Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!
Mostrando postagens com marcador Obsessão Coletiva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Obsessão Coletiva. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 19 de julho de 2021

ELES VIVERÃO

 

"Quem quiser vir a mim carregue a própria cruz…Jamais amaldiçoes...A quem pratica o mal, chega o horror do remorso… … Nunca te vingues, Pedro, porque os maus viverão e basta-lhes viver para se alçarem à dor da sentença cruel que lavram contra eles mesmos.."


ELES VIVERÃO


Onze anos após a crucificação do Mestre, Tiago, o pregador, filho de Zebedeu, foi violentamente arrebatado por esbirros do Sinédrio, em Jerusalém, a fim de responder a processo infamante.


Arrancado ao pouso simples, depois de ordem sumária, ei-lo posto em algemas, sob o Sol causticante.


Avançando ao pé do grande templo, na mesma praça enorme em que Estêvão achara o extremo sacrifício, imensa multidão entrava-lhe a jornada.


Tiago, brando e mudo, padece, escarnecido.


Declaram-no embusteiro, malfeitor e ladrão.


Há quem lhe cuspa no rosto e lhe estraçalhe a veste.


- “A morte! à morte!…”


Centenas de vozes gritam inesperada condenação, e Pedro, que de longe o segue, estarrecido, fita o irmão desditoso, a entregar-se humilhado.


O antigo pescador e aprendiz de Jesus é atado a grande poste e, ali mesmo, sob a alegação de que Herodes lhe decretara a pena, legionários do povo passam-no pela espada, enquanto a turba estranha lhe apedreja os despojos.


Simão chora, sozinho, ao contemplar-lhe os restos, voltando, logo após, para o seu humilde refúgio.


Depois de algumas horas, veio a noite envolvente acalentar-lhe o pranto.


De rústica janela, o condutor da casa inquire o céu imenso, orando com fervor.


Porque a tempestade? porque a infâmia soez? O pobre amigo morto era justo e leal…


Incapaz de banir a ideia de vingança, Pedro lembra os algozes em revolta suprema.


Como desejaria ouvir o Mestre agora!… que diria Jesus do terrível sucesso?!…


Neste instante, levanta os olhos lacrimosos, e observa que o Cristo lhe surge, doce, à frente.


É o mesmo companheiro de semblante divino.


Ajoelha-se Pedro e grita-lhe:


- Senhor! somos todos contados entre os vermes do mundo!… porque tanta miséria a desfazer-se em lama? Nosso nome é pisado e o nosso sangue verte em homicídio impune… A calúnia feroz espia-nos o passo…


E talvez porque o mísero soluçasse de angústia, o Mestre aproximou-se e disse com carinho, a afagar-lhe os cabelos:


- Esqueceste, Simão? Quem quiser vir a mim carregue a própria cruz…


- Senhor! - retrucou, em lágrimas, o apóstolo abatido - não renego o madeiro, mas clamo contra os maus… Que fazer de Joreb, o falsário infeliz, que mentiu sobre nós, de modo a enriquecer-se? que castigo terá esse inimigo atroz da verdade divina?


E Jesus respondeu, sereno, como outrora:


- Jamais amaldiçoes… Joreb vai viver…


- E Amenab, Senhor? que punição a dele, se armou escuro laço, tramando-nos a perda?


- Esqueçâmo-lo em prece, porque o pobre Amenab vai viver igualmente…


E Joachim ben Mad? não foi ele, talvez, o inspirador do crime? o carrasco sem fé que a todos atraiçoa? Com que horrenda aflição pagará seus delitos?


- Foge de condenar, Joachim vai viver…


- E Amós, o falso Amós, que ganhou por vender-nos?


- Olvidemos Amós, porque Amós vai viver…


- E Herodes, o rei vil, que nos condena à morte, fingindo ignorar que servimos a Deus?


Mas Jesus, sem turvar os olhos generosos, explicou simplesmente:


- Repito-te, outra vez que, quem fere, ante a lei será também ferido… A quem pratica o mal, chega o horror do remorso… E o remorso voraz possui bastante fel para amargar a vida… Nunca te vingues, Pedro, porque os maus viverão e basta-lhes viver para se alçarem à dor da sentença cruel que lavram contra eles mesmos..


Simão baixou a face banhada de pranto, mas ergueu-a em seguida, para nova indagação…


O Senhor, entretanto, já não mais ali estava. Na laje do chão só havia o silêncio que o luar renascente adornava de luz…


Fonte: Contos Desta e de Outra Vida.
IrmãoX/Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 11 de maio de 2021

A MULTIDÃO E A TRAGÉDIA DO GÓLGOTA -


 FRAGMENTOS DOS TEXTOS:
 [...]  Não parecia que os peregrinos de Jerusalém haviam acorrido à cidade para as comemorações alegres da Páscoa, mas, tão somente, para procederem à condenação do humilde Messias de Nazaret[...]Como homem, estou contra este povo inconsciente e infeliz e tudo faria por salvar o inocente; mas, como romano, acho que uma província, como esta, não passa de uma unidade econômica do Império[...]Os ódios, confraternizando com os ciúmes, espalharam injúrias que eram glosadas pela ingratidão de muitos que lhe foram comensais da ternura e receberam de Suas mãos o pábulo da vida estuante. Fervilhando as constrições obsidentes[...]As hordas desenfreadas da Espiritualidade inferior galvanizam no ódio os que se permitem as licenças das paixões dissolventes. Sempre se repetirão aquelas cenas nos linchamentos das ruas, nas prisões arbitrárias, nas injustiças tornadas legais[...]A obsessão coletiva como tóxico morbífico domina os participantes da inominável atuação infeliz. Ele não se defende, não reclama, nada pede. Submete-se e confia em Deus...




       No grande dia do Calvário



Da câmara isolada, onde se reunia o apressado e reduzido conselho de patrícios, podiam observar-se os ecos rumorosos da turba amotinada, em espantosa gritaria. Um ajudante de ordens do governador, de nome Políbius, homem sensato e honesto, penetrou no recinto, pálido e quase trêmulo, dirigindo-se a Pilatos:Senhor governador, a multidão enfurecida ameaça invadir a casa, se não confirmardes a sentença condenatória de Jesus Nazareno, dentro do menor prazo possível… — Mas, isso é um absurdo — retrucou Pilatos, emocionado. — E, afinal, que diz o profeta em tais circunstâncias? Sofre tudo sem uma palavra de recriminação e sem um apelo oficial aos tribunais de justiça? — Senhor — replicou Políbius, igualmente impressionado —, o prisioneiro é extraordinário na serenidade e na resignação. Deixa-se conduzir pelos algozes com a docilidade de um cordeiro e nada reclama, nem mesmo o supremo abandono em que o deixaram quase todos os diletos discípulos da sua doutrina!

  Comovido com os seus padecimentos, fui falar-lhe pessoalmente e, inquirindo-o sobre os seus martírios, afirmou que poderia invocar as legiões de seus anjos e pulverizar toda a Jerusalém dentro de um minuto, mas que isso não estava nos desígnios divinos e, sim, a sua humilhação infamante, para que cumprissem as determinações das  Escrituras. (Isaias) 

Fiz-lhe ver, então, que poderia recorrer à vossa magnanimidade, a fim de se ordenar um processo dentro de nossos dispositivos judiciários, de maneira a comprovar sua inocência e, todavia, recusou semelhante recurso, alegando que prescinde de toda proteção política dos homens, para confiar tão somente numa justiça que diz ser a de seu Pai que está nos Céus!

 [...]que poderíamos fazer para evitar-lhe a morte nefanda, nas mãos criminosas da massa inconsciente?[...]sugiro a pena dos açoites na praça pública, por ver se assim conseguimos amainar as iras populares, evitando ao prisioneiro a morte ignominiosa nas mãos de celerados sem consciência

[...]Vivendo na Judeia há quase sete anos, conheço este povo e sei de suas temíveis atitudes, quando as suas paixões se desencadeiam.  O suplício foi, então, ordenado, no pressuposto de evitar maiores males.[...] Nesse instante doloroso, Públio e alguns romanos se ausentaram por momentos da câmara privada onde se reuniam, a fim de observarem os movimentos instintivos da massa fanática e ignorante. Não parecia que os peregrinos de Jerusalém haviam acorrido à cidade para as comemorações alegres da Páscoa, mas, tão somente, para procederem à condenação do humilde Messias de Nazaret.[...] Políbius, cientificando o governador de que a pena do açoite não havia saciado, infelizmente, as iras da população enfurecida, que reclamava a crucificação do condenado.

[...] Penosamente surpreendido, exclamou o senador, dirigindo-se a Pilatos, com intimidade: — Não tendes, porventura, algum prisioneiro com processo consumado, que possa substituir o profeta em tão horrorosas penas? As massas possuem alma caprichosa e versátil e é bem possível que a de hoje se  satisfaça com a crucificação de algum criminoso, em lugar desse homem, que pode ser um mago ou visionário, mas é um coração caridoso e justo. O governador da Judeia concentrou-se por momentos, recorrendo à memória, com o fim de encontrar a desejada solução. Lembrou-se então de Barrabás, personalidade temível, que se encontrava no cárcere aguardando a última pena, conhecido e odiado de todos pelo seu comprovado espírito de perversidade, respondendo afinal: — Muito bem!… Temos aqui um celerado, no cárcere, para alívio de todos, e que poderia, com efeito, substituir o profeta na morte infamante!… E mandando fazer o possível silêncio, de uma das eminências do edifício, ordenou que o povo escolhesse entre o bandido e Jesus. 

 Mas, com grande surpresa de todos os presentes, a multidão bradava com sinistro alarido numa torrente de impropérios: — Jesus!… Jesus!… Absolvemos Barrabás!… Condenamos a Jesus!… Crucificai-o!… Crucificai-o!… Todos os romanos se aproximaram das janelas, observando a inconsciência da massa criminosa, no ímpeto de seus instintos desencadeados. 

 — Que fazer diante de tal quadro? — perguntou Pilatos, emocionado, ao senador que o ouvia atentamente. 
 — Meu amigo — respondeu Públio, com energia ,— se a decisão dependesse tão somente de mim, fundamentá-la-ia em nossos códigos judiciários, cuja evolução não comporta mais uma condenação tão sumária como esta, e mandava dispersar a multidão inconsciente à pata de cavalo; mas, considero que as minhas atribuições transitórias, junto ao vosso governo, não me outorgam direito a tais desmandos e, além disso, tendes aqui uma experiência de sete anos consecutivos. De minha parte, suponho que tudo foi feito para que as decisões não fossem precipitadas.

(...) Como homem, estou contra este povo inconsciente e infeliz e tudo faria por salvar o inocente; mas, como romano, acho que uma província, como esta, não passa de uma unidade econômica do Império, não nos competindo, a nós outros, o direito de interferência nos seus grandes problemas morais e presumindo desse modo, que a responsabilidade desta morte nefanda deve caber agora, exclusivamente, a essa turba ignorante e desesperada e aos sacerdotes ambiciosos e egoístas que a dirigem.

 Pilatos enterrou a fronte nas mãos, como a refletir maduramente naquelas ponderações; mas, antes que pudesse externar sua opinião, eis que Políbius aparece aflito, exclamando em atitude discreta: — Senhor governador, é preciso apressar vossa decisão. Espíritos maldizentes começam a duvidar da vossa fidelidade aos poderes do César, compelidos pela intriga dos sacerdotes do templo, colocando a vossa dignidade em terreno equívoco para todos… 

Além disso, a populaça tenta invadir a casa, tornando-se necessário assumirdes atitude decisiva, sem perda de um minuto.  Pilatos ficou rubro de cólera, diante de semelhantes injunções, exclamando irritado, como se estivesse sob o jugo do mais singular dos determinismos: — Está bem! Lavarei as mãos deste ignominioso delito! O povo de Jerusalém será satisfeito… 

 E, procedendo a esse ato que o celebrizaria para sempre, dirigiu algumas palavras ao condenado, mandando, em seguida, recolhe-lo a uma cela, onde pudesse permanecer alguns minutos, sem as grosseiras investidas da turba impetuosa, antes que a multidão o conduzisse ao Gólgota, que, na linguagem usual, deverá ser traduzido por Lugar da Caveira. 

 Um sol abrasador tornara sufocante e insuportável a atmosfera. Saciada, afinal, a fúria da multidão nos seus desvairamentos infelizes, numerosos soldados seguiram o prisioneiro, que demandava o monte da crucificação, a passos vacilantes sob o madeiro da ignomínia, que a justiça da época destinava aos bandidos e aos ladrões. Até o momento de sua saída sob a cruz, ninguém se interessara por ele, junto à autoridade do governador da Judeia... Depreendia daí o senador que, quantos seguiam o Mestre de Nazaret nas margens do lago, em Cafarnaum, o haviam abandonado inteiramente. De uma das janelas do palácio, considerou, penalizado, o desprezo infligido àquele homem que um dia, o dominara com a força magnética da sua personalidade incompreensível, observando a ondulação da turba enfurecida, ao sair o inesquecível cortejo. Ao lado do Mestre não se via mais a carinhosa assistência dos discípulos e seus numerosos seguidores. Apenas algumas mulheres — entre as quais se destacava o vulto impressionante e agoniado de sua mãe — o amparavam afetuosamente, no doloroso e derradeiro transe. Aos poucos, a praça extensa aquietou-se ao calor sufocante da tarde que se avizinhava. À distância, ouvia-se ainda a vozearia da plebe, aliado ao relinchar dos cavalos e ao tinir das armaduras. 

 Impressionados com o espetáculo que, aliás, não era incomum na Palestina, reuniram-se os romanos em uma das salas amplas do palácio governamental, em animada palestra, comentando os instintos e paixões ferozes da plebe enfurecida. Daí a minutos, Cláudia mandava servir doces, vinhos e frutas, e, enquanto a conversação timbrava os problemas da província e as intrigas da corte de Tibério, mal imaginava aquele punhado de criaturas que, na cruz grosseira e humilde do Gólgota, ia acender-se uma gloriosa luz para todos os séculos terrestres.. 

Emmanuel 
Trecho do livro: Há dois mil anos , Cap.8-1ª parte.

                     ***

         O Calvário e a obsessão

[...]Os ódios, confraternizando com os ciúmes, espalharam injúrias que eram glosadas pela ingratidão de muitos que lhe foram comensais da ternura e receberam de Suas mãos o pábulo da vida estuante. Fervilhando as constrições obsidentes que se impunham, os adversários da liberdade espiritual da Terra, em desgoverno no Mundo Espiritual, dominaram os que se não armaram de vigilância e equilíbrio, tornando-se fáceis presas do anti-Cristo, a fim de que a tragédia do Gólgota se consumasse.

[...] As hordas desenfreadas da Espiritualidade inferior galvanizam no ódio os que se permitem as licenças das paixões dissolventes. Sempre se repetirão aquelas cenas nos linchamentos das ruas, nas prisões arbitrárias, nas injustiças tornadas legais, quando as massas afluem aos espetáculos hediondos e se asselvajam, tornando-se homicidas incomparáveis...
 
Como podiam aquelas gentes desconhecer a brandura do Pastor Divino, esquecer Suas concessões e "prodígios"? 

[...] A covardia moral, abrindo as faculdades psíquicas ao intercâmbio com os Espíritos imperfeitos e obsessores, todo o bem recebido negou, a fim de poupar-se. Transformou o inocente em algoz, em revolucionário desnaturado e elegeu o crime como elemento de justiça. 

O grande espetáculo da loucura coletiva se aproxima do Calvário. A obsessão coletiva como tóxico morbífico domina os participantes da inominável atuação infeliz. Ele não se defende, não reclama, nada pede. Submete-se e confia em Deus. Jesus é o exemplo, o ideal para a consunção do desar que vencerá os séculos a mais horrenda explosão coletiva que passará à História… 

 Amélia Rodrigues

                        * * *

Para Nossa Reflexão , trecho do Evangelho Segundo O Espiritismo, por Larcodaire:

[...]Deverá ele ainda expulsar os vendilhões do templo, que maculam tua casa, esse recinto de orações? E, quem sabe?, oh, homens, se Deus vos concedesse essa graça, se não o renegaríeis de novo, como outrora? Se não o acusaríeis de blasfemo, por vir abater o orgulho dos fariseus modernos? Talvez, mesmo, se não o faríeis seguir de novo o caminho do Gólgota?

Evangelho Segundo O Espiritismo Cap.7 item 11

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Intercessão Providencial

"A hora exige atenção e cuidado , ante o número expressivo de lobos disfarçados de ovelhas , com vozes mansas e venenos nas palavras , que aparentam humildade forçada e são possuidores de ira incontrolável.[...] " A tribuna espírita não é pódio para disputas de exaltação do personalismo nem instrumento de projeção da mesquinha necessidade de aplauso...





" Fôramos informados que nobre mensageira de Estância Superior viria comunicar-se conosco,obedecendo a uma programação adrede organizada , para socorrer algumas instituições Espíritas terrenas, seriamente sitiadas por tenebrosa organização do Mal.
Labores antes realizados com abnegação , agora sofriam sórdida perseguição de inimigos do progresso já desencarnados ,que se comprazem em semear intranquilidade entre as criaturas[...]Especialmente convidados , Dr. José Carneiro de Campos.
[...] Às 20h, a sala encontrava-se repleta, tendo o nosso respeitável administrador, Ovídio[...]De imediato, apresentou a venerável senhora desencarnada cuja aura refulgia em tonalidades diamantinas, demonstrando seu estágio evolutivo.( Segue abaixo suas palavras)

" O amor a Jesus em todas as épocas da Humanidade sempre tem provocado a ira dos adversários da Verdade que O temem, investindo com ferocidade contra os seus vexilários ( porta bandeira) , na ilusão de que ao destruírem os seus corpos, aniquilam os seus ideais libertadores.

[...]" Utilizando-se da debilidade moral de muitos conversos que não amadureceram psicologicamente nos estudos sérios do Espiritismo , deles se utilizam como insatisfeitos e agressivos, perturbadores das hostes doutrinárias, de modo a criarem situações embaraçosas , de difícil solução pelos arrastamentos de outros invigilantes que a ação maléfica lhe proporciona.

" A intriga e a infâmia - armas mortíferas e de grande alcance - são utilizadas para denegrir os companheiros , lançá-los uns contra os outros , com desgastes de energia e de tempo malbaratados inutilmente.

"Embora pregando-se a tolerância , não a praticam , antes mantêm injustificáveis ressentimentos, filhos do orgulho em predomínio e da presunção doentia.

[...]" Atormentados pelas paixões servis, transformam os núcleos espíritas, que devem ser dedicados ao estudo, à oração, ao recolhimento dos sofredores, a santuário de comunhão com o Mundo Espiritual superior, em clubes de futilidades, de divertimentos, de comentários desairosos , de convívio para o lazer e de lancharias comum...

[...] A soberba e o falso intelectualismo, a necessidade de variações de comportamento, vêm conduzindo expressivo número de adeptos da Revelação dos guias da Humanidade; as propostas agressivas conforme a sua maneira de entender e alguns se atrevem a dar nova interpretação às obras da Codificação, num alucinado projeto de atualizar a Verdade , as reflexões do codificador inspirado pelo Senhor e vaso escolhido para a construção do mundo melhor.

"Dominados pela vaidade , deixam se outros dominar por Entidades intelectualizadas e de baixo nível moral, que os mistificam, assacando acusações indébitas contra tudo e contra todos que lhes não compartem as ideias esdrúxulas e extravagantes.

[...] "Piorando o quadro , no entanto, as disputas por cargos administrativos , a fim de imporem suas maneiras especiais de governança das consciências , em lamentáveis ressonâncias  do passado, quando , em outros credos, foram impiedosos e dominadores, vem-se tornando trivial, sempre em olvido das diretrizes do Mestre ao afirmar: - Quem desejar ser o maior , seja o servidor de todos...

[...] "A hora exige atenção e cuidado , ante o número expressivo de lobos disfarçados de ovelhas , com vozes mansas e venenos nas palavras , que aparentam humildade forçada e são possuidores de ira incontrolável.

[...] " A tribuna espírita não é pódio para disputas de exaltação do personalismo nem instrumento de projeção da mesquinha necessidade de aplauso.[...] Isto porque, conhecendo as debilidades morais dos que ali se apresentam , os adversários espirituais seguem-nos , empurram-nos a compromissos afetivos ilusórios e desgastes sexuais resultantes do fascínio que exercem em pessoas viciadas e de mente pervertida.Dominados pela vã cultura e pelo entusiasmo dos insensatos, abrem espaços emocionais muito amplos para a instalação de conflitos que os atormentarão, que os levarão ao abandono das tarefas , quando contrariados ou simplesmente entediados , a caminho de desditosas depressões e obsessões soezes...

" A Instituição Espírita de hoje deve evocar a Casa do Caminho, onde Pedro, Tiago e João viveram os ensinamentos de Jesus e mantiveram a continuação do contato com o Mestre, a fim de que tivessem forças para o testemunho , o sublime holocausto da própria vida."


Franco, Divaldo.Perturbações espirituais.1.ed./Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda[psicografado  por]Divaldo Pereira Franco. salvador: LEAL,2015. 248P. 
Trechos retirados das páginas 11 à 19.

domingo, 22 de julho de 2018

Adversários Perigosos "(...) Atraídos pelas imperfeições humanas, imantam-se àqueles com os quais sintonizam, realizando um terrível comércio espiritual.Tenazes e perigosos, espreitam, na situação em que se encontram, as suas futuras vítimas(...)Invadem o campo da vontade daqueles que se permitem sofrer-lhes o assédio, empurrando-os para situações calamitosas, nas quais se comprazem(...)Em grupo, tornam-se mais perigosos, porque logram assenhorear-se de comunidades inteiras, que submetem a obsessões coletivas em forma epidêmica(...) Quando sentires desalento, experimentando desconfiança em relação ao teu próximo, insegurança na realização a que te afeiçoas, mal-estar no serviço do bem, tem cuidado, porquanto esses são sinais de alarme que prenunciam situação porvindoura grave(...)Unge-te sempre de amor e de compaixão, de caridade e de perseverança, graças a cujas vibrações as energias do mal não poderão romper-te as defesas, gerando dificuldades ou interrompendo o teu idealismo...


Existem, sim, em número expressivo, interessados em perturbar a marcha das criaturas humanas.

Nenhuma dúvida sobre esta questão.

Pululam, ao lado dos homens e das mulheres, como nuvem que os acompanha, conforme observou o Apóstolo Paulo.

Atraídos pelas imperfeições humanas, imantam-se àqueles com os quais sintonizam, realizando um terrível comércio espiritual.

Tenazes e perigosos, espreitam, na situação em que se encontram, as suas futuras vítimas, e logo dispõem de possibilidade cercam-nas, envolvendo-as em pensamentos perturbadores com tal insistência que as desarmonizam.

Outras vezes, sitiam-lhes as emoções, descarregando energias deletérias que terminam por descontrolar os centros do equilíbrio, levando-as a transtornos depresssivos, do pânico, obsessivos-compulsivos.

Invadem o campo da vontade daqueles que se permitem sofrer-lhes o assédio, empurrando-os para situações calamitosas, nas quais se comprazem.

Em incontáveis ocasiões atiram pessoas imprevidentes, umas contra as outras, gerando situações embaraçosas, causando graves distúrbios no comportamento, nos relacionamentos sociais.

São hábeis na produção da cizânia, nutrindo-se da maledicência em que os frívolos se demoram, aplicando o tempo que poderia ser útil em sistemática difamação do seu próximo.

Perversos, não respeitam os valores éticos nem morais, preferindo, naturalmente, as pessoas que se encontram no claro-escuro da distonia psicológica, que mais lhes facilita a identificação.
Produzem enfermidades simuladas que desorientam aqueles que as padecem.

Utilizando-se do conhecimento das leís dos fluídos, conseguem produzir desconforto e insatisfação em todas as pessoas de quem se acercam, intoxicando-as psíquica e fisicamente.
Alguns existem que se especializam no mecanismo da perseguição, encarregando-se de orientar outros menos hábeis, que são convocados para as suas fileiras.

Isoladamente, por inveja, malquerença, desocupação ou desdita pessoal, tornam-se verdadeiros flagelos para a Humanidade e, com a sua insistência calamitosa, desviam do rumo aqueles contra quem investem com fúria continuada.

Em grupo, tornam-se mais perigosos, porque logram assenhorear-se de comunidades inteiras, que submetem a obsessões coletivas em forma epidêmica.

Estamo-nos referindo aos Espíritos desencarnados que perderam o endereço de Deus e se entregaram à volúpia da própria alucinação.

É indispensável ter-se muito cuidado com eles.
Esses Espíritos, em razão da inferioridade em que se encontram, imiscuem-se em todos os cometimentos humanos, dominados pela perversidade ou simplesmente pela falta do que fazer, mediante loucas tentativas de desforço contra a sociedade, para a qual transferem a responsabilidade pelo fracasso das suas infelizes existências terrenas.

Inescrupulosos, gostariam de manter um estado de terror ou de infelicidade entre as demais criaturas que tentam avançar no rumo do progresso, na busca da felicidade.
Orgulhosos e odientos, atribuem-se força e poder que realmente não possuem, sendo os seus logros mais devidos à leviandade daqueles com os quais convivem mentalmente do que propriamente à sua capacidade de agir.

Odeiam, com especial ressentimento, todos quantos trabalham pelo bem, pelo progresso da sociedade, insurgindo-se contra as suas lides e difícultando-lhes a marcha do dever abraçado retamente.

Especialmente, em relação aos espiritistas, que os conhecem, que os desmascaram, por estarem lúcidos em torno do mundo espiritual e dos seus habitantes, mantêm acentuado rancor, perseguindo-os com inclemência, em tentativas de eliminar-lhes as realizações, de confundi-los, a fim de demonstrar que tudo se encontra no caos ...

Conseguem, dessa forma, gerar a desconfiança, produzir o medo, disseminar o desalento, empurrando para o pessimismo.

Não lhes dês tréguas nem lhes permitas identificação de propósitos, quando no serviço dos ideais que esposas.

Quando sentires desalento, experimentando desconfiança em relação ao teu próximo, insegurança na realização a que te afeiçoas, mal-estar no serviço do bem, tem cuidado, porquanto esses são sinais de alarme que prenunciam situação porvindoura grave.

Reveste-te de paciência e renova-te na prece, por cujo intermédio haurirás nas Fontes Generosas da Vida as forças indispensáveis para prosseguir com entusiasmo.

O bem que fazes, somente poderá proporcionar-te alegria e entusiasmo. Caso ocorra o contrário, algo de equivocado está a desenvolver-se.

Medita, e descobrirás de onde vêm as ondas de aborrecimento ou as insinuantes idéias de abandono do trabalho.

Dedicas-te à realização enobrecedora, porque ela te enriquece de vida e te produz empatia especial. Portanto, nenhuma razão existe para que ocorram sensações contrárias, senão quando irrompam interferências espirituais maléficas.

Unge-te sempre de amor e de compaixão, de caridade e de perseverança, graças a cujas vibrações as energias do mal não poderão romper-te as defesas, gerando dificuldades ou interrompendo o teu idealismo.

Não são poucos os que desistem, quando defrontados pela má-fé de amigos, pela contínua descarga de pessimismo e de acusações ingratas dos companheiros, pela incessante competição desonesta de quantos deveriam avançar ao lado, preferindo o enfrentamento e utilizando-se, para tanto, da mentira, da calúnia, de acusações injustificáveis.

Trata-se de um bem elaborado programa das Forças do Mal, personificadas em Entidades que as constituem.

Algumas fazem parte do teu passado espiritual, são o resultado das tuas ações também nefastas, inimizades que geraste e deves recuperar, tornando-as afeições nem sempre exitosas imediatamente.

A maioria, porém, é constituída por adversários do Bem.

Insensatos, grosseiros e presunçosos, tentaram enfrentar Jesus mais de uma vez.

Numa sinagoga, num sábado, um deles tomou de um obsesso e gritou: Jesus de Nazaré, eu sei quem és.

Foi imediatamente rechaçado pelo Mestre que o conhecia, quando lhe impôs: Cala-te, pois que ainda não é chegado o meu momento.

Utilizaram-se de fariseus, saduceus, sacerdotes relapsos que com eles sintonizavam, a fim de tentarem gerar dificuldades para o Senhor.
Certa feita, audaciosamente atreveram-se mesmo a tentá-lO, sendo sempre vencidos.

Por fim, no dia do julgamento arbitrário e da crucificação, porque encontraram campo mental favorável, ampliaram a tragédia do Gólgota, antes aturdindo Judas, que traiu Jesus; Pedro, que O negou, tornando-se, sem dar-se conta, motivo de maior glória para o Ressuscitado, sem cuja morte não haveria a demonstração da sublime imortalidade.

Joanna de Ângelis