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quinta-feira, 17 de julho de 2014

O rancor [...]o rancor acarreta danos emoci­onais variados, que levam a psicoses profundas e a episódios esquizofrênicos de difícil reparação...





Fenômeno natural decorrente da insegurança emo­cional, o rancor produz ácidos destruidores de alta potencialidade, que consomem a energia vital e abrem espaços intercelulares para a distonia e a ins­talação das doenças.
Entulho psíquico, o rancor acarreta danos emoci­onais variados, que levam a psicoses profundas e a episódios esquizofrênicos de difícil reparação.
A criatura humana tem a destinação da plenitu­de. O seu passo existencial deve ser caracterizado pela confiança, e os acontecimentos desagradáveis fazem-­se acidentes de percurso, que não interrompem o pla­no geral da viagem, nunca impeditivos da chegada à meta.
Por isso, os acontecimentos impõem, quando ne­gativos, a necessidade de uma catarse libertadora, a fim de não se transformarem em resíduos de má­goas e rancores que, de contínuo, assumem mais danoso contingente de ocorrência destrutiva.
A psicoterapia do perdão, com os mecanismos da renúncia dinâmica, consegue eliminar as seqüelas do insucesso, retirando o rancor das paisagens mentais e emocionais da criatura, sem o que se desarticulam os processos de harmonia e equilíbrio psíquico, emo­cional e físico.

Livro: Ser Consciente
Divaldo/Joana de Angelis

terça-feira, 15 de julho de 2014

Inveja [...]Insidiosa, a inveja é resultado da indisciplina men­tal e moral que não considera a vida como patrimônio divino para todos, senão, para si apenas. Trabalha, por inveja, para competir, sobressair, destacar-se. Não tem ideal, nem respeito pelas pessoas e pelas suas árduas conquistas...



Remanescente dos atavismos inferiores, a inveja é fraqueza moral, a perturbar as possibilidades de luta do ser humano.
Ao invés de empenhar-se na autovalorização, o paciente da inveja lamenta o triunfo alheio e não luta pelo seu; compete mediante a urdidura da intriga e da maledicência; aguarda o insucesso do adversário, no que se compraz; observa e persegue, acoimado por insidiosa desdita íntima.
Egocêntrico, não saiu da infância psicológica e pretende ser o único centro de atenção, credor de to­dos os cultos e referências.
Insidiosa, a inveja é resultado da indisciplina men­tal e moral que não considera a vida como patrimônio divino para todos, senão, para si apenas. Trabalha, por inveja, para competir, sobressair, destacar-se. Não tem ideal, nem respeito pelas pessoas e pelas suas árduas conquistas.
Normalmente moroso e sem determinação, resul­tado da sua morbidez inata, o enfermo de inveja nun­ca se alegra com a vitória dos outros, nem com a alheia realização.
A inveja descarrega correntes mentais prejudiciais dirigidas às suas vítimas, que somente as alcançam se estiverem em sintonia, porém cujos danos ocor­rem no fulcro gerador, perturbando-lhe a atividade, o comportamento.
A terapia para a inveja consiste, inicialmente, na-cuidadosa reflexão do eu profundo em torno da sua destinação grandiosa, no futuro, avaliando os recur­sos de que dispõe e considerando que a sua realidade é única, individual, não podendo ser medida nem com­parada com outras em razão do processo da evolução de cada um.
O cultivo da alegria pelo que é e dos recursos para alcançar outros novos patamares enseja o despertar do amor a si mesmo, ao próximo e a Deus, como meio e meta para alcançar a saúde ideal, que lhe facultará a perfeita compreensão dos mecanismos da vida e as diferenças entre as pessoas, formando um todo holís­tico na Grande Unidade.

Ser Consciente
Divaldo P. Franco / Joana de Angelis

Ciúme [...]O ciumento, inseguro dos próprios valores, des­carrega a fúria do estágio primitivista em manifesta­ções ridículas, quão perturbadoras, em que se conso­me.Ateia incêndios em ocorrências imaginárias, com a mente exacerbada pela suspeita infeliz, e envene­na-se com os vapores da revolta em que se rebolca, insanamente...





Tipificando insegurança psicológica e desconfi­ança sistemática, a presença do ciúme na alma trans­forma-se em algoz implacável do ser. O paciente que lhe tomba nas malhas estertora em suspeitas e verda­des, que nunca encontram apoio nem reconforto.
Atormentado pelo ego dominador, o paciente, quando não consegue asfixiar aquele a quem estima ou ama, dominando-lhe a conduta e o pensamento, foge para o ciúme, em cujo campo se homizia a fim de entregar-se aos sofrimentos masoquistas que lhe ocul­tam a imaturidade, a preguiça mental e o desejo de impor-se à vitima da sua psicopatologia.
No aturdimento do ciúme, o ego vê o que lhe agra­da e se envolve apenas com aquilo em que acredita, ficando surdo à razão, à verdade.
O ciúme atenaza quem o experimenta e aquele que se lhe torna alvo preferencial.
O ciumento, inseguro dos próprios valores, des­carrega a fúria do estágio primitivista em manifesta­ções ridículas, quão perturbadoras, em que se conso­me. Ateia incêndios em ocorrências imaginárias, com a mente exacerbada pela suspeita infeliz, e envene­na-se com os vapores da revolta em que se rebolca, insanamente.
Desviando-se das pessoas e ampliando o círculo de prevalência, o ciúme envolve objetos e posições, posses e valores que assumem uma importância alu­cinada, isolando o paciente nos sítios da angústia ou armando-o com instrumentos de agressão contra to­dos e tudo.
O ciúme tende a levar sua vítima à loucura.
O ego enciumado fixa o móvel da existência no de­sejo exorbitante e circunscreve-se à paixão dominado­ra, destruindo as resistências morais e emocionais, que terminam por ceder-lhe as forças, deixando de reagir.
Armadilha do ego presunçoso, ele merece o ex­termínio através da conquista de valores expressivos, que demonstrem ao próprio indivíduo as suas possi­bilidades de ser feliz.
Somente o self pode conseguir essa façanha, ar­rebentando as algemas a que se encontra agrilhoa­do, para assomar, rico de realizações interiores, su­perando a estreiteza e os limites egóicos, expandin­do-se e preenchendo os espaços emocionais, as aspi­rações espirituais, vencidos pelos gases venenosos do ciúme.
Liberando-se da compressão do ciúme, a pouco e pou­co, o eu profundo respira, alcança as praias largas da existência e desfruta de paz com alguém ou não, com algo ou nada, porém com harmonia, com amor, com a vida.

Livro: Ser Consciente
Divaldo P. Franco / Joana de Angelis

Ressentimento [...]As pessoas são, normalmente, competitivas, no sentido negativo da palavra, desejando assenhorear­se dos espaços que lhes não pertencem e, por se en­contrarem em faixas primitivas da evolução, fazem-se injustas, perseguem, caluniam...





Entre os tormentos psicológicos alienadores, a presença do ressentimento na criatura humana tem lugar de destaque.
Injustificável, sob todos os pontos de vista, ele se instala, enraizando-se no solo fértil das emoções em descontrole do paciente, aí engendrando males que terminam por consumir aquele que lhe dá guarida.
A vida expressa-se em padrões sociais, resulta­do da condição evolutiva das criaturas que se inter-relacionam. Como é natural, porque há uma larga va­riedade de biótipos emocionais, culturais e religiosos ou não, as suas são reações compatíveis com os ní­veis de consciência em que se encontram, exteriori­zando idéias e comportamentos que lhes correspon­dem ao estado no qual se demoram.
A convivência humana é feita por meio de episó­dios conflitivos, por falta de maturação geral que fa­voreça o entendimento e a transação psicológica em termos de bem-estar para todos os parceiros. Predo­minando a natureza animal em detrimento dos valo­res espirituais e éticos, a competição e o atrevimento armam ciladas, nas quais tombam os temperamen­tos mais confiantes e ingênuos, que se deixam, logo após, mortificar.
Descobrindo-se em logro, acreditando-se traído, o companheiro vitimado recorre ao ego e equipa-se de ressentimento, instalando, nos painéis da emotivida­de, cargas violentas que terminarão por desarmoni­zar-lhe os delicados equipamentos e se refletirão na conduta mental e moral.
O ressentimento, por caracterizar-se como expres­são de inferioridade, anela pelo desforço, consciente ou não, trabalhando por sobrepor o ego ferido ao con­ceito daquele que o desconsiderou.
No importante capítulo da saúde mental, indis­pensável ao equilíbrio integral, o ressentimento pode ser comparado a ferrugem nas peças da sensibilida­de, transferindo-se para a organização somática, re­fletindo-se como distúrbios gástricos e intestinais de demoradas conseqüências.
Gastrites e diarréias inex­plicáveis procedem dos tóxicos exalados pelo ressen­timento, que deve ser banido das paisagens morais da vida.
As pessoas são, normalmente, competitivas, no sentido negativo da palavra, desejando assenhorear­se dos espaços que lhes não pertencem e, por se en­contrarem em faixas primitivas da evolução, fazem-se injustas, perseguem, caluniam. É um direito que têm, na situação que as caracterizam. Aceitar-lhes, porém, os petardos, vincular-se-lhes às faixas vibratórias de baixo teor, no entanto, é opção de quem não se resolve por preservar a saúde ou não deseja crescer emocio­nalmente.
Quando o ressentimento exterioriza as suas ma­nifestações, deve ser combatido, mental e racionalmente, eliminando a ingerência do ego ferido e ense­jando a libertação do eu profundo, invariavelmente esquecido, relegado a plano secundário.
O indivíduo, através da reflexão e do auto-encon­tro, deve preocupar-se com o desvelamento do si, identificando os valores relevantes e os perniciosos. sem conflito, sem escamoteamento, trabalhando aqueles que são perturbadores, de modo a não fa­cultar ao ego doentio o apoio psicológico neles, para esconder-se sob o ressentimento na justificativa de buscar ajuda para a autocompaixão.
O processo de evolução é incessante, e as mudan­ças, as transformações fazem-se contínuas, impulsio­nando à conquista dos recursos adormecidos no imo, o Deus interno que jaz em todos os seres.
A liberação do ressentimento deve ser realizada através da racionalização, sem transferências nem compensações egóicas.
À medida que a experiência fixa aprendizados, esse terrível gigante da alma se apequena e se dilui, desaparece, a partir do momento em que deixa de re­ceber os alimentos de manutenção pela idéia fixa e mediante o desejo de revidar, de sofrer, de ser vítima...

Livro: Ser Consciente
Divaldo / Joana de Angelis

sábado, 1 de março de 2014

Renascimentos Libertadores

Renascimentos Libertadores (*) 
 
As anêmonas em flor padeciam a constrição do calor  e murchavam, deixando
manchas coloridas sobre o verde desbotado das ramagens ressequidas.
 
 O dia amanhecera morno e a tórrida Judéia de solo calcionado, como o coração dosseus habitantes, prenunciava calor sufocante.
 
Eles haviam chegado da Galiléia, em marcha tranqüila, passando pela povoações e casarios esquecidos dos administradores, nos quais paravam para adquirir alimentos e conversar com os aldeões. 
 
Para aquelas gentes simples e sofridas das regiões remotas das cidades grandiosas,o contato com Jesus significava uma primavera formosa explodindo luz e harmoniana acústica das suas almas. Ademais, por onde Ele passava, mesmo que não se fizessem necessárias as curas ostensivas, ou que não ocorressem de forma pujante, permaneciam suaves aragens de paz e todos se sentiam reconfortados, tocados no recessos do ser. 
 
Quem era Aquele homem que sensibilizava as multidões atraindo crianças
ingênuas ao regaço, anciãos ao acolhimento, enfermos à misericórdia, loucos e
obsessos à paz e as próprias condições difíceis da Natureza a uma alteração
perceptível para melhor? 
 
-Interrogavam-se todos quantos lhe sentiam a aura ir radiante de amor.
Inevitavelmente permaneciam atraídos e mesmo quando não O podiam seguir, em
razão das circunstâncias do momento, jamais O esqueciam, aguardando que Ele
voltasse entre hinos de júbilo interno e esperanças renovadoras. 
 
A Sua palavra cálida adquiria musicalidade especial de acordo com as ocasiões e
ocorrências, tendo modulações próprias para cada momento, penetrando na
acústica da alma de forma inesquecível.
É muito difícil conceber-se, na atualidade tumultua da da sociedade, o significado
da presença de Jesus e o convívio com Ele, em razão dos novos padrões
comportamentais e dos interesses em jogo de paixões agressivas e asselvajadas. 
 
Entretanto, numa pausa para reflexão, numa silenciosa busca interior, num
tranqüilo de espera, pode-se ter uma idéia do grandioso significado da convivência pessoal com Ele.
Isto porque, as motivações sociais e econômicas do momento terrestre são muito
tormentosas e as conquistas parecem sem sentido após conseguidas, não
preenchendo os vazios do coração , que prosseguem inquieto, aguardando. 
 
Aqueles eram diferentes, sim. Não obstante, as criaturas eram muito semelhantes
às atuais, em razão das suas necessidades espirituais que se apresentavam como angústias para imediato atendimento, face ao desconhecimento das Leis soberanas da vida, que estavam restritas aos impositivos da intolerância e às descabidas exigências políticas.O ser humano sentia-se relativamente feliz quando podia desfrutar dos jogos da ilusória ribalta dos prestígios econômicos, sociais epolíticos, cujas vantagens sempre deixavam um gosto azinhavrado dedecomposição. 
 
Sem uma visão profunda do significado da existência, sem uma psicologia pessoal
mais lúcida, após as mentirosas vitórias sentia-se frustrado, atirando-se nos fossos
da promiscuidade moral ou nas rampas da perversidade guerreira, quando
esmagava outros e consumia nas chamas da crueldade seus bens, seus animais,
seus descendentes, que eram reduzidos à ínfima condição de escravos. 
 
A esperança de um libertador pairava em todas as pessoas de Israel, que desejava,
por outro lado, tornar-se uma Nação escravizadora, em revanche contra todos
aqueles outros povos que a afligiram. Não era um anseio justo e nobre para a
conquista da liberdade, mas uma ambição de vingança.
Surge Jesus e os olhos ansiosos das massas voltam-se para Ele com variados anelos
que se diversificam desde as necessidades orgânicas, às ambições guerreiras, às
alucinadas questões de supremacia de raça e de religião, esses pensamentos
permanentes adversários do processo de evolução do espírito humano. 
 
A Sua, no entretanto, era outra missão: libertar o indivíduo de si mesmo, da
inferioridade que lhe predomina no caráter e nos sentimentos. É natural, portanto,
que não fosse compreendido, sequer por aqueles que estavam ao Seu lado, já que
os interesses em pauta eram tão divergentes. 
 
A harmonia das Suas lições iam cantando uma sinfonia de esperança nos corações
e a música do seu conteúdo lentamente fixava-se na memória dos companheiros de
ministério, que ainda não haviam dado conta da magnitude do empreendimento. As
revelações faziam-se lentamente, e como suave calor amadurece os frutos, assim
Ele necessitava preparar os seres para o entendimento. 
 
Desse modo, após o formidando fenômeno da multiplicação dos pães e dos peixes,
e após orar, interrogou os amigos que estavam a Seu lado, sem a presença de estranhos no convívio íntimo:
- Quem dizem as multidões que sou?
Tomados de surpresa com o inesperado da interrogação, Ele, que jamais indagava,
por conhecer a profundeza dos sentimentos humanos e a época em que estava,
responderam-lhe, quase em uníssono, vários deles:-João Batista - ; outros, - Elias
 - ; outros, - um dos antigos profetas ressuscitados.
Houve um silêncio quebrado levemente pela harmonias ambientais. Após alguns
instantes, Ele indagou sem rebuços:
-E vós, quem dizeis que eu sou?
A pergunta pairava no ar, quando Simão Pedro, tomando de súbita inspiração
respondeu, emocionado:
-O Messias de Deus. 
O dia avançava e, substituindo o perfume das flores que emurcheciam, o ar parado
aumentando de temperatura impunha a necessidade de avançarem, margeando os
caminhos ásperos nos quais algumas árvores frondosas, sicômoros, figueiras,
tamareiras exuberantes ofereciam abrigo ao Sol inclemente.
O processo da reencarnação é o único que se coaduna com  a justiça de Deus,
oferecendo a todos as mesmas oportunidades de evolução, mediante as quais,
enriquece os Espíritos com as conquistas nobres do pensamento e da emoção,
depurando-se dos atavismos infelizes que neles predominam como decorrência das
experiências primitivas.
Graças a essa lei de causa e efeito , cada um é responsável pelas ocorrências do seu
deambular, tendo a liberdade de agir e a responsabilidade pelas conseqüências da
sua escolha.
O Filho do Homem, porém, iria sofrer sem nenhuma necessidade ou impositivo de
evolução, exclusivamente para dar testemunho de que a dor não tem caráter
punitivo, mas também funciona nos culpados, culpado que Ele não era, como
recurso de autopurificação.
A Sua, era, portanto, uma dadivosa lição do amor e de encorajamento para todos
quantos atravessariam os portais da existência planetária tentando a conquista do
infinito.
______________
(*) Lucas: 9 - 18 a 21.
Nota da autora espiritual.
 
Livro : Até O Fim dos Tempos-
Amélia Rodrigues