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quarta-feira, 5 de maio de 2021

O IRMÃO DO FILHO PRÓDIGO"(...)O irmão do Filho Pródigo, por outro lado, representa a outra parcela de seres humanos: aqueles que se encastelam nas muralhas dos dogmas, julgando-se os únicos herdeiros das coisas celestes e os monopolizadores da verdade, arrogando-se o qualificativo de eleitos ou escolhidos, não tolerando jamais que os seus irmãos, que eles qualificam de hereges venham a ser um dia recebidos na Casa do Pai, com o mesmo amor e carinho a eles dispensados. "(...)






O IRMÃO DO FILHO PRÓDIGO

"E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto da casa, ouviu músicas e danças." (Lucas 15:25)


A Parábola do Filho Pródigo, narrada no capítulo 15, versículos 11 a 32, do Evangelho segundo Lucas, é indubitavelmente uma das mais belas páginas do Livro da Vida. Ela objetiva pulverizar a teoria das penas eternas e colocar em situação de suma relevância a infinita misericórdia de Deus.

No desenvolvimento da parábola, deparamos com a afirmativa de ter o Filho Pródigo saído de sua casa acumulado de bens, entretanto, malbaratando aquilo que recebera, dentro em pouco nada possuía e, após muita luta, corroído pelo remorso e pela fome, viu-se na dura contingência de regressar ao lar paterno, onde foi recebido com intenso júbilo e com as mais vivas demonstrações de amor.

A parábola encerra, no entanto, uma última parte. Descreve o irmão do Filho Pródigo, o qual, voltando do campo e vendo a festa que o pai mandara fazer, em regozijo pela volta do seu filho que estava perdido e foi achado, que estava morto e reviveu, encheu-se de ciúmes e assediado por um sentimento egoístico, verberou acerbamente o procedimento do pai, ao qual qualificou de injusto.

O seu argumento, dirigindo-se ao pai, foi o seguinte: - Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos. Vindo porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.

É óbvio, na narrativa evangélica, que o Fiho Pródigo representa aquele que Deus coloca nos caminhos da vida, para o aprendizado comum e que, por uma razão ou outra, vem a falhar no desempenho das tarefas peculiares ao seu processos evolutivo.

Em outras palavras, o Filho Pródigo da Parábola simboliza a parcela de criaturas humanas que é cumulada de bens para o desempenho satisfatório de determinada tarefa e que, por invigilância, prevaricação ou qualquer outro fator, vem a fracassar, retornando ao mundo espiritual sem ter praticado atos meritórios, mas como um morto que reviveu, dotado de experiência suficiente para poder prosseguir em sua tarefa ascensional rumo ao Criador, em vidas futuras, na Terra ou em outras moradas da Casa do Pai. Tudo isso confirmando o dizer evangélico de que há mais alegria nos Céus por um pecador que se regenera, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento.

O irmão do Filho Pródigo, por outro lado, representa a outra parcela de seres humanos: aqueles que se encastelam nas muralhas dos dogmas, julgando-se os únicos herdeiros das coisas celestes e os monopolizadores da verdade, arrogando-se o qualificativo de eleitos ou escolhidos, não tolerando jamais que os seus irmãos, que eles qualificam de hereges venham a ser um dia recebidos na Casa do Pai, com o mesmo amor e carinho a eles dispensados.
Esses homens avocam a si o título de herdeiros do reino de Deus, fazendo-o simplesmente pelo fato de se assentarem nos bancos das igrejas e templos da Terra, cumprindo exteriormente as ordenações que suas religiões prescrevem, revoltando-se intimamente pelo fato de cobrir Deus com o seu infinito amor todos aqueles que estiveram sobrecarregados nos caminhos da vida, mas que uma experiência tardia levou de volta ao caminho do bem.

Foi a atitude egoísta de homens que pensam desse modo que levou o Cristo a proclamar: "Muitos virão do oriente e do ocidente e assentar-se-ão ao lado de Abraão, lsaac e Jacó, no Reino dos Céus."

Foi a demonstração de completa ausência de amor expressada por esses homens que levou o Cristo a exclamar: - Os publicanos e as meretrizes entrarão no Reino dos Céus adiante de vós !

Quando do advento de Jesus Cristo, muitos dos seus contemporâneos se arroganm o qualificativo de fllhos de Abraão, julgando que isso era o bastante para lhes garantir pronto acesso aos planos espirituais superiores que eles acreditavam ser a morada dos antigos profetas e patriarcas, entre eles Abraão, lsaac e Jacó. No entanto, João Batista, como precursor do advento de Jesus, disse-lhes, peremptoriamente: Não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão, porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
Mesmo a uma pessoa com o coração empedernido, no decorrrer de muitas reencarnações Deus faz com que se transmude em Espírito apto a habitar as moradas reservadas àqueles que souberam realmente seguir as pegadas dos profetas e dos grandes missionários que já vieram à Terra.

O fato de uma pessoa pertencer a esta ou àquela escola religiosa, ser deste ou daquele pensamento filosófico, desta ou daquela corrente científica, não é o bastante para que ela se enquadre nas recomendações de Jesus Cristo atinentes à observância e vivência dos seus ensinos. É imperioso, acima de tudo, o desprendimento das coisas da Terra, o abandono dos vícios e, mais do que tudo, a conquista da reforma íntima, sinônimo de conquista do Reino dos Céus, o que se faz unicamente pela prática do amor sem limitações.

Paulo A. Godoy

Livro: O Evangelho Pede Licença

domingo, 13 de janeiro de 2013

Parábola do Filho Pródigo

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO
(Lucas, capítulo 15º, versículos 11 a 32)




Um certo homem tinha dois filhos, que com ele moravam no seu lar.
Um dia, o mais moço disse ao seu pai:
— Papai, dá-me a parte da tua riqueza que me pertence. Eu desejo correr mundo, viajar por outras terras, conhecer nova gente...
O velho pai, diante desse pedido, repartiu com am­bos os seus haveres, dando a cada um a parte que lhes cabia, de sua fortuna.



Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todas as coisas que lhe pertenciam, partiu para um país distante, muito longe de sua terra natal.



Esse moço, infelizmente, não era ajuizado. Mal chegou ao país estrangeiro, começou a gastar, sem cuidado, todo o dinheiro que possuia. Durante mui­tos dias não fez senão desperdiçar tudo que tinha. Buscou a companhia de outros rapazes desajuizados e consumiu toda a sua fortuna em bebidas, teatros e passeios.


Um dia, viu que a última moeda havia desaparecido e se achava na mais absoluta miséria.
Foi nessa época que uma grande seca reduziu aquele país a uma situação tristíssima. Com a seca, veio a fome. Mesmo nos lares ricos havia falta de pão. A miséria se estendeu, desoladora...


O pobre rapaz, então, buscou um homem daquele país, contou-lhe sua desgraça e pediu-lhe a esmola de um emprego qualquer, mesmo que fosse o pior servi­ço. E o homem desconhecido o enviou para seus cam­pos a fim de guardar porcos. Os porcos se alimen­tavam de alfarrobas, que são frutos de uma árvore chamada alfarrobeira; mas, nem mesmo desses fru­tos davam ao pobre moço. Os porcos se alimenta­vam melhor do que ele!


Foi então que o moço começou a pensar no que havia feito com seu bondoso pai, tão amigo, tão com­preensivo, tão carinhoso... Refletiu muito... Como fora mau e ingrato para com seu paizinho! Como fora também ingrato para com Deus, desrespeitando o Seu Mandamento, que manda honrar os pais ter­renos... Sofrendo a conseqüência de seu pecado, o pobre rapaz arrependeu-se sinceramente de sua in­gratidão e de seus dias vividos no erro e no vício...
E pensou, então, entre lágrimas:
— Na casa de meu pai há muitos trabalhadores e todos vivem felizes pelo trabalho honesto. Vivem com abundância de pão e tranqüilidade... E eu, aqui, morrendo de fome!... Não, não continuarei aqui. Voltarei para minha casa, procurarei meu pai e lhe direi: “Meu pai, pequei contra o Céu e perante ti; não sou mais digno de ser chamado teu filho. Quero ser um simples empregado de tua casa ...
E o moço, como pensou, assim fez.
Abandonando o país estrangeiro, regressou àsua pátria e ao seu lar. Foi longa, difícil e triste a volta, pois ele não mais dispunha de dinheiro para as despesas de viagem. Passou muitas necessidades, sofreu fome e frio, dormiu nas estradas e nas flores­tas... Nunca abandonou, porém, a idéia de que vol­tar para casa era seu primeiro dever.
Finalmente, chegou ao seu antigo lar. Antes, porém, de atingir sua casa, seu velho pai o avistou de longe e ficou ainda mais compadecido, ao ver o filho naquele estado de grande miséria. Seu coração pa­terno, que nunca esquecera o filho ingrato, era todo piedoso. O bondoso pai correu, então, ao encontro do moço. E abraçando-o fortemente, beijou-o com imenso carinho.
Nesse momento, com lágrimas nos olhos, o filho disse ao seu pai compassivo:
— Meu pai, pequei contra o Céu e perante ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho. Quero ser um empregado de tua casa...
O bondoso pai, porém, que nunca deixou de amar seu filho, disse aos empregados da casa:
— Depressa! Tragam a melhor roupa para meu filho, preparem uma refeição para ele. Tragam-lhe calçado novo! Comamos todos juntos e alegremo­-nos, porque este meu filho estava perdido e foi acha­do, estava morto e reviveu!

E todos os servos e empregados da casa atende­ram imediatamente o velho pai e houve imensa ale­gria naquele grande lar.
O filho mais velho, porém, não estava em casa.


Achava-se trabalhando no campo. Quando voltou e viu aquela grande movimentação no interior da casa e ouviu as belas canções que os músicos acompanha­vam com seus instrumentos, chamou um dos servos e perguntou o que era aquilo.
O servo respondeu:
— Foi teu irmão que chegou. Teu pai, de tão alegre e feliz, mandou que preparássemos uma ceia e uma festa, porque o jovem voltou são e salvo.
O filho mais velho, cheio de ciúme, revoltou-se contra a bondade de seu pai e não quis entrar em casa.
Em vão, o velho pai chamou-o. Mas, ele lhe res­pondeu:
— Meu pai, há muitos anos que te sirvo, sem nunca te desobedecer e nunca preparaste uma ceia para mim e meus amigos. Mas, para meu irmão, que gastou teu dinheiro nas orgias, em terra estrangeira, tu lhe preparas uma grande festa...
O bondoso pai, querendo vencer a revolta do filho, desviá-lo do seu ciúme e incliná-lo à bondade e ao perdão, disse-lhe:
— Meu filho, tu estás sempre comigo e tudo que émeu é teu também. Mas, é justo que nos alegremos com a volta de teu irmão, que é também meu filho como tu. Lembra-te de que ele estava perdido e foi achado. Estava morto e reviveu para nosso amor e para nosso lar.
* * *
Querida criança: certamente você entendeu tudo que o Senhor nos quer ensinar com a Parábola do Filho Pródigo.
Deus é como o Bondoso Pai da história. Deus é bom, supremamente bom e está sempre disposto a receber Seus filhos arrependidos. É preciso, contudo, que o arrependimento seja verdadeiro como o do fi­lho caçula da história.
Percebeu como foi triste para o moço abandonar seu pai e seu lar? Viu como ele sofreu no país estran­geiro, onde nem mesmo teve as alfarrobas que os porcos comiam?
Assim acontece também com as almas que aban­donam os retos caminhos de Deus. Sofrem muito, pois quem se afasta do dever e da virtude conhecerá, mais cedo ou mais tarde, as dores do remorso e as tristezas da vida.
Arrependendo-se sinceramente, no entanto, Deus o escuta e usa de bondade a alma arrependida, como o pai da parábola, que é um símbolo de nosso Pai do Céu.
Que você se conserve no bom caminho, meu fi­lho. Mas se sentir que pecou contra Deus ou contra os homens, arrependa-se com a mesma humildade do filho pródigo. Nunca imite o filho mais velho da história, que era ciumento e orgulhoso e não teve compaixão do próprio irmão arrependido.
Deus é nosso Pai Compassivo e Eternamente Amigo. Não nos ausentemos nunca de Seu Amor. Mas, se errarmos, corramos para Ele, na estrada da oração sincera, com o coração arrependido e disposto a não errar mais. Ele nos ouvirá e virá ao nosso encontro, porque não há ninguém tão bom quanto Deus. Nem há quem nos ame tanto quanto Ele.

*Fonte: Histórias que Jesus contou, Clóvis Tavares; imagens retiradas da internet.

Fonte retirada: Evangelização Espírita Infantil