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sábado, 27 de fevereiro de 2021

APRENDENDO COM O LIVRO DOS ESPÍRITOS Q.821 - LEI DE IGUALDADE - IGUALDADE DOS DIREITOS DO HOMEM E DA MULHER

 821. As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto as deferidas ao homem?


“Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.”




COMENTÁRIOS DE MIRAMEZ


FUNÇÕES DA MULHER



As funções da mulher são grandiosas, por vezes até maiores que as do homem, pois é ela que gera filhos na sua intimidade, alimentando-os com o seu amor.


A geração de um filho, pode-se dizer que é a maravilha das maravilhas. Quem não vê Deus neste fenômeno, é cego, por não querer examinar os processos da vida. Isso é a manifestação da própria Divindade dentre os seres encarnados, que opera nos animais, nas aves e mesmo no reino vegetal, em se observando os frutos e as flores.


A função da mulher no lar é divina, mesmo tendo expressão humana. Quando se diz que a mulher é parte fraca, é por força de expressão; diante do corpo do homem, é um complexo humano aprimorado que o futuro espera para grandes realizações. Não se quer aqui desprezar o seu companheiro, que ocupa na vida funções grandiosas também; cada um no seu lugar, onde Deus põe as criaturas para a co-realização de muitas coisas, buscando sua própria paz. Se Deus fez o homem e a mulher, qual de nós poderemos menosprezar a vontade do Criador? A razão do Espírito tem pouco alcance no que tange à verdade. Somente Deus sabe de tudo; sendo onisciente e onipresente, gera a vida sem erro.


Os seres humanos têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; são dotados de muitos sentidos, mas dormem pela ignorância, por isso não se interessam pela verdade. Os que sabem mais um pouco, reconhecem com isso que nada sabem ante a presença do Criador. A humanidade se encontra caminhando para melhores dias em tudo, até e mesmo no que se refere ao aperfeiçoamento do instrumento físico, que ainda deixa muito a desejar, quando o comparamos ao de um mundo altamente evoluído; no entanto, o corpo de carne na Terra é uma bênção de Deus, instrumento divino para o aperfeiçoamento das almas.


Em João, capítulo seis, versículo quarenta e oito, se vê narrado assim:


Eu sou o pão da vida.


Mas, como encontrar esse pão da vida, para que não tenhamos mais fome? Somente a reencarnação pode nos despertar para essa procura, porque as provações despertam as criaturas para tais interesses. Jesus é o pão da vida, mas como encontrar Jesus? é pelas vidas sucessivas, pois, por elas, recordamos e fixamos na consciência o que a teoria nos ensinou no mundo espiritual. Não podemos esquecer que foi a Doutrina Espírita que mais explicou e revelou essa verdade aos homens que, conscientes dela, entendem a libertação física mais próxima do Pão da Vida, que se aproxima mais de nós, a saciar a nossa fome.


Se a mulher é que dá aos homens as primeiras noções de vida, ela merece o respeito de todos e a devida atenção para cumprir ainda melhor sua missão, que beneficiará a todos.


Nós, do plano espiritual, falando às mulheres, tornamos a dizer que elas são o ponto alto para nós, onde poderemos derramar os elevados conceitos no silêncio para os seus corações sensíveis, e que possam direcionar todos eles para a educação daqueles que as rodeiam. Que não percam a paciência, pois ninguém perde em ser dócil aos ensinamentos de Jesus. Preparem-se para os dias de amanhã, onde os próprios homens enriquecerão seus valores na condição de companheiros e irmãos na mesma jornada, e que o terceiro milênio seja abençoado por Deus pelos canais de Jesus Cristo, para que a Terra seja o paraíso prometido e esperado pelos homens de fé. No entanto, isso é conquista de todas as criaturas reunidas.


Que Deus abençoe o homem e a mulher, para que os dois se tornem um.



Filosofia Espírita  Volume XVIII - cap. 5

João Nunes Maia em parceria com Espírito Miramez


sábado, 20 de fevereiro de 2021

APRENDENDO COM O LIVRO DOS ESPÍRITOS Q.820 - LEI DE IGUALDADE - IGUALDADE DE DIREITOS DO HOMEM E MULHER ===(A vida deu à mulher menos força física, entretanto, dotou-a de sensibilidade maior, como que buscando, nas regiões espirituais, idéias e condições elevadas, como uma ponte da Terra ao Céu, para que pudesse educar seus filhos com o amor que lhe compete doar.)



 820. A debilidade física da mulher não a coloca naturalmente na dependência do homem?

— Deus deu a força a uns para proteger o fraco e não para o escravizar.

AK:Deus apropriou a organização de cada ser às funções que ele deve desempenhar. Se deu menor força física à mulher, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em relação com a delicadeza das funções materiais e a debilidade dos seres confiados aos seus cuidados.


COMENTÁRIO DE MIRAMEZ:


DEPENDÊNCIA


 


Deus deu a força a uns para defenderem aos fracos, e não para maltratá-los, nem explorá-los. Quem assim o faz, responderá pelas conseqüências. Já dissemos que homem e mulher se completam para a felicidade dos dois que, unidos, percebem com mais profundidade a beleza da vida.


O casal troca energias, na sutileza da vida, que nenhuma ciência da Terra pode igualar, com a mesma eficiência. Neste caso, somente o coração pode servir de laboratório divino, na divina ascensão dos Espíritos, transformando a força de Deus em amor, no quilate que necessita para viver em plena harmonia, que se expressa em alegria superior.


Aquilo que se chama de dependência não é escravidão e, sim, situação indispensável para o complemento da aquisição do estado de felicidade da Terra. O homem, no que tange à fortaleza, não é, e não poderemos considerá-lo, como bruto ou violento; ele passa por um estado de vida temporário na arregimentação de valores para o equilíbrio da sua vida diante dos compromissos assumidos. A vida deu à mulher menos força física, entretanto, dotou-a de sensibilidade maior, como que buscando, nas regiões espirituais, idéias e condições elevadas, como uma ponte da Terra ao Céu, para que pudesse educar seus filhos com o amor que lhe compete doar.


Mas, como se encontram no mundo, o homem tem a razão mais apurada para as devidas atividades de que necessita um lar; o homem tem a razão e a mulher, intuição. A mulher que, geralmente, é dada à renúncia em favor dos filhos e do lar em paz, ganha muito em Espírito. Aparentemente, mostra pobreza de Espírito, como se diz no mundo, no entanto, vejamos o que Jesus fala neste sentido, conforme anotado por Mateus, no capítulo cinco, versículo três:


Bem-aventurado os humildes de Espírito, porque deles é o reino dos céus.


Vejamos, também, na carta de Tiago, no capítulo um, versículo doze:


Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.


O dever do homem é suportar todas as adversidades do mundo, vencendo-as, para receber a coroa da vida no mundo espiritual. E os dois juntos novamente, no mundo dos Espíritos, serão abençoados para novas etapas, buscando vencer as provas que eliminam os resíduos da velha consciência.


Não existe dependência, em se referindo ao aspecto negativo, quando o indicado para ser dependente ama e serve em nome de Jesus. Deus nos coloca em lugares apropriados para o devido despertamento dos valores imortais da vida. Quem abusar das oportunidades, responde pelas distorções que praticar, seja homem ou mulher.


Mas, Jesus, pela Doutrina dos Espíritos, veio por misericórdia ensinar às criaturas como proceder ante a sociedade e Deus, limpando os caminhos que devem percorrer e preparar o campo aonde forem chamados para servir.


A felicidade tem começo no próprio coração, que é a sala de visita da consciência.


FONTE: FILOSOFIA ESPÍRITA -VOLUME XVII-CAP.4 
AUTORES : JOÃO NUMES MAIA EM PARCERIA COM ESPÍRITO MIRAMEZ

APRENDENDO COM O LIVRO DOS ESPÍRITOS Q.819 -LEI DE IGUALDADE - IGUALDADE DOS DIREITOS DO HOMEM E DA MULHER--("A mulher é mãe, tendo no coração o amor mais acentuado; o homem é pai, que gera nos sentimentos mais energia no que se refere à disciplina. Todavia, os pais de um lar, não devem entrar em discórdia, pois deste modo desarmonizam a casa e desajustam os filhos que receberam para educar.)

 


819. Com que fim a mulher é fisicamente mais fraca do que o homem?

— Para lhe assinalar funções particulares. O homem se destina aos trabalhos rudes, por ser mais forte; a mulher aos trabalhos suaves; e ambos a se ajudarem mutuamente nas provas de uma vida cheia de amarguras.


COMENTÁRIO DE MIRAMEZ:


FRAGILIDADE FÍSICA


 

Homem e mulher certamente que não poderiam ser iguais nas suas estruturas físicas; não haveria razão de ser, porque cada um tem funções diferentes, que se completam na união entre os dois. Enquanto a alma não despertar todas as suas qualidades espirituais, um precisa do outro, e os dois necessitam de todos os amigos na troca de valores indispensáveis à vida e, ao mesmo tempo, de olvidar o egoísmo.


Quando a criatura dominar todas as suas paixões, sentir o amor puro no coração e amar verdadeiramente, a sua dependência será somente em relação a Deus. Com os outros companheiros do seu nível tornar-se-ão um todo, sem, contudo, dar lugar nos sentimentos ao egoísmo e ao orgulho. Será aquele Espírito que já se unificou com Jesus, sentindo-se permanentemente filho de Deus.


A mulher, sendo mais fraca fisicamente, deve cuidar dos trabalhos mais leves, aquele exercício sublimado do lar, enquanto o homem tem estrutura mais grosseira para os trabalhos da sua espécie. Eis aí como um completa o outro para a paz e o bem-estar da família.


O casamento é a porta pela qual as almas começam a trabalhar e a compreender a si mesmas. Nada se pode fazer sozinho na Terra, e mesmo no céu se agrupam Espíritos com os mesmos ideais; assim não sendo, não realizarão o grande ideal de servir com mais eficiência. No entanto, esses grupos de almas têm sempre um que os dirige, em se apresentando mais livre, com mais experiências, comandando com destreza aqueles de boa vontade.


Em tudo na natureza podemos notar agrupamentos para melhor servir na função a que se foi chamado a cooperar, desde os átomos até os mundos. A libertação começa no Espírito e cresce nele de maneira que pode chegar a raias inconcebíveis aos que se movimentam na Terra envolvidos na carne.


A mulher dos dias que correm, por motivo de testemunhos a que deve se submeter, está se envolvendo nos trabalhos dos homens, e eles, por vezes, nos das mulheres, por motivos que eles mesmos desconhecem. No entanto, o tempo mostrará que essas necessidades desaparecerão com o tempo, deixando cada um em seu verdadeiro lugar. Desde quando se pode trocar de vestes, de homem ou de mulher, acabam as necessidades de um fazer o trabalho do outro, quando se tem uma sociedade justa, que assiste todos nos seus devidos lugares. Não há, imperiosamente, necessidade de a mulher ocupar o lugar do homem, ela que foi feita especialmente para o lar, em primeiro lugar, bem como de o homem ocupar-se com as obrigações da mulher, já que foi abençoado por Deus para os trabalhos mais rudes, na responsabilidade de enfrentá-los, recolhendo experiências no ramo que precisa para viver. Isto não quer dizer que, sendo o corpo da mulher mais fraco, o Espírito também o é, o mesmo ocorrendo em relação ao homem.


A mulher é mãe, tendo no coração o amor mais acentuado; o homem é pai, que gera nos sentimentos mais energia no que se refere à disciplina. Todavia, os pais de um lar, não devem entrar em discórdia, pois deste modo desarmonizam a casa e desajustam os filhos que receberam para educar.


Lembremos João, no capítulo seis, versículo quarenta e três, que assim registrou:


Respondeu-lhes Jesus: Não murmureis entre vós.


O casal não deve murmurar; é de seu dever compreender um ao outro em todos os aspectos da vida, para que a vida em casa possa entrar em sintonia com o Evangelho de Jesus. Os filhos têm muita facilidade de copiar os pais, condicionando o que vêem e ouvem dos seus genitores. A responsabilidade é muito grande, ante a paternidade maior.


A vida na Terra é cheia de amargor. Os problemas e sacrifícios são sem conta. Sabemos disso por experiências, contudo, Deus não se esquece dos Seus filhos, principalmente daqueles em exercício na Terra, carregando um corpo físico. O forte e o fraco se completam para notarem que existe a felicidade depois das inúmeras tempestades.


FONTE: FILOSOFIA ESPÍRITA-VOLUME XVII-CAPÍTULO 3/ AUTORES: JOÃO NUNES MAIA EM PARCERIA COM O ESPÍRITO MIRAMEZ.

http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev17q819c.html

sábado, 6 de fevereiro de 2021

AS MULHERES TEM ALMA?

  Sabe-se que a coisa nem sempre foi tida como certa, pois, ao que se diz, foi posta em deliberação num concílio. A negação ainda é um princípio de fé em certos povos. Sabe-se a que grau de aviltamento essa crença as reduziu na maior parte das regiões do Oriente. Mesmo que hoje, nos povos civilizados, a questão seja resolvida em seu favor, o preconceito de sua inferioridade moral perpetuou-se a tal ponto que um escritor do século passado, cujo nome me foge, assim definia a mulher: “Instrumento de prazeres do homem”, definição mais muçulmana que cristã. Desse preconceito nasceu sua inferioridade legal, ainda não apagada de nossos códigos. Por muito tempo elas aceitaram essa escravização como uma coisa natural, tão poderosa é a força do hábito. É assim que acontece com aqueles que são submetidos à servidão de pai para filho, que acabam por se julgarem de natureza diversa da dos seus senhores.


Contudo, o progresso das luzes elevou o conceito da mulher. Muitas vezes ela se afirmou pela inteligência e pelo gênio, e a lei, conquanto ainda a considere inferior, pouco a pouco afrouxou os laços da tutela. Pode-se considerá-la como emancipada moralmente, se não o é legalmente. É a este último resultado que ela chegará um dia, pela força das coisas.


Há pouco tempo lia-se nos jornais que uma jovem de vinte anos acabara de defender o bacharelado com pleno sucesso perante a faculdade de Montpellier. Dizia-se que era o quarto diploma de bacharel concedido a uma mulher. Não faz muito tempo foi aventada a questão de saber se o grau de bacharel podia ser conferido a uma mulher. Ainda que para alguns isto parecesse uma anomalia monstruosa, reconheceu-se que os regulamentos sobre a matéria não mencionavam as mulheres, portanto, elas não se achavam legalmente excluídas. Depois de terem reconhecido que elas têm alma, reconheceram-lhes o direito à conquista de graus da Ciência, o que já é alguma coisa. Mas a sua libertação parcial é apenas resultado do desenvolvimento da urbanidade, do abrandamento dos costumes ou, se quiserem, de um senso mais apurado da justiça. É uma espécie de concessão que lhes fazem, e é preciso dizer que regateiam o máximo possível.


Pôr em dúvida hoje a alma da mulher seria ridículo, mas outra questão muito séria, sob outro aspecto, aqui se apresenta, e cuja solução só será estabelecida se a igualdade de posição social entre o homem e a mulher for definida como um direito natural ou como uma concessão feita pelo homem. Notemos, de passagem, que se esta igualdade não for senão uma concessão do homem por condescendência, aquilo que ele dá hoje pode retirar amanhã, e que tendo ele a força física, salvo algumas exceções individuais, no conjunto ele sempre levará vantagem, ao passo que se essa igualdade estiver na Natureza, seu reconhecimento será resultado do progresso e, uma vez reconhecida, será imprescritível.


Criou Deus as almas masculinas e femininas, e fez estas inferiores àquelas? Eis toda a questão. Se assim é, a inferioridade da mulher está nos desígnios divinos, e nenhuma lei humana poderia nisso interferir. Se, ao contrário, ele as criou iguais e semelhantes, as desigualdades baseadas na ignorância e na força bruta desaparecerão com o progresso e o reinado da justiça.


Entregue a si mesmo, o homem não podia estabelecer a respeito senão hipóteses mais ou menos racionais, mas sempre controvertidas. Nada no mundo visível poderia dar-lhe a prova material do erro ou do acerto de suas opiniões. Para se esclarecer, seria preciso remontar à fonte, escavar os arcanos do mundo extracorporal que ele não conhecia. Estava reservado ao Espiritismo resolver a questão, não mais pelo raciocínio, mas pelos fatos, quer pelas revelações de além-túmulo, quer pelo estudo que diariamente deve fazer sobre o estado das almas após a morte. E, coisa fundamental, esses estudos não são a criação de um só homem, nem as revelações de um só Espírito, mas o produto de inúmeras observações idênticas, feitas diariamente por milhares de pessoas, em todos os países, e que assim receberam a sanção poderosa do controle universal, sobre o qual se apoiam todas as teorias da Ciência Espírita.


Ora, eis o que resulta destas observações:


As almas ou Espíritos não têm sexo. As afeições que os unem nada têm de carnal e, por isto mesmo, são mais duráveis, porque são fundadas numa simpatia real e não são subordinadas às vicissitudes da matéria.


As almas se encarnam, isto é, revestem temporariamente um envoltório carnal, para elas semelhante a uma pesada vestimenta, de que a morte as desembaraça. Pondo-as esse envoltório material em contato com o mundo material, nesse estado elas concorrem ao progresso material do mundo que habitam; a atividade que são obrigadas a desenvolver, quer para a conservação da vida, quer à procura do bem-estar, auxilia-lhes o avanço intelectual e moral. A cada encarnação a alma chega mais desenvolvida; traz novas ideias e os conhecimentos adquiridos nas existências anteriores. Assim se efetua o progresso dos povos. Os homens civilizados de hoje são os mesmos que viveram na Idade Média e nos tempos de barbárie, e que progrediram; os que viverão os séculos futuros são os que vivem hoje, porém ainda mais adiantados intelectual e moralmente.


Os órgãos sexuais só existem no organismo. Eles são necessários à reprodução dos seres materiais. Mas os Espíritos, sendo criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, razão pela qual os órgãos sexuais seriam inúteis no mundo espiritual.


Os Espíritos progridem pelos trabalhos que realizam e pelas provas que têm a suportar, como o operário se aperfeiçoa em sua arte pelo trabalho que faz. Essas provas e esses trabalhos variam conforme a sua posição social. Devendo os Espíritos progredir em tudo e adquirir todos os conhecimentos, cada um é chamado a concorrer aos diversos trabalhos e a passar por diferentes gêneros de provas. É por isso que eles renascem alternativamente ricos ou pobres, senhores ou servos, profissionais do pensamento ou da matéria.


Assim se acha fundado, sobre as próprias leis da Natureza, o princípio da igualdade, pois o grande da véspera pode ser o pequeno do dia seguinte, e vice-vera. Desse princípio decorre o da fraternidade porquanto nas relações sociais encontramos antigos conhecidos, e no infeliz que nos estende a mão pode encontrar-se um parente ou um amigo.


É com o mesmo objetivo que os Espíritos se encarnam nos diferentes sexos. Aquele que foi homem poderá renascer mulher, e aquele que foi mulher poderá renascer homem, a fim de realizar os deveres de cada uma dessas posições, e de submeter-se às provas respectivas.


A Natureza fez o sexo feminino mais fraco que o outro, porque os deveres que lhe incumbem não exigem uma igual força muscular e seriam até incompatíveis com a rudeza masculina. Nele a delicadeza das formas e das sensações são admiravelmente apropriadas aos cuidados da maternidade. Aos homens e às mulheres são, assim, atribuídos deveres especiais igualmente importantes na ordem das coisas; são dois elementos que se completam um pelo outro.


Sofrendo o Espírito encarnado a influência do organismo, seu caráter se modifica conforme as circunstâncias e se dobra às necessidades e às exigências impostas por esse mesmo organismo. Essa influência não se apaga imediatamente após a destruição do envoltório material, da mesma forma que ele não perde instantaneamente os gostos e hábitos terrenos. Depois, pode acontecer que o Espírito percorra uma série de existências no mesmo sexo, o que faz com que durante muito tempo ele possa conservar, na condição de Espírito, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa. Somente quando chegado a um certo grau de adiantamento e de desmaterialização é que a influência da matéria se apaga completamente e, com ela, o caráter dos sexos. Os que se nos apresentam como homens ou como mulheres assim o fazem para nos lembrarmos da existência em que os conhecemos.


Se essa influência da vida corporal repercute na vida espiritual, o mesmo se dá quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal. Numa nova encarnação, ele trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito; se ele for avançado, será um homem avançado; se for atrasado, será um homem atrasado. Mudando de sexo ele poderá, portanto, sob essa impressão e em sua nova encarnação, conservar os gostos, as inclinações e o caráter inerentes ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres.


Portanto, só existe diferença entre o homem e a mulher em relação ao organismo material, que se aniquila com a morte do corpo. Mas, quanto ao Espírito, à alma, ao ser essencial, imperecível, ela não existe, porque não há duas espécies de almas. Assim quis Deus, em sua justiça para com todas as suas criaturas. Dando a todas um mesmo princípio, estabeleceu a verdadeira igualdade. A desigualdade só existe temporariamente, no grau de adiantamento; mas todos têm direito ao mesmo destino, ao qual cada um chega por seu trabalho, porque Deus não favoreceu ninguém às custas dos outros.


A doutrina materialista coloca a mulher numa inferioridade natural, da qual só é elevada pela boa vontade do homem. Com efeito, segundo essa doutrina, a alma não existe ou, se existe, extingue-se com a vida ou se perde no todo universal, o que dá no mesmo. Assim, só resta à mulher a sua fraqueza corporal, que a coloca sob a dependência do mais forte. A superioridade de algumas é simples exceção, uma bizarria da Natureza, um jogo dos órgãos e não faria lei. A doutrina espiritualista vulgar reconhece a existência da alma individual e imortal, mas é impotente para provar que não há diferença entre a do homem e a da mulher, e, portanto, uma superioridade natural de uma sobre a outra.


Com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à fraqueza, mas é um direito alicerçado nas próprias leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era da emancipação legal da mulher, assim como abre a da igualdade e da fraternidade.

Revista Espírita - Janeiro de 1866 


ESPECIALMENTE A MULHER ---- "Se te encontras na experiência feminina, ante os impositivos da evolução, é natural te compreendas, no mesmo nível do homem relativamente à cultura e à inteligência, com a mesma segurança de competência. Mas para a demonstração disso, não busques os pontos de vivência em que a maioria dos homens falhou tantas vezes."





 Conversávamos antes da reunião sobre os direitos da mulher perante o homem. Os comentários eram os mais diversos, quanto ao que ocorre no mundo neste sentido. Quando os deveres em pauta nos chamaram à tarefa, O Livro dos Espíritos, aberto ao acaso, deu-nos a questão 201 para estudo. Após as explanações habituais, o nosso caro Emmanuel trouxe-nos a página “Especialmente à Mulher”.


Homem e mulher guardam idênticos direitos perante as Leis da Vida.

E ambos, análogas características de imortalidade; nos dois, os mesmos atributos do Espírito eterno.

Entretanto, a Sabedoria da Criação entregou à mulher as chaves da vida. Com ela, a repetição do berço, nos prodígios do renascimento.

O homem dominará a natureza, erguerá impérios, influenciará povos ou marcará época; no entanto a humanização de tudo isso pertence à mulher que o embala nos vínculos de sua própria renovação.

Por muito poderosos hajam sido os conquistadores da Terra, no passado e no presente, e por mais cultos os filósofos que traçam as diretrizes da cultura humana, de nenhum deles a vida suprimiu a necessidade das entranhas femininas para que se lhes gerasse a existência; e ainda agora, quando a ciência do mundo se dispõe a intervir nos processos da reencarnação, procurando nova nidação dos recursos genéticos, a favor da gestação em proveta criadora, nenhum sistema de sublimação espiritual pode substituir a assistência materna, no trabalho do renascimento físico, porque unicamente o amor é a luz da civilização, conduzindo-a para a integração com Deus.

Se te encontras na experiência feminina, ante os impositivos da evolução, é natural te compreendas, no mesmo nível do homem relativamente à cultura e à inteligência, com a mesma segurança de competência. Mas para a demonstração disso, não busques os pontos de vivência em que a maioria dos homens falhou tantas vezes.

Para te mostrares tão eficiente quanto os melhores companheiros da Terra, não é necessário desças aos precipícios a que tantos se arrojaram na própria imprevidência.

Recrda que podes ombrear com todos eles em matéria de trabalho e habilitação, entendimento e responsabilidade, mas é preciso pensar que Deus não confiou aos homens os dons que te concedeu na perpetuação da vida e no sustento do amor.


Emmanuel

APRENDENDO COM O LIVRO DOS ESPÍRITOS : Q.818 - LEI DE IGUALDADE - - IGUALDADE DOS DIREITOS DO HOMEM E DA MULHER.---"A Doutrina Espírita vem remover essas idéias de inferioridade da mulher ante o homem e insuflar, no coração do mesmo, o perdão."

 



818. Donde provém a inferioridade moral da mulher em certos países?
“Do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. É resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito.”

COMENTÁRIO DE MIRAMEZ
INFERIORIDADE
A suposta inferioridade moral da mulher, em certos países, é produto da ignorância dos homens, e do predomínio da força bruta, que supõe tudo resolver pela violência. Esse massacre dos valores da mulher é que causa os distúrbios da sensibilidade nos desvios dos seus valores imortais.
Nessa violência contra a fragilidade dos corpos femininos, sofre, outrossim, a alma, com a interpretação satânica de certos teólogos, de que a mulher não tinha Espírito, por ter sido feita da costela de Adão. Essa ilusão de que a humanidade nasceu de Adão e Eva criou muitos erros e deu nascimento a muitos distúrbios que fizeram paralisar ou retardar as manifestações do amor de Deus para com a humanidade. Até mesmo almas eminentes sofreram a influência dessa teologia das trevas; eis porque falamos sempre do condicionamento de certas idéias sem fundamento na verdade.
Procuremos inquirir, no silêncio da própria vida, porque a mulher é inferior moralmente ao homem. Esse preconceito escapa ao raciocínio, ao bom senso, à bondade de Deus e à razão. Esta desvalorização dos valores femininos não tem sentido. "O Livro dos Espíritos" nos mostra, na sua beleza espiritual, todas as leis e a igualdade da criação do homem e da mulher, nas suas operações diversas, mas com os mesmos direitos e deveres perante Deus.
O Espírito não tem sexo; os corpos que ele usa nas vidas sucessivas têm diferenças uns dos outros, para que se tornem complementares às suas necessidades. A crueldade do homem, no seu primitivismo, é que fez marginalizar a mulher, para que pudesse crescer o seu poder como "rei" da criação. Mas, como as leis naturais são imutáveis, a lei da justiça é a mesma e o será sempre, em todas as épocas da humanidade. Os próprios homens é que deverão, por maturidade, reconhecer as coisas de Deus.
A mulher terá a sua glória; se perdeu alguma liberdade no mundo, ganhou sua paz na consciência, gerou em si forças de sustentação e o domínio de ser útil às gerações, como mãe. Ela, aparentemente, perdeu, mas, na realidade, nada perdeu na área da eternidade. Muitas estão ocupando corpos masculinos para mostrar aos homens como se deve amar, pedindo e trabalhando para a igualdade dos direitos em todas as atividades que possam alcançar.
A Doutrina Espírita vem remover essas idéias de inferioridade da mulher ante o homem e insuflar, no coração do mesmo, o perdão. Se os ignorantes desejam ficar na Terra, que fiquem até surgir a maturidade, mas com a consciência pesada temem perder o que eles mesmo destruíram, com a prepotência.
Vejamos o que nos diz João, no capítulo sete, versículo trinta e quatro, mostrando 'o que pode acontecer e que já ocorreu com muitos no plano espiritual:
Haveis de procurar-me, e não me achareis; também onde eu estou, vós não podeis ir.
Mas, vem a misericórdia de Deus, que é sempre Pai, dando oportunidade para o desenvolvimento dos poderes espirituais, de modo que esses Espíritos entrem em êxtase e por um pouco possam encontrar aqueles que foram desprezados, agredidos e maltratados, até que se suavize o fardo e fique leve o jugo. O sofrimento de uns desenvolveu-lhes a capacidade de entender mais a vida, e os que agrediram embruteceram suas possibilidades de se libertarem no campo do Espírito. Entretanto, pela bênção da possibilidade de intercâmbio entre os dois mundos, possibilitou-se às criaturas o conhecimento das leis, tornando-as livres dos velhos preconceitos humanos e alegrando-as na alegria divina, com o Cristo no centro da consciência.
Fonte: Filosofia Espírita volume XVII

APRENDENDO COM O LIVRO DOS ESPÍRITOS Q.817 - LEI DE IGUALDADE --IGUALDADE DOS DIREITOS DO HOMEM E DA MULHER

 Igualdade dos direitos do homem e da mulher


817. São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?


“Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?”


COMENTÁRIO DO ESPÍRITO MIRAMEZ


HOMEM E MULHER


São duas formas diferentes, mas com o mesmo objetivo de vida, exercitando-se ambas, na busca da libertação espiritual. Ninguém foi criado para ser preso, mas subordinado à lei que dirige a todos, em seqüências variadas do despertamento das suas faculdades espirituais, e somente juntos em forma de família, os Espíritos têm mais possibilidades, acionando mais depressa o acordar dos seus talentos.


O homem se expressa no corpo físico com características diferentes da mulher. Ele busca mais as coisas da Terra e sabe responder às exigências do mundo na pauta dos seus valores e, neste trabalho, recolhe experiências valiosas, porque, no fundo, em todas elas vibra a lei divina do amor, que veste muitas roupagens por existirem diversas modalidades de se educar.

O homem, no curso das suas existências, passa a indagar a si mesmo, usando da razão, qual é o melhor caminho a seguir e, empenhado nessa especulação, acaba encontrando as advertências como ajuda e descobrindo a verdade que o liberta. O tempo é seu amigo inseparável, que age até quando for preciso; quando atinge sua iluminação interior, desaparece o próprio tempo, não se fala mais de espaço e nem mesmo de leis. A educação existe por causa da ignorância; se esta cessar, aquela não será mais necessária.

A mulher tem uma razão de ser na vida do homem, sem a qual a vida do seu companheiro se tornaria vazia e sem impulsos para a busca da verdade. Deus nunca erra nos Seus objetivos. Pela sua sensibilidade, sua ação é mais direcionada ao enlevo, em rumo complementar do homem, como que uma ponte intuitiva que busca o mais além, distribuindo o que de lá recebe com os que com ela vivem em família. O aprimoramento do papel de esposa e mãe é a oferta da água viva, como a que a samaritana recebeu do Cristo à beira do poço de Jacó.

Observemos os apontamentos de João sobre a fala do Mestre, que assim se expressa no capítulo quatro, versículo onze:

Respondeu-lhe ela:

Senhor, tu não tens com que a tirar e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?

Vejamos que simbolismo divino: o Mestre oferta à mulher a água da vida, aquela com a qual ela nunca mais teria sede. Era a água do amor, e a maternidade pode ser um poço dessa água, para aqueles que, por seu intermédio, ela poderia saciar.

O sexo, na Terra, é força viva que os faz unir, na esperança de que, pelo amor, passem do plano espiritual para a Terra outros companheiros do passado, na esperança de tranqüilizarem a consciência e compreenderem o porquê da vida. O companheiro é um instrumento para ajudar na operação, na constância de edificar esse amor, cada vez mais espiritualizado: um, trabalhando nos horizontes da Terra, e o outro abençoando com as forças do céu.

Os direitos do homem e da mulher são iguais, mesmo na diversificação dos seus ideais. Não há diferença de valores dos Espíritos; há, sim, de posições pelas vestimentas carnais que a natureza lhes empresta para o despertamento dos tesouros da vida.

As mulheres sofreram muito em épocas recuadas, pela ignorância humana, mas como nada se perde, elas recolheram valores maiores, que devem se expressar no futuro ao comandarem e direcionarem, pelos seus próprios valores, os altos postos que lhes foram tomados, invalidados pela força. O trabalho maior da mulher é a missão de educar aqueles que, por bênção de Deus, vêm para seus braços nas linhas do perdão.

Eis porque a reencarnação constitui bênção maior para todos os filhos de Deus; ela os inspira para o amor universal e as vidas sucessivas matam o orgulho e fazem desaparecer o egoísmo, em um trabalho que opera no desfile dos evos.

 Fonte : Filosofia Espírita Volume XVII