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segunda-feira, 26 de julho de 2021

LEIS MUTÁVEIS E LEIS IMUTÁVEIS:"Sempre houve nítida confusão entre as leis trazidas por Moisés e a revelação da Verdade consumada, através do advento de Jesus Cristo."Porque a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo." - (João, 1:17)"

 


Sempre houve nítida confusão entre as leis trazidas por Moisés e a revelação da Verdade consumada, através do advento de Jesus Cristo.
"Porque a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo." - (João, 1:17)


Muitas religiões, talvez no intuito de procurar servir melhor os seus interesses, fundiram tudo num só amálgama, de onde surgiram todos os problemas de intolerância, perseguição, torturas e mortes, ocorridas no decorrer dos tempos, principalmente na Idade Média.

Há necessidade, entretanto, de estabelecer uma linha divisória entre uma e outra, pois as leis legisladas por Moisés, abstração feita do Decálogo (os Dez Mandamentos), recebido, mediunicamente, no Monte Sinai, foram quase todas de caráter transitório, ao passo que as verdades reveladas por Jesus Cristo são imutáveis.

Há, portanto, um conflito entre o que é mutável, que deve variar com a evolução, e o que é eterno, que jamais pode sofrer alteração, porque já é perfeito.

O próprio Mestre defrontou-se com problemas terríveis, quando de sua peregrinação terrena, pelo fato de os seus contemporâneos, em sua maioria, terem dado foros de leis de origem divina e imutável a todas as leis estabelecidas por Moisés.

Enquanto Moisés ordenava que as mulheres apanhadas em flagrante adultério fossem mortas a pedrada, Jesus Cristo dava proteção a uma mulher adúltera, fazendo com que os seus acusadores se afastassem, enquanto proferia a célebre frase: jogue a primeira pedra quem se julgar sem pecados.

Se Moisés proibiu a invocação dos chamados mortos, devido às deturpações existentes na época, quando essa invocação, em parte, era feita para fins ilícitos, Jesus Cristo promoveu uma autêntica sessão espírita, confabulando com os Espíritos do próprio Moisés e de Elias, no Monte Tabor. Além disso, o Mestre jamais lançou qualquer empecilho ao intercâmbio entre os Espíritos encarnados e desencarnados.

No Antigo Testamento, Moisés prescreveu a incrível lei do olho por olho, dente por dente. Entretanto, no Novo Testamento, Jesus Cristo impôs princípios que derrogam essa lei, estabelecendo que devemos perdoar aos nossos inimigos, não apenas uma vez, mas setenta vezes sete vezes.

De forma idêntica, no Antigo Testamento há uma prescrição sobre o apedrejamento de filhos rebeldes, contumazes, prescrição essa que foi invalidada por Jesus, quando recomendou a necessidade da tolerância, da complacência.

A crença de que as leis transitórias, estabelecidas por Moisés, deveriam ter caráter eterno, representou tremendo óbice ao desempenho da missão transcendental de Jesus Cristo. Os ferrenhos inimigos do Mestre, dentre eles os escribas, os fariseus e os principais dos sacerdotes, proclamavam que Jesus estava subvertendo as leis de Moisés, tendo isso sido um dos argumentos mais usados nas acusações que lhe foram feitas, e motivaram a sua condenação.

Os inimigos do Mestre viviam de espreita, formulando indagações capciosas sobre vários aspectos daquelas leis, até sobre o trabalho aos sábados, a lavagem das mãos, o pagamento de tributo aos povos estrangeiros, perguntas essas que não foram respondidas de modo direto por Jesus, uma vez que Ele via os pensamentos mais íntimos daqueles que as formulavam, cujo escopo maior era poder acusá-lo perante as autoridades políticas (os romanos) e as autoridades religiosas (os membros do Sinédrio).

Paulo A. Godoy

terça-feira, 21 de maio de 2019

Discurso de Estevão


[...]Moisés foi a porta, o Cristo é a chave.[...]Então, compreenderemos que o Evangelho é a resposta de Deus aos nossos apelos, em face da Lei de Moisés[...]O Cristo é a substância da nossa liberdade.Dia virá em que o seu reino abrangerá os filhos do Oriente e do Ocidente, num amplexo de fraternidade e de luz.Então, compreenderemos que o Evangelho é a resposta de Deus aos nossos apelos, em face da Lei de Moisés. A Lei é humana; o Evangelho é divino.Moisés é o condutor; O Cristo,Salvador.Os profetas foram mordomos fiéis;  Jesus, porém, é o Senhor da Vinha.



Emmanuel  em “Paulo e Estevão”, psicografia de Chico Xavier:


[...] “Meus caros, eis que chegados são os tempos em que o Pastor vem reunir as ovelhas em torno do seu zelo sem limites. Éramos escravos das imposições pelos raciocínios, mas hoje somos livres pelo Evangelho do Cristo Jesus.

Nossa raça guardou, de épocas imemoriais, a luz do Tabernáculo e Deus nos enviou seu Filho sem mácula. Onde estão, em Israel, os que ainda não ouviram as mensagens da Boa Nova? Onde os que ainda não se felicitaram com as alegrias da nova fé ? Deus enviou sua resposta divina aos nossos anseios milenários, a revelação dos Céus aclara os nossos caminhos. Consoante as promessas da profecia de todos quantos choraram e sofreram por amor ao Eterno, o Emissário Divino veio até ao antro de nossas dores amargas e justas, para iluminar a noite de nossas almas impenitentes, para que se nos desdobrassem os horizontes da redenção.
O Messias atendeu aos problemas angustiosos da criatura humana, com a solução do amor que redime todos os seres e purifica todos os pecados.

Mestre do trabalho e da perfeita alegria da vida, suas bênçãos representam nossa herança.

Moisés foi a porta, o Cristo é a chave.

Com a coroa do martírio adquiriu, para nós outros, a láurea imortal da salvação. Éramos cativos do erro, mas seu sangue nos libertou. Na vida e na morte, nas alegrias de Canaã, como nas angústias do calvário, pelo que fez e por tudo que deixou de fazer em sua gloriosa passagem pela Terra, Ele é o filho de Deus iluminando o caminho.

Acima de todas as cogitações humanas, fora de todos os atritos das ambições terrestres, seu reino de paz e luz esplende na consciência das almas redimidas. Ó Israel! tu que esperaste por tantos séculos, tuas angústias e dolorosas experiências não foram vãs!...

Enquanto outros povos se debatiam nos interesses inferiores, cercando os falsos ídolos de falsa adoração e promovendo, simultaneamente, as guerras de extermínio com requintes de perversidade, tu, Israel, esperaste o Deus justo. Carregaste os grilhões da impiedade humana, na desolação e no deserto; converteste em cânticos de esperança as ignomínias do cativeiro; sofreste o opróbrio dos poderosos da Terra; viste os teus varões e as tuas mulheres, os teus jovens  e as tuas crianças exterminados sob o guante das perseguições, mas nunca descreste da justiça dos Céus! Como o Salmista, afirmaste com teu heroísmo que o amor e a misericórdia vibram em todos os teus dias! Choraste no caminho longo dos séculos, com as tuas amarguras e feridas.

Como  Job, viveste da tua fé, subjugada pelas algemas do mundo, mas já recebeste o sagrado depósito de  Jeová - O Deus único!...

Oh! esperanças eternas de Jerusalém, cantai de júbilo, regozijai-vos, embora não tivéssemos sido fiéis inteiramente à compreensão, por conduzir o Cordeiro Amado aos braços da cruz. Suas chagas, todavia, nos compraram para o céu, com o alto preço do sacrifício supremo!...

Isaías o contemplou, vergado ao peso de nossas iniquidades, florescendo na aridez dos nossos corações, qual flor do céu num solo adusto, mas, revelou também, que, desde a hora da sua extrema renúncia, na morte infamante, a sagrada causa divina prosperaria para sempre em suas mãos.

Amados, onde andarão aquelas ovelhas que não souberam ou não puderam esperar?

Procuremo-las para o Cristo, como dracmas perdidas do seu desvelado amor!

Anunciemos a todos os desesperados as glórias e os júbilos do seu reino de paz e de amor imortal!...

A lei nos retinha no espírito de nação, sem conseguir apagar de nossa alma o desejo humano de supremacia na Terra. Muitos de nossa raça hão esperado um príncipe dominador, que penetrasse em triunfo a cidade santa, com os troféus sangrentos de uma batalha de ruína e morte; que nos fizesse empunhar um cetro odioso de forças e tirania. Mas o Cristo nos libertou para sempre. Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e  entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou.

Seu reino é o da consciência reta e do coração purificado ao serviço de Deus. Suas portas constituem o maravilhoso caminho da redenção espiritual, abertas de par em par aos filhos de todas as nações.

Seus discípulos amados virão de todos os quadrantes.

Fora de suas luzes haverá sempre tempestade para o viajor vacilante da Terra que, sem o Cristo, cairá vencido nas batalhas infrutuosas e destruidoras das melhores energias do coração. Somente o seu Evangelho confere paz e liberdade. É o tesouro do mundo.

Em sua glória sublime os justos encontrarão a coroa de triunfo, os infortunados o consolo, os tristes a fortaleza do bom ânimo, os pecadores a senda redentora dos resgates misericordiosos.

É verdade que o não havíamos compreendido. No grande testemunho, os homens não entenderam sua divina humildade e os mais afeiçoados o abandonaram.

 Suas chagas clamaram pela nossa indiferença criminosa.

Ninguém poderá eximir-se dessa culpa, visto sermos todos herdeiros das suas dádivas celestiais. Onde todos gozam do benefício, ninguém pode fugir à responsabilidade.

Essa a razão por que respondemos pelo crime do Calvário. Mas, suas feridas foram a nossa luz, seus martírios o mais ardente apelo de amor, seu exemplo o roteiro aberto para o bem sublime e imortal.

Vinde, pois, comungar conosco à mesa do banquete divino!

Não mais as festas do pão putrescível, mas o eterno alimento da alegria e da vida...

 Não mais o vinho que fermenta, mas o néctar confortante da alma, diluído nos perfumes do amor imortal.

  O Cristo é a substância da nossa liberdade.

 Dia virá em que o seu reino abrangerá os filhos do Oriente e do Ocidente, num amplexo de fraternidade e de luz.

 Então, compreenderemos que o Evangelho é a resposta de Deus aos nossos apelos, em face da Lei de Moisés.

  A Lei é humana; o Evangelho é divino.

 Moisés é o condutor; O Cristo, o Salvador.
Os profetas foram mordomos fiéis;  Jesus, porém, é o Senhor da Vinha.

Com a Lei, éramos servos; com o Evangelho, somos filhos livres de um Pai amoroso e justo!...”




Trecho do Livro Paulo e Estevão , pág. 87 à 90

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Discurso de Estevão



[...]Moisés foi a porta, o Cristo é a chave.[...]Então, compreenderemos que o Evangelho é a resposta de Deus aos nossos apelos, em face da Lei de Moisés[...]O Cristo é a substância da nossa liberdade.Dia virá em que o seu reino abrangerá os filhos do Oriente e do Ocidente, num amplexo de fraternidade e de luz.Então, compreenderemos que o Evangelho é a resposta de Deus aos nossos apelos, em face da Lei de Moisés. A Lei é humana; o Evangelho é divino.Moisés é o condutor; O Cristo,Salvador.Os profetas foram mordomos fiéis;  Jesus, porém, é o Senhor da Vinha.



Emmanuel  em “Paulo e Estevão”, psicografia de Chico Xavier:


[...] “Meus caros, eis que chegados são os tempos em que o Pastor vem reunir as ovelhas em torno do seu zelo sem limites. Éramos escravos das imposições pelos raciocínios, mas hoje somos livres pelo Evangelho do Cristo Jesus.

Nossa raça guardou, de épocas imemoriais, a luz do Tabernáculo e Deus nos enviou seu Filho sem mácula. Onde estão, em Israel, os que ainda não ouviram as mensagens da Boa Nova? Onde os que ainda não se felicitaram com as alegrias da nova fé ? Deus enviou sua resposta divina aos nossos anseios milenários, a revelação dos Céus aclara os nossos caminhos. Consoante as promessas da profecia de todos quantos choraram e sofreram por amor ao Eterno, o Emissário Divino veio até ao antro de nossas dores amargas e justas, para iluminar a noite de nossas almas impenitentes, para que se nos desdobrassem os horizontes da redenção.
O Messias atendeu aos problemas angustiosos da criatura humana, com a solução do amor que redime todos os seres e purifica todos os pecados.

Mestre do trabalho e da perfeita alegria da vida, suas bênçãos representam nossa herança.

Moisés foi a porta, o Cristo é a chave.

Com a coroa do martírio adquiriu, para nós outros, a láurea imortal da salvação. Éramos cativos do erro, mas seu sangue nos libertou. Na vida e na morte, nas alegrias de Canaã, como nas angústias do calvário, pelo que fez e por tudo que deixou de fazer em sua gloriosa passagem pela Terra, Ele é o filho de Deus iluminando o caminho.

Acima de todas as cogitações humanas, fora de todos os atritos das ambições terrestres, seu reino de paz e luz esplende na consciência das almas redimidas. Ó Israel! tu que esperaste por tantos séculos, tuas angústias e dolorosas experiências não foram vãs!...

Enquanto outros povos se debatiam nos interesses inferiores, cercando os falsos ídolos de falsa adoração e promovendo, simultaneamente, as guerras de extermínio com requintes de perversidade, tu, Israel, esperaste o Deus justo. Carregaste os grilhões da impiedade humana, na desolação e no deserto; converteste em cânticos de esperança as ignomínias do cativeiro; sofreste o opróbrio dos poderosos da Terra; viste os teus varões e as tuas mulheres, os teus jovens  e as tuas crianças exterminados sob o guante das perseguições, mas nunca descreste da justiça dos Céus! Como o Salmista, afirmaste com teu heroísmo que o amor e a misericórdia vibram em todos os teus dias! Choraste no caminho longo dos séculos, com as tuas amarguras e feridas.

Como  Job, viveste da tua fé, subjugada pelas algemas do mundo, mas já recebeste o sagrado depósito de  Jeová - O Deus único!...

Oh! esperanças eternas de Jerusalém, cantai de júbilo, regozijai-vos, embora não tivéssemos sido fiéis inteiramente à compreensão, por conduzir o Cordeiro Amado aos braços da cruz. Suas chagas, todavia, nos compraram para o céu, com o alto preço do sacrifício supremo!...

Isaías o contemplou, vergado ao peso de nossas iniquidades, florescendo na aridez dos nossos corações, qual flor do céu num solo adusto, mas, revelou também, que, desde a hora da sua extrema renúncia, na morte infamante, a sagrada causa divina prosperaria para sempre em suas mãos.

Amados, onde andarão aquelas ovelhas que não souberam ou não puderam esperar?

Procuremo-las para o Cristo, como dracmas perdidas do seu desvelado amor!

Anunciemos a todos os desesperados as glórias e os júbilos do seu reino de paz e de amor imortal!...

A lei nos retinha no espírito de nação, sem conseguir apagar de nossa alma o desejo humano de supremacia na Terra. Muitos de nossa raça hão esperado um príncipe dominador, que penetrasse em triunfo a cidade santa, com os troféus sangrentos de uma batalha de ruína e morte; que nos fizesse empunhar um cetro odioso de forças e tirania. Mas o Cristo nos libertou para sempre. Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e  entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou.

Seu reino é o da consciência reta e do coração purificado ao serviço de Deus. Suas portas constituem o maravilhoso caminho da redenção espiritual, abertas de par em par aos filhos de todas as nações.

Seus discípulos amados virão de todos os quadrantes.

Fora de suas luzes haverá sempre tempestade para o viajor vacilante da Terra que, sem o Cristo, cairá vencido nas batalhas infrutuosas e destruidoras das melhores energias do coração. Somente o seu Evangelho confere paz e liberdade. É o tesouro do mundo.

Em sua glória sublime os justos encontrarão a coroa de triunfo, os infortunados o consolo, os tristes a fortaleza do bom ânimo, os pecadores a senda redentora dos resgates misericordiosos.

É verdade que o não havíamos compreendido. No grande testemunho, os homens não entenderam sua divina humildade e os mais afeiçoados o abandonaram.

 Suas chagas clamaram pela nossa indiferença criminosa.

Ninguém poderá eximir-se dessa culpa, visto sermos todos herdeiros das suas dádivas celestiais. Onde todos gozam do benefício, ninguém pode fugir à responsabilidade.

Essa a razão por que respondemos pelo crime do Calvário. Mas, suas feridas foram a nossa luz, seus martírios o mais ardente apelo de amor, seu exemplo o roteiro aberto para o bem sublime e imortal.

Vinde, pois, comungar conosco à mesa do banquete divino!

Não mais as festas do pão putrescível, mas o eterno alimento da alegria e da vida...

 Não mais o vinho que fermenta, mas o néctar confortante da alma, diluído nos perfumes do amor imortal.

  O Cristo é a substância da nossa liberdade.

 Dia virá em que o seu reino abrangerá os filhos do Oriente e do Ocidente, num amplexo de fraternidade e de luz.

 Então, compreenderemos que o Evangelho é a resposta de Deus aos nossos apelos, em face da Lei de Moisés.

  A Lei é humana; o Evangelho é divino.

 Moisés é o condutor; O Cristo, o Salvador.
Os profetas foram mordomos fiéis;  Jesus, porém, é o Senhor da Vinha.

Com a Lei, éramos servos; com o Evangelho, somos filhos livres de um Pai amoroso e justo!...”


Trecho do Livro Paulo e Estevão , pág. 87 à 90

terça-feira, 31 de julho de 2012

Primícias do Reino

Primícias do Reino

O Evangelho - a nova ou a boa nova - é a mais expressiva história de uma vida, através de outras vidas, iluminando a vida de todos os homens. É a história de um Homem que se levanta na História e faz-se maior do que a História, dividindo-a com o Seu Nascimento, de modo a constituir-se o marco rutilante dos fastos do pensamento universal.

Esta, a mais significativa história jamais narrada, encontra-se, todavia, sintetizada em "O Novo Testamento", modesta Obra de pouco mais de trezentas e cinqüenta páginas. Grafada por duas testemunhas pessoais de todos os acontecimentos, Mateus e João, e confirmada pelos depoimentos de outras que conviveram com Ele, tais como Pedro, - que pede a Marcos escrevê-la para os romanos recém-convertidos - e Lucas, que a recolhe de Paulo, o chamado da estrada de Damasco, de Maria, Sua Mãe, de Joana de Cusa, de Maria de Magdala e de outros, escrevendo, para a grande massa dos gentios conversos. Outros depoimentos de conhecedores e participantes diretos reaparecem nas Epístolas para culminarem na visão do Apocalipse.

Ao todo, vinte e sete pequenos livros constituídos por duzentos capítulos e sete mil novecentos e cinqüenta e sete versículos, em linguagem simples: quatro narrativas evangélicas, um Atos dos Apóstolos (atribuído a Lucas), catorze epístolas de Paulo (1), uma de Tiago Menor, duas de Pedro, três de João, uma de Judas (Tadeu) e o Apocalipse de João.

Discutidas e examinadas séculos a fio foram, no entanto, fixadas pelo Concílio de Trento (1545-1553), que lhes reconheceu a autenticidade, após compulsados os documentos históricos, constituídos pelos fragmentos das primeiras cópias manipuladas pelos cristãos decididos dos dias seguintes aos discípulos que fundaram as Igrejas então florescentes. . .

Embora as pequenas variantes de narrativas - o que lhes dá o testemunho inconteste da opinião pessoal dos escritores - através dos quatro evangelistas, a história do Filho do Homem é uma só.

Mateus (Levi) escreveu-a para os israelitas que se cristianizaram, comparando a Boa Nova com os Textos Antigos e utilizando-se das figuras comuns ao pensamento hebreu. (2)

Marcos (também chamado João), filho de Maria, de Jerusalém, em cujo lar os cristãos se reuniam o onde o Apóstolo Pedro, libertado do presídio se acolheu, que conheceu de perto as lides apostólicas junto a Paulo e Barnabé, dos quais se afastou em Perge, na Panfília, retornando a Jerusalém, tendo sido convocado mais tarde pelo próprio Pedro, à sementeira em Roma, em cuja ocasião grafou a sua narrativa. (3)

Lucas, recém-convertido por Paulo, residiu em Cesaréia, no lar do diácono Filipe de quem, emocionado, ouviu os mesmos fatos contados por Tiago Menor. Erudito, nascido em Antioquia, de cultura helênica, é o narrador deslumbrado e comovido dos feitos e palavras de Jesus. É o mais lindo dos quatro Evangelhos, impregnado da mansuetude do Cordeiro. Escrevendo. Escrevendo ao "excelente Teófilo", é dedicado à grande grei dos gentios, arrebatada pelo verbo candente de Paulo, seu mestre (4). Prosseguirá escrevendo, mais tarde, os Atos dos Apóstolos com o seu inconfundível estilo.
João, o discípulo amado, místico por excelência, escreveu para os cristãos que já conheciam a Mensagem com segurança. Aprofundou a sonda reveladora e se adentrou no colóquio do Mestre com Nicodemos, sobre o novo renascimento, de cujo colóquio, possivelmente, participara como ouvinte. Começa o seu estudo com a transcendente questão do Verbo e o encerra no Apocalipse com a fulgurante visão medianímica de Jerusalém Libertada. O seu, é o Evangelho espiritual.

Escritos inicialmente na língua falada por Jesus, o arameu, excetuando-se provavelmente Lucas, logo foram traduzidos para o grego, corporificando o pensamento do Mestre, que se dilataria por toda a Terra . . .

A mais comovente história que já se escreveu.
O maior amor que o mundo conheceu.
O Exemplo mais fecundo que jamais existiu.
A vida de Jesus é o permanente apelo à mansidão, à dignidade, ao amor, à verdade.
Amá-lO é começar a vivê-lO.
Conhecê-lO é plasmá-lO na mente e no coração.
A vida que comporta a história de nossa vida - eis a Vida de Jesus!
A perene alegria, a boa mensagem de júbilo - eis o Evangelho!


(Notas da Autora espiritual). (1) A Epístola aos Hebreus, no Concílio de Trento, foi atribuída ao Apóstolo Pedro, enquanto o de Cartago a supunha de autor ignorado. Preferimos a primeira assertiva. (2) Papias (75-150) informava que Meu'>ateus apresenta no seu Evangelho "os ditos do Senhor". (3) Marcos, que servia de intérprete a São Pedro, registrou com exatidão ainda que não pela ordem, palavras e obras de Jesus. (4) Dante afirmava que Lucas "é o escriba da mansidão de Jesus".

Amélia Rodrigues/ Divaldo Franco