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sábado, 11 de janeiro de 2014

Aprendendo com o Livro dos Espíritos Questão 130

 
“Fica sabendo que o mundo onde te achas não existe de toda a eternidade e que, muito tempo antes que ele existisse, já havia Espíritos que tinham atingido o grau supremo. Acreditaram os homens que eles eram assim desde todos os tempos.”
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comentário de Miramez psicografado por João Nunes Maia
 
 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Vida e Valores (Amai-vos e instruí-vos)

Vida e Valores (Amai-vos e instruí-vos)

Não é difícil prestar atenção no fato de que um dos grandes tormentos da atualidade, como de todos os tempos do mundo, chama-se ignorância. Todas as vezes que nos deixamos conduzir pela ignorância ou que alguém mergulha nesse pântano da ignorância, é natural que muitas coisas ficarão a dever, muitas coisas se perderão e outras tantas se confundirão.
A ignorância é uma das piores tragédias que pode acontecer à alma humana. Por isso, nessa gama de obstáculos, na nossa vivência social, o desconhecimento, o não saber tem provocado os mais tremendos e horrendos fenômenos sócio-morais. Quando pensamos na ignorância, nos damos conta de que os nobres Mensageiros da Humanidade, aqueles que têm a incumbência de nos inspirar espiritualmente e que, em todos os povos têm trazido as mensagens das regiões ignotas do amor e da paz, nos ensinaram que seria importante adotarmos dois mandamentos. Mandamentos, instruções, proposições, como quisermos.
O primeiro desses mandamentos: Amai-vos; o segundo, Instruí-vos. Quando pensamos nesta dualidade: Amai-vos e instruí-vos, certamente que passamos a imaginar a instrução acadêmica. Cada criatura deveria fazer cursos acadêmicos. É importante que a gente estude. Importantíssimos são os cursos acadêmicos quando bem feitos, quando com bons propósitos. Eles penetram nosso cérebro e nos ajudam a ser pessoas úteis na sociedade.
Mas, essa instrução que os nobres Espíritos nos levam não é somente a instrução acadêmica. É a instrução reflexão. Criarmos o hábito de pensar nas coisas, criarmos o hábito de questionar as coisas, de indagar para entender melhor.
Quantas vezes vivemos numa rua,  anos a fio e, à frente do nosso portão ou do nosso prédio existe uma árvore, que  nunca tivemos a preocupação de saber que árvore é aquela. Como é que se chama? A que família pertence? Ela é capaz de rachar a calçada ou não? É uma leguminosa ou não? É uma dicotiledônia? Parecem palavrões esses nomes, mas fazem parte das classificações dos vegetais.
É muito importante que pensemos nisso. Às vezes, moramos num lugar e  há uma grande praça ou  uma pequena praça, da qual nunca soubemos o nome. Não nos interessamos! A  ignorância se alimenta no desinteresse, a ignorância faz festa na desatenção. É por isso que se torna importantíssimo que  nos instruamos conhecendo coisas, estudando formalmente mas, também procurando nos assenhorear da vida que nos cerca, daquilo que está à nossa volta.
Conhecer as cores da roupa que se está usando. Perguntar na loja: Que cor é essa? Porque há tantas cores artificiais hoje e, muitas vezes, desconhecemos. Se conversarmos com um decorador, com um arquiteto, eles nos falarão de cores inimagináveis por nós.
Daí, como é bom saber, sair da ignorância. E, para que essa sabedoria se configure como algo de utilidade para nós, refletir, amadurecer. Por que tal coisa acontece sempre nessa data? Por que determinado fenômeno ocorre nessas circunstâncias?
Gradativamente, tomamos do livro, perguntamos a alguém, conversamos com alguém que seja entendido e vamos diminuindo o nosso grau de ignorância. É tão importante para que possamos melhorar a condição de vida no planeta, identificando onde estamos, sabendo porque ali estamos e, por conseguinte, o que nos cabe fazer nesse lugar, em que ora estamos. Amai-vos e instruí-vos, portanto, é uma legenda para a nossa vida, que não deve ser deixada de lado.
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Nesse território do conhecimento, é tão bonito chegarmos no museu e identificarmos um Van Gogh, um Modigliani, um Toulouse, um Rembrandt, um Picasso. Na medida em que vamos conhecendo essas coisas, a nossa cultura aumenta em torno das artes plásticas. Ao olharmos uma escultura, ao invés de dizermos o nome da escultura, é comum dizermos: É um Rodin, é um Michelângelo, é um Rafael. Começamos a identificar pelos estilos os artistas plásticos da História do mundo.
Mas não vivemos apenas de conhecimentos. Os conhecimentos são importantes para nós, mas o que será o conhecimento sem amor? O Apóstolo Paulo, ao escrever aos Coríntios e se referir à caridade disse: Ainda que eu fale a língua de todos os homens, compreenda a linguagem dos anjos, se eu não tiver caridade, de nada isso me adiantará porque eu serei como um sino que soa, que faz barulho, mas que não tem vida. Ainda que eu dê todos os meus haveres para os pobres e meu próprio corpo eu ofereça para ser queimado na fogueira, se eu não tiver caridade, isso de nada me servirá.
Quando pensamos nisso, nos lembramos de que Paulo chamou caridade ao amor dinâmico. Caridade então significando amor dinâmico, amor em ação. De que vale a cultura sem amor dinâmico? De que me vale a cultura se eu não consigo colocá-la a serviço da vida, a serviço do próximo, a serviço do bem? Por isso, ao lado da instrução, que nos é importantíssima, o amor nos é fundamental.
Não foi à toa que o Evangelista João estabeleceu que Deus é amor.Quando falamos em amor, estamos falando a essência da vida, que é o próprio Criador. E, na nossa relação humana, na nossa relação, aqui na Terra, como dependemos do amor! Amor que nos permite aconselhar e ouvir conselhos, abraçar e sermos abraçados. Amor que nos permite chamar atenção, admoestar, ao mesmo tempo em que nos permitimos ser chamados atenção, sermos admoestados, quando erramos.
É o amor que faz com que surjam as amizades, é o amor que nos aproxima, marido e mulher, que foram um dia enamorados. É o amor que permite que nos nasçam os filhos. É o amor que nos ensina a conduzir os filhos. É o amor que  nos apascenta  nas horas de crise. É o amor que nos fala que, aqui na Terra, não é a nossa casa definitiva, como lembrou Jesus: Meu reino não é deste mundo. Eu me vou para vos preparar o lugar. Se fosse de outro modo, eu já vos teria dito.
Então, amar e instruir, amar e instruir-se é vital para nós. Não é à toa que o Espírito de Verdade trouxe para a Humanidade essa proposta: Amai-vos. E o amor comporta entendimento, indulgência, perdão, participação, cooperação. O amor, que é Deus, essencialmente.
E o conhecimento nos tornará, ao invés de meros conhecedores, nos tornará sábios. O conhecedor é aquele que detém teorias. O sábio é aquele que vivencia as teorias que carrega em si. Amai-vos e instrui-vos, onde quer que estejamos, nas relações quaisquer que sejam. Nunca será demais sabermos as coisas! Termos essa curiosidade, já que o ser humano é um animal curioso.
Mas o amor, que pulsa na intimidade de Deus, é a virtude por excelência que nos retirará da vaidade que, muitas vezes, o conhecimento nos leva e nos fará caminhar descalços, pelas alamedas da simplicidade, enaltecendo em definitivo a nossa caminhada terrestre.
           
                 Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 188, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em janeiro de 2009.
 Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 28.03.2010.
Em 07.06.2010.

sábado, 29 de dezembro de 2012

O Médium e o Estudo

  - O Médium e o Estudo


"Que o médium que não sinta com forças de perseverar no ensino espírita se abstenha, pois, não tornando proveitosa a luz que o esclareceis, será mais culpado e terá de expiar a sita cegueira."
Pascal - "O Livro dos Médiuns ", Allan Kardec, cap. XXXI - Dissertação nº 13

Toda empresa humana responsável exige de seu operário que seja esforçado e atencioso, que estude sempre e aprenda continuadamente para se desenvolver, adquirindo competência e eficiência. Da mesma forma, o Espiritismo isto espera de seus profitentes

A Doutrina Espírita não alimenta ilusões nem fantasias de menor esforço para nenhum adepto, muito menos para aqueles que pertencem ao quadro de trabalhadores efetivos. No trecho em referência, o espírito Pascal em outras palavras quer nos dizer: ao médium que não se interessar pelo conhecimento da Doutrina Espírita, melhor será para ele abster-se da prática medianímica, ou seja, que paralise suas atividades, porque assim estará se isentando de cometer absurdos doutrinários, por permanecerem voluntária cegueira espiritual.

Não se justifica nenhum médium ficar longo período da vida em estado de ignorância doutrinária e estagnação moral, pois necessita alcançar a posição respeitável de bom instrumento psíquico afinado com as notas divinas da Doutrina dos Espíritos, para agir proveitosamente, tirando o máximo de crédito e lucros espirituais.

O médium espírita não poderá contar somente com a luz de seus guias espirituais. Indispensável conquistar sua própria luz interior, porque o guia nem sempre estará de sentinela, protegendo-o e livrando-o das dificuldades e tentações. Como manter o médium a sintonia mental elevada, a inspiração superior e a intuição construtiva, se pouco se interessa pelo estudo sério e aprofundado do Espiritismo, muito especialmente as obras de Allan Kardec? Como amar uma doutrina que muito mal conhece? O espírito Emmanuel no livro "O Consolador", na questão n° 392, afirma, quanto ao dever de todo medianeiro espírita:

"O médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalharem todos os instantes pela sua própria iluminação".

Quem serão esses médiuns? Obviamente, são todos aqueles engajados na casa espírita, principalmente das equipes de desobsessão, trabalho de passes, tratamento e cura espirituais.

Aqueles que se destacam pela sua força mediúnica e faculdades psíquicas avantajadas deveriam, com maior devotamento, se entregar à sagrada obrigação de estudar com mais seriedade e disciplina as obras espíritas, pois estão se posicionando como orientadores da multidão e aglutinadores das atenções para o Espiritismo.

No contato com dirigentes de centros espíritas, conversando sobre grupos mediúnicos, chegamos à conclusão de que diminuta é a percentagem de medianeiros que verdadeiramente gostam de estudar e aprender manuseando, principalmente, as obras básicas do Espiritismo.

Na atualidade, o médium espírita precisa estudar Kardec com método e perseverança, seja em particular - em sua residência - ou em equipe, principalmente na casa espírita, na forma de "Círculo de Estudos", onde encontrará a luminosa oportunidade de dialogar, debater, opinar, ouvir diversas interpretações e dar também o seu entendimento, tudo dentro de um ambiente fraterno e familiar, promovendo luzes de verdade para todos.

Os médiuns que não gostam de estudar a Doutrina estão numa posição muito estranha, porque desejam servir com os espíritos da luz para consolar e esclarecer multidões de criaturas ignorantes, sendo que, por sua vez, permanecem com o cérebro embotado ao discernimento kardequiano. Os médiuns levianos fogem do esclarecimento espírita, alegando:

"Eu gosto mesmo é de trabalhar na mediunidade e ajudar os que mais sofrem, enfim fazer a caridade que Jesus nos ensinou. Não gosto da teoria! É muita falação! Eu prefiro a prática!

O que conheço de Espiritismo, somado à minha experiência, já é o bastante. Não preciso de mais estudo. Estudar muito a Doutrina perturba minha mente e o meu trabalho".

Quanto de presunção e de vaidade encontramos nestas palavras saídas da boca de médiuns orgulhosos!

Devido aos médiuns, em grande maioria, não buscarem a pureza dos ensinos kardecistas, encontramos com facilidade por toda parte, centros espíritas realizando trabalhos mediúnicos os mais absurdos e exóticos, com absoluta ausência de disciplina, discernimento e prudência tão apregoados por Allan Kardec.

Alguém poderá indagar: Por que o bom médium precisa estudar, se ele sempre está com os mentores espirituais? Responderemos: Naturalmente, porque ele não é uma criatura infalível e nem possui privilégios e proteção especial dos Espíritos Superiores. O médium espírita é um aprendiz como qualquer outro companheiro de fé; um aluno necessitado de se iluminar constantemente; um discípulo chamado a conquistar as virtudes cristãs; um canal mediúnico sujeito a receber e aceitar tanto a inspiração de entidades benfazejas como das inteligências perversas e mistificadoras, dependendo sempre da direção e uso que dê à sua força mediúnica.

O estudo sério nunca perturbou ou fez adoecer pessoa alguma. Sendo assim, o médium precisa amar mais a Doutrina Espírita, estudando-a com prazer e disciplina, aplicação e perseverança.

("Mediunidade e Discernimento")

Walter Barcelos