OLHANDO
PARA TRÁS
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Culpa
quer dizer paralização das nossas oportunidades de crescimento
no presente em consequência da nossa fixação doentia em
comportamentos do passado. Quem se sente culpado se julga em "peccatum",
palavra latina que quer dizer "pecado ou culpa". Logo, todos nós
vestimos a densa capa da culpa desde a mais tenra infância.
Certas
religiões utilizam-se frequentemente da culpa como meio de explorar a
submissão de seus fiéis. Usam o nome de Deus e suas leis como
provedores do mecanismo de punição e repressão, afirmando
que garantem a salvação para todos aqueles que forem "tementes
a Deus".
Esquecem-se,
no entanto, de que o Criador da Vida é infinita Bondade e Compreensão
e que sempre vê com os "olhos do amor", nunca punindo suas criaturas;
na realidade, são elas mesmas que se autopenalizam, por não se
renovarem nas oportunidades do livre-arbítrio e por ficarem, no presente,
agarradas aos erros do passado.
Nossa
atual cultura ainda é a mais grave geradora de culpa na formação
educacional dos relacionamentos, seja no social, seja no familiar. No recinto
do lar encontramos muitos pais induzindo os filhos à culpa: "Você
ainda me mata do coração!", tática muito comum para
manter sob controle uma pessoa rebelde; ou dos filhos que aprenderam a tramóia
da culpa, para obter aquilo que desejam: "Os pais de minhas amigas deixam
elas fazer isso".
Culpar não é um método educativo, nem tampouco gerador de crescimento, mas um meio de induzir as pessoas a não se responsabilizar por seus atos e atitudes.
Culpar não é um método educativo, nem tampouco gerador de crescimento, mas um meio de induzir as pessoas a não se responsabilizar por seus atos e atitudes.
Em
muitas oportunidades encontramos indivíduos que teimam em culpar os outros,
acreditando ser muito cômodo representar o papel de injustiçados
e perseguidos. Colocam seus erros sobre os ombros das pessoas, da sociedade,
da religião, dos obsessores, do mundo enfim. No entanto, só eles
poderão decidir se reconhecem ou não suas próprias falhas,
porque apenas dessa forma se libertarão da prisão mental a que
eles mesmos se confinaram.
Dar importância às culpas é focalizar fatos passados com certa regularidade, sempre nos fazendo lembrar de alguma coisa que sentimos, ou deixamos de sentir, falamos ou deixamos de falar, permitimos ou deixamos de permitir, desperdiçando momentos valiosos do agora, quando poderíamos operar as verdadeiras bases para nosso desenvolvimento intelecto-moral.
"Ninguém que lança mão ao arado e olha para trás é apto para o reino de Deus." Olhando para trás, a alma não caminha resoluta e, conseqüentemente, não se liberta dos grilhões do passado. Todos nós fomos criados com possibilidades de acertar e errar; por isso, temos necessidade de exercitar para aprender as coisas, de colocar as aptidões em treino, de repeti-las várias vezes entre ensaios e erros.
Dar importância às culpas é focalizar fatos passados com certa regularidade, sempre nos fazendo lembrar de alguma coisa que sentimos, ou deixamos de sentir, falamos ou deixamos de falar, permitimos ou deixamos de permitir, desperdiçando momentos valiosos do agora, quando poderíamos operar as verdadeiras bases para nosso desenvolvimento intelecto-moral.
"Ninguém que lança mão ao arado e olha para trás é apto para o reino de Deus." Olhando para trás, a alma não caminha resoluta e, conseqüentemente, não se liberta dos grilhões do passado. Todos nós fomos criados com possibilidades de acertar e errar; por isso, temos necessidade de exercitar para aprender as coisas, de colocar as aptidões em treino, de repeti-las várias vezes entre ensaios e erros.
A
culpa se estrutura nos alicerces do perfeccionismo. Alimentamos a idéia
de que não seremos suficientemente bons se não fizermos tudo com
perfeição. Esquecemo-nos, porém,de que todo o nosso comportamento
é decorrente de nossa idade evolutiva e de que somos tão bons
quanto nos permite nosso grau de evolução.
A todo momento, fazemos o melhor que podemos fazer, por estarmos agindo e reagindo de acordo com nosso "senso de realidade". O "arrependimento" resulta do quanto sabiamos fazer melhor e não o fizemos, enquanto que a culpa é, invariavelmente, a exigência de que deveríamos ter feito algo, porém não o fizemos por ignorância ou impotência.
A Divina Providência sempre "concede ao homem a faculdade da reparação e não o condena irrevogavelmente". Não há, razão, portanto, para culpar-se sistematicamente, pois ele será cobrado pelo "muito" ou pelo "pouco" que lhe foi dado, ou mesmo, "muito se pedirá àquele que muito recebeu".
Assevera Paulo de Tarso: "a mim, que fui antes blasfemo, perseguidor e injuriador, mas alcancei misericórdia de Deus, porque o fiz por ignorância, e por ser incrédulo". Tem-se, dessa forma, um ensinamento claro: a culpa é sempre proporcional ao grau de lucidez que se possui, isto é, nossa ignorância sempre nos protege.
Não guardemos culpa. Optemos pelo melhor, modificando nossa conduta. Reconheçamos o erro e não olhemos para trás, e sim, para frente, dando continuidade à nossa tarefa na Terra.
Hammed
A todo momento, fazemos o melhor que podemos fazer, por estarmos agindo e reagindo de acordo com nosso "senso de realidade". O "arrependimento" resulta do quanto sabiamos fazer melhor e não o fizemos, enquanto que a culpa é, invariavelmente, a exigência de que deveríamos ter feito algo, porém não o fizemos por ignorância ou impotência.
A Divina Providência sempre "concede ao homem a faculdade da reparação e não o condena irrevogavelmente". Não há, razão, portanto, para culpar-se sistematicamente, pois ele será cobrado pelo "muito" ou pelo "pouco" que lhe foi dado, ou mesmo, "muito se pedirá àquele que muito recebeu".
Assevera Paulo de Tarso: "a mim, que fui antes blasfemo, perseguidor e injuriador, mas alcancei misericórdia de Deus, porque o fiz por ignorância, e por ser incrédulo". Tem-se, dessa forma, um ensinamento claro: a culpa é sempre proporcional ao grau de lucidez que se possui, isto é, nossa ignorância sempre nos protege.
Não guardemos culpa. Optemos pelo melhor, modificando nossa conduta. Reconheçamos o erro e não olhemos para trás, e sim, para frente, dando continuidade à nossa tarefa na Terra.
Hammed