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sexta-feira, 22 de março de 2013

ANTE A LIÇÃO DO SENHOR." ... Recebamos o dom das horas, como quem sabe que o tempo é o mais valioso empréstimo do Senhor à nossa estrada e, convertendo os minutos em ação construtiva e salutar, faremos a descoberta de nosso próprio mundo íntimo, em cuja maravilhosa extensão, a paz e o trabalho são os favores mais altos da vida..."


 
    Emmanuel
         Louvando os “pobres de espírito”, Jesus não exaltava a ignorância, a insuficiência, a boçalidade e a incultura.
         Encarecia a benção da simplicidade, que nos permite encontrar os mais preciosos tesouros da vida.
         Abençoava a humildade, que nos conduz à fonte da paz.
         Salientava a sobriedade que nos garante o equilíbrio.
         Destacava a paciência que nos dilata a oportunidade de aprender e servir.
         Se procuras o Mestre do Evangelho, não admitas que a tua fé se transforme em combustível ao fogo da ambição menos eficiente.
         Vale-te da lição de Jesus, à maneira do lavrador vigilante que sabe selecionar as melhores sementes a fim de enriquecer a colheita próxima ou à maneira do viajor que guarda consigo a lâmpada acesa para a vitória sobre as trevas.
Muita gente se alinha nos santuários da Boa Nova, procurando em Cristo um escravo suscetível de ser engajado a serviço de seus escusos desejos, buscando na proteção do céu, favorável clima à infeliz materialização de seus próprios caprichos, enquanto milhões de aprendizes da Divina Revelação se aglomeram nos templos do Mestre em torneios verbalísticos nos quais entronizam a vaidade que lhes é própria, tentando posições de evidência nos conflitos e tricas da palavra, em que apenas efetuam a mal versão das riquezas do espírito.
         Se a Doutrina Redentora do Bem Eterno é o caminho que te reclama a sublime aquisição da Vida Superior, simplifica a própria existência.
         Evitemos complicações e exigências que nada realizam em torno de nós senão amargura, desencanto e inutilidade.
         Recebamos o dom das horas, como quem sabe que o tempo é o mais valioso empréstimo do Senhor à nossa estrada e, convertendo os minutos em ação construtiva e salutar, faremos a descoberta de nosso próprio mundo íntimo, em cuja maravilhosa extensão, a paz e o trabalho são os favores mais altos da vida.
         Contentemo-nos em estruturar com bondade e beleza o instante que passa, cedendo-lhe o melhor de nós mesmos, a favor dos que nos cercam, e descerraremos o novo horizonte, em que a plenitude da simplicidade com Jesus nos fará contemplar, infinitamente, a eterna e divina alegria.  
  
Livro: Construção Do Amor   Autor: Francisco C. Xavier  -  Emmanuel
 

A Transformação do Instinto

Há diferença entre instinto e inteligência, e estas duas condições humanas entrecruzam-
se tão sutilmente que se tornam imperceptíveis. Elas interagem, inviabilizando ao homem distinguir,
em muitas ocasiões, quando uma termina e dá lugar à outra.
Segundo O Livro dos Espíritos, questão 73, “(...) o instinto é uma espécie de inteligência. É uma inteligência
sem raciocínio. Por ele é que os seres provêem às suas necessidades”.
Através do instinto os seres orgânicos realizam atos espontâneos e voluntários, visando à sua conservação,
não havendo nesses atos instintivos reflexão, combinação nem premeditação.
Obedecendo cegamente a este impulso, as plantas procuram o ar, voltam-se para a luz em busca
de energia que as vitalizem, direcionam suas raízes para a água e para a terra que as nutrem. Também a flor abre e fecha, conforme lhe for necessário.
As plantas trepadeiras se enroscam em torno do que lhes pode oferecer segurança e apoio. E, no reino animal, os animais têm o aviso do perigo que os ronda; procuram o melhor clima de acordo com a estação que estão vivendo; eles constroem, sem ter a mínima orientação, abrigos, moradias, com mais ou menos arte, de acordo com suas espécies; cuidam com zelo (sem ter noção do que seja isto) de seus filhotes, dando demonstração, para muitas pessoas, de que eles amam suas crias, enquanto há animais, os ferozes, por exemplo, que comem seus próprios filhos, bastando a fome lhes surgir. Os animais manejam com destreza as suas garras, que lhes propiciam defesa contra os outros animais; aproxima-se o macho da fêmea e unem-se sexualmente sem que tivessem tido a menor diretriz sobre como se processaria o cruzamento.
Os filhotes se instalam para mamar, sem que a mãe os oriente.
Vejamos o homem. Sua vida inicial é toda instintiva, passando o instinto a dominá-lo. A criança toma o
alimento do seio materno; faz os primeiros movimentos sem aprendizagem específica; grita avisando
que deseja algo ou que não está se sentindo bem; tenta falar e andar. Já crescido, o homem também continua a realizar movimentos instintivos, principalmente quando alguma coisa externa ameaça a sua integridade física, o mesmo acontecendo na hora de equilibrar o corpo. A oxigenação a que se submete pela
respiração, o abrir da boca quando sente sono são atos, movimentos instintivos.
Quando age inteligentemente, o homem revela atos voluntários, frutos de reflexão, premeditação e sujeitos
a combinações, tudo de conformidade com os momentos circunstanciais.
Este patrimônio é exclusivamente da alma.
Todo ato instintivo é maquinal; já o que denota reflexão, combinação, deliberação é inteligente, pois o
ato inteligente é livre, enquanto o instintivo, automático.
O instinto é sempre guia seguro, dificilmente falha ou se engana.
Já a inteligência, por ser livre, muitas vezes se equivoca, levando o homem ao arrependimento, ao
remorso, à dor.
Agindo por instinto, o homem está sempre revelando que é um ser inteligente, pois que se encontra apto
a prever o que lhe pode acontecer.
O instinto não poderia promanar da matéria, porque se assim fosse teríamos que admitir inteligência
na matéria, o que não existe.
Ainda mais teríamos de admitir que a matéria seria mais inteligente e previdente do que a alma, pelo
fato de o instinto não se enganar, enquanto a inteligência vez por outra se equivoca.
Não é raro a manifestação ao mesmo tempo do instinto e da inteligência.
Quando nós caminhamos, por exemplo, o mover as pernas é ato instintivo; colocamos um
pé à frente do outro, sem cogitarmos nisso. Agora, quando queremos acelerar o passo, levantar o pé
para nos livrarmos de um obstáculo, agimos inteligentemente, ou seja, aí empregamos cálculo e combinação.
Analisando o animal na hora de se alimentar, de forma predatória, vemos que ele sabe como segurar a
sua presa, por instinto, e levá-la à boca para devorá-la. Contudo, prevenindo- se contra eventuais ameaças
à conservação do alimento sob o seu domínio, temos que admitir
que ele atua com inteligência.
Sabendo-se que os Guias Espirituais atuam em nossas vidas nos livrando de certos perigos e certos
males, após nos envolverem em seus eflúvios, vemos aí uma ação inconsciente do homem que se
pode atribuir a um ato instintivo, quando ele é elaborado com inteligência, no mínimo a do Espírito
Protetor. Há, no nosso entendimento, uma ação conjugada do instinto e da inteligência.
A Providência Divina, que protege crianças, loucos e ébrios, manifesta- se através do ato protetor dos
Guias Espirituais, que conduzem quem ainda não sabe caminhar na vida sem uma ajuda eficaz.
Figurando todos nós mergulhados no halo divino, ou seja, sob a sua proteção sábia e previdente, vamos
compreender a unidade de vistas que preside a todos os nossos movimentos instintivos efetuados
para o nosso bem-estar.
Sob esta óptica o instinto há de ser um excelente guia,muito seguro em sua ação. Incluamos aí o instinto
materno, o maior de todos; malgrado opinião contrária dos apologistas de que tudo se resume na matéria,
ele fica realçado e enobrecido. É por intermédio das mães que Deus vela pelas suas criaturas. Resulta daí estarmos sempre realçando, quando oportuno, que por ser Deus o verdadeiro Pai de nossos filhos, nós,
pais terrenos, somente fazemos uma parte mínima de esforço para deles cuidar.A outra parte, a maior e mais
expressiva, fica sob a competência de Deus, pertence a Ele.
Não deduzamos, daí, a nulificação da proteção dos Espíritos Guias, porque eles agem, atuam como medianeiros de Deus, já que o Criador, como está em O Livro dos Espíritos (questões 112-113), não atua sozinho, mas em comunhão com o movimento de seus intermediários nos mundos físico e extrafísico.
Devemos convir, como judiciosamente Allan Kardec destaca, que estas maneiras de considerar o instinto
e a inteligência são todas hipotéticas, e nenhuma poderá ser considerada como genuinamente
autêntica. Contudo, nada possuem de absurdidade, segundo os conhecimentos
atuais do ser humano. Pode ser isso mesmo o que acontece, como mostra a prudência científica
do Codificador ao aconselhar cuidado e muita observação antes de darmos a última palavra. Ou não a
digamos nunca, o que sempre é mais aconselhável. Na incerteza, silenciemos, dizem os que sabem mais.
O instinto vai se enfraquecendo por sua absorção pela inteligência, sem, contudo, desaparecer totalmente,
pelo fato de ele ser guia seguro, nunca prejudicial, sempre bom.
Agindo só instintivamente, o homem poderia ser bom, mas a sua inteligência permaneceria paralisada,
sem desenvolvimento, e não é isso que Deus deseja às suas criaturas.
Apoio: Livro A Gênese, de Allan Kardec,
edição da Federação Espírita Brasileira,
capítulo III, tradução de Guillon
Ribeiro.

Educar-se Para Educar. "(...)Como poderemos orientar, dirigir, indicar o caminho a quem quer que seja, se ainda não o trilhamos? Daí a necessidade imperiosa do nosso trabalho de auto-educação. Só quem ama é capaz de emitir vibrações de amor e, portanto, de educar na Escola Edificante da Vida..." , (...)Nenhum de nós poderá pretender ser Educador, se não se educar a si mesmo. Mas também é inegável que todo aquele que fala, que escreve, que exerce faculdades mediúnicas, que pretende doutrinar e convencer Espíritos obsessores, que colabora nas Escolas de Evangelização Espírita, nas Juventudes e Mocidades ou em outras agremiações religiosas, desempenha função educativa intencional, e tem, portanto, maior responsabilidade, bem como corre mais risco de se transformar em cego, condutor de cegos..."

Educar-se Para Educar
PASSOS LÍRIO
“Jesus é o nosso Divino Mestre. Eduquemo-nos com Ele, a fim de podermos realmente educar.”
Emmanuel
.
Todos nós, ainda que inconscientemente, exercemos ação educativa ou, ao
contrário,deseducativa sobre outrem.
Nossas atitudes, nossas ações, os conceitos que emitimos (pela palavra falada ou escrita), nossas realizações em todo e qualquer campo de atividade constituem influências que estamos
exercendo sobre os indivíduos e a sociedade e, por vezes, até mesmo sobre a posteridade.
Podemos, então, exercer influência positiva ou negativa, o que firmará uma
das espécies de responsabilidade com que teremos de arcar.
Tudo isto, considerando a influência educativa ocasional, não intencional nem
sistemática. Teremos, a considerar, ainda, a ação educativa intencional exercida
por aqueles que têm o propósito de educar.
Procurar educar é pretender dar direção e sentido aos fatores inerentes ao
educando. A própria representação gráfica da palavra, na linguagem primitiva, tem
este significado ( conduzir , em latim, e dirigir , em grego). Quem se propõe a educar,
propõe-se, portanto, a orientar, a dirigir outrem ou alguém.
Como poderemos orientar, dirigir, indicar o caminho a quem quer que seja, se
ainda não o trilhamos?
Daí a necessidade imperiosa do nosso trabalho de auto-educação. Só quem
ama é capaz de emitir vibrações de amor e, portanto, de educar na Escola Edificante
da Vida. Só quem possui equilíbrio interior é capaz de educar na Escola doDomínio
de Si Mesmo, de ajudar alguém nessa prática. Só quem detém capacid ade de renúncia e
sacrifício dispõe de força bastante para educar em tal Escola.
Acresce, ainda, a circunstância de que, quanto maior for a rebeldia do educando,
quanto mais ele for vazio dos sentimentos que pretendemos edificar, tanto maior
intensidade de tais sentimentos será necessária ao educador, para que logre êxito.
É por isso que os alunos ou os filhos rebeldes constituem um desafio perm anente a quem
pretende se consagrar a semelhante mister.
Nem foi por outro motivo que Deus, Pai de Misericórdia, nos enviou Jesus,
todo pureza, para educar Espíritos como nós outros, tão endurecidos no mal. Precisamente
por isso é que para nós, espiritistas cristãos, o Mestre terá de ser só, prioritariamente e sempre,
Jesus.
Vem a pêlo relembrarmos a passagem evangélica referente à cura de um lunático, para cuja obtenção os discípulos não lograram êxito. Consultado o Mestre
sobre o porquê do fracasso, Ele disse: “por causa da vossa pouca fé”; mas enfatizou: “esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum ”. (Lucas, 17:14-23.)
Depreendemos, da palavra de Jesus, não disporem ainda os discípulos de
suficiente preparo espiritual imprescindível ao sucesso de tal cometimento, ou seja,
carência de virtudes na formação da estrutura de suas personalidades, que então
lhes possibilitassem serbem-sucedidos.
No fundo, faltava a eles eficiente lastro de auto-educação.1
Nenhum de nós poderá pretender ser Educador, se não se educar a si mesmo.
Mas também é inegável que todo aquele que fala, que escreve, que exerce faculdades
mediúnicas, que pretende doutrinar e convencer Espíritos obsessores,
que colabora nas Escolas de Evangelização Espírita, nas Juventudes e Mocidades
ou em outras agremiações religiosas, desempenha função educativa intencional, e
tem, portanto, maior responsabilidade, bem como corre mais risco de se transformar em
cego, condutor de cegos. Donde a imperiosa e prioritária opção de colocar
a Educação acima de qualquer dessas e de outras atividades, ou melhor, de bem
aproveitá-las todas, como valiosos estímulos e imperdíveis oportunidades educativas para nós mesmos.
Oportunidades educativas... como? dentro de que padrões? em que Escola?
com que Mestre?
É a tais inquirições que
Emmanuel vem de nos responder: “Jesus é o nosso
Divino Mestre. Eduquemo-nos com Ele, a fim de podermos realmente educar.”

Revista O Reformador  julho de 2000