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terça-feira, 19 de março de 2013

PELA REVIVESCÊNCIA DO CRISTIANISMO."Irmãos e amigos. Ainda é para o estudo e a prática do Evangelho, em sua primitiva pureza, que tereis de voltar o vosso entendimento, se quiserdes salvar da destruição o patrimônio de conquistas grandiosas da vossa civilização."

PELA  REVIVESCÊNCIA  DO  CRISTIANISMO
Emmanuel

Irmãos e amigos. Ainda é para o estudo e a prática do Evangelho, em sua primitiva pureza, que tereis de voltar o vosso entendimento, se quiserdes salvar da destruição o patrimônio de conquistas grandiosas da vossa civilização.
 
ÉPOCA DE DESOLAÇÃO
 
Tocastes a época da desolação, em que os homens não mais se compreendem uns aos outros. A morte de todos os vossos ideais de concórdia, a falência dos vossos institutos pró-paz requerem a atenção acurada da Sociologia e esta somente poderá solucionar os problemas que vos assoberbam, cheios de complexidades e transcendência, com o estudo do Evangelho do Cristo, porém, não segundo os ditames da convenção social, que há muitos séculos vem transformando o ideal de perfeição do Crucificado num acervo de exterioridades, que os homens adotaram por questões de esnobismo ou de acordo com os interesses da facção ou da personalidade.
Novos sistemas políticos, sobre as bases dos nacionalismos que vêm criando no seio dos povos a terrível autarquia, ou sobre os alicerces frágeis desse comunismo que objetiva a extinção do sagrado instituto da família, apenas correrão o orbe com a sua feição de ideologias ocas, envenenando os espíritos e intoxicando as consciências.
 
A NORMA DE AÇÃO EDUCATIVA
 
O psicólogo, o pedagogista, o formados das novas gerações, para entrarem na arena da luta a prol do aperfeiçoamento de cada individualidade sobre a Terra, terão de buscar a sua norma de ação dentro do próprio Cristianismo, em sua simplicidade inicial, se não quiserem que a Humanidade atinja a culminância dos arrasamentos e das destruições.
As religiões literalistas passaram, desdobrando com as suas filosofias, sobre a fronte da Humanidade, um manto rico de fantasias e de concepções variadas, mas baldas de essência e de espírito que lhes vivificassem os ensinamentos.
 
A FALHA DA IGREJA ROMANA
 
A Igreja Católica, amigos, que tomou a si o papel de zeladora das idéias e das realizações cristãs, pouco após o regresso do Divino Mestre às regiões da Luz, falhou lamentavelmente aos seus compromissos sagrados. Desde o concílio ecumênico de Nicéia, o Cristianismo vem sendo deturpado pela influenciação dos sacerdotes dessa Igreja, deslumbrados com a visão dos poderes temporais sobre o mundo. Não valeu a missão sacrossanta do iluminado da úmbria, tentando restabelecer a verdade e a doutrina de piedade e de amor do Crucificado para que se solucionasse o problema milenar da felicidade humana.
As castas, as seitas, as classes religiosas, a intolerância do clericalismo constituíram enormes barreiras a abafarem a voz das realidades cristãs. A moral católica falhou aos seus deveres e às suas finalidades.
A Espanha atual, alimentada de catecismo romano desde a sua formação, é bem, com os seus incêndios e depredações de tudo o que fora feito, um atestado da falência dos ensinamentos ou da orientação de Roma para alcançar o desiderato do progresso coletivo e da ética social.
Não nos elícito influenciar os homens e as suas instituições. Todavia, podemos apreciar a influência das idéias sobre as massas, apreciando-lhes os resultados. É o que desejamos evidenciar, solicitando vossa atenção para o complexo de fenômenos dolorosos, de ordem social e política, que vindes observando há alguns anos. Fazendo-o, temos o objetivo de vos demonstrar a que resultado conduziu os povos a deturpação da palavra do Cristo, e a necessidade de voltar-se o raciocínio individual e coletivo para a compreensão dos deveres que dela decorrem.
 
O PROPÓSITO DOS ESPÍRITOS
 
O nosso propósito, na atualidade, é cooperar convosco pela obtenção da paz e da concórdia no seio da coletividade humana.
Agora, filhos, já não são mais os homens os donos do trabalho, os senhores absolutos da tarefa. Tomando por seus companheiros os de boa-vontade que se acham aí no planeta, buscando o aprimoramento anímico e psíquico onde aí se encontrem, são os gênios do Espaço que, sob a égide do Divino Mestre, vêm proclamar, por entre as sociedades terrenas, as consoladoras verdades, as grandiosas verdades.
Já agora, não mais se poderá abafar o ensinamento no silêncio escuro dos calabouços, porquanto uma nova concepção do direito e da liberdade felicita as criaturas.
É em razão disso que os túmulos falam, que os mortos voltam da sombra e do amontoado das cinzas, para dizer-vos que a vida é o eterno presente e que a imortalidade, dentro dos institutos da justiça incorruptível, que nos observa e julga, é um fato incontestável.
Conclamando os homens, nossos irmãos, trazemos a todos o fruto abençoado de nossas penosas existências, asseverando a cada um que o problema da paz e da felicidade está solucionado no estatuto divino. Todas as nossas atividades objetivam a revivescência do Cristianismo na Terra, de modo que um templo se levante em cada lar e um hostiário em cada coração.
Auxiliai-nos, trazendo-nos o concurso da vossa boa-vontade, de vosso querer; ajudai-nos em nossos propósitos benditos de reedificação do Templo de Jesus, de cujos altares os maus sacerdotes se descuidaram, levados pelos cantos de sereia da vaidade e dos interesses do mundo.
Que o Mestre abençoe a cada um de vós, fortalecendo-vos a fé, para que possamos com Ele, com a sua proteção e a sua misericórdia, vencer na luta em que nos achamos emprenhados.

Fonte: Livro “EMMANUEL” – Psicografia Chico Xavier – Espírito Emmanuel

AS PRETENSÕES CATÓLICAS ."a igreja não esconde o seu propósito de escravizar ainda as consciências humanas e, com os seus continuados pruridos de hegemonia sobre todos os outros cultos, revela suas fundas saudades do Santo Ofício, para algemar o pensamento dos homens às enxovias dos seus interesses."..."(...)Nenhum culto, que se prenda a Deus pela devoção e por determinados deveres religiosos, tem o direito de interferir nos movimentos transitórios do Estado, como este último não tem o direito de interferir na vida privada da personalidade, em matéria de gosto, de sentimento e de consciência, segundo as velhas fórmulas do liberalismo"..., ... Os tempos apostólicos, que ainda iluminam o coração da Humanidade sofredora, até os tempos modernos, pela sua união com o Evangelho, foram muito curtos. Não tardou que a organização dos bispos romanos preponderasse sobre todos os núcleos do verdadeiro Cristianismo, sufocando-os com as suas forças temporais. Inventaram-se todas as novidades para o ideal de simplicidade e pureza de Jesus e, desde épocas remotas, o Catolicismo é bem retrato do farisaísmo dos tempos judaicos, que conduziu o Divino Mestre á crucificação....

AS   PRETENSÕES  CATÓLICAS
 
Emmanuel
 
 
 
Achai possível e, sobretudo, conveniente que a Igreja volte a sagrar o chefe do Estado no Brasil?
Em caso afirmativo, qual a Igreja caberia essa função?
Deverá o poder da República receber a sagração de todos os cultos?
 
 
 
As perguntas acima revelam o assunto palpitante dos interesses inferiores da Igreja de Roma na América do Sul, mormente no Brasil, segundo as nossas considerações em anterior comunicado.
Motivam-nas algumas declarações feitas ultimamente por um padre católico, considerando a “origem divina do poder sobre a Terra”, tentando reconduzir o Estado às antigas bases absolutistas e teocráticas.
Decididamente, a igreja não esconde o seu propósito de escravizar ainda as consciências humanas e, com os seus continuados pruridos de hege.monia sobre todos os outros cultos, revela suas fundas saudades do Santo Ofício, para algemar o pensamento dos homens às enxovias dos seus interesses.
Em pleno século XX, fala-se na necessidade de se delatarem os crimes dos pais, dos esposos, dos irmãos; preconiza-se a devassa das instituições, dos lares e das consciências. Não será surpresa para ninguém, se os padres católicos exumarem amanhã, das cinzas da Idade Média para os dias que correm, o célebre Livro das Taxas, do tempo de Leão X, em que todos os preços do perdão para os crimes humanos estão estipulados.
 
 
 
O  CULTO  RELIGIOSO  E  O  ESTADO
 
A evolução dos códigos políticos da América do Sul deveria merecer mais respeito por parte dos elementos que se acham sob as ordens do Vaticano.
Falar-se em sagração do chefe do Estado pela Igreja Romana, aliando o direito divino às obrigações políticas, depois de tantas conquistas sociais da República, seria quase infantilidade, se isso não representasse algo de perigoso para os próprios códigos de natureza política do país.
Nenhum culto, que se prenda a Deus pela devoção e por determinados deveres religiosos, tem o direito de interferir nos movimentos transitórios do Estado, como este último não tem o direito de interferir na vida privada da personalidade, em matéria de gosto, de sentimento e de consciência, segundo as velhas fórmulas do liberalismo. Há muito tempo, os fenômenos do progresso político dos povos proscrevem essas nefastas influências religiosas sobre a política administrativa das coletividades.
 
 
 
SEMPRE  COM CÉSAR
 
Já o próprio Cristo asseverava nas suas divinas lições; - “A César o que é de César e a Deus o que é de Deus.”
Mas, a Igreja Católica Romana jamais ocultou sua preferência pela amizade de César.
Os tempos apostólicos, que ainda iluminam o coração da Humanidade sofredora, até os tempos modernos, pela sua união com o Evangelho, foram muito curtos. Não tardou que a organização dos bispos romanos preponderasse sobre todos os núcleos do verdadeiro Cristianismo, sufocando-os com as suas forças temporais.
Inventaram-se todas as novidades para o ideal de simplicidade e pureza de Jesus e, desde épocas remotas, o Catolicismo é bem retrato do farisaísmo dos tempos judaicos, que conduziu o Divino Mestre á crucificação. Amiga dos poderosos, em todos os tempos, bastilha do pensamento livre da Humanidade que tentou a civilização cristã, é talvez, por esse motivo, que a Igreja, pela voz dos seus teólogos mais eminentes, procurou sempre revestir o poder transitório dos felizes da Terra com um caráter de divindade. Batida pela demagogia céptica de todos os filósofos e cientistas que seguiram no luminoso caminho das concepções liberais, retirada da sua posição de opressora para se transformar em instrumento humilde de outros opressores das criaturas humanas, a Igreja, na sua assombrosa capacidade de adaptação, esperou pacientemente outras oportunidades para reaquisição dos seus poderes e de suas tiranias e as encontrou dentro da mística do Estado totalitário.
 
 
Retirado do livro "Emmanuel - Dissertações Mediúnicas Sobre Importantes Questões 
Que Preocupam a Humanidade", " -  Chico Xavier/Emmanuel..

sexta-feira, 15 de março de 2013

A IGREJA UNIVERSAL

A IGREJA UNIVERSAL
"Quem diz o povo ser o Filho do homem?" Responderam os discípulos: Uns dizem João Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou algum dos profetas que ressuscitou. E vós, quem dizeis que eu sou? Retruca Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és, Simão Bar-Jonas, pois que não foi a carne nem o sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro (rocha) e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do Hades não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; e o que ligares sobre a terra será ligado nos céus; e o que desligares sobre a terra será desligado nos céus... Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que lhe era necessário ir a Jerusalém e padecer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitar no terceiro dia. Pedro, então, chamando-o aparte, começou a repreendê-lo, dizendo: Deus tal não permita, Senhor; isso de modo nenhum acontecerá. Mas Ele, voltando, disse a Pedro: Arreda de diante de mim, Satanás; tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens". — S. Mateus, cap. XVI, vs. 13 a 23.

Os homens, em geral, não tinham a respeito de Jesus e de sua missão uma idéia clara e verdadeira. Supunham-no um profeta dotado de poderes maravilhosos, para libertar Israel do domínio Romano. Os próprios discípulos alimentavam,
mais ou menos, esse mesmo conceito. Entretanto, era necessário que eles soubessem a verdade acerca do seu Mestre. Daí a interpelação de Jesus: "vós quem dizeis que eu sou?".

Pedro, médium, como aliás eram os demais apóstolos, cada qual, porém, com seu temperamento particular, retruca, impelido pelos agentes espirituais: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Em tal importava o que Jesus visara, isto é, que os discípulos tivessem conhecimento positivo de sua origem e de sua missão. Satisfeito, pois, com o resultado daquela revelação, da qual Pedro fora o instrumento, disse-lhe: "Bem-aventurado és, Simão Bar-Jonas, pois não foi a carne nem o sangue quem to revelou, mas meu pai que está nos céus. Eu também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do Hades não prevalecerão contra ela, etc.".

Perguntamos, agora, nós: sobre que base ou fundamento Jesus prometeu edificar a sua igreja? É claro que foi sobre a revelação obtida através de Pedro, e não sobre este, com todas as suas fraquezas. Aquela atitude enérgica, assumida logo após pelo Mestre, quando Pedro, sempre como médium, procura dissuadi-lo do desempenho de sua missão, comprova nossa assertiva: — Sai de diante de mim. Satanás... — O Satanás não era Pedro, mas os elementos do espaço que o haviam tomado no momento. Ora, é óbvio que sobre os frágeis ombros humanos Jesus jamais pensou em apoiar as colunas da sua igreja. Prometeu, sim, solenemente, fundá-la sobre a revelação, isto é, sobre as verdades que as revelações anunciam através do mediunismo, ou profetismo, como então se dizia.
A Verdade é a rocha inabalável, contra a qual não prevalecem as forças do mal. As várias formas de mediunidade representam as chaves do reino dos céus, porque é mediante o seu concurso que se torna possível ao homem, chumbado à terra, penetrar os arcanos celestiais. É ainda a Verdade alcançada através das revelações, que liga ou desliga na terra como nos céus, visto que a Verdade é sempre a mesma, manifeste-se neste ou em qualquer outro plano da vida. Pedra ou rocha é símbolo da verdade revelada. Pedro foi, apenas, o intermediário humano da revelação do céu, no que respeita à pessoa inconfundível de Jesus, o Cristo de Deus.

É natural que os credos terrenos não vejam, ou não queiram ver, a realidade do que expomos. A revelação não pode constituir objeto de propriedade particular, como não se circunscreve a este ou àquele grupo de indivíduos, a esta ou àquela escola. A revelação é soberana, é livre, vem de cima, cai como o orvalho da manhã sobre os corações visados pelas Virtudes do Céu. A revelação é um fenômeno que se opera à revelia do homem, que não se acha adstrita às veleidades e aos interesses de classes e partidos religiosos.

Ela impera e reina acima dos homens, pairando sobre suas paixões. Daí por que, como o próprio Jesus, é a pedra rejeitada. Nada obstante, é sobre essa rocha que o Filho de Deus afirmou, de modo insofismável, erguer a sua igreja. É o que os fatos testemunham, conforme vamos provar cabalmente.

A palavra de Jesus não ficou em promessa: cumpriu-se já inteiramente. Edificarei a minha igreja. O verbo foi empregado no futuro. Se Ele se referisse a Pedro, a sua igreja teria sido fundada naquele momento mesmo. Mas só o foi posteriormente. Quando? Abra-se o livro dos Atos, cap. II, e veja-se o que contém:

"Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam os apóstolos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um ruído, como de impetuoso vento, que encheu toda a sala onde estavam sentados. E apareceram umas como línguas de fogo, as quais se distribuíram, para repousar sobre cada um deles; e todos ficaram cheios do Espírito e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.
Achavam-se em Jerusalém judeus, homens religiosos de todas as nações debaixo do céu: e quando, então, se ouviu o ruído, ajuntou-se ali a multidão e ficou pasmada, pois que cada um os ouviu falar na sua própria língua. E assim maravilhados e atônitos, perguntavam: Não são galileus estes homens? Como os ouvimos falar cada um na língua de nosso nascimento? partos, medos, elamitas e os naturais de mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Frigia, Pamfília, Egito, Líbia e Cirene; forasteiros, romanos, cretenses e arábes como estamos ouvindo falar em nossas línguas as coisas de Deus? Que quer isto dizer? Alguns, porém, zombando, diziam: Estão cheios de mosto (bêbados).

Mas Pedro, estando em pé, ao lado dos onze, tomou a palavra e disse: Homens da Judéia, todos os que vois achais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e prestai ouvidos às minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como supondes, visto que é a hora terceira (9 horas) do dia. Cumpre-nos o que dissera o profeta Joel: E acontecerá nos últimos, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre a carne; e vossos filhos e filhas profetizarão; vossos mancebos terão visões, e sonharão vossos anciãos.. . Israelitas, ouvi estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão a junto a vós com poderes, prodígios e sinais, que Deus fez por meio d'Ele entre vós, conforme vós mesmos sabeis, sendo Ele entregue pelo determinado concelho e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos iníquas; ao qual Deus ressuscitou, desatando os laços da morte, pois não era possível que fosse por ela retido... Exaltado, pois, pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito, derramou o que vedes e ouvis.Fique, pois, certa toda a casa de Israel de que a este Jesus, Deus o fez Senhor e Cristo.

Ouvindo eles estas palavras, compumgiram-se em seus corações e perguntaram a Pedro e aos apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: arrependeis-vos e cada um de vós seja batizado em nome remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós é a promessa, e para todos os que estão longe, a quantos chamar o Senhor, nosso Deus. E com muitas outras palavras dava testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.

E os que, então, receberam a sua palavra foram batizados, e admitidas naquele dia quase três mil pessoas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor e muitos milagres eram feitos pelos apóstolos. E todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam as suas propriedades e bens e os repartiam por todos, conforme a necessidade de cada um. E diariamente, perseverando unânimes no templo e partindo pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E todos os dias acrescentava-lhes o Senhor os que se iam salvando".

Eis aí como se cumpriu a promessa que Jesus fizera a Pedro, de fundar a sua igreja sobre a revelação.
Esse mesmo apóstolo, sob ação mediúnica, tomou a palavra no meio dos seus companheiros de ministério, falando e exortando o povo. Este, influenciado pelas milícias celestes, sentiu-se profundamente tocado em seu coração, indagando: Que faremos, irmãos? Arrependei-vos, prosseguiu Pedro, e batizai-vos em nome de Jesus Cristo, pois, assim participareis também do dom do Espírito. Aqueles que sinceramente se achavam compungidos se apresentaram ao batismo, sendo, de início, admitidas na igreja cristã, recém-criada, quase três mil pessoas.
É de notar-se que a mediunidade poliglota aparece entre os apóstolos pela primeira vez. E porque essa e não outra modalidade qualquer? Para que a igreja cristã tivesse o caráter de universalidade que lhe é próprio e dela inseparável.

E não teria sido essa mesma falange de Espíritos de luz que, quase XX séculos depois, transmitiu a Kardec a 3ª. Revelação, condensada nas monumentais obras espíritas? Quem é o Espírito da Verdade, autor da vibrante e sensibilizadora mensagem dirigida ao compilador da Doutrina, reportando-se à ação das Virtudes do Céu que caem sobre a terra como estrelas refulgentes? Não será o Espiritismo o desdobramento natural do Cristianismo, tendo como apóstolos os Espíritos componentes daquela mesma milícia celestial que agiu no dia de Pentecostes, na fundação da igreja viva de Jesus Cristo, cuja sede está em toda parte onde se acharem congregados dois ou três corações em seu nome?

Quem tiver olhos de ver, veja.
Vinícius