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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Redenção o Salvação

REDENÇÃO OU SALVAÇÃO
"Se alguém quer vir depois de mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me." - (Lucas, 9:23)
No Espiritismo consagra-se o termo "Redenção" em vez de "Salvação", pois este último vocábulo tem o sentido de salvar algo que está perdido, o que não é o caso do Espírito que está submetido a um processo evolutivo. Para Deus nenhum de seus filhos está perdido, e o Evangelho é bem claro quando diz que "o Pai não quer que nenhuma de suas ovelhas se perca".

Jesus Cristo disse: "Conhecei a Verdade e a Verdade vos libertará", por isso, o termo "Redenção" é mais compatível com as Leis de Deus, pois o Espírito realmente precisa libertar-se do obscurantismo, da superstição e das inferioridades morais, alcançando, pelo esforço próprio, e não pela graça, a sua redenção. Esse objetivo, comum a todos os Espíritos, é conquistado através das vidas sucessivas do Espírito na carne, num esforço incessante para aproximar mais a criatura do seu Criador.

O Pai Celestial é justo e misericordioso, por isso, pode-se afiançar que a teoria da "salvação pela graça", apregoada por algumas religiões terrenas, não resiste a uma análise mais profunda à luz do bom senso e da razão, não se enquadrando, portanto, na Justiça Divina. Na realidade, a aceitação da teoria da "salvação pela graça" implicaria em se conceber Deus como um Pai eivado de parcialidade, em cuja justiça seriam preponderantes os privilégios, as concessões e as discriminações, representando a negação pura e simples dos seus próprios atributos de Pai de justiça, de equidade e de amor.
Os doutores e teólogos das igrejas que admitem essa teoria, certamente se inspiraram naquilo que pevalece no meio de algumas instituições de caráter profundamente humano, nas quais se consagram os privilégios, a parcialidade e a discriminação de grupos e de pessoas. Deus é soberanamente justo e equitativo, por isso, a teoria da "salvação pela graça ou pela fé" não suporta análise, jamais podendo isso prevalecer, pois implicaria em reconhecer a existência de "eleitos", de "escolhidos" "predestinados", que é incompatível com a magnitude da Justiça Divina.

Seria muito cômodo, mas atentório à reta Justiça Divina, se houvesse fundamento na teoria "salvação pela graça ou pela fé". As almas alcançariam a sua redenção simplesmente por acreditarem ou terem fé em Deus ou em Jesus Cristo, sem o dispêndio de qualquer esforço em favor da própria evolução. A sentença de Jesus: "A cada um será dado de acordo com as suas obras", conflita, frontalmente, com o Mestre deixou bem claro que a prática das boas ações é condição imprescindível para o Espírito alcançar a sua libertação, ou REDENÇÃO.

Embora o apóstolo Paulo tenha discorrido sobre a "salvação pela graça ou essa idéia, quando, em sua I Epístola ao Coríntios (13:2-13) faz a apologia da caridade, situando-a acima de quaisquer outras virtudes, dizendo que "se eu tivesse toda fé, a ponto de transportar montanhas, e não tivesse caridade, isso nada representaria". "Agora, pois, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; porém a maior delas é a caridade. De forma idêntica, o apóstolo Tiago Menor (Epístola Universal, 2:17), apregoa que "morta é a fé sem obras".

O Espírito alcança o seu aprimoramento através de múltiplas fases encarnatórias, nas muitas moradas da "Casa do Pai", (João, 14:2), ou seja, nos muitos mundos que formam o Universo.


Para a consecução dessa finalidade, os Espíritos têm que superar tropeços naturais de um caminho íngreme, pois a sublimação espiritual não é conseguida através de um passe de mágica, ou de privilégios inconcebíveis, mas conquistada por meio de uma luta árdua e incessante, enfrentando-se óbices de toda sorte, pois somente assim o Espírito humano vai galgando os degraus da evolução, tendo como alvo o estado de pureza e uma aproximação mais íntima com o Criador de todas as coisas, que a todos aguarda com um zelo verdadeiramente paternal e misericordioso.

A sentença de Jesus: "A cada um será dado segundo as suas obras", já citada, reflete a extensão do amor que Deus dispensa a todos os seus filhos, anulando qualquer idéia de que um Espírito possa elevar-se aos páramos sublimados da Espiritualidade, por caminhos dúbios, sem o esforço em favor do aprimoramento próprio. A prática das boas obras é o único caminho que leva ao Pai, pois somente assim os Espíritos adquirem virtudes santificantes, essenciais para adquirir o estado de pureza, próprio dos seres angelicais.

O acesso aos planos sublimados é apenas facultado aos bons, aos generosos, aos que cumprem os seus deveres, enquadrando-se nos preceitos do maior dos mandamentos: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo."

No "Sermão da Montanha" Jesus foi bastante explícito, quando disse que serão bem-aventurados os bons, os misericordiosos, os pacificadores, os simples, os humildes e, sobretudo, aqueles que amam o seu próximo como a si mesmos. O Mestre não fez nenhuma alusão aos que se limitam a participarem de uma religião, a pronunciarem extensas orações ou a apregoarem que têm fé e acreditam na existência de Deus e de Jesus, sem, contudo, lutarem para extirparem as viciações e as paixões inferiores que dormitam em seus corações.
Paulo A. Godoy

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

SALVAÇÃO OU REDENÇÃO?


"Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está no Céu" - (Mateus, 5:48)
Os vocábulos "Redenção" e "Salvação" têm significados bem diferentes. O primeiro expressa o fato de libertar alguém que está emaranhado nas teias do obscurantismo e dos preconceitos, evitando, deste modo, que resvale nos abismos do pecado, e propicia meios de fazer com que ele se aproxime, cada vez mais, do seu Criador. O segundo tem o significado da salvação de alguém que está mergulhado no pecado e na prática de transgressões às Leis de Deus.

As teologias terrenas apregoam que, com o sacrifício do Calvário, Jesus tomou sobre seus ombros os pecados de todos os homens. Contudo, uma ligeira análise a luz da Lei de Ação e Reação, ou de Causa e Efeito, mostra que ninguém jamais poderá assumir os pecados de outrem; cada um é responsável pelos seus atos e a cada um será dado segundo as suas obras.
Não se pode conceber que, após o martírio do Mestre, todos os seres humanos tivessem ficado a salvo das suas transgressões e mesmo daquilo que se convencionou chamar de "pecado original", ou seja, o "pecado" cometido pelos lendários Adão e Eva, o qual, segundo essas mesmas teologias, contaminou todos os homens, o que, aliás, não é compatível com a misericórdia infinita de Deus.

Jesus Cristo desceu ao nosso mundo com o objetivo básico de ensinar ao homem a fórmula mais adequada, para se redimir dos males que o acomete, como o obscurantismo, a superstição, o preconceito, o falso zelo religioso, o engodo, a deturpação, a idolatria e muitos outros, e, para a consecução desse desiderato, legou-
nos uma diretriz das mais seguras: "Conhecei a Verdade e ela vos libertará." (João, 8:32)

O conhecimento da Verdade torna-se um objetivo bastante remoto no atual nível evolutivo da Humanidade, algo sumamente difícil de atingir; no entanto, o que mais tem contribuído para manter a Humanidade no presente marasmo têm sido os dogmas, que fazem com que Evangelhos, nos moldes como são consagrados por algumas religiões, se distanciem da verdadeira essência dos nínfos ensinamentos deixados por Jesus Cristo como base fundamental de conduzir o homem à redenção espiritual.

Os Evangelhos relatam a vida de muitos personagens que levaram vida edificante, os quais, indubitavelmente, atingiram a salvação do Espírito. Citamos, exemplo, Paulo de Tarso e três mulheres, com o nome de Maria.— Maria de Nazaré, mãe carnal de Jesus Cristo veio à Terra com a gloriosa missão de receber em seu seio a figura magistral do Cristo de Deus; além de ter sido mãe carinhosa, dedicada, experimentou a crueldade das dores, vendo o seu filho inocente, que apenas havia praticado o Bem e disseminado a Verdade, açoitado e finalmente crucificado entre dois facínoras.

— Maria de Magdala, mais conhecida por Maria Madalena; vivia na ostentação, no luxo, na vaidade; encontrar-se com Jesus deu uma guinada em sua vida desprendendo-se de todas as vantagens que o mundo lhe oferecia, para levar uma vida diferente, inteira dedicada ao Mestre, tornando-se, assim, a sua mais fiel e dedicada seguidora. Referindo-se a ela disse: "Muitos pecados lhe são perdoados, porque ela amou."

— Maria de Betânia, uma jovem amável e dedicada, após conhecer Jesus, tornou-se uma das suas mais fiéis seguidoras, o que levou o Mestre, quando de sua visita à casa de Lázaro, a sentenciar que Maria "entre coisas da Terra e as coisas do Céu, preferiu a melhor parte, a qual jamais lhe seria tirada". (Lucas, 10:38-42) Maria de Betânia foi a mulher que, a fim de demonstrar o seu apreço ao Cristo de Deus, "ungiu os seus pés com unguento de nardo puro e os enxugou com os seus cabelos ". (João, 12:3)
- Paulo de Tarso, o grande Apóstolo dos Gentios, tornou-se um dos grandes paladinos no que tange à libertação de homens que estavam mergulhados em erros crassos, tais como o falso zelo religioso, a idolatria, a observância de vãs tradições e, sobretudo, dos dogmas férreos que prevaleciam na religião do seu tempo.
Ele foi o "vaso escolhido" para levar a palavra de Jesus aos israelitas, aos gentios, aos reis e aos povos de todas as nações circunvizinhas, Roma e Atenas, inclusive, as cidades mais importantes do mundo de então.
Paulo A. Godoy