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domingo, 10 de novembro de 2013

ALÉM DO SONO

 Calderaro

       
A nossa reunião na noite de 17 de fevereiro de 1955 foi assinalada por verdadeiro regozijo.
É que, através dos recursos psicofônicos do médium, nosso grupo recebeu pela primeira vez a palavra direta do Instrutor Espiritual Calderaro (1), cuja presença nos sensibilizou muitíssimo.
Em sua alocução aborda alguns apontamentos alusivos à nossa conduta espiritual durante o sono físico, estudo esse que consideramos de real valor para a nossa edificação.


 De passagem por nosso templo, rogo vênia para ocupar-lhes a atenção com alguns  apontamentos ligeiros, em torno de nossas tarefas habituais.
Dia e noite, no tempo, simbolizam existência e morte na vida.
Não há morte libertadora sem existência edificante.
Não há noite proveitosa sem dia correto.
Vocês não ignoram que a atividade espiritual da alma encarnada estende-se além do sono físico; no entanto, a invigilância e a irresponsabilidade, à frente de nossos compromissos, geram em nosso prejuízo, quando na Terra, as alucinações hipnogógicas, toda vez que nos confiamos ao repouso.
É natural que o dia mal vivido exija a noite mal assimilada.
O espírito menos desperto para o serviço que lhe cabe, certamente encontrará, quando desembaraçado da matéria densa, trabalho imperioso de reparação a executar.
Por esse motivo, grande maioria de companheiros encarnados gasta as horas de sono  exclusivamente em esforço compulsório de reajuste.
Mas, se o aprendiz do bem atende à solução dos deveres que a vigília lhe impõe, torna- se, como é justo, além do veículo físico, precioso auxiliar nas realizações da Esfera Superior.
Convidamos, assim, a vocês quanto a outros amigos a quem nossas palavras possam chegar, à tarefa preparatória do descanso noturno, através do dia retamente aproveitado, a fim de que a noite constitua uma província de reencontro das nossas almas, em valiosa conjugação de energias, não somente a benefício de nossa experiência particular, mas também a favor dos nossos irmãos que sofrem.
Muitas atividades podem ser desdobradas com a colaboração ativa de quantos ainda se prendem ao instrumento carnal, principalmente na obra de socorro aos enfermos que enxameiam por toda parte.
Vocês não desconhecem que quase todas as moléstias rotineiras são doenças da idéia, centralizadas em coagulações mentais, e somente idéias renovadoras representam remédio decisivo.
Por ocasião do sono, é possível a ministração de amparo direto e indireto à vítimas dos labirintos de culpas e das obsessões deploráveis, por intermédio da transfusão de fluídos e  de raios magnéticos, de emanações vitais e de sugestões salvadoras que, na maior parte dos casos, somente os encarnados, com a assistência da Vida Superior, podem doar a outros encarnados.
E benfeitores da Espiritualidade vivem a postos, aguardando os enfermeiros de boa- vontade, samaritanos da caridade espontânea, que, superando inibições e obstáculos, se transformem em cooperadores diligentes na extensão do bem.
Se vocês desejam partilhar semelhante concurso, dediquem alguns momentos à oração, cada noite, antes do mergulho no refazimento corpóreo.
Contudo, não basta a prece formulada só por só.
É indispensável que a oração tenha bases de eficiência no dia bem aproveitado, com abstenção da irritabilidade, esforço em prol da compreensão fraterna, deveres irrepreensivelmente atendidos, bons pensamentos, respeito ao santuário do corpo, solidariedade e entendimento para com todos os irmãos do caminho, e, sobretudo, com a calma que não chegue a ociosidade, com a diligência que não atinja a demasiada preocupação, com a bondade que não se torne exagero afetivo e com a retidão que não seja aspereza contundente.
Em suma, não prescindimos do equilíbrio que converta a oração da noite numa força de introdução à espiritualidade enobrecida, porque, através da meditação e da prece, o homem começa a criar a consciência nova que o habilita a atuar dignamente fora do corpo adormecido.
Consagrem-se à iniciação a que nos referimos e estaremos mais juntos.
É natural não venham a colher resultados, de imediato, nas faixas mnemônicas, mas, pouco a pouco, nossos recursos associados crescerão, oferecendo-nos mais alto sentido de  integração com a vida verdadeira e possibilitando-nos o avanço progressivo no rumo de mais amplas dimensões nos domínios do Universo.
Aqui deixamos assinalada nossa lembrança que encerra igualmente um apelo ao nosso trabalho mais intensivo na aplicação prática ao ideal que abraçamos, porque a alma que se devota à reflexão e ao serviço, ao discernimento e ao estudo, vence as inibições do sono fisiológico e, desde a Terra, vive por antecipação na sublime imortalidade.

 Calderaro
Francisco Cândido Xavier. Da obra: Instruções Psicofônicas. Ditado Espíritos Diversos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

SIMÃO, DORMES? (...)"As pessoas que não se capacitam das responsabilidades de que se acham investidas, ou que não despertam para a vivência dos ensinamentos evangélicos, passam pela vida sem ter vivido, pois uma existência perdida poderá redundar em séculos de retardamento no processo evolutivo do Espírito..."


"E, CHEGANDO, ACHOU-OS DORMINDO, E DISSE A PEDRO: SIMÃO, DORMES? NÃO PODES VIGIAR UMA HORA?"
"E ESTANDO UM CERTO MANCEBO, POR NOME EUTICO, ASSENTADO NUMA JANELA,
CAIU DO TERCEIRO ANDAR, TOMADO DE SONO PROFUNDO QUE LHE SOBREVEIO
DURANTE O EXTENSO DISCURSO DE PAULO". (ATOS, 20:9)
Os apóstolos Pedro, Tiago e João acompanharam o Mestre ao Horto das Oliveiras, onde o assessoraram numa invocação espiritual das mais decisivas, cuja finalidade principal consistiu em entrar em contato com o plano espiritual superior a fim de sondar, uma vez mais, os sábios desígnios de Deus em torno do desfecho do Messiado de Jesus na Terra.
Numa autêntica sessão espírita, o Cristo entrou em comunicação com o Alto e rogou: Pai, se for possível, passa de mim este cálice, mas faça-se a tua e não a minha vontade. Os três apóstolos, entretanto, subjugados por forças inferiores do plano espiritual, interessadas no malogro da missão redentora de Jesus, adormeceram e, apesar de o Mestre acordá-los mais de uma vez, persistiram naquele sono profundo.
Eutico, por sua vez, atraído pela maravilhosa pregação de Paulo, na cidade de Troas, assentara-se numa janela do terceiro andar do prédio onde o apóstolo fazia a sua pregação. O discurso fora bastante prolixo e o jovem não vigiou suficientemente, sendo tomado também de profundo sono, caiu de grande altura, sendo dado por morto. O apóstolo dos Gentios, descendo, inclinou-se sobre ele e disse: Não vós perturbeis, que a sua alma nele está.
O Evangelho segundo Lucas (12:35-38) nos legou o seguinte ensinamento de Jesus: Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias. E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu Senhor quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe. Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando. Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar-se à mesa e chegando servirá. E se vier na segunda vigília, e se vier na terceira e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos.

Todas essas narrativas evangélicas têm um escopo: demonstrar que o Espírito é pronto, mas a carne é fraca. O Mestre recomendou aos três apóstolos que participando daquela fase decisiva e angustiante do seu Messiado: Orai e vigiai para não cairdes em tentação.
A advertência de Jesus é extensiva aos homens de todos os tempos, que dormem no esquecimento dos mais rudimentares deveres de ordem espiritual, malbaratam os talentos que lhe foram confiados agindo semelhantemente àquele homem da parábola que egoisticamente, enterrou o talento que lhe fora confiado tornando-o improdutivo e destituído de qualquer benefício para o próximo.

As pessoas que não se capacitam das responsabilidades
de que se acham investidas, ou que não despertam para a vivência dos ensinamentos evangélicos, passam pela vida sem ter vivido, pois uma existência perdida poderá redundar em séculos de retardamento no processo evolutivo do Espírito.

Muitos homens se configuram animosos no desempenho de tarefas relevantes, mas não tomam o devido cuidado no trato de assuntos que dizem respeito ao Espírito. Muitos homens se configuram animosos no desempenho de tarefas relevantes, mas não tomam o devido cuidado no trato de assuntos que dizem respeito ao Espírito, preferindo antes se engolfarem no desfiladeiro do erro, pervertendo seus valores morais e aniquilando os atributos que, por força das tarefas de que se acham investidos, lhe são outorgados na Terra.
Na Parábola do Semeador, notamos que uma parte da semente caiu à beira da estrada e foi devorada pelas aves. Eutico se enquadrou perfeitamente no rol dos homens que são simbolizados por essa parte da semente, são os que, no dizer evangélico, recebem as palavras oriundas do plano superior, mas não lhes dão guarida, sendo elas racilmente subtraídas pelos Espíritos malignos, interessados am manter os homens distanciados de Deus.

Entretanto, pelo menos uma semente ficou semeada no coração daquele mancebo. Ele foi dado por morto, mas Paulo afirmou que ele ainda estava vivo, para comprovar aquilo que Jesus ensinou: Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. (João, 5:24)

Eutico já não poderia morrer para as coisas do Espírito,
pois já havia vislumbrado a centelha dos ensinamentos evangélicos, que Paulo fora divulgar em Troas. Na realidade ele dormira, pois a carne é fraca e naquela contingência investida dos Espíritos trevosos fora arrasadora, entretanto o seu Espírito estava pronto para assimilar o conhecimentos novos que Paulo ali fora ministrar, o qual o levaria descortinar um novo mundo onde todos se sentiam felizes, úteis a Deus, abominando o servilismo às coisas de César.

Os três apóstolos de Jesus também sofreram o impacto da ofensiva dos espíritos das trevas, porém, suas almas estavam iluminadas pelas luzes da consoladora Doutrina que Jesus Cristo viera revelar, o que fazia com que estivessem vigilantes interiormente.

O ensinamento propiciado por estas duas passagens evangélicas representa incisiva admoestação àqueles dormem sobre as riquezas e as glórias efêmeras da Terra, tornando-se avaros, egoístas e orgulhosos, aos que repousam sobre as várias formas de viciações, esquecidos das aquisições de ordem espiritual que impulsionam a criatura para o Criador, aos que se locupletam com as vantagens temporárias que muitas vezes a vida oferece e postergam as coisas que enobrecem a alma, as únicas que são permanentes e que acompanham os Espíritos em sua trajetória evolutiva.
A Parábola do Trigo e do Joio, narrada em Mateus, 13:24-30, descreve: Assemelha-se o reino dos céu homem que semeou boa semente em seu campo. Enquanto porém, dormiam os homens veio inimigo dele e semeou por cima do joio. Jerônimo, o grande doutor da igreja (Patrol, Lat. vol 26 col. 93), previne os chefes da igreja para que não durmam, para que não se façam semeaduras de heresias entre os fiéis.
Deparamos, portanto, também nessa parábola com a necessidade de nos mantermos vigilantes, a fim de que as deturpações doutrinárias não venham a se constituir em embaraços para a propagação das verdades enunciadas pelo Cristo e hoje consagradas pelo Espiritismo.
Paulo A. Godoy
Livro: Crônicas Evangélicas

sábado, 28 de julho de 2012

ALÉM DO SONO

Nota do Blog: Muito importante refletir nesta mensagem em que os recursos de desprendimento ocorrido na hora do sono pode reverter em benefício desde que usamos este tempo para edificação de valores que venham contribuir para nossa melhoria . Nos atenta que a maneira de vivermos no dia a dia  poderá nos conduzir a lugares indesejosos e a companhias perniciosas nos levando a vícios durante o nosso sono físico, e geralmente ao despertarmos do sono físico levantamos cansados, irritados devido a nossa visitas e companhias em lugares nada recomendáveis.... Pensemos nisto, o quanto é importante estarmos trabalhando para o nosso aperfeiçoamento no plano espiritual durante o sono físico.
Negy




ALÉM DO SONO
A nossa reunião na noite de 17 de fevereiro de 1955 foi assinalada por
verdadeiro regozijo. É que, através dos recursos psicofônicos do médium,
nosso grupo recebeu pela primeira vez a palavra direta do Instrutor Espiritual
Calderaro (1), cuja presença nos sensibilizou muitíssimo. Em sua alocução
aborda alguns apontamentos alusivos à nossa conduta espiritual durante o
sono físico, estudo esse que consideramos de real valor para a nossa
edificação.
De passagem por nosso templo, rogo vênia para ocupar-lhes a atenção com
alguns apontamentos ligeiros, em torno de nossas tarefas habituais.
Dia e noite, no tempo, simbolizam existência e morte na vida.
Não há morte libertadora sem existência edificante.
(1) Trata-se do Instrutor Espiritual a que se reporta André Luiz, em seu livro
“No Mundo Maior”. — Nota do organizador.
Não há noite proveitosa sem dia correto.
Vocês não ignoram que a atividade espiritual da alma encarnada estende-se
além do sono físico; no entanto, a invigilância e a irresponsabilidade, à frente de
nossos compromissos, geram em nosso prejuízo, quando na Terra, as alucinações
hipnogógicas, toda vez que nos confiamos ao repouso.
É natural que o dia mal vivido exija a noite mal assimilada.
O espírito menos desperto para o serviço que lhe cabe, certamente encontrará,
quando desembaraçado da matéria densa, trabalho imperioso de reparação a
executar.
Por esse motivo, grande maioria de companheiros encarnados gasta as horas
de sono exclusivamente em esforço compulsório de reajuste.
Mas, se o aprendiz do bem atende à solução dos deveres que a vigília lhe
impõe, torna-se, como é justo, além do veículo físico, precioso auxiliar nas
realizações da Esfera Superior.
Convidamos, assim, a vocês, tanto quanto a outros amigos a quem nossas
palavras possam chegar, à tarefa preparatória do descanso noturno, através do dia
retamente aproveitado, a fim de que a noite constitua uma província de reencontro
das nossas almas, em valiosa conjugação de energias, não somente a benefício de
nossa experiência particular, mas também a favor dos nossos irmãos que sofrem.
Muitas atividades podem ser desdobradas com a colaboração ativa de quantos
ainda se prendem ao instrumento carnal, principalmente na obra de socorro aos enfermos
que enxameiam por toda parte.
Vocês não desconhecem que quase todas as moléstias rotineiras são doenças
da idéia, centralizadas em coagulações de impulsos mentais, e somente idéias
renovadoras representam remédio decisivo.
Por ocasião do sono, é possível a ministração de amparo direto e indireto às
vítimas dos labirintos de culpa e das obsessões deploráveis, por intermédio da
transfusão de fluidos e de raios magnéticos, de emanações vitais e de sugestões
salvadoras que, na maior parte dos casos, somente os encarnados, com a assistência da Vida Superior, podem doar a outros encarnados.
E benfeitores da Espiritualidade vivem a postos, aguardando os enfermeiros de
boa-vontade, samaritanos da caridade espontânea, que, superando inibições e obstáculos,
se transformem em cooperadores diligentes na extensão do bem.
Se vocês desejam partilhar semelhante concurso, dediquem alguns momentos à
oração, cada noite, antes do mergulho no refazimento corpóreo.
Contudo, não basta a prece formulada só por só.
É indispensável que a oração tenha bases de eficiência no dia bem aproveitado,
com abstenção da irritabilidade, esforço em prol da compreensão fraterna, deveres
irrepreensivelmente atendidos, bons pensamentos, respeito ao santuário do corpo,
solidariedade e entendimento para com todos os irmãos do caminho, e, sobretudo,
com a calma que não chegue a ociosidade, com a diligência que não atinja a
demasiada preocupação, com a bondade que não se torne exagero afetivo e com a
retidão que não seja aspereza contundente.
Em suma, não prescindimos do equilíbrio que converta a oração da noite numa
força de introdução à espiritualidade enobrecida, porque, através da meditação e da
prece, o homem começa a criar a consciência nova que o habilita a atuar
dignamente fora do corpo adormecido.
Consagrem-se à iniciação a que nos referimos e estaremos mais juntos.
É natural não venham a colher resultados, de imediato, nas faixas mnemônicas
da recordação, mas, pouco a pouco, nossos recursos associados crescerão,
oferecendo-nos mais alto sentido de integração com a vida verdadeira e
possibilitando-nos o avanço progressivo no rumo de mais amplas dimensões nos
domínios do Universo.
Aqui deixamos assinalada nossa lembrança que encerra igualmente um apelo
ao nosso trabalho mais intensivo na aplicação prática ao ideal que abraçamos,
porque a alma que se devota à reflexão e ao serviço, ao discernimento e ao estudo,
vence as inibições do sono fisiológico e, desde a Terra, vive por antecipação na sublime
imortalidade.
Calderaro

Livro: Instruções psicofônicas