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sábado, 21 de novembro de 2015

REALIDADE E SUPOSIÇÃO . "Em vista disso, compadeçamo-nos dos outros para que os outros se compadeçam de nós."


Emmanuel
 
Quando te sintas em dificuldade no relacionamento com os outros, observa que, muitas vezes, esses mesmos outros suportam problemas e percalços muito maiores do que os nossos.
Semelhante exercício te renovará os pensamentos e a compaixão te surgirá no íntimo, obstando-te a queda em pessimismo e revolta.
Se possuísses um engenho capaz de radiografar os sentimentos alheios, reconhecerias, de pronto, o contraste entre a suposição e a realidade.
Aquele chefe, supostamente arbitrário, guarda consigo a mente esfogueada de inquietações pelo próprio serviço de que recebes os recursos que se te fazem necessários à vida.
Provavelmente o amigo que não te notou a presença carrega as próprias idéias e emoções concentradas num filhinho doente.
A senhora que tantos julgavam excessivamente enfeitada, assim se preparou diversos dias a fim de solicitar emprego a determinadas autoridades para o esposo recém demitido da organização em que trabalhava.
O rapaz que passou, conduzindo o carro em alta velocidade, é portador de um cérebro enfermiço.
O artista que se negou a colaborar contigo na realização das boas obras em que te empenhas, estará sob o peso terrível da estafa.
A ninguém julguemos precipitadamente.
Procuremos o melhor de cada situação e de cada criatura, de modo a seguirmos para diante com o melhor a fazer, esquecendo o desnecessário.
Em muitos lances de marcha na direção de Deus erramos, a fim de aprender com segurança, ou caímos, de modo a levantar-nos para conquistar o equilíbrio seguro.
Ninguém segue sem o apoio de alguém nos caminhos da vida.
Em vista disso, compadeçamo-nos dos outros para que os outros se compadeçam de nós.
Emmanuel - Livro: O Essencial - Psic. Chico Xavier

Fonte: http://www.robertomacedo.com/autoajuda/chicoxavier/Chico_Xavier/O%20ESSENCIAL/REALIDADE.htm

sábado, 2 de novembro de 2013

PERANTE OS CAÍDOS


Emmanuel 
Tão fácil relegar ao infortúnio os nossos irmãos caídos!... Muitos passam por aqueles que foram acidentados em terríveis enganos e nada encontram a fim de oferecer-lhes, senão frases como estas: "eu bem disse", "avisei muito"...
No entanto, por trás da queda de nosso amigo menos feliz estão as lutas da resistência, que só a Justiça Divina pode medir.
Este foi impelido à delinqüência e faz-se conhecido agora por uma ficha no cadastro policial; mas, até que se lhe consumasse a ruína, quanto abandono e quanta penúria terá arrastado na existência, talvez desde os mais recuados dias da infância!... Aquele se arrojou aos precipícios da revolta e do desânimo, abraçando o delírio da embriaguez; contudo, até que tombasse no descrédito de si mesmo, quantos dias e quantas noites de aflição terá atravessado, a estorcegar-se sob o guante da tentação para não cair!... Aquela entrou pelas vias da insensatez e acomodou-se no poço da infelicidade que cavou para si própria; todavia, em quantos espinheiros de necessidade e perturbação ter-se-á ferido, até que a loucura se lhe instalasse no cérebro atormentado!... Aquele outro desertou de tarefas e compromissos em cuja execução empenhara a vitória da própria alma e resvalou para experiências menos dignas, comprometendo os fundamentos da própria vida; no entanto, quantas lágrimas vertido, até que a razão se lhe entenebrecesse, abrindo caminho à irresponsabilidade e à demência!...
Diante dos companheiros apontados à censura, jamais condenes! Pensa nas trilhas de provação e tristeza que haverão perlustrado até que os pés se lhes esmorecessem, vacilantes, na jornada difícil! Reflete nas correntes de fogo invisível que lhes terão requeimado a mente, até que cedessem às compulsões terríveis das trevas!...
Então, e só então, sentirás a necessidade de pensar no bem, falar no bem, procurar o bem e realizar unicamente o bem, compreendendo, por fim, a amorosa afirmação de Jesus: "Eu não vim à Terra para curar os sãos".

 
Do livro “Alma e Coração”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Pai Nosso(...)"O erro de um irmão, examinado nos fundamentos, é igualmente nosso, porque somos componentes imperfeitos de uma sociedade menos perfeita, gerando causas perigosas e, por isso, tragédias e falhas dos outros afetam-nos por dentro..."

pai  nosso
Emmanuel
           
"Pai nosso ..." Jesus. (MATEUS, 6:9.)
 
A grandeza da prece dominical nunca será devidamente compreendida por nós que lhe recebemos as lições divinas.
Cada palavra, dentro dela, tem a fulguração de sublime luz.
De início, o Mestre Divino lança-lhe os fundamentos em Deus, ensinando que o Supremo Doador da Vida deve constituir, para nós todos, o princípio e a finalidade de nossas tarefas.
É necessário começar e continuar em Deus, associando nossos impulsos ao plano divino, a fim de que o nosso trabalho não se parca no movimento ruinoso ou inútil.
O Espírito Universal do Pai há de presidir-nos o mais humilde esforço, na ação de pensar e falar, ensinar e fazer.
Em seguida, com um simples pronome possessivo, o Mestre exalta a comunidade.
Depois de Deus, a Humanidade será o tema fundamental de nossas vidas.
Compreenderemos as necessidades e as aflições, os males e as lutas de todos os que nos cercam ou estaremos segregados no egoísmo primitivista.
Todos os triunfos e fracassos que iluminam e obscurecem a Terra pertencem-nos, de algum modo.
Os soluços de um hemisfério repercutem no outro.
A dor do vizinho é uma advertência para a nossa casa.
O erro de um irmão, examinado nos fundamentos, é igualmente nosso, porque somos componentes imperfeitos de uma sociedade menos perfeita, gerando causas perigosas e, por isso, tragédias e falhas dos outros afetam-nos por dentro.
Quando entendemos semelhante realidade, o "império do eu" passa a incorporar-se por célula bendita à vida santificante.
Sem amor a Deus e à Humanidade, não estamos suficientemente seguros na oração.
Pai nosso . . . - disse Jesus para começar.
Pai do Universo . . . Nosso mundo . . .
Sem nos associarmos aos propósitos do Pai, na pequenina tarefa que nos foi permitido executar, nossa prece será, muitas vezes, simples repetição do "eu quero", invariavelmente cheio de desejos, mas quase sempre vazio de sensatez e de amor.
 
 Do livro À Luz da Oração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
 
 
 

sábado, 12 de janeiro de 2013

Caridade com os Criminosos:"(...)Será a lei de Cristo a que regerá os homens: somente ela será freio e esperança, e conduzirá as almas às moradas dos bem-aventurados. Amai-vos, pois, como os filhos de um mesmo pai; não façais diferenças entre vós e os infelizes..." (...) Se a prática do mal exige tanta inteligência e serviço de um homem, calculemos a nossa necessidade de compreensão, devotamento e perseverança no sacrifício que nos reclama a execução do verdadeiro bem...(...) Recusá-las aos criminosos é faltar à caridade e desconhecer a misericórdia de Deus. Pensar que são inúteis, porque um homem cometeu faltas muito graves, seria prejulgar a justiça do Altíssimo...

Caridade com os Criminosos
Elisabeth de França
Havre, 1862
14. A verdadeira caridade é um dos mais sublimes ensinamentos de Deus para o mundo. Entre os verdadeiros discípulos da sua doutrina deve reinar perfeita fraternidade. Deveis amar os infelizes, os criminosos, como criaturas de Deus, para as quais, desde que se arrependam, serão concedidos o perdão e a misericórdia, como para vós mesmos, pelas faltas que cometeis contra a sua lei. Pensai que sois mais repreensíveis, mais culpados que aqueles aos quais recusais o perdão e a comiseração, porque eles quase sempre não conhecem a Deus, como o conheceis, e lhes será pedido menos do que a vós.
Não julgueis, oh! Não julgueis, meus queridos amigos, porque o juízo com que julgardes vos será aplicado ainda mais severamente, e tendes necessidade de indulgência para os pecados que cometeis sem cessar. Não sabeis que há muitas ações que são crimes aos olhos do Deus de pureza, mas que o mundo não considera sequer como faltas leves?
A verdadeira caridade não consiste apenas na esmola que dais, nem mesmo nas palavras de consolação com que as acompanhais. Não, não é isso apenas que Deus exige de vós! A caridade sublime, ensinada por Jesus, consiste também na benevolência constante, e em todas as coisas, para com o vosso próximo. Podeis também praticar esta sublime virtude para muitas criaturas que não necessitam de esmolas, e que palavras de amor, de consolação e de encorajamento conduzirão ao Senhor.
Aproximam-se os tempos, ainda uma vez vos digo, em que a grande fraternidade reinará sobre o globo. Será a lei de Cristo a que regerá os homens: somente ela será freio e esperança, e conduzirá as almas às moradas dos bem-aventurados. Amai-vos, pois, como os filhos de um mesmo pai; não façais diferenças entre vós e os infelizes, porque Deus deseja que todos sejam iguais; não desprezeis a ninguém. Deus permite que os grandes criminosos estejam entre vós, para vos servirem de ensinamento. Brevemente, quando os homens forem levados à prática das verdadeiras leis de Deus, esses ensinamentos não serão mais necessários, e todos os Espíritos impuros serão dispersados pelos mundos inferiores, de acordo com as suas tendências.
Deveis a esses de que vos falo o socorro de vossas preces: eis a verdadeira caridade. Não deveis dizer de um criminoso: "É um miserável; deve ser extirpado da Terra; a morte que se lhe inflige é muito branda para uma criatura dessa espécie" . Não, não é assim que deveis falar! Pensai no vosso modelo, que é Jesus. Que diria ele, se visse esse infeliz ao seu lado? Havia de lastimá-lo, considerá-lo como um doente muito necessitado, e lhe estenderia a mão. Não podeis, na verdade, fazer o mesmo, mas pelo menos podeis orar por ele, dar-lhe assistência espiritual durante os instantes que ainda deve permanecer na Terra. O arrependimento pode tocar-lhe o coração, se orardes com fé. É vosso próximo, como o melhor dentre os homens. Sua alma, transviada e revoltada, foi criada, como a vossa, para se aperfeiçoar. Ajudai-o, pois, a sair do lamaçal, e orai por ele!
15. Um homem está em perigo de morte. Para salvá-lo, deve expor a própria vida. Mas sabe-se que é um malvado, e que, se escapar, poderá cometer novos crimes. Deve-se, apesar disso, arriscar-se para o salvar?
Lamennais
Paris, 1862
Esta é uma questão bastante grave, e que pode naturalmente apresentar-se ao espírito. Responderei segundo o meu adiantamento moral, desde que se trata de saber se devemos expor a vida, mesmo por um malfeitor. A abnegação é cega. Socorre-se a um inimigo; deve-se socorrer também a um inimigo da sociedade, numa palavra, a um malfeitor. Credes que é somente à morte que se vai arrebatar esse desgraçado? É talvez a toda a sua vida passada. Porque, _ pensai nisso, _ nesses rápidos instantes que lhe arrebatam os últimos momentos da vida, o homem perdido se volta para a sua vida passada, ou melhor, ela se ergue diante dele. A morte, talvez, chegue muito cedo para ele. A reencarnação poderá ser terrível. Lançai-vos, pois, homens! Vós, que a ciência espírita esclareceu, lançai-vos, arrancai-o ao perigo! E então, esse homem, que teria morrido injuriando-vos, talvez se atire nos vossos braços. Entretanto, não deveis perguntar se ele o fará ou não, mas correr em seu socorro, pois, salvando-o, obedeceis a essa voz do coração que vos diz: "Podeis salvá-lo; salvai-o".
Copyright 2004 - LAKE - Livraria Allan Kardec Editora
(Instituição Filantrópica) Todos os Direitos Reservados

Evangelho Segundo O Espiritismo
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Continuação do Tema em Aprendizado e Estudo.


INESPERADA  OBSERVAÇÃO

Irmão X



Assim que a fama de Jesus Se espalhou fartamente, dizia-se, em torno de Genesaré, que o Messias jamais desprezava o ensejo de ensinar o bem, através de todos os quadros da natureza.

Ante as ondas revoltas, comentava as paixões que devastam a criatura; contemplando algum ninho com filhotes tenros, exaltava a sublimidade dos elos da família; à frente das flores campesinas louvava a tranqüilidade e a segurança das coisas simples; ouvindo o cântico das aves, reportava-se às harmonias do alto. Ocasião houve em que de uma semente de mostarda extraiu glorioso símbolo para a fé e, numa tarde fulgurante de pregação consoladora, encontrara inesquecíveis imagens do Reino de Deus, lembrando um trigal. Explanou sobre o amor celeste, recorrendo a uma dracma perdida, e surgiu um instante, ó surpresa divina, em que o Cristo subtraíra infortunada pecadora ao apedrejamento, usando palavras que lhe denunciavam a perfeita compreensão da justiça!

Reconhecida e proclamada a sabedoria d’Ele, porfiavam os discípulos em lhe arrancarem referências nobres e sábias palavras. Por mais se revezassem na exposição de feridas e maldades humanas, curiosos de apreender-lhe a conceituarão da vida, o Mestre demonstrava incessantes recursos na descoberta da “melhor parte”.

Como ninguém, sabia advogar a causa dos infelizes e identificar atenuantes para as faltas alheias, guardado o respeito que sempre consagrou à ordem. Guerreava abertamente o mal e chicoteava o pecado. Entretanto, estava pronto invariàvelmente ao socorro e amparo das vítimas. Se vivia de pé contra os monstros da perversidade e da ignorância, nunca foi observado sem compaixão para com os desventurados e falidos da sorte. Levantava e animava sempre. Estimulava as qualidades superiores sem descanso, surpreendia ângulos iluminados nas figuras aparentemente trevosas.

Impressionados com aquela feição d’Ele, Tiago e João, certa feita, ao regressarem de rapida estada em Cesareia, traziam, espantados, o caso de um ladrão confesso, que fora ruidosamente trancafiado no cárcere...

Pisando Cafarnaum, de retorno, Tiago disse ao irmão, após relacionar as dificuldades do prisioneiro:

– Que diria o Senhor se viesse a sabê-la. Tiraria ilações benéficas de acontecimento tão escabroso?

Ouvido pelo irmão, com indisfarçável interesse, rematou:

– Dar-lhe-ei notícias do sucedido.

Com efeito, depois de abraçarem Jesus, de volta, o filho de Zebedeu passou a narrar-lhe a ocorrência desagradável, em frases longas e inúteis.

– O criminoso de Cesareia – descreveu, prolixo – fora preso em flagrante, em seguida a audaciosa tentativa de roubo, que perdurara por seis meses consecutivos. Conhecia, através de informações, vasto ninho de jóias pertencentes a importante família romana e, por cento e oitenta dias, cavara ocultamente a parede rochosa, de modo a pilhar as preciosidades, sem testemunhas. Fizera-se passar por escravo misérrimo, sofrera açoites na carne, padecera fome e sede, por determinações de capatazes insolentes, trabalhara de sol a sol num campo não distante da residência patrícia, tão só para valer-se da noite, na transposição do obstáculo que o inibia de apropriar-se dos camafeus e das pedras, das redes de ouro e dos braceletes de brilhantes. Na derradeira noite de trabalho sutil, foi seguido pela observação de um guarda cuidadoso e, quando mergulhava as mãos ávidas no tesouro imenso, eis que dois vigilantes espadaúdos agarram-no pressurosos. Buscou escapar, mas debalde. Rudes bofetadas amassaram-lhe o rosto e dos braços duramente golpeados corria profusamente o sangue. Aturdido, espancado, depois de sofrer pesadas humilhações, o infeliz, agonizando, fora posto a ferros em condições nas quais, talvez, não lhe seria dado esperar a sentença de morte...

O Mestre ouviu a longa narrativa em silêncio e, porque observasse a atitude expectante dos aprendizes, neles fixou o olhar percuciente e doce e falou:

Se a prática do mal exige tanta inteligência e serviço de um homem, calculemos a nossa necessidade de compreensão, devotamento e perseverança no sacrifício que nos reclama a execução do verdadeiro bem.

Logo após, afastou-se, pensativo, enquanto os dois jovens companheiros se entreolhavam, surpresos, sem saberem que replicar.


Livro “Luz Acima”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


Continuação no aprendizado do tema do Evangelho Segundo O Espiritismo.


FRUTOS
Hilário Silva



          - Reconheço no Evangelho o livro da salvação, mas decididamente não concordo. Não concordo em que os espíritas de afirmem cristãos.

          Era um negociante do Recife, muito ligado às tarefas de evangelização, dirigindo-se a Djalma de Farias, então benemérito lidador da Doutrina Espírita na capital pernambucana.

          - Imagine só – e apontando para um homem sob pesado fardo na rua -, aquele é Secundino, que esteve na cadeia por mais de oito anos. Beberrão contumaz, assassinou um companheiro de quarto que lhe negará alguns vinténs, e, por causa dele, morreu a esposa e um filhinho da vítima, em triste miséria. Isso aconteceu aqui mesmo, perto de nós. Entretanto, hoje diz que é espírita. Lê comentários do Novo Testamento. Fala sobre Jesus. Não é o caso do demônio que, depois de velho, se fez ermitão?

          Farias, porém, objetou, muito afável:

          - Meu caro, veja lá o que diz. Não será esse um caso para louvar? Pois se vemos um delinqüente regenerado, um homem problema tornar-se útil... Você é leal servidor do Evangelho. Vamos lá! E Jesus? O Mestre foi o remédio dos enfermos, o equilíbrio dos loucos, a visão dos cegos, o movimento dos paralíticos... O papel da religião não será ajudar, restaurar, reviver?

          Surpreendendo-se desarmado de argumentação mais sólida, o comerciante aduziu:

          - Para mim nada disso vale. Só a palavra do Evangelho é verdadeira. Quero a letra da lei...

          - E você tem aí o Testamento do Cristo? – indagou Farias com humildade.

          - Como não, gritou o opositor enervado – estudo o Evangelho de ponta a ponta.

          E sacou do bolso pequenino exemplar.

          - Então, abra o livro – pediu Djalma -, é sempre impossível que não tenhamos resposta justa.

          O lojista descerrou as páginas, com segurança, e surgiram aos olhos de ambos as palavras de Cristo no versículo trinta e três do capítulo doze, nas anotações de Mateus: “... pelo fruto se conhece a árvores.”

Espírito: Hilário Silva -  Psicografia: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

          Livro: A Vida Escreve – Primeira Parte – Médium: Waldo Vieira
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Prece por um Criminoso ( Evangelho Segundo O Espiritismo)

Por Um Criminoso
69. Prefácio _ Se a eficácia das preces estivesse na razão da sua extensão, as mais longas deviam ser reservadas para os mais culpados, porque eles têm mais necessidade do que aqueles que viveram santamente. Recusá-las aos criminosos é faltar à caridade e desconhecer a misericórdia de Deus. Pensar que são inúteis, porque um homem cometeu faltas muito graves, seria prejulgar a justiça do Altíssimo. (Cap. XI, nº 14).
70. Prece _ Senhor Deus de Misericórdia, não repudieis esse criminoso que acaba de deixar a Terra! A justiça dos homens pode condená-lo, mas isso não o livra da vossa justiça, caso o seu coração não tenha sido tocado pelo remorso. Tirai-lhe a venda que lhe oculta a gravidade de suas faltas, e possa o seu arrependimento merecer a vossa graça, para que se aliviem os sofrimentos de sua alma! Possam também as nossas preces, e a intercessão dos Bons Espíritos, levar-lhe a esperança e consolação; inspirar-lhe o desejo de reparar as suas más ações, através de uma nova existência; e dar-lhe a força necessária para não sucumbir nas novas lutas que terá de enfrentar! Senhor, tende piedade dele!
Copyright 2004 - LAKE - Livraria Allan Kardec Editora
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Carta Paterna: (...)"Ah! meu filho quando a impaciência te visita o espírito, recorda que o monstro da ira indesejável te bate à porta do coração. E quando a ele te entregas, imprevidente, tuas conquistas mais elevadas tremem nos alicerces..."



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CARTA  PATERNA
Neio Lúcio

Meu filho, não tinhas razão em favor da cólera.
Vi, perfeitamente, quando o velhinho se aproximou para servir-te.
Trazia um coração amoroso e atento que não soubeste compreender.
Deste uma ordem que o pobrezinho não ouviu tão bem, quanto desejavas. Repetiste-a e, porque novamente te perguntasse qualquer coisa, proferiste palavras feias, que lhe feriram as fibras mais íntimas.
Como foste injusto!...
Quando nasceste, o antigo servidor já vencera muitos invernos e servira a muita gente.
Enfraqueceram-se-lhe os ouvidos, ante as imperiosas determinações alheias.
Nunca refletiste na neblina que lhe enevoa o olhar? Adquiriu-a trabalhando à noite, enquanto dormias, despreocupado.
Sabes porque traz ele as pernas trêmulas? Devorou muitas léguas a pé, solucionando problemas dos outros.
Irritas-te, quando se demora a movimentar-se a teu mando. Contudo, exiges o automóvel para a viagem de dois quilômetros.
Em muitas ocasiões, queixas-te contra ele. É relaxado aos teus olhos, tem as mãos descuidadas e a roupa não muito limpa. Entretanto, nunca imaginaste que o apagado servidor jamais encontrou oportunidades iguais às que recebeste. Além disto, não lhe oferecem o ensinamento amigo e nem tempo para cogitar das próprias necessidades espirituais.
Reclamas longos dias para examinar pequenina questão, referente ao teu bem-estar; todavia, não lhes consagra nem mesmo uma hora por semana, ajudando-o a refletir...
Respondes, enfadado, quando o velho companheiro te pede alguns níqueis, mais não vacilas em despender pequenas fortunas com amigos ociosos, em noitadas alegres, nas quais te mergulhas em fantasioso contentamento.
Interrogas, ingrato : – que fizeste do dinheiro que te dei?
Esqueces que o servidor de fronte enrugada não dispôs de tempo e recurso para calcular, com exatidão, os processos de ganhar além do necessário e não conseguiu ensejo de ilustrar o raciocínio com o refinamento que caracteriza o teu.
Ah! meu filho quando a impaciência te visita o espírito, recorda que o monstro da ira indesejável te bate à porta do coração. E quando a ele te entregas, imprevidente, tuas conquistas mais elevadas tremem nos alicerces. Chego a desconhecer-te, porque a fúria dos elementos interiores te alteram a individualidade aos meus olhos e eu não sei se passas à condição de criança ou de demônio!...
Se não podes conter, ainda, os movimentos impulsivos de sentimentos perturbadores, chegado o instante do testemunho, cala-te e espera.
A cólera nada edifica e nada restaura... apenas semeia desconfiança e temor, ao redor de teus passos.
Não ameaces com a voz, nem te insurjas contra ninguém.
É provável que guardes alguma reclamação contra mim, teu pai, porque eu também sou ainda humano. No entanto, filho, acima de nós ambos permanece o Pai Supremo, e que seria de ti e de mim, se Deus, um dia, se encolerizasse contra nós?

Do livro “alvorada Cristã”.Espírito de Neio Lúcio. Psicografia de Francisco C. Xavier.