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sábado, 18 de agosto de 2012

Tem base bíblica o Espiritismo, e é dogmático o outro cristianismo

Crônicas e Artigos
Ano 6 - N° 274 - 19 de Agosto de 2012
JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte, MG (Brasil)
      
 


Pouco se fala da diferença entre os dois cristianismos: o bíblico e o dogmático. Mas até guerras eles já causaram.
Há dogmas que unem os cristãos. Mas há os que os dividem como os dogmas da Transubstanciação e da infalibilidade papal.
Os adeptos do cristianismo espírita procuram não ser apenas alunos do excelso Mestre, ou seja, aqueles que só estudam o seu evangelho, mas esforçam-se também para serem seus discípulos, pois eles têm como princípio religioso e moral a vivência de fato do evangelho. Realmente, o Espiritismo segue apenas a Bíblia, superando nisso a Igreja Católica e demais igrejas cristãs. E a doutrina dos Espíritos não aceita os dogmas, que foram imaginados e instituídos pelos teólogos com base em interpretações abusivas simbólicas e literais da Bíblia, e isso quando eles não são frontalmente contrários a ela. Por isso, o Espiritismo é a religião cristã mais combatida por católicos, protestantes e evangélicos.
E há mais um fator que agrava esses ataques. Os líderes religiosos espíritas são voluntários no seu trabalho de divulgação do evangelho. Assim, enquanto os outros líderes religiosos cristãos vivem da sua religião, os líderes cristãos espíritas vivem para a sua religião. Jesus disse que não podemos servir a Deus e a mamom (deus da riqueza). E, exatamente por ser o Espiritismo assim diferente, é que o caluniam de macumbaria, feitiçaria, doentes mentais, superstição, charlatanice, contato com os demônios (na interpretação ainda errada de muitos cristãos) etc. Mas como as pessoas, em sua maioria, não estão mais acreditando nessas mentiras e calúnias, muitos líderes religiosos não espíritas estão apelando agora para outra tática, gritando para os quatro cantos do mundo que o Espiritismo não é cristão, porque não aceita os dogmas, entre eles, o polêmico e politeísta, que quer sustentar que Jesus é outro Deus, dogma esse decretado no tumultuado Concílio Ecumênico de Niceia (325). É um direito que os teólogos ainda tentem sustentar esse dogma, mas também que eles não estranhem que o cristianismo tradicional está, lamentavelmente, em decadência, e que o Islamismo está avançando na Europa, continente que sempre foi um terreno fértil para a difusão e crescimento do Cristianismo.
O Espiritismo não segue a Bíblia às cegas, pois Deus nos deu a inteligência para ser usada. A Bíblia contém a palavra de Deus ou dos Espíritos, anjos de Deus trabalhando no seu projeto. (Hebreus 1:14).  E é errado afirmar que a Bíblia é literalmente a palavra de Deus. Esse erro decorre do fato de os teólogos do passado pensarem que todo Espírito manifestante na Bíblia fosse o do próprio Deus, quando isso nunca aconteceu.
E eis um exemplo de que até satanás é confundido com o Espírito do próprio Deus. O Senhor incita Davi a fazer o censo dos israelitas. (2 Samuel 24:1). Mas, em outra parte bíblica, é satanás que incita Davi a fazer esse censo. (1 Crônicas 21:1). Também se diz no episódio da sarça ardente (Êxodo 3:7) que foi Deus que falou com Moisés. Mas Paulo, Atos (7:30), afirma que foi um anjo, isto é, um Espírito.
O Espiritismo, realmente, segue a Bíblia, mas com uma interpretação raciocinada, como é raciocinada também a sua fé!
 

domingo, 5 de agosto de 2012

AS DUAS TEOLOGIAS

AS DUAS TEOLOGIAS
José Reis Chaves
Jamais considerei os teólogos ignorantes e pouco inteligentes. É o contrário, tenho-os
como muito inteligentes, pois eles até conseguem a proeza de convencerem muitas pessoas a
acreditarem piamente em coisas em que eles próprios não acreditam.
Ao se referir aos sacerdotes judeus de sua época, o Mestre já aconselhava as pessoas
a fazerem o que eles mandavam, mas que elas não os imitassem em suas obras (Mateus
23,3). Obviamente, nem todos os sacerdotes daquela época e de hoje são hipócritas, pois há
os que, mesmo estando errados, são de boa fé.
Admiro as teses filosóficas de Kardec e de São Tomás de Aquino, quando este afirma
que Deus é o único ser incontingente, e quando aquele define Deus como sendo a causa
primária de todas as coisas. Ser incontingente é o que não tem causa ou não é causado. Para
São Tomás todos os demais seres são contingentes, pois que são causados. E a causa
primária de Kardec sobre Deus é também uma causa não causada, pois é a primeira ou a
causa anterior a qualquer outra.
Costumo chamar Deus, o ser incontingente, a causa primária e também o Único e o
Brâman dos orientais, de Deus absoluto, e de deuses relativos todos os seres contingentes,
causados, gerados ou criados. Todos nós, pois, inclusive Jesus Cristo, somos deuses relativos:
“Vós sois deuses” (Salmo 82,6; São João 10,34; e 1 Samuel 28,13).
Jesus Cristo, só por ser Filho de Deus, torna-se “ipso facto” um ser contingente e,
portanto, um Deus relativo. Aliás, para São Paulo, Jesus Cristo é o primogênito das criaturas.
Ora, Deus mesmo é criador e jamais criatura.
As idéias tomistas e kardecistas sobre Deus são compatíveis com uma teologia racional
e à prova da crítica textual bíblica. Mas é óbvio que são incompatíveis com uma outra
teologia, ou seja, a teologia antibíblica, profissional e que manipula as pessoas, a qual,
infelizmente, tem muitos inocentes úteis por esse mundo afora