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sábado, 25 de maio de 2019

Ter ou não ter filhos e Reencarnação



'Sucede muitas vezes que essa decisão de postergar compromissos determina a necessidade de um replanejamento espiritual com relação àqueles designados à reencarnação em um determinado lar. Podem os mesmos obter “novos passaportes” surgindo como netos, filhos adotivos ou outras vias de acesso elaboradas pela espiritualidade maior. Ocorrerá, nestes casos, a necessidade de um preenchimento da lacuna de trabalho que se criou ao se impedir a chegada de mais um filho.'

 - Dr. Ricardo Di Bernardi


O controle da natalidade vem sendo praticado desde os primórdios dos tempos. A civilização humana sempre encontrou raízes ou ervas com as quais feiticeiros ou médicos procuraram interferir no processo da concepção ou mesmo da gestação em curso.

Mesmo aqueles casais avessos aos processos artificiais frequentemente optam por “métodos naturais”, evitando relacionamento sexual nos dias férteis e objetivando o mesmo resultado: a limitação da natalidade.

Teoricamente, em todos os casais haveria uma possibilidade de número maior de filhos, caso não houvesse alguma forma de controle ou planejamento familiar. Esta constatação nos leva a crer que há, na quase totalidade dos casais, alguma interferência, por livre iniciativa, sobre a natalidade de seus filhos.

Em face do exposto, o bom senso nos leva a posicionar realisticamente, sem no entanto perdermos a visão idealística. Nós, seres humanos já conquistamos o direito da liberdade de decidir, evidentemente com a responsabilidade assumida pelo livre arbítrio. O Homo Sapiens já possui a possibilidade de escolher a rota de seu progresso, acelerando ou reduzindo a velocidade de seu desenvolvimento espiritual. Somos os artífices da escultura de nosso próprio destino.

Nas informações que são colhidas, psicográfica ou psicofonicamente, os espíritos nos expõem a respeito da planificação básica de nossa vida aqui na Terra, projeto desenvolvido antes de reencarnarmos. Se é verdade que os detalhes serão aqui por nós construídos, certamente o plano geral foi anteriormente elaborado no mundo espiritual, frequentemente com nossa aquiescência. Dessa planificação básica, consta o número de filhos.

Se um determinado casal deveria receber 4 filhos na sua romagem reencarnatória e não o fez, pelo uso das pílulas anticoncepcionais ou outro método bloqueador da concepção, ficará com a carga de responsabilidade a ser cumprida. Não se permitiu a complementação da tarefa a que se propôs antes de renascer.

A grande questão que surge é com relação às consequências advindas da decisão de limitar a natalidade dos filhos. Sabemos que há, frequentemente, uma transferência do compromisso estabelecido para outra encarnação.

Sucede muitas vezes que essa decisão de postergar compromissos determina a necessidade de um replanejamento espiritual com relação àqueles designados à reencarnação em um determinado lar. Podem os mesmos obter “novos passaportes” surgindo como netos, filhos adotivos ou outras vias de acesso elaboradas pela espiritualidade maior. Ocorrerá, nestes casos, a necessidade de um preenchimento da lacuna de trabalho que se criou ao se impedir a chegada de mais um filho.

O trabalho construtivo, consciente ou inconscientemente desenvolvido para a substituição do compromisso previamente assumido, poderá compensar pelo menos parcialmente a dívida adiada. Qualquer débito cármico poderá ser sanado ou apagado por potenciais positivos, às vezes bem diversos dos setores daqueles que originaram as reações. No entanto, o labor amoroso na área mais específica da maternidade e da infância carentes são naturalmente mais indicados para a harmonização das energias tornadas deficientes nessa área.

Se o ideal é que cumpramos o plano de vida preestabelecido, é também quase geral o fato de que neste planeta a maioria não logra êxito na execução total de suas tarefas. Resta-nos a necessidade de consultar honestamente a consciência, pois pela intuição ou sintonia com nosso eu interno encontraremos as respostas e dúvidas (ou dívidas) particulares nesse mister.

É constatação evidente o fato de, normalmente, não nos recordarmos dos planos previamente traçados, mas é verdadeiro também que frequentemente fazemos “ouvido de mercador” aos avisos que nosso inconsciente nos transmite. Não esperemos respostas prontas ou transferência de decisão para quem quer que seja, afinal estamos ou não lutando para fugir das mensagens dogmáticas, do “isto é permitido” e “isto não é”?. Cada casal deverá valorizar o mergulho em seu inconsciente, sentir, meditar, e das águas profundas de seu espírito, trazer à superfície a sua resposta...



Ricardo Di Barnardi é médico pediatra-homeopata, reside em Florianópolis, é palestrante espírita internacional, escritor com vários livros publicados na área.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Anticonceptivos e Planejamento Familiar


[...]O homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos, período propício para a maternidade, nunca, porém, se eximirá aos imperiosos resgates a que faz juz, tendo em vista o seu próprio passado.[...]A cautela de que se utilizam alguns pais, aguardando comodidade financeira para pensar na progenitura, nem sempre é válida, graças às próprias vicissitudes que conduzem uns à ruína econômica e outros à abastança por meios imprevisíveis. A programação da família não pode ser resultado da Opinião genérica dos demógrafos assustados, mas fruto do diálogo franco e ponderado dos próprios cônjuges, que assumem a responsabilidade pelas atitudes de que darão conta.O uso dos anticonceptivos como a implantação no útero de dispositivos anticoncepcionais, mesmo quando conside­rado legal, higiênico, necessita Possuir caráter moral, a fim de se evitarem danos de variada conseqüência ética. A chamada necessidade do “amor livre” vem impondo o uso desordenado dos anovulatórios, de certo modo favorecendo a libertinagem humana, a degenerescência dos Costumes[...]





Alegações ponderosas que merecem consideração vêm sendo arroladas para justificar-se a planificação familiar através do uso dos anticonceptivos de variados tipos. São argumentos de caráter sociológico, ecológico, econômico, demográfico, considerando-se com maior vigor os fatores decorrentes das Possibilidades de alimentação numa Terra tida como semi-exaurida de recursos para nutrir aqueles que se multiplicam geometricamente com espantosa celeridade...

Entusiastas sugerem processos definitivos de impedi­mento procriativo pela esterilização dos casais com dois filhos, sem maior exame da questão, no futuro, transformando o indivíduo e a sua função genética em simples máquina que somente deve ser acionada para o prazer, nem sempre capaz de propiciar bem-estar e harmonia.

Sem dúvida, estamos diante de um problema de alta magnitude, que deve ser, todavia, estudado à luz do Evangelho e não por meios dos complexos cálculos frios da precipitação materialista.
O homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos, período propício para a maternidade, nunca, porém, se eximirá aos imperiosos resgates a que faz juz, tendo em vista o seu próprio passado.

Melhor usar o anticonceptivo do que abortar...

Os filhos, porém, não são realizações fortuitas, decor­rentes de circunstâncias secundárias, na vida. Procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros progenitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução. É-lhes lícito adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibi­litando mesmo que se reencarnem por seu intermédio.

Irrisão, porém, porqüanto as Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para fazer que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias quiçá mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade desses cônjuges que ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos.

Assevera-se que procriar sem poder educar, ter filhos sem recursos para cuidá-los, aumentando, incessantemente, a população da Terra, representa condená-los à miséria e a sociedade do futuro a destino inditoso...

Ainda aí o argumento se reveste do sofisma materi­alista, que um dia inspirou Malthus na sua conceituação lamentável e no não menos infeliz néo-malthusianismo que adveio posteriormente...

Ninguém pode formular uma perfeita visão do porvir para a Humanidade, e os futurólogos que aí se encontram têm estado confundidos pelas próprias previsões, nas surpresas decorrentes da sucessão dos acontecimentos ainda nos seus dias...

A cada instante recursos novos e novas soluções são encontrados para os problemas humanos.

Escasso, porém, é o amor nos corações, cuja ausência fomenta a fome de fraternidade, de afeição e de miseri­córdia, responsável pelas misérias que se multiplicam em toda parte.

Não desejamos aqui reportar-nos às guerras de exter­mínio, que o próprio homem tem engendrado e de que se utiliza a divindade para manter o equilíbrio demográfico, nem tão-pouco às calamidades sísmicas que irrompem cada dia Voluptuosas, Convidando a salutares reflexões.

Quando um filho enriquece um lar, traz com ele os valores indispensáveis à própria evolução, Intrínseca e extrinsecamente.

A cautela de que se utilizam alguns pais, aguardando comodidade financeira para pensar na progenitura, nem sempre é válida, graças às próprias vicissitudes que conduzem uns à ruína econômica e outros à abastança por meios imprevisíveis.

A programação da família não pode ser resultado da Opinião genérica dos demógrafos assustados, mas fruto do diálogo franco e ponderado dos próprios cônjuges, que assumem a responsabilidade pelas atitudes de que darão conta.

O uso dos anticonceptivos como a implantação no útero de dispositivos anticoncepcionais, mesmo quando conside­rado legal, higiênico, necessita Possuir caráter moral, a fim de se evitarem danos de variada conseqüência ética.

A chamada necessidade do “amor livre” vem impondo o uso desordenado dos anovulatórios, de certo modo favorecendo a libertinagem humana, a degenerescência dos Costumes, a desorganização moral, e, conseqüentemente, social dos homens, que se tornam vulneráveis à delinqüência, à violência e às múltiplas frustrações que ora infelicitam verdadeiras multidões que transitam inermes e hebetadas, arrojando-se aos abusos alucinógenos à loucura, ao suicídio...

Experiências de laboratório com roedores, aos quais se permitem a procriação incessante, hão demonstrado que a Superpopulação em espaços exíguos os alucina e os incapacita.

Daí defluem, apressados, que o mesmo se vem dando com o homem, para justificarem a falência dos valores éticos, e utilizando-se da observação a fim de fomentarem a necessidade de impedir-se a natalidade espontânea... Em realidade, porém, os fatos demonstram que, com o homem, o fenômeno não é análogo.

Quando os recursos do Evangelho forem realmente utilizados, a pacificação e a concórdia dominarão os corações...


Antes das deliberações finalistas quanto à utilização deste ou daquele recurso anticonceptivo, no falso pressu­posto de diminuir a densidade de habitantes, no mundo, recorre ao Evangelho, ora e medita.

Deus tudo provê, sem dúvida, utilizando o próprio homem para tais fins.

Em toda parte na Criação vigem as leis do equilíbrio, particularmente do equilíbrio biológico.

Olha em derredor e concordarás.

Os animais multiplicam-se, as espécies surgem ou desaparecem por impositivos evolutivos, naturais.

Muitas espécies ora extintas sofreram a sanha do homem desarvorado. Mas a ordem divina sempre programou com sabedoria a reprodução e o desaparecimento automático.

O fantasma da fome de que se fala, mesmo quando a Terra não possuía super-população, como as pestes e as guerras dizimou no passado cidades, países inteiros.

Conserva os códigos morais insculpidos no espírito e organiza tua família, confiante, entregando-te a Deus e porfiando no Bem, porqüanto em última análise dEle tudo procede como atento Pai de todos nós.

                                                                                

S.O.S. FAMÍLIA

DIVALDO PEREIRA FRANCO

sábado, 18 de maio de 2019

PLANEJAMENTO FAMILIAR,ABORTO,VASECTOMIA,BEBÊ DE PROVETA...

Entrevistando Chico Xavier


50 -Direito de Planejar

ME - O casal tem o direito de programar o número de filhos em sua própria casa?

Diz Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos” que o homem deve corrigir tudo aquilo que possa ser contrário à natureza. Hoje, dividem-se as opiniões, mas à frente da problemática da nossa civilização, à frente dos impositivos da educação e da assistência à família, nós, pessoalmente, acreditamos que o casal tem direito de pedir a Deus inspiração, de rogar a Jesus as sugestões necessárias para que não venha a cair em compromissos nos quais os cônjuges permaneçam frustrados.

Somos filho de família numerosa. Pessoalmente sou descendente de uma família de 15 irmãos, mas, de 20 anos para cá, a vida no planeta tem sofrido muitas alterações, e devemos estudar o planejamento com muito respeito à vida e consequentemente a Deus, em nossos deveres uns para com os outros, e não cairmos, em qualquer calamidade por omissão ou deserção dos nossos deveres.
(julho de 1974).

51 Pílula, Anticoncepcional Aperfeiçoado
MN - Chico, muitos companheiros acreditam que as respostas às perguntas 693, 693ª e 694 de “O Livro dos Espíritos” não facultam aos espíritas a possibilidade de planejarem as suas famílias.
O que pensa a respeito?

Diz Allan Kardec, na questão 693 de “O Livro dos Espíritos”: ‘Deus concedeu ao homem sobre todos os seres vivos um poder de que ele deve usar sem abusar”.
De nossa parte, cremos que o problema do planejamento familiar está afeto ao livre-arbítrio dos casais, de vez que, segundo pensamos, cada casal precisa saber o que faz, de modo que a família se forme para cooperar na realização do bem de todos e devido a todos.
Segundo os Benfeitores Espirituais, a ciência terrestre aperfeiçoará de tal modo os anticoncepcionais que serão eles usados sem quaisquer riscos para a saúde humana, de modo que a Terra se liberte das calamidades do aborto e a fim de que o livre-arbítrio funcione, presidindo as responsabilidades dos parceiros das relações afetivas, que precisam usar a própria consciência nos compromissos que assumam.
(abril de 1982)

MN - É lícito o uso de anticoncepcionais?

Estamos diante de um problema em que os conceitos da Ciência e da vida familiar devem ser por nós todos respeitados. Esperemos que o tempo nos faça sentir as vantagens dos anticoncepcionais, compreendendo-se, porém, que os anticoncepcionais não estarão chegando a Terra sem finalidade justa. (julho de 1974)

52- Vasectomia
MN - E o problema da vasectomia? Você acha que os homens devem realizar esse tipo de operação para impedir a procriação?

Não é aconselhável. Não devem fazer, porque a mulher terá sempre um meio de retomar a sua capacidade criativa. A mulher é dotada de recursos que o homem não tem.
Tenho notado que a vasectomia traz uma profunda angústia ao homem, porque parece que ele lesou um patrimônio que lhe pertencia, o dom de criar.
Os homens que conheço e que se submeteram a esse tipo de intervenção não têm alegria de viver. Não se deve violentar os processos da natureza. A mulher pode utilizar-se de outros processos, mas o homem não. (novembro de 1982)

53- Afronta à Vida

FW - Há mães solteiras que abortam por temor a uma moral, ou convenção social muito rigorosa frente a tal condição materna. O que poderia dizer-nos acerca de tais preconceitos que induzem, pressionam ou indiretamente favorecem o aborto?

Pensamos, como os Amigos Espirituais, que a existência de mães solteiras sempre dignas do nosso maior respeito, envolve a existência de pais que não deveriam estar ausentes.
Compreendemos a legitimidade das convenções sociais, veneráveis em seus fundamentos, mas entendemos que não nos será lícito menosprezar, em tempo algum, aqueles que não conseguiram se lhes ajustar aos preceitos.
Sabendo que o aborto, mesmo legalizado no mundo, é uma falha nossa na Terra, estamos certos de que ninguém deveria praticá-lo, seja no regime das convenções humanas ou fora delas. Cremos, desse modo, que uma legislação surgirá no futuro em favor da mulher, que tendo confiado um dia em alguém,teve coragem de não abandonar a criatura indefesa que esse alguém lhe trouxer à vida. Aguardemos, assim, providências humanitárias, em que os homens mais responsáveis criem por si disposições legais magnânimas, baseadas na justiça da vida, com que venham a sanar a falta deixada pelos outros homens, nossos irmãos, que se fizeram pais, sem consciência mais ampla das obrigações que assumiram. (agosto de 1976)

Dr. Rossi (CEU) - Na China já está sendo utilizado um medicamento que, quando ingerido nas primeiras semanas, provoca o aborto sem necessidade de intervenção cirúrgica. O que você pensa disso?

Sempre que faço qualquer referência ao aborto, lembro-me da utilidade do anticoncepcional como elemento de socorro às necessidades do casal. As  duas criaturas querem a união, mas não estão em condições de realizarem  esse ideal; nesse caso, a anticoncepção viria em seu auxílio.
Se minha mãe, quando me esperava, repleta de doenças, quisesse me expulsar, não sei o que seria de mim.
Se há anticoncepcional, por que promover a morte de criaturas nascituras ou  em formação? Com uma terra tão imensa para ser lavrada e aproveitada, é  impossível aplaudir o aborto. Somente podemos entender o aborto terapêutico quando a vida materna está ameaçada. Lembro-me de minha mãe sofrendo por minha causa, e não posso aplaudir. (novembro de 1988)

FW - Existe no Congresso Nacional um projeto legalizando o aborto no Brasil. Seria oportuna uma campanha nacional colhendo manifestações de pessoas e grupos posicionados contra essa legalização?

Não digamos "campanha nacional” porque semelhante legenda está’  suscetível de acordar críticas destrutivas em torno do assunto, criando longos  debates improdutivos.
Consideramos obra de benemerência social o trabalho que se possa efetuar  para conhecimento dos senhores legisladores e outras autoridades, tanto quanto para informação às mulheres, para que colaborem a fim de que a  legalização do aborto no Brasil ou em qualquer outro país do mundo seja frustrada em benefício da maternidade e em louvor da criança.
O serviço dessa natureza, a nosso ver, deve ser realizado com seriedade e respeito, porque ele, de qualquer modo, na hipótese da legalização referida, na nossa opinião não sofrerá alterações quaisquer, por quanto além do aborto delituoso ser medida inaceitável para o campo de atividades espíritas-cristãs, é, acima de tudo, uma afronta às leis naturais da vida. (outubro de 1983)

FW - Já existe uma injeção, à base de ácidos que aplicada diretamente no útero da gestante mata o feto, queimando-o. Que dizer dessa prática?

O processo a que se refere a pergunta — no caso do aborto delituoso — é comparável a um assassinato na intimidade do corpo feminino. (setembro de  1983)

FW - Os espíritos abortados perdoam quem pratica, consente ou induz ao aborto?

Não nos seria possível especificar as atitudes da criatura humana nos problemas do aborto delituoso. A esfera dos espíritos desencarnados,  profundamente vinculados à existência, é semelhante à faixa de ação dos homens, propriamente considerada. Temos irmãos desencarnados aptos a perdoar a irresponsabilidade da mulher ou do homem que pratica ou incentiva o aborto delituoso. Existem, também, aqueles outros que influenciam negativamente na gestação e no desenvolvimento da criança nascitura, em  lastimáveis processos de obsessão. (setembro de 1983)*


* Nesse mesmo dia, no pátio do Grupo Espírita da Prece, Augusto César Vanucci e sua equipe de artistas apresentava a Chico Xavier a peça Além da Vida, que tem também entre seus quadros um esclarecimento contra o aborto. Eram três horas do amanhecer de domingo, quando o médium Chico Xavier fez a prece de encerramento, todos de mãos dadas, público e artistas. Antes e depois do espetáculo, conversei muito com Vanucci sobre algo novo que surge de forma criativa no Brasil: a arte comoveículo de divulgação do kardecismo consolador. (FW)

MN - Chico, o aborto, está sendo liberado em quase todo o mundo. Você acredita realmente nas tendências cristãs do povo brasileiro para rechaçar uma medida como esta?

Felizmente parece que, no Brasil, pelo menos a maioria das autoridades (sejam elas de caráter administrativo ou religioso) é contrária a essa  calamidade de legalização do aborto.

Acreditamos que em muitos países, talvez pelo interesse em conter a explosão demográfica, determinados setores apoiaram ou apoiam o aborto legalizado. Mas acreditamos que essas nações voltarão a fazer uma  reconsideração de comportamento em relação ao assunto, porque em qualquer  ocasião de conflito internacional a questão do incentivo à maternidade é largamente praticado, porque em todos os setores surge logo o estímulo ao nascimento de muitas criaturas. Como estamos no Ocidente, sem grandes guerras desde 1945, em nos referindo à vida ocidental propriamente considerada, muitas nações estão achando a legalização do aborto um triunfo para as nossas irmãs, as mulheres, mas acreditamos que esses países, futuramente, voltarão a fazer uma revisão dessa legislação.
Na condição de cristãos, não podemos apoiar o aborto, que seria um crime sempre cometido com absoluta impunidade entre as paredes domésticas.
Acreditamos que o anticoncepcional é um recurso que nos foi concedido na Terra pela Divina Providência para que a delinquência do aborto seja sustada, uma vez que a criatura humana, por necessidade de revitalização de suas próprias forças orgânicas, naturalmente precisará do relacionamento sexual,
entre os parceiros que estão compromissados no assunto, mas usarão esse agente anticoncepcional para que o crime do aborto seja devidamente evitado em qualquer parte do mundo.
Mais hoje, mais amanhã, as nações entrarão em acordo a esse respeito, porque não é possível que estejamos exterminando crianças absolutamente personificadas, formadas, vivas, com o apoio das autoridades que nos governam. É absolutamente impossível aplaudir uma coisa dessas. (junho de1980)

54- Bebê de Proveta, Escolha de Sexo e Útero de Empréstimo
FW - O que dizer da interferência do homem na intimidade do genes, experimentando desenvolver a vida humana em tubos de ensaio, da seleção e cruzamento em provetas, dos úteros alugados, do desequilibro biológico pela escolha de sexo da futura criança?

Compreendemos que a Ciência, na Terra, dispõe de meios para qualquer experimentação nos setores da genética. Os Instrutores Espirituais afirmam, entretanto, que esse tipo de experimentação deve merecer o máximo cuidado da parte de quantos se encarregam da orientação do mundo. Para evitar incursões na teratologia, com evidente menosprezo da personalidade humana;
e afim de coibir abusos que funcionariam em prejuízo do equilíbrio espiritual nos grupos sociais da Terra, devemos pedir o amparo da Providência Divina, para que a inteligência do homem espere mais alguns séculos afim de entrar no assunto. (agosto de 1976)

FW - Ser concebido dentro de uma proveta de laboratório significaria para o nascituro — e ou para seus pais — uma provação a ser aceita e superada?

Consideramos o assunto com sadio otimismo, desde que o óvulo fertilizado em proveta, com o apoio de autoridades respeitáveis, para a implantação no claustro feminino revele senso de maturidade espiritual na mulher que assume a maternidade consciente, em plenitude de responsabilidade entre a vida que passa a acalentar no próprio regaço. 
(setembro de 1978)

FW - A circunstância de ser concebido artificialmente, e só dois dias e meio depois ser transportado para o útero materno, significaria para o espírito que vai nascer desse recurso de manipulação científica alguma limitação espiritual para o bebê?

Não vemos qualquer limitação espiritual para o bebê, de vez que o processo da reencarnação para o espírito experimenta menos riscos, porquanto estará sob o apoio mais completo da responsabilidade humana.

FW - A fecundação e criação de bebês de proveta em série, quem sabe até em escala industrial, o que representa uma hipótese possível, não trará para a humanidade problemas psíquicos e espirituais de envergadura imprevisível?

A evolução moral dos povos não permitirá a criação de semelhante indústria, ou o homem estará rebaixando o nível de conhecimento superior em que se encontra, com perigosos comprometimentos para a humanidade inteira.

FW - Sabendo-se que nada no Universo acontece por acaso, e sim que tudo obedece aos planos e à permissão do Alto, é razoável deduzirmos que os espíritos que devem vir à luz ao nosso Mundo por este caminho são previamente preparados para esta via de nascimento?

Sim, quando a Ciência na Terra, iluminada pela bênção da fé na imortalidade puder intervir no auxílio, realmente digno, ao trabalho da genética no campo humano, sem nenhuma disposição para extravagâncias e abusos através de experimentações absolutamente desaconselháveis, a implantação do óvulo fertilizado no claustro da mulher responsável evitará muitos desastres na reencarnação, especialmente os que se referem ao aborto sem justificativas.

FW - Quais, então, são os perigos presentes e futuros que essa manipulação dos genes pode gerar à vida nos dois planos da matéria?

O materialismo inteligente e cruel, sem qualquer ideia de Deus e da imortalidade da alma, é o perigo que ameaça a manipulação dos recursos genéticos sem responsabilidade, mas devemos confiar nos homens de bom senso e de espírito humanitário que, através das legislações dignas, podem e devem coibir quaisquer abusos suscetíveis de aparecer no campo das pesquisas de caráter delituoso e inconsequente. Confiemos no amparo e na inspiração dos Mensageiros do Cristo, em auxílio das coletividades humanas.

(Respostas de Emmanuel)

55-Mãe de Aluguel
FW - Aluguel de úteros maternos é uma realidade a ser alcançada
brevemente por cientistas e pesquisadores.
Procede mal uma mulher que, por necessidade econômica e material, alugue seu útero para a gestação de um óvulo fecundado que não lhe pertence? Tal subterfúgio ou recurso extra não traria consequências ao nascituro?

As mães incapazes de amamentar os próprios filhos recorrem aos préstimos de companheiras que as assessoram nesse mister ou aproveitam outros recursos para a alimentação dos recém-natos. Quando a mulher se dispõe a ser mãe, consciente e digna do elevado encargo de se responsabilizar por determinadas vidas, sem possibilidades próprias para isso, julgamos justo que uma companheira, se possível, tome a si o trabalho de gestar, em favor dela, o filho ou os filhos que essa mulher digna da maternidade consciente se propõe receber nos próprios braços.

FW - Transgredirá a lei moral de Deus a mulher solteira que queira ter filhos sem o intercurso sexual com seu companheiro masculino, ou seja, engravidando através da inseminação artificial?

No caso, o problema é estritamente de natureza consciencial. (setembro de1978)


MN - Quando a mãe de aluguel dá à luz uma criança deficiente e a mãe que a encomendou não a aceita, como resolver o impasse do ponto de vista legal e espiritual? Nesse particular, a adoção deve ser incentivada, tendo em vista o número de rejeições constatadas, isto é, a devolução das crianças adotadas?

O assunto nos parece demasiadamente complexo, porque se assumo determinado compromisso, a meu ver, não deve existir algo que me impeça a obrigação de cumpri-lo.
Não entendo rejeição, em matéria de dever voluntariamente procurado ou aceito. Diante, porém, da insegurança compreensível de muita gente, que vacila ante os resultados das próprias escolhas, cremos que a Justiça entrará na solução dos problemas em foco, afim de que ninguém faça a alguém joguete dos caprichos a que se afeiçoem. (novembro de 1983)

Do livro “Lições de Sabedoria 



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

PlANEJAMENTO FAMILIAR, ABORTO, BEBÊ DE PROVETA,Vasectomia...


Entrevistando Chico Xavier


50 -Direito de Planejar

ME - O casal tem o direito de programar o número de filhos em sua própria casa?

Diz Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos” que o homem deve corrigir tudo 
aquilo que possa ser contrário à natureza. Hoje, dividem-se as opiniões, mas à 
frente da problemática da nossa civilização, à frente dos impositivos da 
educação e da assistência à família, nós, pessoalmente, acreditamos que o 
casal tem direito de pedir a Deus inspiração, de rogar a Jesus as sugestões 
necessárias para que não venha a cair em compromissos nos quais os 
cônjuges permaneçam frustrados.
Somos filho de família numerosa. Pessoalmente sou descendente de uma 
família de 15 irmãos, mas, de 20 anos para cá, a vida no planeta tem sofrido 
muitas alterações, e devemos estudar o planejamento com muito respeito à 
vida e conseqüentemente a Deus, em nossos deveres uns para com os outros, 
e não cairmos, em qualquer calamidade por omissão ou deserção dos nossos
deveres. (julho de 1974).


51 Pílula, Anticoncepcional Aperfeiçoado
MN - Chico, muitos companheiros acreditam que as respostas às perguntas 693, 693ª e 694 de “O Livro dos Espíritos” não facultam aos espíritas a possibilidade de planejarem as suas famílias.
O que pensa a respeito?

Diz Allan Kardec, na questão 693 de “O Livro dos Espíritos”: ‘Deus concedeu 
ao homem sobre todos os seres vivos um poder de que ele deve usar sem 
abusar”.
De nossa parte, cremos que o problema do planejamento familiar está afeto 
ao livre-arbítrio dos casais, de vez que, segundo pensamos, cada casal precisa 
saber o que faz, de modo que a família se forme para cooperar na realização 
do bem de todos e devido a todos.
Segundo os Benfeitores Espirituais, a ciência terrestre aperfeiçoará de tal 
modo os anticoncepcionais que serão eles usados sem quaisquer riscos para a 
saúde humana, de modo que a Terra se liberte das calamidades do aborto e a 
fim de que o livre-arbítrio funcione, presidindo as responsabilidades dos 
parceiros das relações afetivas, que precisam usar a própria consciência nos
compromissos que assumam. (abril de 1982)


MN - É lícito o uso de anticoncepcionais?


Estamos diante de um problema em que os conceitos da Ciência e da vida 
familiar devem ser por nós todos respeitados. Esperemos que o tempo nos 
faça sentir as vantagens dos anticoncepcionais, compreendendo-se, porém, 
que os anticoncepcionais não estarão chegando a Terra sem finalidade justa. 
(julho de 1974)


52- Vasectomia
MN - E o problema da vasectomia? Você acha que os homens devem realizar esse tipo de operação para impedir a procriação?


Não é aconselhável. Não devem fazer, porque a mulher terá sempre um
meio de retomar a sua capacidade criativa. A mulher é dotada de recursos que 
o homem não tem.
Tenho notado que a vasectomia traz uma profunda angústia ao homem, 
porque parece que ele lesou um patrimônio que lhe pertencia, o dom de criar.
Os homens que conheço e que se submeteram a esse tipo de intervenção não 
têm alegria de viver. Não se deve violentar os processos da natureza. A mulher 
pode utilizar-se de outros processos, mas o homem não. (novembro de 1982)



53- Afronta à Vida


FW - Há mães solteiras que abortam por temor a uma moral, ou convenção social muito rigorosa frente a tal condição materna. O que poderia dizer-nos acerca de tais preconceitos que induzem, pressionam ou indiretamente favorecem o aborto?



Pensamos, como os Amigos Espirituais, que a existência de mães solteiras 
sempre dignas do nosso maior respeito, envolve a existência de pais que não 
deveriam estar ausentes.
Compreendemos a legitimidade das convenções sociais, veneráveis em 
seus fundamentos, mas entendemos que não nos será lícito menosprezar, em 
tempo algum, aqueles que não conseguiram se lhes ajustar aos preceitos.
Sabendo que o aborto, mesmo legalizado no mundo, é uma falha nossa na 
Terra, estamos certos de que ninguém deveria praticá-lo, seja no regime das 
convenções humanas ou fora delas. Cremos, desse modo, que uma legislação 
surgirá no futuro em favor da mulher, que tendo confiado um dia em alguém,
teve coragem de não abandonar a criatura indefesa que esse alguém lhe 
trouxer à vida. Aguardemos, assim, providências humanitárias, em que os 
homens mais responsáveis criem por si disposições legais magnânimas, 
baseadas na justiça da vida, com que venham a sanar a falta deixada pelos 
outros homens, nossos irmãos, que se fizeram pais, sem consciência mais 
ampla das obrigações que assumiram. (agosto de 1976)


Dr. Rossi (CEU) - Na China já está sendo utilizado um medicamento que, quando ingerido nas primeiras semanas, provoca o aborto sem necessidade de intervenção cirúrgica. O que você pensa disso?


Sempre que faço qualquer referência ao aborto, lembro-me da utilidade do 
anticoncepcional como elemento de socorro às necessidades do casal. As 
duas criaturas querem a união, mas não estão em condições de realizarem 
esse ideal; nesse caso, a anticoncepção viria em seu auxílio.
Se minha mãe, quando me esperava, repleta de doenças, quisesse me e
xpulsar, não sei o que seria de mim.
Se há anticoncepcional, por que promover a morte de criaturas nascituras ou 
em formação? Com uma terra tão imensa para ser lavrada e aproveitada, é 
impossível aplaudir o aborto. Somente podemos entender o aborto terapêutico 
quando a vida materna está ameaçada. Lembro-me de minha mãe sofrendo 
por minha causa, e não posso aplaudir. (novembro de 1988)


FW - Existe no Congresso Nacional um projeto legalizando o aborto no Brasil. Seria oportuna uma campanha nacional colhendo manifestações de pessoas e grupos posicionados contra essa legalização?


Não digamos «campanha nacional” porque semelhante legenda está’ 
suscetível de acordar críticas destrutivas em torno do assunto, criando longos 
debates improdutivos.
Consideramos obra de benemerência social o trabalho que se possa efetuar 
para conhecimento dos senhores legisladores e outras autoridades, tanto 
quanto para informação às mulheres, para que colaborem a fim de que a 
legalização do aborto no Brasil ou em qualquer outro país do mundo seja 
frustrada em benefício da maternidade e em louvor da criança.


O serviço dessa natureza, a nosso ver, deve ser realizado com seriedade e 
respeito, porque ele, de qualquer modo, na hipótese da legalização referida, na 
nossa opinião não sofrerá alterações quaisquer, por qüanto além do aborto 
delituoso ser medida inaceitável para o campo de atividades espíritas-cristãs, é, 
acima de tudo, uma afronta às leis naturais da vida. (outubro de 1983)


FW - Já existe uma injeção, à base de ácidos que aplicada diretamente no útero da gestante mata o feto, queimando-o. Que dizer dessa prática?


O processo a que se refere a pergunta — no caso do aborto delituoso —
é comparável a um assassinato na intimidade do corpo feminino. (setembro de 
1983)


FW - Os espíritos abortados perdoam quem pratica, consente ou induz ao aborto?

Não nos seria possível especificar as atitudes da criatura humana nos 
problemas do aborto delituoso. A esfera dos espíritos desencarnados,  
profundamente vinculados à existência, é semelhante à faixa de ação dos 
homens, propriamente considerada. Temos irmãos desencarnados aptos a 
perdoar a irresponsabilidade da mulher ou do homem que pratica ou incentiva 
o aborto delituoso. Existem, também, aqueles outros que influenciam
negativamente na gestação e no desenvolvimento da criança nascitura, em 
lastimáveis processos de obsessão. (setembro de 1983)*


* Nesse mesmo dia, no pátio do Grupo Espírita da Prece, Augusto César Vanucci e sua equipe de artistas apresentava a Chico Xavier a peça Além da Vida, que tem também entre seus quadros um esclarecimento contra o aborto. Eram três horas do amanhecer de domingo, quando o médium Chico Xavier fez a prece de encerramento, todos de mãos dadas, público e artistas. Antes e depois do espetáculo, conversei muito com Vanucci sobre algo novo que surge de forma criativa no Brasil: a arte comoveículo de divulgação do kardecismo consolador. (FW)

MN - Chico, o aborto, está sendo liberado em quase todo o mundo. Você acredita realmente nas tendências cristãs do povo brasileiro para rechaçar uma medida como esta?


Felizmente parece que, no Brasil, pelo menos a maioria das autoridades 
(sejam elas de caráter administrativo ou religioso) é contrária a essa 
calamidade de legalização do aborto.
Acreditamos que em muitos países, talvez pelo interesse em conter a 
explosão demográfica, determinados setores apoiaram ou apóiam o aborto 
legalizado. Mas acreditamos que essas nações voltarão a fazer uma 
reconsideração de comportamento em relação ao assunto, porque em qualquer 
ocasião de conflito internacional a questão do incentivo à maternidade é 
largamente praticado, porque em todos os setores surge logo o estímulo ao 
nascimento de muitas criaturas. Como estamos no Ocidente, sem grandes
guerras desde 1945, em nos referindo à vida ocidental propriamente 
considerada, muitas nações estão achando a legalização do aborto um triunfo 
para as nossas irmãs, as mulheres, mas acreditamos que esses países, 
futuramente, voltarão a fazer uma revisão dessa legislação.
Na condição de cristãos, não podemos apoiar o aborto, que seria um crime 
sempre cometido com absoluta impunidade entre as paredes domésticas.
Acreditamos que o anticoncepcional é um recurso que nos foi concedido na 
Terra pela Divina Providéncia para que a delinqüéncia do aborto seja sustada, 
uma vez que a criatura humana, por necessidade de revitalização de suas 
próprias forças orgânicas, naturalmente precisará do relacionamento sexual,
entre os parceiros que estão compromissados no assunto, mas usarão esse 
agente anticoncepcional para que o crime do aborto seja devidamente evitado 
em qualquer parte do mundo.
Mais hoje, mais amanhã, as nações entrarão em acordo a esse respeito, 
porque não é possível que estejamos exterminando crianças absolutamente 
personificadas, formadas, vivas, com o apoio das autoridades que nos 
governam. É absolutamente impossível aplaudir uma coisa dessas. (junho de
1980)


54- Bebê de Proveta, Escolha de Sexo e Útero de Empréstimo
FW - O que dizer da interferência do homem na intimidade do genes, experimentando desenvolver a vida humana em tubos de ensaio, da seleção e cruzamento em provetas, dos úteros alugados, do desequilibro biológico pela escolha de sexo da futura criança?


Compreendemos que a Ciência, na Terra, dispõe de meios para qualquer 
experimentação nos setores da genética. Os Instrutores Espirituais afirmam, 
entretanto, que esse tipo de experimentação deve merecer o máximo cuidado 
da parte de quantos se encarregam da orientação do mundo. Para evitar 
incursões na teratologia, com evidente menosprezo da personalidade humana;
e afim de coibir abusos que funcionariam em prejuízo do equilíbrio espiritual 
nos grupos sociais da Terra, devemos pedir o amparo da Providência Divina, 
para que a inteligência do homem espere mais alguns séculos afim de entrar 
no assunto. (agosto de 1976)


FW - Ser concebido dentro de uma proveta de laboratório significaria para o nascituro — e ou para seus pais — uma provação a ser aceita e superada?


Consideramos o assunto com sadio otimismo, desde que o óvulo fertilizado 
em proveta, com o apoio de autoridades respeitáveis, para a implantação no 
claustro feminino revele senso de maturidade espiritual na mulher que assume 
a maternidade consciente, em plenitude de responsabilidade entre a vida que
passa a acalentar no próprio regaço. (setembro de 1978)


FW - A circunstância de ser concebido artificialmente, e só dois dias e meio depois ser transportado para o últero materno, significaria para o espírito que vai nascer desse recurso de manipulação científica alguma limitação espiritual para o bebê?

Não vemos qualquer limitação espiritual para o bebê, de vez que o processo 
da reencarnação para o espírito experimenta menos riscos, porqüanto estará 
sob o apoio mais completo da responsabilidade humana.


FW - A fecundação e criação de bebês de proveta em série, quem sabe até em escala industrial, o que representa uma hipótese possível, não trará para a humanidade problemas psíquicos e espirituais de envergadura imprevisível?


A evolução moral dos povos não permitirá a criação de semelhante indústria, ou o homem estará rebaixando o nível de conhecimento superior em que se 
encontra, com perigosos comprometimentos para a humanidade inteira.


FW - Sabendo-se que nada no Universo acontece por acaso, e sim que tudo obedece aos planos e à permissão do Alto, é razoável deduzirmos que os espíritos que devem vir à luz ao nosso Mundo por este caminho são previamente preparados para esta via de nascimento?


Sim, quando a Ciência na Terra, iluminada pela bênção da fé na imortalidade 
puder intervir no auxílio, realmente digno, ao trabalho da genética no campo 
humano, sem nenhuma disposição para extravagâncias e abusos através de 
experimentações absolutamente desaconselháveis, a implantação do óvulo 
fertilizado no claustro da mulher responsável evitará muitos desastres na 
reencarnação, especialmente os que se referem ao aborto sem justificativas.


FW - Quais, então, são os perigos presentes e futuros que essa manipulação dos gens pode gerar à vida nos dois planos da matéria?


O materialismo inteligente e cruel, sem qualquer idéia de Deus e da 
imortalidade da alma, é o perigo que ameaça a manipulação dos recursos 
genéticos sem responsabilidade, mas devemos confiar nos homens de bom 
senso e de espírito humanitário que, através das legislações dignas, podem e 
devem coibir quaisquer abusos suscetíveis de aparecer no campo das 
pesquisas de caráter delituoso e inconseqüente. Confiemos no amparo e na 
inspiração dos Mensageiros do Cristo, em auxílio das coletividades humanas.
(Respostas de Emmanuel)


55-Mãe de Aluguel
FW - Aluguel de úteros maternos é uma realidade a ser alcançada
brevemente por cientistas e pesquisadores.
Procede mal uma mulher que, por necessidade econômica e material, alugue seu útero para a gestação de um óvulo fecundado que não lhe pertence? Tal subterfúgio ou recurso extra não traria conseqüências ao nascituro?

As mães incapazes de amamentar os próprios filhos recorrem aos préstimos 
de companheiras que as assessoram nesse mister ou aproveitam outros 
recursos para a alimentação dos recém-natos. Quando a mulher se dispõe a 
ser mãe, consciente e digna do elevado encargo de se responsabilizar por 
determinadas vidas, sem possibilidades próprias para isso, julgamos justo que 
uma companheira, se possível, tome a si o trabalho de gestar, em favor dela, o 
filho ou os filhos que essa mulher digna da maternidade consciente se propõe 
receber nos próprios braços.


FW - Transgredirá a lei moral de Deus a mulher solteira que queira ter filhos sem o intercurso sexual com seu companheiro masculino, ou seja, engravidando através da inseminação artificial?


No caso, o problema é estritamente de natureza consciencial. (setembro de
1978)


MN - Quando a mãe de aluguel dá à luz uma criança deficiente e a mãe que a encomendou não a aceita, como resolver o impasse do ponto de vista legal e espiritual? Nesse particular, a adoção deve ser incentivada, tendo em vista o número de rejeições constatadas, isto é, a devolução das crianças adotadas?


O assunto nos parece demasiadamente complexo, porque se assumo 
determinado compromisso, a meu ver, não deve existir algo que me impeça a 
obrigação de cumpri-lo.
Não entendo rejeição, em matéria de dever voluntariamente procurado ou 
aceito. Diante, porém, da insegurança compreensível de muita gente, que 
vacila ante os resultados das próprias escolhas, cremos que a Justiça entrará 
na solução dos problemas em foco, afim de que ninguém faça a alguém 
joguete dos caprichos a que se afeiçoem. (novembro de 1983)
Do livro “Lições de Sabedoria