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domingo, 26 de maio de 2019

Casamentos provacionais


[...]São duas criaturas que trazem em seu inconsciente um registro comum ou histórico de vivências anteriores.[...]Os dados computados e registrados em nosso corpo astral ocasionam um campo de energia que terá uma luminosidade específica, brilho, frequência de onda, coloração e outras peculiaridades, que determinam uma irradiação peculiar e toda nossa. O antigo parceiro, com quem convivemos uma ou mais vidas, traz em sua estrutura íntima os mesmos registros, alusivos à vida pretérita em comum conosco.[...]



Ricardo Di Bernardi


São duas criaturas que trazem em seu inconsciente um registro comum ou histórico de vivências anteriores.

A questão do amor sexual já esteve presente entre ambos. Como somos, todos nós, seres em aprendizado na escola da vida, já erramos muito e fizemos sofrer aos companheiros de jornada, gerando em nós mesmos núcleos energéticos em desarmonia e esses se registraram em nosso “computador de dados”, chamado de perispírito, psicossoma ou corpo astral.


Dois Espíritos que na romagem terrena se unem visando conviver sexualmente, o fazem, normalmente, buscando uma complementação física, emocional e sentimental... No entanto, a história de cada casal é muito mais antiga.

O planeta que habitamos é definido ou classificado pelos Espíritos superiores como um mundo de provas e expiações. O percentual maior de seres humanos que aqui na Terra renascem está sob o regime de testes para verificação de aprendizado, isto é, provas. Muitos outros ainda renascem para reequilíbrio de desarmonias em sua estrutura psíquica, necessitando eliminá-las ou expiá-las, são as reencarnações expiatórias.

Importante lembrar que nossas vidas apresentam mais de um conteúdo com relação à programação reencarnatória. Todos nós nos deparamos com aspectos provacionais, expiatórios, e, por que não, até missionários com relação à família e ao trabalho. Da mesma forma, os casamentos também apresentam diversos conteúdos, porém de forma didática os classificaremos conforme a característica mais significativa do programa reencarnatório.

Seguindo a concepção clássica, sobejamente conhecida dos estudiosos da vida espiritual, as uniões estáveis ou casamentos podem ser classificados em: provacionais, sacrificiais, acidentais, afins e transcendentais. 

Os casamentos provacionais ainda constituem a maioria dos reencontros programados para os que renascem em nosso planeta. São duas criaturas que trazem em seu inconsciente um registro comum ou histórico de vivências anteriores.

A questão do amor sexual já esteve presente entre ambos. Como somos, todos nós, seres em aprendizado na escola da vida, já erramos muito e fizemos sofrer aos companheiros de jornada, gerando em nós mesmos núcleos energéticos em desarmonia e esses se registraram em nosso “computador de dados”, chamado de perispírito, psicossoma ou corpo astral.

Os dados computados e registrados em nosso corpo astral ocasionam um campo de energia que terá uma luminosidade específica, brilho, frequência de onda, coloração e outras peculiaridades, que determinam uma irradiação peculiar e toda nossa. O antigo parceiro, com quem convivemos uma ou mais vidas, traz em sua estrutura íntima os mesmos registros, alusivos à vida pretérita em comum conosco.

Uma questão, frequentemente mencionada em seminários que efetuamos sobre Amor, Sexo e Vidas Passadas: Como é possível que duas pessoas se sintam atraídas profundamente a ponto de se unirem de forma estável; já que não seriam almas afins, qual a “química” que as atraiu? Já que se trataria de um casamento provacional?

Trata-se da autoprogramação inconsciente que nossas estruturas extrafísicas determinaram. Quando aqueles que conviveram de forma tumultuada no passado se reencontram, se veem, na vida atual, estabelece-se um fluxo de energia entre ambos, motivado pela similaridade de seus registros energéticos. Uma sintonia automática ocorre, motivando um envolvimento ou encantamento no qual ambos imaginam estar diante do Ser mais especial que poderiam encontrar.

De fato é o Ser que precisam reencontrar, e o automatismo perfeito das leis da natureza assim o programou.

Sem dúvida que a espiritualidade superior acompanha cada caso, no entanto, é importante que saibamos ser a “Natureza” o livro divino onde Deus escreve a história de sua sabedoria...

Qual seria a finalidade de um casamento provacional? Sofrer? Estariam ambos destinados a um convívio desagradável? O “pagamento” das dívidas de um ou de ambos dar-se-ia pelo sofrimento?

Não, de forma alguma. A ideia de que sofrer “paga” dívidas é resquício da idade medieval e dos conceitos de penitência. As provas, sejam em casamentos ou não, existem para serem vencidas, superadas, abrindo-se caminhos para horizontes de felicidade. 

Casamentos provacionais, com o esforço dos parceiros, poderão se tornar casamentos afins, se não nesta vida, em uma próxima encarnação, se o convívio atual criar estímulos novos e produtivos. Não se reencarna com finalidade de sofrer, mas para crescer, mudar, evoluir e amar. Por outro lado, não se está fazendo apologia da aceitação de convívios agressivos ou francamente nocivos e improdutivos nos quais a separação seria o caminho inexorável.

Temos notícia de que, em determinados casos, a superação dos problemas determinará no final da vida presente um convívio fraterno e respeitoso. A superação das dificuldades mútuas ocasionará a liberação de ambos que, ao se sentirem livres na espiritualidade, poderão renascer em outro contexto, isto é, junto de suas almas afins.


O autor é médico, escritor e conferencista espírita.

Fonte:
http://www.oconsolador.com.br/ano11/516/ca6.html

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Anticonceptivos e Planejamento Familiar


[...]O homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos, período propício para a maternidade, nunca, porém, se eximirá aos imperiosos resgates a que faz juz, tendo em vista o seu próprio passado.[...]A cautela de que se utilizam alguns pais, aguardando comodidade financeira para pensar na progenitura, nem sempre é válida, graças às próprias vicissitudes que conduzem uns à ruína econômica e outros à abastança por meios imprevisíveis. A programação da família não pode ser resultado da Opinião genérica dos demógrafos assustados, mas fruto do diálogo franco e ponderado dos próprios cônjuges, que assumem a responsabilidade pelas atitudes de que darão conta.O uso dos anticonceptivos como a implantação no útero de dispositivos anticoncepcionais, mesmo quando conside­rado legal, higiênico, necessita Possuir caráter moral, a fim de se evitarem danos de variada conseqüência ética. A chamada necessidade do “amor livre” vem impondo o uso desordenado dos anovulatórios, de certo modo favorecendo a libertinagem humana, a degenerescência dos Costumes[...]





Alegações ponderosas que merecem consideração vêm sendo arroladas para justificar-se a planificação familiar através do uso dos anticonceptivos de variados tipos. São argumentos de caráter sociológico, ecológico, econômico, demográfico, considerando-se com maior vigor os fatores decorrentes das Possibilidades de alimentação numa Terra tida como semi-exaurida de recursos para nutrir aqueles que se multiplicam geometricamente com espantosa celeridade...

Entusiastas sugerem processos definitivos de impedi­mento procriativo pela esterilização dos casais com dois filhos, sem maior exame da questão, no futuro, transformando o indivíduo e a sua função genética em simples máquina que somente deve ser acionada para o prazer, nem sempre capaz de propiciar bem-estar e harmonia.

Sem dúvida, estamos diante de um problema de alta magnitude, que deve ser, todavia, estudado à luz do Evangelho e não por meios dos complexos cálculos frios da precipitação materialista.
O homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos, período propício para a maternidade, nunca, porém, se eximirá aos imperiosos resgates a que faz juz, tendo em vista o seu próprio passado.

Melhor usar o anticonceptivo do que abortar...

Os filhos, porém, não são realizações fortuitas, decor­rentes de circunstâncias secundárias, na vida. Procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros progenitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução. É-lhes lícito adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibi­litando mesmo que se reencarnem por seu intermédio.

Irrisão, porém, porqüanto as Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para fazer que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias quiçá mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade desses cônjuges que ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos.

Assevera-se que procriar sem poder educar, ter filhos sem recursos para cuidá-los, aumentando, incessantemente, a população da Terra, representa condená-los à miséria e a sociedade do futuro a destino inditoso...

Ainda aí o argumento se reveste do sofisma materi­alista, que um dia inspirou Malthus na sua conceituação lamentável e no não menos infeliz néo-malthusianismo que adveio posteriormente...

Ninguém pode formular uma perfeita visão do porvir para a Humanidade, e os futurólogos que aí se encontram têm estado confundidos pelas próprias previsões, nas surpresas decorrentes da sucessão dos acontecimentos ainda nos seus dias...

A cada instante recursos novos e novas soluções são encontrados para os problemas humanos.

Escasso, porém, é o amor nos corações, cuja ausência fomenta a fome de fraternidade, de afeição e de miseri­córdia, responsável pelas misérias que se multiplicam em toda parte.

Não desejamos aqui reportar-nos às guerras de exter­mínio, que o próprio homem tem engendrado e de que se utiliza a divindade para manter o equilíbrio demográfico, nem tão-pouco às calamidades sísmicas que irrompem cada dia Voluptuosas, Convidando a salutares reflexões.

Quando um filho enriquece um lar, traz com ele os valores indispensáveis à própria evolução, Intrínseca e extrinsecamente.

A cautela de que se utilizam alguns pais, aguardando comodidade financeira para pensar na progenitura, nem sempre é válida, graças às próprias vicissitudes que conduzem uns à ruína econômica e outros à abastança por meios imprevisíveis.

A programação da família não pode ser resultado da Opinião genérica dos demógrafos assustados, mas fruto do diálogo franco e ponderado dos próprios cônjuges, que assumem a responsabilidade pelas atitudes de que darão conta.

O uso dos anticonceptivos como a implantação no útero de dispositivos anticoncepcionais, mesmo quando conside­rado legal, higiênico, necessita Possuir caráter moral, a fim de se evitarem danos de variada conseqüência ética.

A chamada necessidade do “amor livre” vem impondo o uso desordenado dos anovulatórios, de certo modo favorecendo a libertinagem humana, a degenerescência dos Costumes, a desorganização moral, e, conseqüentemente, social dos homens, que se tornam vulneráveis à delinqüência, à violência e às múltiplas frustrações que ora infelicitam verdadeiras multidões que transitam inermes e hebetadas, arrojando-se aos abusos alucinógenos à loucura, ao suicídio...

Experiências de laboratório com roedores, aos quais se permitem a procriação incessante, hão demonstrado que a Superpopulação em espaços exíguos os alucina e os incapacita.

Daí defluem, apressados, que o mesmo se vem dando com o homem, para justificarem a falência dos valores éticos, e utilizando-se da observação a fim de fomentarem a necessidade de impedir-se a natalidade espontânea... Em realidade, porém, os fatos demonstram que, com o homem, o fenômeno não é análogo.

Quando os recursos do Evangelho forem realmente utilizados, a pacificação e a concórdia dominarão os corações...


Antes das deliberações finalistas quanto à utilização deste ou daquele recurso anticonceptivo, no falso pressu­posto de diminuir a densidade de habitantes, no mundo, recorre ao Evangelho, ora e medita.

Deus tudo provê, sem dúvida, utilizando o próprio homem para tais fins.

Em toda parte na Criação vigem as leis do equilíbrio, particularmente do equilíbrio biológico.

Olha em derredor e concordarás.

Os animais multiplicam-se, as espécies surgem ou desaparecem por impositivos evolutivos, naturais.

Muitas espécies ora extintas sofreram a sanha do homem desarvorado. Mas a ordem divina sempre programou com sabedoria a reprodução e o desaparecimento automático.

O fantasma da fome de que se fala, mesmo quando a Terra não possuía super-população, como as pestes e as guerras dizimou no passado cidades, países inteiros.

Conserva os códigos morais insculpidos no espírito e organiza tua família, confiante, entregando-te a Deus e porfiando no Bem, porqüanto em última análise dEle tudo procede como atento Pai de todos nós.

                                                                                

S.O.S. FAMÍLIA

DIVALDO PEREIRA FRANCO

Aborto


Se, porém, quando instalados na Terra, anestesiamos a consciência, expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio conforto, não lhes podemos prever as reações negativas e, então, muitos dos associados de nossos erros de outras épocas, ontem convertidos, no Plano Espiritual, em amigos potenciais, à custa das nossas promessas de compreensão e de auxílio, fazem-se hoje — e isso ocorre bastas vezes, em todas as comunidades da Terra — inimigos recalcados que se nos entranham à vida íntima com tal 



P. — Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período de gestação?

R. — Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.

Questão n.° 358 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Falamos naturalmente acerca de relações internacionais, sociais, públicas, comerciais, clareando as obrigações que elas envolvem; no entanto, muito frequentemente marginalizamos as relações sexuais — aquelas em que se fundamentam quase todas as estruturas da ação comunitária.

Esquece-se, habitualmente, de que o homem e a mulher, via de regra, experimentam instintivo horror à solidão e que, à vista disso, a comunhão sexual reclama segurança e duração para que se mostre assente nas garantias necessárias.

Impraticável, sem dúvida, impor a continuidade da ligação entre duas criaturas, a preço de violência; 4 no entanto, à face das contingências e contratempos pelos quais o carro da união esponsalícia deve passar pelas estradas do mundo, as leis da vida, muito sabiamente, estabelecem nos filhos os elos da comunhão entre os cônjuges, atribuindo-lhes a função de fixadores da organização familiar; 5 com a colaboração deles, os deveres do companheiro e da companheira, no campo da assistência recíproca, se revelam mais claramente perceptíveis e o lar se alteia por escola de aperfeiçoamento e de evolução, em marcha para a aquisição de mais amplos valores do espírito, no Mundo Maior.

De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida.

 É pela conjunção sexual entre o homem e a mulher que a Humanidade se perpetua no planeta; em virtude disso, entre pais e filhos residem os mecanismos da sobrevivência humana, quanto à forma física, na face do orbe.

Fácil entender que é assim justamente que nós, os Espíritos eternos, atendendo aos impositivos do progresso, nos revezamos na arena do mundo, ora envergando a posição de pais, ora desempenhando o papel de filhos, aprendendo, gradativamente, na carteira do corpo carnal, as lições profundas do amor — do amor que nos soerguerá, um dia, em definitivo, da Terra para os Céus.

Com semelhantes notas, objetivamos tão só destacar a expressão calamitosa do aborto criminoso, praticado exclusivamente pela fuga ao dever.

Habitualmente — nunca sempre — somos nós mesmos quem planifica a formação da família, antes do renascimento terrestre, com o amparo e a supervisão de instrutores beneméritos, à maneira da casa que levantamos no mundo, com o apoio de arquitetos e técnicos distintos.

Comumente chamamos a nós antigos companheiros de aventuras infelizes, programando-lhes a volta em nosso convívio, a prometer-lhes socorro e oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate, burilamento e melhoria.

Criamos projetos, aventamos sugestões, articulamos providências e externamos votos respeitáveis, englobando-nos com eles em salutares compromissos que, se observados, redundarão em bênçãos substanciais para todo o grupo de corações a que se nos vincula a existência.  Se, porém, quando instalados na Terra, anestesiamos a consciência, expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio conforto, não lhes podemos prever as reações negativas e, então, muitos dos associados de nossos erros de outras épocas, ontem convertidos, no Plano Espiritual, em amigos potenciais, à custa das nossas promessas de compreensão e de auxílio, fazem-se hoje — e isso ocorre bastas vezes, em todas as comunidades da Terra — inimigos recalcados que se nos entranham à vida íntima com tal expressão de desencanto e azedume que, a rigor, nos infundem mais sofrimento e aflição que se estivessem conosco em plena experiência física, na condição de filhos-problemas, impondo-nos trabalho e inquietação.

Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões.


.Emmanuel

sábado, 18 de maio de 2019

PLANEJAMENTO FAMILIAR,ABORTO,VASECTOMIA,BEBÊ DE PROVETA...

Entrevistando Chico Xavier


50 -Direito de Planejar

ME - O casal tem o direito de programar o número de filhos em sua própria casa?

Diz Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos” que o homem deve corrigir tudo aquilo que possa ser contrário à natureza. Hoje, dividem-se as opiniões, mas à frente da problemática da nossa civilização, à frente dos impositivos da educação e da assistência à família, nós, pessoalmente, acreditamos que o casal tem direito de pedir a Deus inspiração, de rogar a Jesus as sugestões necessárias para que não venha a cair em compromissos nos quais os cônjuges permaneçam frustrados.

Somos filho de família numerosa. Pessoalmente sou descendente de uma família de 15 irmãos, mas, de 20 anos para cá, a vida no planeta tem sofrido muitas alterações, e devemos estudar o planejamento com muito respeito à vida e consequentemente a Deus, em nossos deveres uns para com os outros, e não cairmos, em qualquer calamidade por omissão ou deserção dos nossos deveres.
(julho de 1974).

51 Pílula, Anticoncepcional Aperfeiçoado
MN - Chico, muitos companheiros acreditam que as respostas às perguntas 693, 693ª e 694 de “O Livro dos Espíritos” não facultam aos espíritas a possibilidade de planejarem as suas famílias.
O que pensa a respeito?

Diz Allan Kardec, na questão 693 de “O Livro dos Espíritos”: ‘Deus concedeu ao homem sobre todos os seres vivos um poder de que ele deve usar sem abusar”.
De nossa parte, cremos que o problema do planejamento familiar está afeto ao livre-arbítrio dos casais, de vez que, segundo pensamos, cada casal precisa saber o que faz, de modo que a família se forme para cooperar na realização do bem de todos e devido a todos.
Segundo os Benfeitores Espirituais, a ciência terrestre aperfeiçoará de tal modo os anticoncepcionais que serão eles usados sem quaisquer riscos para a saúde humana, de modo que a Terra se liberte das calamidades do aborto e a fim de que o livre-arbítrio funcione, presidindo as responsabilidades dos parceiros das relações afetivas, que precisam usar a própria consciência nos compromissos que assumam.
(abril de 1982)

MN - É lícito o uso de anticoncepcionais?

Estamos diante de um problema em que os conceitos da Ciência e da vida familiar devem ser por nós todos respeitados. Esperemos que o tempo nos faça sentir as vantagens dos anticoncepcionais, compreendendo-se, porém, que os anticoncepcionais não estarão chegando a Terra sem finalidade justa. (julho de 1974)

52- Vasectomia
MN - E o problema da vasectomia? Você acha que os homens devem realizar esse tipo de operação para impedir a procriação?

Não é aconselhável. Não devem fazer, porque a mulher terá sempre um meio de retomar a sua capacidade criativa. A mulher é dotada de recursos que o homem não tem.
Tenho notado que a vasectomia traz uma profunda angústia ao homem, porque parece que ele lesou um patrimônio que lhe pertencia, o dom de criar.
Os homens que conheço e que se submeteram a esse tipo de intervenção não têm alegria de viver. Não se deve violentar os processos da natureza. A mulher pode utilizar-se de outros processos, mas o homem não. (novembro de 1982)

53- Afronta à Vida

FW - Há mães solteiras que abortam por temor a uma moral, ou convenção social muito rigorosa frente a tal condição materna. O que poderia dizer-nos acerca de tais preconceitos que induzem, pressionam ou indiretamente favorecem o aborto?

Pensamos, como os Amigos Espirituais, que a existência de mães solteiras sempre dignas do nosso maior respeito, envolve a existência de pais que não deveriam estar ausentes.
Compreendemos a legitimidade das convenções sociais, veneráveis em seus fundamentos, mas entendemos que não nos será lícito menosprezar, em tempo algum, aqueles que não conseguiram se lhes ajustar aos preceitos.
Sabendo que o aborto, mesmo legalizado no mundo, é uma falha nossa na Terra, estamos certos de que ninguém deveria praticá-lo, seja no regime das convenções humanas ou fora delas. Cremos, desse modo, que uma legislação surgirá no futuro em favor da mulher, que tendo confiado um dia em alguém,teve coragem de não abandonar a criatura indefesa que esse alguém lhe trouxer à vida. Aguardemos, assim, providências humanitárias, em que os homens mais responsáveis criem por si disposições legais magnânimas, baseadas na justiça da vida, com que venham a sanar a falta deixada pelos outros homens, nossos irmãos, que se fizeram pais, sem consciência mais ampla das obrigações que assumiram. (agosto de 1976)

Dr. Rossi (CEU) - Na China já está sendo utilizado um medicamento que, quando ingerido nas primeiras semanas, provoca o aborto sem necessidade de intervenção cirúrgica. O que você pensa disso?

Sempre que faço qualquer referência ao aborto, lembro-me da utilidade do anticoncepcional como elemento de socorro às necessidades do casal. As  duas criaturas querem a união, mas não estão em condições de realizarem  esse ideal; nesse caso, a anticoncepção viria em seu auxílio.
Se minha mãe, quando me esperava, repleta de doenças, quisesse me expulsar, não sei o que seria de mim.
Se há anticoncepcional, por que promover a morte de criaturas nascituras ou  em formação? Com uma terra tão imensa para ser lavrada e aproveitada, é  impossível aplaudir o aborto. Somente podemos entender o aborto terapêutico quando a vida materna está ameaçada. Lembro-me de minha mãe sofrendo por minha causa, e não posso aplaudir. (novembro de 1988)

FW - Existe no Congresso Nacional um projeto legalizando o aborto no Brasil. Seria oportuna uma campanha nacional colhendo manifestações de pessoas e grupos posicionados contra essa legalização?

Não digamos "campanha nacional” porque semelhante legenda está’  suscetível de acordar críticas destrutivas em torno do assunto, criando longos  debates improdutivos.
Consideramos obra de benemerência social o trabalho que se possa efetuar  para conhecimento dos senhores legisladores e outras autoridades, tanto quanto para informação às mulheres, para que colaborem a fim de que a  legalização do aborto no Brasil ou em qualquer outro país do mundo seja frustrada em benefício da maternidade e em louvor da criança.
O serviço dessa natureza, a nosso ver, deve ser realizado com seriedade e respeito, porque ele, de qualquer modo, na hipótese da legalização referida, na nossa opinião não sofrerá alterações quaisquer, por quanto além do aborto delituoso ser medida inaceitável para o campo de atividades espíritas-cristãs, é, acima de tudo, uma afronta às leis naturais da vida. (outubro de 1983)

FW - Já existe uma injeção, à base de ácidos que aplicada diretamente no útero da gestante mata o feto, queimando-o. Que dizer dessa prática?

O processo a que se refere a pergunta — no caso do aborto delituoso — é comparável a um assassinato na intimidade do corpo feminino. (setembro de  1983)

FW - Os espíritos abortados perdoam quem pratica, consente ou induz ao aborto?

Não nos seria possível especificar as atitudes da criatura humana nos problemas do aborto delituoso. A esfera dos espíritos desencarnados,  profundamente vinculados à existência, é semelhante à faixa de ação dos homens, propriamente considerada. Temos irmãos desencarnados aptos a perdoar a irresponsabilidade da mulher ou do homem que pratica ou incentiva o aborto delituoso. Existem, também, aqueles outros que influenciam negativamente na gestação e no desenvolvimento da criança nascitura, em  lastimáveis processos de obsessão. (setembro de 1983)*


* Nesse mesmo dia, no pátio do Grupo Espírita da Prece, Augusto César Vanucci e sua equipe de artistas apresentava a Chico Xavier a peça Além da Vida, que tem também entre seus quadros um esclarecimento contra o aborto. Eram três horas do amanhecer de domingo, quando o médium Chico Xavier fez a prece de encerramento, todos de mãos dadas, público e artistas. Antes e depois do espetáculo, conversei muito com Vanucci sobre algo novo que surge de forma criativa no Brasil: a arte comoveículo de divulgação do kardecismo consolador. (FW)

MN - Chico, o aborto, está sendo liberado em quase todo o mundo. Você acredita realmente nas tendências cristãs do povo brasileiro para rechaçar uma medida como esta?

Felizmente parece que, no Brasil, pelo menos a maioria das autoridades (sejam elas de caráter administrativo ou religioso) é contrária a essa  calamidade de legalização do aborto.

Acreditamos que em muitos países, talvez pelo interesse em conter a explosão demográfica, determinados setores apoiaram ou apoiam o aborto legalizado. Mas acreditamos que essas nações voltarão a fazer uma  reconsideração de comportamento em relação ao assunto, porque em qualquer  ocasião de conflito internacional a questão do incentivo à maternidade é largamente praticado, porque em todos os setores surge logo o estímulo ao nascimento de muitas criaturas. Como estamos no Ocidente, sem grandes guerras desde 1945, em nos referindo à vida ocidental propriamente considerada, muitas nações estão achando a legalização do aborto um triunfo para as nossas irmãs, as mulheres, mas acreditamos que esses países, futuramente, voltarão a fazer uma revisão dessa legislação.
Na condição de cristãos, não podemos apoiar o aborto, que seria um crime sempre cometido com absoluta impunidade entre as paredes domésticas.
Acreditamos que o anticoncepcional é um recurso que nos foi concedido na Terra pela Divina Providência para que a delinquência do aborto seja sustada, uma vez que a criatura humana, por necessidade de revitalização de suas próprias forças orgânicas, naturalmente precisará do relacionamento sexual,
entre os parceiros que estão compromissados no assunto, mas usarão esse agente anticoncepcional para que o crime do aborto seja devidamente evitado em qualquer parte do mundo.
Mais hoje, mais amanhã, as nações entrarão em acordo a esse respeito, porque não é possível que estejamos exterminando crianças absolutamente personificadas, formadas, vivas, com o apoio das autoridades que nos governam. É absolutamente impossível aplaudir uma coisa dessas. (junho de1980)

54- Bebê de Proveta, Escolha de Sexo e Útero de Empréstimo
FW - O que dizer da interferência do homem na intimidade do genes, experimentando desenvolver a vida humana em tubos de ensaio, da seleção e cruzamento em provetas, dos úteros alugados, do desequilibro biológico pela escolha de sexo da futura criança?

Compreendemos que a Ciência, na Terra, dispõe de meios para qualquer experimentação nos setores da genética. Os Instrutores Espirituais afirmam, entretanto, que esse tipo de experimentação deve merecer o máximo cuidado da parte de quantos se encarregam da orientação do mundo. Para evitar incursões na teratologia, com evidente menosprezo da personalidade humana;
e afim de coibir abusos que funcionariam em prejuízo do equilíbrio espiritual nos grupos sociais da Terra, devemos pedir o amparo da Providência Divina, para que a inteligência do homem espere mais alguns séculos afim de entrar no assunto. (agosto de 1976)

FW - Ser concebido dentro de uma proveta de laboratório significaria para o nascituro — e ou para seus pais — uma provação a ser aceita e superada?

Consideramos o assunto com sadio otimismo, desde que o óvulo fertilizado em proveta, com o apoio de autoridades respeitáveis, para a implantação no claustro feminino revele senso de maturidade espiritual na mulher que assume a maternidade consciente, em plenitude de responsabilidade entre a vida que passa a acalentar no próprio regaço. 
(setembro de 1978)

FW - A circunstância de ser concebido artificialmente, e só dois dias e meio depois ser transportado para o útero materno, significaria para o espírito que vai nascer desse recurso de manipulação científica alguma limitação espiritual para o bebê?

Não vemos qualquer limitação espiritual para o bebê, de vez que o processo da reencarnação para o espírito experimenta menos riscos, porquanto estará sob o apoio mais completo da responsabilidade humana.

FW - A fecundação e criação de bebês de proveta em série, quem sabe até em escala industrial, o que representa uma hipótese possível, não trará para a humanidade problemas psíquicos e espirituais de envergadura imprevisível?

A evolução moral dos povos não permitirá a criação de semelhante indústria, ou o homem estará rebaixando o nível de conhecimento superior em que se encontra, com perigosos comprometimentos para a humanidade inteira.

FW - Sabendo-se que nada no Universo acontece por acaso, e sim que tudo obedece aos planos e à permissão do Alto, é razoável deduzirmos que os espíritos que devem vir à luz ao nosso Mundo por este caminho são previamente preparados para esta via de nascimento?

Sim, quando a Ciência na Terra, iluminada pela bênção da fé na imortalidade puder intervir no auxílio, realmente digno, ao trabalho da genética no campo humano, sem nenhuma disposição para extravagâncias e abusos através de experimentações absolutamente desaconselháveis, a implantação do óvulo fertilizado no claustro da mulher responsável evitará muitos desastres na reencarnação, especialmente os que se referem ao aborto sem justificativas.

FW - Quais, então, são os perigos presentes e futuros que essa manipulação dos genes pode gerar à vida nos dois planos da matéria?

O materialismo inteligente e cruel, sem qualquer ideia de Deus e da imortalidade da alma, é o perigo que ameaça a manipulação dos recursos genéticos sem responsabilidade, mas devemos confiar nos homens de bom senso e de espírito humanitário que, através das legislações dignas, podem e devem coibir quaisquer abusos suscetíveis de aparecer no campo das pesquisas de caráter delituoso e inconsequente. Confiemos no amparo e na inspiração dos Mensageiros do Cristo, em auxílio das coletividades humanas.

(Respostas de Emmanuel)

55-Mãe de Aluguel
FW - Aluguel de úteros maternos é uma realidade a ser alcançada
brevemente por cientistas e pesquisadores.
Procede mal uma mulher que, por necessidade econômica e material, alugue seu útero para a gestação de um óvulo fecundado que não lhe pertence? Tal subterfúgio ou recurso extra não traria consequências ao nascituro?

As mães incapazes de amamentar os próprios filhos recorrem aos préstimos de companheiras que as assessoram nesse mister ou aproveitam outros recursos para a alimentação dos recém-natos. Quando a mulher se dispõe a ser mãe, consciente e digna do elevado encargo de se responsabilizar por determinadas vidas, sem possibilidades próprias para isso, julgamos justo que uma companheira, se possível, tome a si o trabalho de gestar, em favor dela, o filho ou os filhos que essa mulher digna da maternidade consciente se propõe receber nos próprios braços.

FW - Transgredirá a lei moral de Deus a mulher solteira que queira ter filhos sem o intercurso sexual com seu companheiro masculino, ou seja, engravidando através da inseminação artificial?

No caso, o problema é estritamente de natureza consciencial. (setembro de1978)


MN - Quando a mãe de aluguel dá à luz uma criança deficiente e a mãe que a encomendou não a aceita, como resolver o impasse do ponto de vista legal e espiritual? Nesse particular, a adoção deve ser incentivada, tendo em vista o número de rejeições constatadas, isto é, a devolução das crianças adotadas?

O assunto nos parece demasiadamente complexo, porque se assumo determinado compromisso, a meu ver, não deve existir algo que me impeça a obrigação de cumpri-lo.
Não entendo rejeição, em matéria de dever voluntariamente procurado ou aceito. Diante, porém, da insegurança compreensível de muita gente, que vacila ante os resultados das próprias escolhas, cremos que a Justiça entrará na solução dos problemas em foco, afim de que ninguém faça a alguém joguete dos caprichos a que se afeiçoem. (novembro de 1983)

Do livro “Lições de Sabedoria