade, a fim de que respiremos esse portentoso pensamento espírita, convertendo-o em nossa real filosofia de vida, o que nos capacitará para a conquista da felicidade.
Quantos que ainda supõem que é possível ser espírita sem ajustar a própria existência aos preceitos da Codificação, e que se enganam com essa suposição?
Quantos que ainda crêem na ventura post-mortem longe dos esforços para a superação de limitações e obstáculos encontrados nas vias mundanas, e que se frustram no além?
Acho-me sob intensa emoção. Lutamos, durante um tempo longo, junto aos valorosos Benfeitores do nosso Movimento Espírita Internacional, para que este momento fosse corporificado aqui, nos campos fluídicos da alma francesa. E o Senhor da Vida no-lo consentiu. Mais do que isso, destacou eminentes Numes de vários países para formar a coordenação deste evento, a efeméride do IV Congresso Espírita Mundial, sob a inspiração do próprio Codificador.
Cabe-nos vibrar, então, ao se fecharem as cortinas deste Congresso, certos de que suas luzes não se apagarão. Os elementos energéticos que absorvemos aqui, resguardados por luminosos Prepostos de Jesus, acompanhar-nos-ão como inspiração para os trabalhos futuros e como medicação valiosa para que, daqui para a frente, logremos o fortalecimento da alma para estudar, para amar e servir, mais conscientes dos nossos deveres para conosco, para com Jesus e para com a vida, agora aclarada em seus fundamentos pelos ensinamentos do Espiritismo que, vitorioso no mundo, impulsiona-nos a ter maior clareza e penetração da razão, ao mesmo tempo que, dedicados ao bem, possamos ser felizes.
Deixo o meu abraço emocionado a todos quantos vibraram, vibram e vibrarão com essa realização bendita no solo francês, e a todos desejo paz e muita luz junto à Seara do Espiritismo.
Servidor de todos, agradecido e vibrante,
Silvino Canuto Abreu
(Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, por ocasião da sessão de encerramento do IV Congresso Espírita Mundial, em 05.10.2004, Paris-França)


Fonte:http://www.autoresespiritasclassicos.com/autores%20espiritas%20classicos%20%20diversos/Canuto%20Abreu/Canuto%20Abreu.htm

terça-feira, 9 de julho de 2013

Muitas vidas de Herminio Miranda


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Muitas vidas de Herminio Miranda

Aos olhos estreitos do mundo, a biografia de Herminio Miranda não daria o menor trabalho. Poderia ser resumida neste parágrafo. Filho de portugueses, nasceu em 5 de janeiro de 1920, em Volta Redonda, RJ. Depois de formar-se contador, trabalhou 38 anos na Companhia Siderúrgica Nacional, CSN, até se aposentar. Escritor espírita nas horas vagas, publicou mais de 30 livros, que já passaram de um milhão de exemplares vendidos.

Todavia, para os espíritas, sua biografia não tem nada de pequena. É milenar e se estende por muitas existências. Todas as vidas de Herminio estão sutilmente relatadas na sua obra.

Durante quatro décadas, Herminio participou de grupos mediúnicos pequenos, mas de grande qualidade. Essa foi sua luneta, com a qual examinou, questionou e depois relatou a vida dos Espíritos; seus hábitos, caminhos de sofrimento, descobertas, arrependimentos e alegrias. Suas histórias estão contadas em Diálogo com as Sombras, a série Histórias que os Espíritos Contaram, e tantos outros. Um guia interessante, seguro e prático de suas experiências é Diversidade de Carismas. Ideal para grupos de estudos da mediunidade.

Outro instrumento de pesquisa utilizado por Herminio é o sonambulismo provocado. Herminio, talvez o mais importante e legítimo magnetizador de nosso tempo, aprendeu pelos livros de Albert de Rochas como, por meio de seu princípio vital, conduzir o magnetizado ao estado sonambúlico – descoberto por Mesmer no Magnetismo Animal, ciência irmã do Espiritismo. Allan Kardec conhecia esse fenômeno muito bem, pois estudou o sonambulismo por 35 anos. O livro dos Espíritos tem todo um capítulo sobre o assunto.

Herminio percorreu os arquivos psíquicos de seus magnetizados, e depois relatou os casos e conclusões em suas obras. A mais impressionante experiência foi Eu sou Camille Desmoulins. O autor despertou a lucidez sonambúlica de Luciano dos Anjos e descobriu uma vida anterior de Luciano na França, como o mordaz e ousado jornalista Camille Desmoulins, um dos artífices da Revolução Francesa.

A habilidade de Herminio, em libertar-se do tempo linear e percorrer os arquivos da alma, deu-lhe uma hábil intuição. Como num quebra-cabeça, ele deixou pistas registradas em seus escritos. Um leitor cuidadoso pode pinçar facilmente de seus livros o roteiro das vidas passadas. A obra de Herminio Miranda é uma imensa autobiografia. Os fatos históricos pesquisados por ele relatam sua própria trajetória espiritual, junto ao grupo de Espíritos que lutou pela verdade e liberdade contidas nos ensinamentos do Cristo. Sua dedicação à pesquisa da reencarnação, mediunidade e aos conceitos doutrinários foi laboriosamente construída em diversas vidas.

Cristianismo a mensagem esquecida.

Tudo começou centenas de anos antes de Cristo. Uma de suas sonâmbulas identificou Herminio como sacerdote no Egito. Naquele tempo, uma posição que significa conhecer os mistérios da mediunidade, do magnetismo animal, da cura psíquica e da filosofia sagrada. Mas, seguindo as regras de seu povo, esse conhecimento era mantido apenas aos privilegiados de uma pequena casta. O povo subjugado ficava escravizado pela ignorância. Como esclareceu Emmanuel em A Caminho da Luz os sábios egípcios vieram de outros planetas. Certamente, essa não foi a primeira encarnação de Herminio. Para ter esse conhecimento, no inicio da civilização, veio de outros orbes, com tantos outros, para auxiliar a humanidade, ainda criança.

Passaram-se alguns séculos, o antigo sacerdote despertou com o exemplo de Jesus. 

A doutrina secreta é para todos. 
Vem daí sua admiração pelo mestre. E seu caminho de libertação. Durante o período do Cristianismo Primitivo, a vida cotidiana de Herminio já estava impregnada pelos ensinamentos de Jesus. “Tenho a impressão de haver vivido lá, naquela época”, talvez entre os gnósticos, afirmou o autor em As Duas Faces da Vida. Os primeiros escritos cristãos ficaram perdidos nos pergaminhos destruídos pelo tempo, e, por outro lado, sobreviveram na escrita indelével do registro mental daqueles que vivenciaram os acontecimentos. Essa história – que investigou por sua própria regressão – Herminio ficou nos devendo. Ele não terminou a investigação.
Os detratores do Cristo começaram a combater e deturpar a mensagem da Boa Nova. Foi então que o antigo sacerdote egípcio uniu-se a outros trabalhadores. Pôs sua pena a serviço da resistência consciente diante da luta sangrenta contra a mensagem libertadora. Isso ocorreu na época dos Cátaros (Idade Média). “Não há dúvida de que o catarismo foi um dos mais convincentes precursores do Espiritismo. (...) Seu propósito era o de um retorno à pureza original do Cristianismo”, contou Herminio, em As Duas Faces da Vida.

O caminho, a verdade e a vida
Tempos depois, quando a falsa interpretação tomou as rédeas da Igreja na Idade média, ressurgiu Herminio ao lado de Lutero, na figura de Melanchton, auxiliando a corajosa Reforma Protestante. Redigiu então a confissão de Augsburgo, ponto de referência da separação entre católicos e protestantes. Ao concluir esse texto, assinado pelos príncipes germânicos, Melanchton definiu a firme resolução de restaurar a doutrina cristã: “Pedro proíbe que os bispos dominem e coajam as igrejas. Pede-se apenas o seguinte: que permitam seja o Evangelho ensinado de maneira pura. Se não fizerem isso, então vejam lá eles mesmos como responderão perante Deus pelo fato de com essas teimosias darem causa a cisma”, escreveu na Confissão.
Mas essa tarefa restauradora, anunciada por Jesus como a vinda do Consolador Prometido, cabia a Allan Kardec. Herminio estava lá. E nesse tempo viveu um papel anônimo, como inglês, pai do poeta Robert Browning. Nessa encarnação, Herminio passou seus últimos anos de vida em Paris e desencarnou em 1866. Dialogou com o Codificador, propôs algumas questões. Estava realizando a tarefa de compreender as explicações científicas e filosóficas esclarecedoras da Doutrina Espírita, para continuar sua missão.

Em 1920, atravessou o oceano, finalmente nasceu no Brasil, pátria atual da Doutrina Espírita –que anda esquecida na sua terra natal, França. A primeira geração de pesquisadores, Albert de Rochas, Crookes, Wallace, tiveram a preocupação de provar ao mundo a existência do espírito. Herminio não. Toma os postulados espíritas como lei natural. O Espiritismo segue o caminho do conhecimento humano, sua doutrina se confunde com a vida, e dela brota a verdade. Eis aí ressurgida a palavra original do Cristo: caminho, verdade e vida.
Sua obra se explica pelas palavras de Platão: “Aprender é recordar”. É o que fez Herminio nos últimos 50 anos. Lembrou os estudos, pesquisas e fatos vividos em sua história multimilenar. O antigo sacerdote do Egito rendeu-se à liberdade de consciência. De detentor do conhecimento passou a divulgar a Doutrina. Trocou o poder pela educação. Não estamos aqui idolatrando ou endeusando Herminio. Ele não se destaca de todos nós. É apenas um escriba fiel e consciente, de ontem, hoje e amanhã.

As Duas Faces da Vida, sua mais recente produção, é um livro que reúne textos, conferências e entrevistas recolhidos nos arquivos minuciosos do autor. É uma amostra, em parte inédita, de sua trajetória literária. Aos leitores que já o conhecem, a obra acrescenta novas histórias e conceitos, em seu estilo inconfundível. Ao novo leitor, é uma apresentação atual que certamente o encaminhará para as outras obras de seu acervo.

FONTE: Revista Universo Espírita nº 19, encarte Universo Literário nº 2