Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!
sexta-feira, 8 de outubro de 2021
O PENSAMENTO SEGUNDO LÉON DENIS : "Remontemos, pois, às origens celestes e eternas; é o único remédio para nossa anemia moral. Dirijamos o pensamento para as coisas solenes e profundas. Ilumine-se e complete-se a Ciência com as intuições da consciência e as faculdades superiores do espírito."
sexta-feira, 16 de julho de 2021
OS MAGOS DO ORIENTE:"Tendo sido avisados os poderes terrenos de que o Rei Espiritual da Terra viera iniciar o seu reinado no coração dos homens, a reação das trevas foi de ódio.[...]Durante o progresso do Evangelho, vemos as trevas se insurgirem contra ele em quatro ocasiões"
CAPÍTULO II
OS MAGOS DO ORIENTE
1 - Tendo pois nascido Jesus em Belém de Judá, em tempo do rei Herodes, eis que vieram do Oriente uns magos a Jerusalém.
2 - Dizendo: Onde está o rei dos judeus, que é nascido? Porque nós vimos no Oriente a sua estrela e viemos a adorá-lo.
3 - E o rei Herodes ouvindo isto se turbou e toda Jerusalém com ele.
4 - E convocando todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, lhes perguntava onde havia de nascer o Cristo.
5 - E eles lhe disseram: Em Belém de Judá; porque assim está escrito pelo profeta:
6 - E tu Belém, terra de Judá, não és a de menos consideração entre as principais de Judá; porque de ti sairá o condutor, que há de comandar o meu povo de Israel.
7 - E então Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com todo o cuidado que tempo havia que lhes aparecera a estrela.
8- E enviando-os a Belém, dísse-lhes: Ide e informai-vos bem que menino é esse; e depois que o houverdes achado vinde-me dizer, para eu ir também adorá-lo.
9 - Eles, tendo ouvido as palavras do rei, partiram; e logo a estrela, que tinham visto no Oriente, lhes apareceu, indo adiante deles, até que chegando, parou onde estava o menino.
10 - E quando eles viram a estrela, foi sobremaneira grande o júbilo que sentiram.
11 - E entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e prostrando-se o adoraram; e abrindo os seus cofres lhe fizeram suas ofertas de ouro, incenso e mirra.
12 - E havida resposta em sonhos, que não tornassem a Herodes, voltaram por outro caminho a suas terras.
Segundo nos informa Emmanuel em seu livro, "A Caminho da Luz", as raças adâmicas guardaram a lembrança das promessas do Cristo que, por sua vez, a fortaleceu enviando-lhes periodicamente seus missionários. Os enviados do Infinito falaram na China milenária, da celeste figura do Salvador, muitos séculos antes do advento de Jesus. Os iniciados do Egito o esperavam. Na Pérsia, idealizaram sua trajetória, antevendo-lhe os passos no caminho do porvir. Na lndia védica, era conhecida quase toda a história evangélica, que o sol dos milênios futuros iluminaria na escabrosa Palestina. (Vide Emmanuel, "A Caminho da Luz", págs. 30 e 31, edição de 1941 ).
Os magos eram sacerdotes. Na antiga Pérsia formavam uma corporação que se ocupava do culto religioso e do cultivo da ciência, principalmente da astronomia. O verdadeiro significado da palavra mago é sábio. Eram respeitadíssimos pelo povo e dividiam-se em várias classes, cada uma das quais tinha privilégios e deveres distintos. Levavam uma vida austera, vestiam-se com extrema simplicidade e não comiam carne. É fora de dúvida que terão tomado conhecimento das profecias referentes à vinda do Messias, por meio dos israelitas, quando estes estiveram cativos na Babilônia. Estas profecias, guardadas carinhosamente no recesso dos templos, só eram reveladas aos iniciados nas coisas espirituais. Estudiosos da espiritualidade que eram, não lhes foi difícil compreender o verdadeiro caráter de Jesus e da missão que vinha desempenhar entre os homens, motivo pelo qual o esperavam através das gerações. Cultores da mediunidade que para eles não tinha segredos, são avisados pelos seus mentores espirituais, logo que Jesus se encarna. E comparando o aviso recebido com as profecias que possuíam, não duvidaram em ir prestar suas homenagens ao Messias, há tanto tempo esperado e desejado. A estrela que os guiava era um espírito que se lhes apresentava em forma luminosa.
Qual o objetivo que visavam os mentores espirituais, favorecendo a adoração dos magos?
O objetivo era chamar a atenção do povo hebreu de que o Messias prometido já se tinha encarnado.
Realmente, os magos despertaram a curiosidade do povo de Jerusalém, tanto que Herodes os chamou e os inquiriu sobre os motivos que os tinham trazido à cidade. Certos de que o povo escolhido também sabia da chegada do Cristo, candidamente respondiam que o tinham vindo adorar.
De nada valeu o aviso. Israel não soube perceber o advento do Salvador.
A FUGIDA PARA O EGITO; A MATANÇA DOS INOCENTES
13 - Partidos que eles foram, eis que apareceu um anjo do Senhor em sonhos a José e lhe disse: Levanta-te e toma o menino e sua mãe e foge para o Egito e fica-te lá até que eu te avise. Porque Herodes tem de buscar o menino para o matar.
14 - E José, levantando-se, tomou de noite o menino e sua mãe e retirou-se para o Egito.
15 - E ali esteve até a morte de Herodes; para se cumprir o que proferira o Senhor pelo profeta que diz: Do Egito chamei a meu filho.
16 - Herodes então, vendo que tinha sido iludido pelos magos, ficou muito irado por isso e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e em todo o seu termo, que tivessem dois anos e daí para baixo, regulando-se nisto pelo tempo que tinha exatamente averiguado dos magos,
17 - Então se cumpriu o que estava anunciado pelo profeta Jeremias, que diz:
18 - Em Ramá se ouviu um clamor, um choro e um grande lamento; vinha a ser Raquel chorando a seus filhos, sem admitir consolação pela falta deles.
Tendo sido avisados os poderes terrenos de que o Rei Espiritual da Terra viera iniciar o seu reinado no coração dos homens, a reação das trevas foi de ódio.
E deliberaram destruí-la.
A Providência Divina, porém, fez com que o Messias fosse colocado em lugar seguro, enquanto se manifestava o temporário poder das trevas.
Obediente às intuições superiores que recebiam, os magos voltam a seus países, sem se avistarem de novo com os perseguidores do menino.
É decretada a matança dos inocentes. As crianças atingidas por este violento desencarne, eram espíritos em expiação.
Em encarnações passadas muito tinham errado, tornando-se, desse modo, merecedores do castigo pelo qual passaram.
Durante o progresso do Evangelho, vemos as trevas se insurgirem contra ele em quatro ocasiões: A primeira, quando Jesus nasceu. A segunda, quando Jesus foi crucificado. A terceira, quando os Apóstolos se espalharam pelo mundo, levando o Evangelho a todos os povos; então assistimos às perseguições dos cristãos. E a quarta é de nossos dias, quando, com o advento do Espiritismo, o Consolador que viria explicar o que Jesus deixou para mais tarde e reviver-Ihe os preceitos, seus adeptos foram ridicularizados.
A VOLTA DO EGITO
19 - E sendo morto Herodes, eis que o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José no Egito.
20 - Dizendo: Levanta-te e toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque são mortos os que buscavam o menino para o matar.
21 - José, levantando-se, tomou o menino e sua mãe e veio para a terra de Israel.
22 - Mas ouvindo que Arquelao reinava na Judéía em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; e avisado em sonhos se retirou para as partes da Galiléía.
23 - E veio morar numa cidade que se chama Nazaré; para se cumprir o que fora dito pelos profetas: Que será chamado Nazareno.
Em preservar a vida do menino, defendendo-o de seus perseguidores, devemos admirar a obediência de José, esposo de Maria e pai de Jesus.
Obedecendo às intuições de seus guias espirituais e ao seu anjo da guarda, José rendeu um preito de adoração e de veneração a Deus, nosso Pai.
Se José não tivesse obedecido às inspirações superiores, teria falhado na missão que lhe fora conferida de velar pela infância de Jesus.
Observemos aqui a ação maravilhosa da mediunidade. Os magos, José e Maria, receberam as ordens dos planos superiores por meio da mediunidade que possuíam. Por aí vemos que todo médium que trata amorosamente de sua mediunidade e sabe obedecer às inspirações de seus superiores espirituais, tem, na própria mediunidade, um arrimo seguro para triunfar de suas provas e de suas expiações na Terra.
Eliseu Rigonatti
Livro: O Evangelho dos Humildes
domingo, 20 de junho de 2021
CONSIDERANDO A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO A SEMELHANÇA DE UMA REUNIÃO MEDIÙNICA,POR JOANA DE ANGELIS
Considerando a Parábola do Bom Samaritano
quinta-feira, 13 de maio de 2021
PERDA DO DISCERNIMENTO."...Quando o obsidiado luta contra as ideias estranhas que lhe são sugeridas, ainda há esperança de rápida reversão no quadro obsessivo que se desenha, mas quando ele as "incorpora" de modo totalmente passivo, o problema torna-se por demais preocupante e sem qualquer previsão de melhora..."
segunda-feira, 10 de maio de 2021
A INTOLERÂNCIA "E João disse: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava os demônios e lho proibimos, porque não te segue conosco". "E Jesus lhe disse: Não o proibais, porque quem não é contra nós é por nós. " (Lucas, 9:49-50)
segunda-feira, 26 de abril de 2021
O DISCURSO DE PEDRO - A PROFECIA DE JOEL
Mas Pedro, estando em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Homens da Judéia e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e prestai ouvidos às minhas palavras. Pois estes homens não estão embriagados, como vós supondes, visto que é ainda a hora terceira do dia; mas cumpre-se o que dissera o profeta Joel:
"E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos mancebos terão visões; e os vossos velhos sonharão; e também sobre os meus servos e minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão.
E mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na Terra; sangue e fogo, vapor e fumo; o Sol se converterá em trevas e a Lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". II - v.v. 14-21.
O discurso de Pedro não termina nestes versículos. Continua até o versículo 36. Para não tomar espaço deixamos de transcrever a última parte, recomendando-a à atenção dos leitores , pois em qualquer "Novo Testamento" com facilidade encontrá-la-ão. Nessa parte o Apóstolo lembra aos Israelitas os grandes poderes de Jesus, os prodígios por Ele operados e os sinais que Deus fez por meio d'Ele, bem como o seu crucificamento por mãos de iníquos, a sua ressurreição, a incorruptibilidade de seu corpo, as antigas profecias avisando tudo o que ia suceder, etc.
Pedro foi um dos primeiros discípulos que Jesus escolheu.
Se lermos atentamente os Evangelhos, veremos que esse homem era um excelente médium, intuitivo e inspirado. Já anteriormente ele tomara a palavra e falara inspirado pelo Espírito, em nome dos Doze.
No cap. XVI de Mateus, v.v. 15 e 16, os leitores verão que perguntando o Mestre aos seus discípulos quem diziam eles ser o Filho do Homem, foi Pedro quem falou em nome dos Doze, e falou inspirado pelo Espírito, transmitindo a REVELAÇÃO, sobre a qual Jesus disse que edificaria sua igreja.
Pedro começou o seu discurso citando a profecia de Joel, profecia esta inserta no "Antigo Testamento" e que anuncia os acontecimentos que se realizariam não só naquela época, como, com mais precisão ainda, na em que nos achamos e num futuro próximo.
Essa profecia é bem clara e se verificou no Cenáculo com a produção de línguas estrangeiras, pelos médiuns poliglotas, que em número de cento e vinte ali se achavam. Mancebos tiveram visões, pois viram "as chamas como que línguas de fogo" repousando sobre todos.
Não consta, entretanto, dos "Atos", que os "velhos tivessem sonhos", o que quer dizer que a profecia não foi realizada em sua totalidade.
Mas depois, conforme veremos no decorrer dos nossos estudos, outras manifestações, como curas, etc., foram verificadas, até que chegada à Era Nova, em que nos achamos, têm-se dado manifestações de todo o gênero, como as que temos observado, segundo os relatos transmitidos pelos sábios e experimentadores que, com o auxílio de poderosos médiuns, tão poderosos como os Apóstolos, e talvez mais ainda, têm prestado todo o seu serviço para desmoronar o "templo do materialismo", erguendo sobre a grande pirâmide do Amor, o belo farol da Imortalidade.
Nós cremos, entretanto, que, por ocasião do Cristianismo nascente, muitos médiuns (quantidade inumerável, mesmo) se desenvolveram e foram desenvolvidos, o que levou Paulo a estabelecer regras para o bom sucesso das reuniões que se efetuavam naquela época.
Na Epístola aos Romanos, cap. XII, 4, diz Paulo:
"Pois assim como temos muitos membros em um só corpo, e todos os membros não têm a mesma função; assim nós, sendo muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. E tendo dons diferentes, segundo a graça que nos foi dada: se é profecia, profetizemos, segundo a proporção da nossa fé; se é ministério, dediquemo-nos ao nosso ministério; ou o que ensina, dedique-se ao que ensina; ou o que exorta, à sua exortação; o que reparte, faça-o com simplicidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria".
É bastante este trecho para nos deixar ver qual era a vida dos Discípulos e seus atos. Tarefa toda espiritual que não poderia dispensar o auxílio dos Espíritos encarregados de fazer reviver neles as Palavras de Jesus e guiá-los em todas as suas ações. Aí está bem clara a missão do profeta, que deve salientar a profecia.
O Apóstolo da Luz, comparando a diversidade de membros do nosso corpo, cada qual com sua serventia e seu mister, fez ver a diversidade de dons, de faculdades psíquicas, faculdades essas que devem ser orientadas pelos Preceitos do Cristo, que é a cabeça (o Chefe), assim como todos os nossos membros sujeitos estão à cabeça.
Na 1ª aos Coríntios, XII, 4 - 31, o Doutor dos Gentios é ainda mais explícito, mostrando que todas as manifestações são orientadas, ou para melhor dizer, permitidas por Deus. Todos os rios de água viva, aos quais o Mestre se referiu, que manariam do ventre daquele que n'Ele cresse, fazendo alusão ao Espírito que haviam de receber, tinham uma só Fonte que é Deus.
Vamos aproveitar a palavra de tão ilustre Doutor:
"Ora, há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito; e há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor; e há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para proveito. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito; a outro, fé, no mesmo Espírito; a outro, dons de curar, em um só Espírito; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, diversidade de línguas, e a outro a interpretação de línguas; mas todas estas coisas opera um só e o mesmo Espírito, distribuindo a cada um particularmente o que lhe apraz".
O "Dom do Espírito Santo", como dizem as Igrejas, vê-se bem claro que é o dom da mediunidade e comunicação dos Espíritos. Cada médium tem a sua missão: sabedoria, ciência, fé, curas, maravilhas, profecia, línguas, etc., etc. Mas é preciso não esquecer que existem também os que têm o dom de discernimento dos Espíritos. Ora, se existem indivíduos encarregados do discernimento dos Espíritos, e se este dom foi enumerado por Paulo, parece claro e lógico que não é só um Espírito que produz tudo, não é sempre o mesmo Espírito que produz maravilhas, curas, profecias, etc., etc., mas sim, muitos, sendo que há adiantados e atrasados, senão não haveria necessidade de discernimento. Quis Paulo dizer que todos os Espíritos são provenientes de Deus, e não como julgavam os judeus, que os havia por parte do diabo.
Na conclusão do capítulo, Paulo trata da necessidade da unidade espiritual da congregação, repetindo o que havia dito aos Romanos e acrescentando várias considerações elucidativas, muito ao alcance de todos e da compreensão dos que nos lêem.
Depois, porém, de terminado o discurso de Pedro, a multidão que o ouvia perguntou a Pedro e aos Apóstolos, o que se deveria fazer para se tornar cristão. Eles responderam:
"Arrependei-vos e cada um seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão do pecado e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois, para vós é a promessa e para os vossos filhos e para todos os que estão longe e a quantos chamar o Senhor nosso Deus. E os exortava: Salvai-vos desta geração perversa. E os que receberam a palavra foram batizados e foram admitidas naquele dia quase três mil pessoas; e perseveraram na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor e muitos prodígios e milagres eram feitos pelos Apóstolos. E todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum e vendiam as suas propriedades e bens e os repartiam por todos, conforme a necessidade de cada um".
Este trecho caracteriza perfeitamente a conversão positiva daquela gente simples e humilde que foi incluída nas fileiras da Nova Doutrina, de abnegação, de humildade, de bondade, de desapego, de amor, que o Cristo havia anunciado, e pela qual não temeu nem recuou à morte afrontosa da cruz.
O batismo de que fala os Atos é o batismo de adoção da Nova Fé. Não se julgue este batismo, nem se o compare com os batismos das Igrejas que desnaturam o Cristianismo, estabelecendo cultos e sacramentos exóticos, que não falam à alma, nem ao coração e só têm servido para produzir incrédulos e fanáticos.
O batismo dos Apóstolos era um sinal que deveria imediatamente produzir outro sinal visível de demonstração de Fé, tornando o indivíduo uma nova criatura, no seu falar, no seu proceder, na sua palavra, nas suas ações e até nos seus pensamentos. Não passava de um sinal, sinal invisível, porque era feito com água que não deixa marca, mas que servia tão somente no indivíduo para dar uma impressão de que tinha necessidade de produzir sinais visíveis da sua regeneração, da sua conversão. A água nenhum valor tinha. Mera exterioridade para satisfazer exigências pessoais, ela não podia representar o batismo de Jesus, ou do Espírito, recomendado por João Batista.
E isto se conclui com toda lógica, lendo-se com atenção o cap. II, v. v. 43 e seguintes, que assinalam o modo de vida dos conversos: "E em cada alma havia temor, e muitos prodígios e milagres eram feitos pelos Apóstolos. E todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum, e vendiam as suas propriedades e bens e os repartiam por todos, conforme a necessidade de cada um".
O batismo produziu neles este sinal visível e os fazia queridos de todos.
Cairbar Schutel