Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Brandos e Pacíficos


A azáfama do dia cedera lugar a terna e suave tranqüilidade. As atividades fatigantes alongaram-se até as primeiras horas da noite, que se recamara de astros alvinitentes. Os últimos corações atendidos, à margem do lago, após a formosa pregação do entardecer, demandaram os seus sítios facultando que eles, a seu turno, volvessem à casa de Simão.
Depois do repasto simples, o Mestre acercou-se da praia em companhia do apóstolo afeiçoado e, porque o percebesse tristonho, interrogou com amabilidade:

Que aflição tisna a serenidade da tua face, Simão, encobrindo-a com o véu de singular tristeza?

Havia na indagação carinhoso interesse e bondade indisfarçável.

Convidado diretamente à conversação renovadora, o velho pescador contestou com expressiva entonação de voz, na qual se destacava a modulação da amargura:

- Cansaço, Senhor. Sinto-me muitas vezes descoroçoado, no ministério abraçado... Não fosse por ti...

Não conseguiu concluir a frase. As lágrimas represadas irromperam afogando o trabalhador devotado em penosa agonia. E como o silêncio se fizesse espontâneo, ante o oscular da noite que os acalentava em festival de esperança, o companheiro, sentindo-se compreendido e, passado o volume inicial da emotividade descontrolada, prosseguiu:

- Não ignoro a própria inferioridade e sei que teu amor me convocou à boa nova a fim de que me renovasse para a luz e pudesse crescer na direção do amor de nosso Pai. Todavia, deparo-me a cada instante com dificuldades que me dilaceram os sentimentos, inquietando-me a alma.

Ante o olhar dúlcido e interrogativo do Amigo discreto adiu:

- É verdade que devemos perdoar todas as ofensas, no entanto, como suportar a agressividade que nos fere, quando pretende admoestar e que humilha, quando promete ajudar?

- Guardando a paz do coração - redargüiu o divino Benfeitor.

- Todavia - revidou o discípulo sensibilizado -, como conservar a paz, estando sitiado pela hipocrisia de uns, pela suspeita pertinaz de outros, sob o olhar severo das pessoas que sabemos em pior situação do que a nossa?

- Mantendo a brandura no julgamento - respondeu o Senhor.

- Concordo que a mansuetude é medicamento eficaz - redargüiu Pedro -, não obstante, não seria de esperarmos que os companheiros afeiçoados à luz nova também a exercitassem por sua vez? Quando a dúvida sobre nossas atitudes parte de estranhos, quando a suspeição vem de fora da grei, quando a agressividade nos chega dos inimigos da fé, podemos manter a brandura e a paz íntimas. Entrementes, sofrer as dificuldades apresentadas por aqueles que nos dizem amar, tomando parte no banquete do Evangelho, convém consideremos ser muito mais difícil e grave o cometimento...

Percebendo a angústia que se apossara do servo querido, o Mestre, paciente e judicioso, explicou:

- Antes de esperarmos atitudes salutares do próximo, cabe-nos o dever de oferecê-las. Porque alguém seja enfermo pertinaz e recalcitrante no erro, impedindo que a luz renovadora do bem o penetre e sare, não nos podemos permitir o seu contágio danoso, nem nos é lícito cercear-lhe a oportunidade de buscar a saúde. Certamente, dói-nos mais a impiedade de julgamento que parte do amigo e fere mais a descortesia de quem nos é conhecido. Ignoramos, porém, o seu grau de padecimento interior e a sua situação tormentosa. Nem todos os que nos abraçam fazem-no por amor, bem o sabemos... Há os que, incapazes de amar, duvidam do amor do próximo; os que mantendo vida e atitudes dúbias descrêem da retidão alheia; os que tropeçando e tombando descuram de melhorar a estrada para os que vêm atrás... Necessário compreendê-los todos e amá-los, sem exigir que sejam melhores ou piores, convivendo sob o bombardeio do azedume deles sem nos tornar-nos displicentes para com os nossos deveres ou amargos em relação aos outros...

- Ante a impossibilidade de suportá-los -sindicou o pescador com sinceridade -, sem correr o perigo de os detestar, não seria melhor que os evitássemos, distanciando-nos deles?

- Não, Simão - esclareceu Jesus. - Deixar o enfermo entregue a si mesmo será condená-lo à morte; abandonar o revel significa torná-lo pior... Antes de outra atitude é necessário que nos pacifiquemos intimamente, a fim de que a brandura se exteriorize do nosso coração em forma de bênção.

“Na legislação da montanha foi estabelecido que são bem-aventurados os brandos e pacíficos...

“A bem-aventurança é o galardão maior. Para consegui-lo é indispensável o sacrifício, a renúncia, a vitória sobre o amor-próprio, o triunfo sobre as paixões.

“Amar aos bons é dever de retribuição, mas servir e amar aos que nos menosprezam e de nós duvidam é caridade para eles e felicidade para nós próprios.”

Como o céu continuasse em cintilações incomparáveis e o canto do mar embalasse a noite em triunfo, o Mestre silenciou como a aspirar as blandícias da Natureza.

O discípulo, desanuviado e confiante, com os olhos em fulgurações, pensando nos júbilos futuros do Evangelho, repetiu quase num monólogo, recordando o Sermão da Montanha:

“Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra.

“Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.”

E deixou-se penetrar pela tranqüilidade, em clima de elevadas reflexões.


Autor: Amélia Rodrigues

Psicografia de Divaldo Franco


Processos Obsessivos



Afirmamos que os processos obsessivos são meticulosamente planejados e que, na

trama dos acontecimentos humanos, sempre há a acção das mentes desencarnadas; a

que protegem e guiam a Humanidade, como aquelas que conspiram contra o bem estar

do homem. Não restam dúvidas quanto à vitória final dos construtores dos povos e

do homem integral, pela vinculação mantida com a Divindade que os inspira e, a

seu turno, os conduz.



Os outros, os que ainda se estribam na violência, recebem, igualmente, os


nobres impulsos para a perfeição, demorando-se nos propósitos inferiores,

enquanto lapidam as arestas e adquirem as experiências da razão e da intuição,

liberando-se das altas cargas das sensações e paixões animalizantes, que os

asselvajam.



Lamentável é. a falta de siso dos espiritualistas e geral e de alguns


espiritistas em particular, porque, informados da sobrevivência fio Espírito ao

túmulo, bem como da sua preexistência ao berço e das naturais interferências que

consegue nas actividades humanas, não se consciencializam em definitivo,

assumindo uma atitude mental e moral que os precate, os imunize contra a

agressão desses infelizes espirituais, cuja psicosfera que produzem de par com

as emanações dos seus obsessos, gera a poluição mental que vem vitimando milhões

de incautos em trânsito pelo mundo.



Nos seus variados processos- de perseguição, utilizam-se das horas do repouso


físico aos seus desafectos do passado ou antagonistas do presente, a fim de os

surpreenderem, no parcial desdobramento pelo sono, atemorizando-os, quando não

os conseguem conduzir aos antros de sombra onde vivem, exaurindo-lhes as

resistências pela insidiosa e constante vigilância, mediante absorção

vampirizante, com que impossibilitam o repouso necessário ao equilíbrio físico e

à harmonia mental.



Aparecem-lhes com aspecto pavoroso, assumindo personificações bizarras de


demónios com figurações além das mais férteis imaginações, produzem hipnoses de

profundidade, instalam matrizes nos centros cerebrais - onde se encontram os

registros psíquicos das dívidas e erros -, que desconectam a pouco e pouco,

mediante pertinaz perseverança...



...E os pesadelos atormentam os futuros obsessos, infligindo-lhes pavores à


hora do sono. desanimando-os nos processos de paz.



Somente as acções da beneficência, a vigilância nos actos morais, a prece ungida


de fervor constituem antídotos a tais estratégias do mal, por situarem o

espírito que se enobrece em faixa vibratória superior, inacessível às suas

interferências, proporcionando uma sintonia com as mentes engrandecidas dos

Instrutores e Guardiães da criatura humana.



Enquanto não se consiga uma conscientização geral, através da educação


espiritual do ser, feita nas bases e métodos da razão, do esclarecimento e do

amor, a Terra e a sua quase totalidade de habitantes sofrerão os revezes da

própria incúria. até quando ao Senhor aprouver mudar as estruturas vigentes

através de metodologias outras que nos escapam ao entendimento.



Autor: Victor Hugo

Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Calvário de Libertação


Com Efeito



"Todos vós, que dos homens sofreis injustiças, sede indulgentes para as faltas dos vossos irmãos, ponderando que também vós não vos achais
isentos de culpas; é isso caridade, mas é igualmente humildade."


(Allan Kardec. E.S.E. Cap.VII. Item 11.)





Exercite a humildade ao lado dos modestos servidores do lar doméstico.


Ser humilde com os superiores, de quem se depende, é muito fácil.


Suporte com resignação as dificuldades da tarefa nova.


Quem muda de clima sofre a modificação da temperatura.


Retorne ao trabalho com ânimo redobrado, no lugar em que o insucesso o magoou.


Nem sempre o triunfo pode ser sentido nas moedas de lucro fácil.


Submeta-se às vicissitudes naturais da luta, mas prossiga na direção do serviço honrado.


Não há repouso justo sem o cansaço haurido nas tarefas da aprendizagem.



Cultive o verbo "cooperar".


O progresso nasce quando todos se ajudam.



Levante-se do erro e siga renovando-se.


Muita correnteza cristalina nasce em lodo.



Seja indulgente com aqueles que ainda se demoram sob as fortes luzes da ilusão.


O perdão que você oferece aos outros funciona como lubrificante nas engrenagens de sua alma.


Desperte na criança o ardor evangélico, atestando sempre junto a ela a excelência da Mensagem Cristã.


As atitudes hostis que você mantém, supondo que "a criança não entende", anulam quaisquer palavras da pregação apaixonada.



Combata a onda materialista que domina o mundo, deixando de apoiar as indústrias de perversão dos valores morais.


O prazer do cinema, teatro e televisão, muitas vezes se transforma em "labaredas para o coração".



Empenhe-se na implantação do Evangelho na Terra.


Faça-se, entretanto, uma "carta-viva do Cristo".

Marco Prisco / Divaldo

Sugestões de Amigo



"Sabe ele (o Paganismo) muito bem que
está errado, mas isso não o abala,
porquanto a verdadeira fé não lhe está
na alma. O que mais teme á a luz, que dá vista aos cegos."
(Allan Kardec, E.S.E. Cap. XXIII, Item 14)

Mesmo que você esteja com a razão, escute em silêncio a reprimenda injustificada.


Ouvir para examinar é oportunidade de aprendizado e experiência.


Mesmo que a lição lhe amargure o Espírito, receba como dádiva preciosa.


Antes uma verdade que que magoa, mas salva, do que uma ilusão que agrada e se desvanece.


Mesmo que você seja chamado ao debate em nome da causa que ama, desculpe-se e prossiga na ação.


Muitas palavras exaltam poucas razões.


Mesmo que a dor se constitua parceria única de seus labores evangélicos, prossiga resoluto.


O cinzel que fere a pedra, dela arranca a escultura valiosa.


Mesmo que a espada invisível da calúnia abra feridas em seu coração, continue animado.


O bem é luz inapagável.


Mesmo que a urna sombria do “eu” apele para que você viva somente para você, arrebente a grilheta e ajude a comunidade naquele que segue a seu lado.


A ostra mais resistente, em solidão, despedaça-se de encontro aos recifes do mar imenso.


Mesmo que a luta pareça inútil, confie no valor da perseverança que sabe agir.


Os pólens de uma única flor são suficientes para multiplicá-la indefinidamente, embelezando a Natureza.


Mesmo que o fel da amargura verta em seus lábios, cada noite, o acre sabor do desespero, desperte, no dia seguinte, abençoando a aurora.


Quem contempla uma noite de vendaval acreditará na impossibilidade de um claro sol na manhã porvindoura. No entanto...


Mesmo que o alarde da maledicência empane a claridade de sua luz, não revide mal por mal.


A árvore ultralada responde à ofensa com produtividade.


Mesmo que seus sonhos formosos de assistência fraternal e socorro cristão se transformem em pesadelos aflitivos nos dias de atividade, siga adiante, confiando intimorato.


Considerado pelos familiares, em Nazaré, como embusteiro e endemoniado, o Mestre prosseguiu no ministério da Verdade, alargando as possibilidades da Boa Nova no vergel desfeito dos corações humanos, para, na cruz, atestar a suprem a vitória do amor como única via de "luz que dá vista aos cegos" e enseja libertação para o Espírito sedento de imortalidade.


Marco Prisco / Divaldo

Não Merecem


Guarde-se do mal e defenda-se dele com a realização do bem operante. O mal não merece consideração.
Há muito que fazer, valorizando a oportunidade de serviço que surge inesperada.
A intriga não merece a atenção dos seus ouvidos.
A injúria não merece o respeito da sua preocupação.
A ingratidão não merece o zelo da sua aflição.
O ultraje não merece o seu revide verbalista.
A mentira não merece a interrupção das suas nobres tarefas.
A exasperação não merece o seu sofrimento.
A perseguição gratuita não merece a sua solicitude.
A maledicência não merece o alto-falante da sua garganta.
A inveja não merece o tempo de que você necessita para o trabalho nobre.

Os maus não merecem a sua inquietação.

Entregue-os ao tempo benfazejo.

Abra os braços ao dever, firme-se no solo do serviço, abrace-se à cruz da responsabilidade, recordando o madeiro onde expirou o Cristo e, em perfeita magnitude, desafie a fúria do mal.

O lídimo cristão é fiel servidor.


Você tem somente um amo a quem prestará contas: Jesus!


Preocupado com o que deve fazer, não pare a escutar os que não têm o que fazer ou nada querem fazer.

Transformando-se em antena viva da inspiração superior, registre o ensinamento evangélico do amor, no coração, viva-o na ação e prossiga sem medo.

Você sabe que em toda seara existem abelhas diligentes e marimbondos destruidores. Também, não ignora “que os maus por si mesmos se destroem”, como afirma a sabedoria popular.



Identifique no obstáculo o ensejo iluminativo e não se detenha.


Por essa razão, enquanto a ventania açoita, guarde a sua fé robusta e, sem dar atenção ao mal, esteja acautelado, porque, não descendo às ondas mentais dos maus, você paira inatingível nas vibrações superiores das Altas Potências da Vida. Doe amor e, assim, faça o bem, para que não venha “a responder por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem”.




Autor: Marco Prisco

Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Legado Kardequiano

Conselhos Simples



A revolução que se apresta é antes moral, do que material."

(Allan Kardec, E.S.E., Cap.1 - Item 10.)


Utilize as horas com moderação, realizando cada tarefa por sua vez, sem interrupção.

Trabalho continuado - rendimento vultuoso.


Modifique, sem mais tardança, o conceito negativo a respeito de quem você conheceu num momento infeliz.


A opinião má que se renova contribui para a sementeira da fraternidade.


Antes que os labores diurnos o surpreendam, realize no leito a comunhão com o Senhor, através da meditação.


O homem mantém a comunicação com o Pai Celeste pelos invisíveis fios do pensamento.


Resguarde-se da enfermidade, cultivando a higiene mental.

Mente asseada - corpo equilibrado.


Recolha, em cada dificuldade, a mensagem oculta de advertência para a vida.


Obstáculo vencido - aprendizagem inesquecível.


Acomode-se ao temperamento alheio, vencendo as imposições do instinto, quando a serviço do auxílio.


Quem relaciona dificuldades não dispõe de tempo para ajudar.


Receba o intrujão com delicadeza, expondo-lhe a verdade sem arrogância deliberada.


Todo usurpador se transforma em algoz de si mesmo.


Precavenha-se da agressão do ódio, pelo exercício do amor.

A constância no bem imuniza o homem contra o contágio das misérias morais.


Aceite o sofrimento como fenômeno natural da experiência evolutiva.

A enfibratura moral consolida-se no fragor das batalhas diárias.


Repare a terra submissa e boa, sulcada pelo arado para a dádiva do pão.

Aprenda com ela a lição da humildade e deixe que o Agricultor Compassivo transforme sua vida num seminário de amor para o bem de todos.



Autor: Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Glossário Espírita-Cristão

Questão de Escolha



Na faixa mental em que você atua, é natural que receba as mensagens com o mesmo teor vibratório como as envia.
Quem aspira à elevação moral e espiritual, sintoniza com vibrações superiores, que se fazem estímulos vigorosos, produzindo harmonia interior e renovação.
Da montanha, a visão da paisagem é mais ampla e o ar mais saudável.
Quem se demora no pessimismo, acalentando insucessos, assimila ondas inferiores, que carreiam miasmas pestilenciais, fixando-os nos painéis da emoção, que geram desequilíbrios e enfemidades.
No vale, a faixa de liberdade é menor e o campo de ação mais abafado.
Entregando-se a Deus - " a onda de comprimento nulo e de frequência infinita" - você se transfere psiquicamente, onde se realiza plenamente.
Atormentando-se com dúvidas e paixões dissolventes, onde as distonias desalentam ou aceleram o ser, você tomba, mentalmente, nas demoradas faixas das sensações inferiores, nas quais se desarticula.
O céu está ao seu alcance.
O inferno encontra-se a um passo de você.
É questão de escolha...
Quando você sorri com alegria, os seus equipamentos se descontraem.
Quando você se encoleriza, todos os seus implementos recebem altas cargas vibratórias destrutivas.
A felicidade começa no ato de desejá-la.
A desdita se inicia no instante em que você lhe dá guarida.
Utilize bem o seu tempo, tudo fazendo para que o seu momento seguinte seja-lhe sempre mais promissor e agradável.
O que não alcance agora, insistindo, conseguirá depois.
Eleja, portanto, os ideais de engrandecimento humano e não se detenha nunca.




Autor: Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Ementário Espírita

Gentilezas Salvadoras


“Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas

nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade".

(Allan Kardec. E.S.E. Cap. IX. Item 6)



Quando você afasta do piso uma casca de fruta deixada pela negligência de alguém, não pratica apenas um ato de gentileza. Evita que algum desavisado escorregue, sofrendo tombo violento.


Ao ceder o lugar no transporte coletivo a um ancião, você não realiza um gesto de cortesia somente. Atende a um corpo cansado, poupando as energias de quem poderia ser seu genitor.


Se você oferece braço moço à condução de um volume, poupando aquele que o carrega, não pratica unicamente uma delicadeza. Contribui fraternalmente para o júbilo de alguém que, raras vezes, encontra ajuda.


Portando a boa palavra em qualquer situação, você não atende exclusivamente à finura do trato. Realiza entre os ouvintes o culto do verbo são, donde fluem proveitosos e salutares ensinamentos.


Silenciando uma afronta em público, você não atesta apenas o refinamento social. Poupa-se à dialogação violenta, que dá margem a ódios irremediáveis.


Se você oferece agasalho a algum desnudo, não só atende à delicadeza humana, por filantropia. Amplia a cultura da caridade pura e simples.


Ao sorrir, discretamente, dando ensejo a um desafeto de refazer a amizade, você não age tão-somente em tributo à educação. Apaga mágoas e ressentimentos, enquanto "está no caminho com ele".


Procurando ajudar um enfermo cansado a galgar e vencer dificuldades, você não procede imbuído apenas de gentileza. Coopera para que a vida se dilate no debilitado, propiciando-lhe ensejos evolutivos.


Atendendo impertinente criança que o molesta, num grupo de amigos, você não se situa só na formosura da conduta externa. Liberta um homem futuro de uma decepção presente.


No exercício da gentileza, a alma dilata recursos evangélicos e vive o precioso ensino do Mestre ao enfático doutor da lei, com afabilidade e doçura, quando Ele afirmou: "Vai e faze o mesmo!".

Marco Prisco/Divaldo

No Trato com os Outros


"A origem do mal reside no egoísmo e
no orgulho; os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade."
Allan Kardec (E.S.E. Cap.XVI ltem X).

Conserve a paciência com aqueles que não aplicam a solicitude no trato com você. Recorde que a enfermidade pode estar a minar-lhes o organismo.
Quando alguém admoestá-lo, mesmo injustamente, silencie e desculpe. Deixe, que a vida se encarregará de colocar os pretensiosos em seus devidos lugares.
Se a intriga dificultar-lhe os bons propósitos, não lhe confira a honra de sua revolta. Quase sempre o intrigante é colhido nas malhas da rede que tece.
Procure entender a explicação deficiente que o amigo lhe dá. Ele não dispõe de melhores recursos de expressão.
Quando convidado a opinar em assunto que desconhece, afirme sua ignorância sobre o caso. Melhor é apresentar-se com simplicidade do que informar erradamente.
Se o interlocutor, magoado com a força de seu argumento, deixa bruscamente o tema da palestra, cale e desculpe-se. É provável que ele não se encontre preparado para a lógica das argumentações seguras.
Insista no auxílio, mesmo que este seja feito com o silêncio de sua intenção superior. O recalcitrante é infeliz pela própria organização nervosa que lhe aciona a vida.
Quando constrangido a arbitrar entre discutidores, a melhor posição é a humildade. Cada antagonista conta com a certeza da vitória para a opinião que defende. Passado o calor do debate, exponha com naturalidade seu pensamento.
Se a informação solicitada demorar em ser atendida, guarde calma e repita o pedido. Talvez seu interpelado seja surdo.
Há comezinhos incidentes no trato com os homens que, evitados, realizam a paz em todos os corações.
Cultive a confiança, na serenidade, e caminhará com segurança, no trato com os outros.


Autor: Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Franco. Da obra: Glossário Espírita-Critsão

Tomadas



Para que a luz do bem se faça correta na sua lâmpada mental, é imprescindível que você corrija as imperfeições dos condutores. Basta, somente, que não se descuide de atender aos humildes deveres de fiscalização dos condutores, para que brilhe no seu mundo íntimo a nobre claridade da paz.



Portanto, ore: “a prece é um ato de adoração.”



“Orar a Deus é pensar nEle; é aproximar-se dEle; é pôr-se em comunicação com Ele!”



O pensamento firme é fio de alta tensão com potência valiosa.

Discipline-o, para que dele se utilize na indústria superior do bem.



As ondas vibratórias sempre envolveram o orbe até que Hertz, descobrindo-lhes as leis, as oferecesse à sociedade. A energia hidráulica sempre existiu nas quedas de água até que o homem a utilizasse em favor do progresso.

No entanto, as ondas vibratórias, que conduzem sons e melodias fascinantes, espalham, também, calúnias e apreensões. E a força elétrica que favorece o conforto é utilizada, igualmente, na extinção da vida.



Disciplina da mente – realização nas mãos.



“As três coisas você pode propor-se por meio da prece: louvar, pedir, agradecer”.



A Misericórdia Divina é inesgotável – confie nela.



Corrija, desse modo a posição das tomadas psíquicas, para que a energia do Senhor chegue ao seu mundo, inundando-o de clara e pura luz.



Autor: Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Legado Kardequiano