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terça-feira, 25 de setembro de 2012

A PRECE REFRATADA : “– A prece refratada é aquela cujo impulso luminoso teve a sua direção desviada, passando a outro objetivo(...) a súplica que não age pode ser uma flor sem perfume"


 Revista O Reformador



JOSÉ JORGE
 
Setembro de 2000 

"A prece é uma elevação da alma até Deus, ou um ato de amor e adoração
para com Aquele a quem se deve esta maravilha a que se chama vida.”1*

“A verdadeira oração representa um estado místico em que a consciência
se absorve em Deus.”2*

“Para orar, basta somente o esforço de nos elevarmos até Deus; tal esforço, porém, deve ser afetivo e não intelectual.”3*

“Segundo São Luiz Gonzaga, o cumprimento do dever é equivalente à oração.”4*

“A oração feita por outrem é sempre mais fecunda do que a feita pela própria
pessoa.”5*

Léon Denis assim se manifesta sobre a oração:
“Orar é voltar-se para o Ser eterno, é expor-lhe nossos pensamentos e nossas
ações, para os submeter à sua Lei e fazer da sua vontade a regra de nossa
vida; é achar, por esse meio, a paz do coração, a satisfação da consciência.”6*

É ainda Léon Denis quem diz:
“Seria um erro julgar que tudo podemos obter pela prece, que sua eficácia implique em desviar as provações inerentes à vida. A lei de imutável justiça não se curva aos nossos caprichos. Os males que desejaríamos afastar de nós são, muitas vezes, a condição necessária ao nosso progresso.”7*

Jesus valorizava a oração e, por muitas vezes, deu o exemplo, também orando. É só consultarmos:
Mateus: 14:23; 26:39; 26:42; 26:44. Marcos: 1:35; 6:46; 14:32; 14:35. Lucas:3:21; 5:16; 6:12; 9:18; 9:28; 9:29; 22:41 e 44. João: 12:27-28 e 17:1-26.

A oração pode ser para um pedido, um agradecimento ou uma glorificação.
As preces de glorificação são as de mais alto grau, pois reconhecem o Amor e a Justiça de Deus. São próprias dos Espíritos mais evoluídos.

Em “O Livro dos Espíritos”, questões 658 a 666, encontramos vários ensinamentos
sobre a prece:
“O essencial não é orar muito, mas orar bem.” (660.)
“A prece não esconde as faltas.” É preciso mudar de proceder. (661.) A prece torna mais suportáveis nossas provas, mas não as evita. (663.)

A prece pelos mortos e pelos sofredores não muda os desígnios de Deus, mas dá alívio. (664.)

Existe, ainda, um tipo de prece bem diferente das conhecidas:
a Prece Refratada.
A refração é uma lei física que consiste no desvio que os raios de luz, calor ou som sofrem em sua direção, quando passam de um meio para outro, isto é, mudam de direção quando encontram um meio diferente durante seu percurso.
André Luiz nos dá uma interessante explicação sobre a Prece Refratada.
Num diálogo entre Hilário e Clarêncio, este lhe fala da referida prece.
Curioso, Hilário lhe pede maiores esclarecimentos que Clarêncio prontamente transmite:
“– A prece refratada é aquela cujo impulso luminoso teve a sua direção
desviada, passando a outro objetivo.”8*
Mais adiante, Clarêncio ilustra sua explicação: “(...) Evelina recorre ao espírito materno que não se encontra em condições de escutá-la, mas a solicitação
não se perde... Desferida em elevada freqüência, a súplica de nossa irmãzinha
vara os círculos inferiores e procura o apoio que lhe não faltará.”9*

Noutro trecho, esclarece ainda o autor:
“(...) a súplica que não age pode ser uma flor sem perfume. Peçamos o socorro do Senhor, algo realizando para contribuir em seu apostolado divino...”10* 

Referências Bibliográficas:

1. CARREL, Alexis, A Oração, Livraria Tavares Martins, Porto, 1945.
2. Idem, p. 17.
3. Idem, p. 19.
4. Idem, p. 20.
5. Idem, p. 35.
6. DENIS Léon, O Grande Enigma. Rio de Janeiro: FEB. 11. ed. 1999, cap. VII, p. 98.
7. DENIS Leon. Depois da Morte. Rio de Janeiro: FEB. 20. ed. 1997, cap. LI, p. 297.
8. XAVIER Francisco Cândido. (André Luiz). Entre a Terra e o Céu. Rio de Janeiro: FEB, 17. ed.
FEB 1997, cap. II, p. 14.
9. Idem, p. 16.
10. Idem, cap. XXV, p. 157.