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quinta-feira, 28 de abril de 2016
Jesus e a Inteligência Emocional
Autor: Suely Caldas Schubert
Afirma Daniel Goleman em seu livro “Inteligência Emocional” que os grandes mestres espirituais como Jesus e Buda “tocaram o coração dos seus discípulos falando na linguagem da emoção, ensinando por parábolas, fábulas e contos”. Segundo o escritor estes mestres espirituais falam no “vernáculo do coração”, o que do ponto de vista racional tem pouco sentido.
Goleman explica ainda que segundo Freud, em seu “conceito primário” de pensamento, essa lógica da mente emocional é a “lógica da religião e da poesia, da psicose e das crianças, do sonho e do mito”. Isto engloba também as metáforas e imagens como as artes, romances, filmes, novelas, música, teatro, ópera, etc., pois tocam de forma direta a mente emocional.
Isto nos leva a entender por que as expressões religiosas e artísticas agradam tanto: é que a imensa maioria das pessoas é dominada pela emoção. Também explica o motivo dessa preferência das multidões a essas crenças novas, rotuladas de evangélicas, que manipulam as emoções como fator de atração e direcionamento de seus adeptos.
Mas, o que é a EMOÇÃO? O dicionário registra: qualquer agitação ou perturbação da mente; sentimento; paixão; qualquer sentimento veemente ou excitado.
Segundo Goleman: “EMOÇÃO se refere a um sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e a uma gama de tendências para agir.”
Não podemos perder de vista as sutilezas em que as emoções se manifestam, para melhor entendimento do assunto e encaminhamento do nosso raciocínio.
Os estudiosos do tema propõem famílias básicas (assim como as cores básicas); mencionaremos algumas:
IRA: fúria, revolta, ressentimento, raiva, exasperação, indignação vexame, animosidade, aborrecimento, irritabilidade, hostilidade e, no extremo, ódio e violência patológicos.
TRISTEZA: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, melancolia, autopiedade, solidão, desamparo, desespero e, quando patológica, severa depressão.
MEDO: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror e, como psicopatologia, fobia e pânico.
PRAZER: felicidade, alegria, alívio, contentamento, deleite, diversão, orgulho, prazer sensual, emoção, arrebatamento, gratificação, satisfação, bom humor, euforia, êxtase e, no extremo, mania.
AMOR: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração, paixão, ágape (caridade).
E as virtudes e vícios que vão desde a fé, compaixão, esperança, coragem, altruísmo, perdão, equanimidade até dúvida, preguiça, tédio, etc. Há um debate científico sobre como classificar as emoções, já que podem ser igualmente um estado de espírito, temperamento ou se transformarem em distúrbios emocionais como depressão, angústia, ansiedade, fobias, etc.
Depreende-se, portanto, que em várias circunstâncias de nossa vida as emoções prevalecem e nos dominam. Quantas vezes nos surpreendemos diante de nossas alternâncias de estado de espírito, pois podemos ser muito racionais num momento e irracionais no seguinte quando o calor da emoção passa a comandar nossas atitudes.
É exatamente nos estados extremos das emoções que as pessoas cometem ações das quais se arrependem amargamente no minuto seguinte, quando a mente racional começa a reagir. É este o caminho dos crimes passionais, quando se diz que houve “privação dos sentidos”.
Portanto, emoções são sentimentos a se expressarem em impulsos e numa vasta gama de intensidade, gerando idéias, condutas, ações e reações. Quando burilados, equilibrados e bem conduzidos transformam-se em sentimentos elevados, sublimados, tomando-se, aí sim — virtudes.
O livro de Daniel Goleman traz-nos preciosas contribuições que devem ser analisadas à luz da Doutrina Espirita. Observemos, em princípio, o que consideramos a contribuição fundamental de sua obra: a distinção entre inteligência emocional e racional, em que “linguagem” a primeira se manifesta e todas as conseqüências que daí advêm. Mas, iremos analisar, especificamente, o discurso de Jesus, sob esta ótica.
Segundo o autor e conforme mencionamos linhas atrás, Jesus utilizou-se do “vernáculo do coração”, falava, portanto, a linguagem da emoção, e acrescentamos: do sentimento sublimado — por isto se diz que Ele trouxe a Lei de Amor.
Todavia, para a mentalidade racional que impera no Ocidente, nas elites intelectuais, sobretudo, essa mensagem passou a ser vista como sinônimo de psicose, infantilidade, poesia e utopia. Por outro lado, os principais fatores que geraram esse tipo de leitura foram as distorções, as interpolações e mutilações que o Evangelho sofreu e que o transformaram nesse cristianismo dos tempos atuais, muito distante da verdadeira Boa-Nova.
É exatamente no momento crucial em que a Europa, liderada pela França, entroniza a “deusa Razão”, zombando dos valores espirituais cultivados pela religião dominante, que a Terceira Revelação chega à Terra. O Espiritismo veio fazer uma leitura do Evangelho através da razão. Tendo em suas bases a moral cristã em sua pureza primitiva, interpretada, todavia, na linha do raciocínio a fim de que o seu aspecto emocional passe agora pela mente racional e possa ser aceita, assimilada pela mentalidade que prevalece em nossa época.
Cremos que a resistência na aceitação da Doutrina Espírita por parte dos países europeus (e mesmo norte-americanos), deve-se ao fato de não terem conseguido ainda assimilar essa nova mentalidade, pois destacam, de forma predominante, os valores intelectuais, a linha racional, não admitindo a prevalência da emoção ou a sua equiparação com a razão.
A Doutrina Espírita vem colocar o Evangelho do Cristo na linguagem da razão, com explicações racionais, filosóficas e científicas, mas, vejamos bem, sem abandonar, sem deixar de lado o aspecto emocional que é colocado na sua expressão mais alta, tal como o pretendeu Jesus, ou seja o sentimento sublimado, demonstrando assim que o SENTIMENTO E A RAZÃO podem e devem caminhar pela mesma via, pois constituem as duas asas de libertação definitiva do ser humano: O AMOR E A SABEDORIA.
A questão 627 de “O Livro dos Espíritos” traz-nos primorosa síntese das finalidades do Espiritismo e, a certa altura da resposta transmitida pelos Espíritos Superiores afirma: “O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos o possam julgar e apreciar com a razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.”
Lições da tristeza."tristeza não é o inverso da alegria, mas a sua ausência momentânea. É um estado que conduz à reflexão e não ao desinteresse pela vida... A tristeza, porém, é um fenômeno natural que ocorre com todas as pessoas, mesmo aquelas que vivenciam os mais extraordinários momentos de alegria. Pode ser considerada como uma pausa para a compreensão da existência".
ALESSANDRO VIANA
VIEIRA DE PAULA
vianapaula@uol.com.br
Itapetininga, SP(Brasil)
vianapaula@uol.com.br
Itapetininga, SP(Brasil)
A criatura
humana,
normalmente,
combate e evita
a tristeza, como
se esse
sentimento fosse
algo proibido ou
que nos situasse
num nível
evolutivo
primário,
inferior, bem
como pelo medo
que se tem da
instalação da
depressão.
Essa
conceituação
equivocada leva
o indivíduo a
dissimular,
porque, em
muitos momentos
existenciais,
estará
enfrentando um
problema grave e
tenderá a
esconder a
tristeza
interior,
apresentando
falsos sorrisos,
o que lhe trará
um desgaste
físico e
emocional, na
medida em que
conviverá com
essa dualidade,
a aparência
exterior diversa
da realidade
íntima.
O espírito
Joanna de
Ângelis, na obra
“Atitudes
Renovadas”
(Capítulo 5),
através do
médium Divaldo
Pereira Franco,
escreve uma bela
mensagem sobre a
tristeza,
apresentando-nos
seu real
conceito e
efeitos.
A referida
benfeitora
assevera-nos que
a tristeza
não é o inverso
da alegria, mas
a sua ausência
momentânea. É um
estado que
conduz à
reflexão e não
ao desinteresse
pela vida... A
tristeza, porém,
é um fenômeno
natural que
ocorre com todas
as pessoas,
mesmo aquelas
que vivenciam os
mais
extraordinários
momentos de
alegria. Pode
ser considerada
como uma pausa
para a
compreensão da
existência.
Dessa forma,
mostra-se
perfeitamente
natural que nós,
os cristãos
(espíritas,
católicos,
evangélicos,
protestantes...),
diante de
algumas
situações da
vida,
vivenciemos a
emoção da
tristeza.
Haverá,
basicamente,
dois tipos de
situações que
nos propiciam a
experimentar a
tristeza.
A primeira
situação decorre
dos problemas
existenciais,
como, por
exemplo, a
traição do
cônjuge ou de um
amigo, um filho
nas experiências
da droga, o
diagnóstico de
uma doença
grave, a perda
de um emprego, a
morte de um ente
querido e
outras.
Há algumas
pessoas que
diante dessas
ocorrências
buscam as fugas
psicológicas
através do
álcool, das
drogas ilícitas
ou do sexo
casual. Haverá
outros que
mantêm um estado
de alegria
permanente,
sorrindo para
tudo, o que
representa um
quadro
patológico de
alienação da
realidade.
Em ambas as
situações,
haverá um
agravamento do
estado
espiritual e
emocional do
indivíduo, que
lhe trará
comprometimentos
morais e
profunda
infelicidade.
Por mais
equilibrado que
estejamos, é
natural que a
tristeza apareça
quando
enfrentamos as
citadas
situações
externas e
permaneça até a
resolução
parcial ou total
do impasse.
A segunda
situação, de
âmbito interno,
se desdobra a
partir do
momento em que
identificamos
que aquilo que
estamos fazendo
da nossa vida
não é o correto
ou o que se
gostaria de
realizar.
Normalmente isso
ocorre quando se
desperta para os
valores do
evangelho, para
o verdadeiro
sentido da vida,
e percebe-se o
tempo perdido e
os equívocos, a
nos trazer certa
tristeza.
Também pode
ocorrer quando
se percebe a
falha na escolha
da atividade
profissional,
que nos faz
infeliz, triste,
e deseja-se
mudar de área, o
que, para
muitos,
constitui-se num
desafio incomum.
Anote-se que nas
duas hipóteses,
externas e
internas, a
tristeza, para
ser produtiva e
eficiente, deve
apresentar
algumas
características.
Deve ser
transitória,
isto é, não
devemos nos
acomodar na
tristeza,
porque, com o
decorrer do
tempo, essa
emoção poderá
intensificar-se
e converter-se
num estado
depressivo, com
danos
existenciais
mais graves,
podendo culminar
no suicídio
direto ou
indireto, ou no
denominado
suicídio moral,
quando a pessoa
se nega a viver
e não se permite
qualquer
conquista na
esfera do bem.
Assim sendo, ao
experimentar a
tristeza,
devemos
continuar a
frequentar o
templo
religioso,
mantendo nossa
vinculação com
Deus através da
prece, da
reflexão
religiosa, do
bem ao próximo,
da fé no futuro,
o que nos
fortalecerá para
o enfrentamento
dos problemas.
É comum as
pessoas se
afastarem da
religião quando
se deparam com o
sofrimento,
abrindo campo
para a ampliação
da tristeza e
para a maior
dificuldade na
resolução dos
desafios
pessoais.
À luz do
Espiritismo, não
podemos ignorar
a interferência
espiritual
inferior, pois
Espíritos ainda
imperfeitos
poderão criar
sintonia conosco
a partir da
tristeza
descontrolada,
criando maiores
embaraços em
nossa vida.
Registre-se,
ainda, que
podemos nos
socorrer dos
médicos da
mente, nos ramos
da psicologia e
da psiquiatria,
que nos ajudarão
no enfrentamento
da situação
desafiadora,
prescrevendo
remédios, se
necessário.
A terapia dos
passes, do
evangelho no
lar, da água
fluidificada
também se
constituirão em
hábitos
eficientes a nos
fortalecer o
ânimo e a
resignação.
A tristeza
transitória,
enquanto dure,
não pode ser o
quadro emocional
predominante,
haveremos de
buscar momentos
de esperança, de
confiança em
Deus, de alegria
por outras
conquistas, de
convivência
social saudável,
sob pena de
descontrole da
situação,
porquanto a
tristeza se
intensificará de
tal forma, que
passará a ser um
estado
permanente.
Com o
Espiritismo
também
aprendemos a
manter a fé na
vida futura,
pois certos
problemas não
dependem apenas
de nós para
serem
solucionados.
Por exemplo, um
filho na droga
que insiste em
manter essa
escolha.
Obviamente que
isso trará certa
tristeza, mas
também haveremos
de ter alegrias
na vida, e
agiremos como
semeadores,
amando esse
filho sem
cessar,
confiando que
nenhum
investimento de
amor é perdido,
de forma que
nesta ou em
futuras
reencarnações,
essa alma
querida
despertará para
a verdade e o
bem.
Fica evidente
que a visão da
reencarnação
minimiza nossa
tristeza, ante a
confiança no
futuro.
Convém destacar,
também, que a
tristeza bem
compreendida
trará efeitos
positivos e saudáveis.
Na destacada
lição do livro
“Atitudes
Renovadas”,
Joanna de
Ângelis fala
acerca das
reflexões
positivas da
tristeza, que
nos permitirão
refazer
experiências...
, trabalhando o
indivíduo para a
renovação
interior e a
conquista de
valores mais
profundos e
significativos
do que os
existentes e
consumidores...
Fenômeno
psicológico
transitório,
deve ceder lugar
à reflexão, ao
despertamento e
à valorização
dos tesouros
morais,
culturais e
espirituais.
A tristeza sem
lamentações, sem
queixas, sem ressentimentos, é, pois,
psicoterapêutica...
Com efeito, ao
vivenciarmos
essa tristeza
nas lidas
cotidianas,
devemos fazer
uma pausa
acompanhada de
silêncio
interior, para
que as reflexões
terapêuticas
possam fluir do
íntimo,
convidando-nos à
renovação moral
e
comportamental.
É de bom alvitre
enfatizar que
não se deve
cultivar a
tristeza como
necessária para
o discernimento
a cada instante
ou em toda parte.
Não estamos
estimulando a
tristeza, mas
apenas
compreendendo
seu verdadeiro
significado, até
porque a
mensagem do
evangelho é de
alegria.
Ademais, Joanna
de Ângelis nos
lembra que
Jesus, em
algumas
ocasiões, chorou
de tristeza ao
contemplar a
loucura humana e
o seu
desequilíbrio,
mas sorriu,
também, quando
choraram aqueles
que O foram ver
no sepulcro.
A tristeza
serena de Jesus
revelava que Ele
veio para
auxiliar a
criatura humana
a encontrar o
caminho do amor,
da
autoiluminação,
ciente de que a
terapia do tempo
e da dor a todos
corrigirá.
Finalizo o
artigo com uma
frase de Joanna
para nossa
reflexão: Não
cultives a
tristeza nem
fujas dela,
aceitando-a,
quando se te
apresentar e
retirando o
melhor resultado
da oportunidade
de reflexão que
te proporcione.
Com esse
comportamento
estarás
experienciando
atitudes
renovadas.
Autoria de Alessandro de Viana, retirado do site o consolador
http://www.oconsolador.com.br/ano5/241/alessandro_paula.html
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
"Se a tristeza e o desânimo te procuram, acende a lanterna da coragem e resiste ao sopro frio do desalento..."
NA PREPARAÇÃO DO REINO DA LUZ
Emmanuel
Chamados a substancializar o Evangelho de Jesus no campo da vida
humana, decerto, nós outros, os espíritos encarnados e desencarnados, somos
constrangidos a levantar em nós mesmos os alicerces do Reino de Deus, adstritos à
verdade de que o Céu começa em nós mesmos.
Em razão disso, os antigos processos de construção palavrosa, através dos
quais o verbo, muita vez, pretende superar o nível do exemplo, não podem constituir
padrão às nossas atividades.
Também nós possuímos o tesouro do tempo, muito mais expressivo do que
a riqueza amoedada, e, por isso, ao invés de criticar o companheiro que padece a
obsessão da autoridade e do ouro, será mais justo operar com o nosso próprio trabalho a
lição da bondade incessante sem nos perder no vinagre da censura ou do nevoeiro da
frase vazia.
Nós, igualmente, guardamos conosco os talentos da fé raciocinada, muito
mais sólidos que os da crença vazada em cegueira da alma, competindo-nos, desse
modo, não a guerra de revide ou condenação aos que nos esposam os pontos de vista,
mas, sim, a prática da tolerância fraterna e da caridade genuína, pelas quais os nossos
companheiros de evolução e de experiência consigam ler a mensagem da Vida Maior,
abandonando naturalmente as grilhetas da ignorância.
Não nos bastará, dessa forma, a confissão labial da fé como entusiasmo de
quem se vê na iminência dos princípios superiores.
É necessário saibamos comungar a esperança e o sofrimento, a provação e
a dificuldade dos outros, abençoando os irmãos que nos partilham a marcha e
ensinando-lhes, pela cartilha de nossas próprias ações, o caminho renovador, suscetível
de oferecer-lhes a bênção da paz.
Sem dúvida, milhões de inteligências se agregam à ilusão e à crueldade,
descerrando aos homens resvaladouros calamitosos, preparando o domínio da morte e
fortalecendo o poder das trevas, todavia, a nós outros se roga o cérebro e o coração para
que o Cristo se manifeste em plenitude de sabedoria e de amor, nas vitórias do espírito,
por intermédio das quais a Humanidade ainda na sombra será, finalmente, investida na
posse da Eterna Luz.
Se a tristeza e o desânimo te procuram, acende a lanterna da
coragem e resiste ao sopro frio do desalento, prosseguindo no trabalho que a
vida te confiou.
Livro: Alvorada do Reino
Chico Xavier e Emmanuel
Emmanuel
Chamados a substancializar o Evangelho de Jesus no campo da vida
humana, decerto, nós outros, os espíritos encarnados e desencarnados, somos
constrangidos a levantar em nós mesmos os alicerces do Reino de Deus, adstritos à
verdade de que o Céu começa em nós mesmos.
Em razão disso, os antigos processos de construção palavrosa, através dos
quais o verbo, muita vez, pretende superar o nível do exemplo, não podem constituir
padrão às nossas atividades.
Também nós possuímos o tesouro do tempo, muito mais expressivo do que
a riqueza amoedada, e, por isso, ao invés de criticar o companheiro que padece a
obsessão da autoridade e do ouro, será mais justo operar com o nosso próprio trabalho a
lição da bondade incessante sem nos perder no vinagre da censura ou do nevoeiro da
frase vazia.
Nós, igualmente, guardamos conosco os talentos da fé raciocinada, muito
mais sólidos que os da crença vazada em cegueira da alma, competindo-nos, desse
modo, não a guerra de revide ou condenação aos que nos esposam os pontos de vista,
mas, sim, a prática da tolerância fraterna e da caridade genuína, pelas quais os nossos
companheiros de evolução e de experiência consigam ler a mensagem da Vida Maior,
abandonando naturalmente as grilhetas da ignorância.
Não nos bastará, dessa forma, a confissão labial da fé como entusiasmo de
quem se vê na iminência dos princípios superiores.
É necessário saibamos comungar a esperança e o sofrimento, a provação e
a dificuldade dos outros, abençoando os irmãos que nos partilham a marcha e
ensinando-lhes, pela cartilha de nossas próprias ações, o caminho renovador, suscetível
de oferecer-lhes a bênção da paz.
Sem dúvida, milhões de inteligências se agregam à ilusão e à crueldade,
descerrando aos homens resvaladouros calamitosos, preparando o domínio da morte e
fortalecendo o poder das trevas, todavia, a nós outros se roga o cérebro e o coração para
que o Cristo se manifeste em plenitude de sabedoria e de amor, nas vitórias do espírito,
por intermédio das quais a Humanidade ainda na sombra será, finalmente, investida na
posse da Eterna Luz.
Se a tristeza e o desânimo te procuram, acende a lanterna da
coragem e resiste ao sopro frio do desalento, prosseguindo no trabalho que a
vida te confiou.
Livro: Alvorada do Reino
Chico Xavier e Emmanuel
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quinta-feira, 16 de agosto de 2012
QUANDO O TÉDIO APAREÇA
Emmanuel
Quando o desalento te ameace o caminho, pensa nos outros,
naqueles que não dispõem de tempo para qualquer entrevista com o tédio.
Se te acreditar amargurando lições demasiado severas no
educandário da vida, freqüenta, de quando em quando, a escola das grandes
provações, onde os aprendizes se acomodam na carteira das lágrimas. Muitos
jazem na rua, estendendo mãos fatigadas aos que passam com pressa... Em
maioria, são doentes que a onda renovadora do grupo social atirou à praia
da assistência pública ou mães aflitas a quem as exigências de filhos
pequeninos ainda não permitem a liberalidade de uma profissão...
Provavelmente, alguém dirá que entre eles se encontram
oportunistas e malfeitores que se fantasiam de enfermos para te assaltarem
a bolsa em nome da piedade. Compreendemos semelhante alegação e
justificamo-la, porque o mal existe sempre onde lhe queiramos destacar a
presença e, conquanto te roguemos o benefício da prece, em favor dos que
agem assim, mais por ignorância que por maldade, apelamos para que
consultes ainda aquelas outras salas de aula que se enfileiram no recinto
dos hospitais e nos albergues esquecidos. Acompanha os estudos daqueles
cujo corpo se carrega de feridas dolorosas para agradeceres a pele sadia
que te veste a figura ou segue a cartilha de agoniadas emoções dos que se
recolhem nos manicômios, sorvendo angústia e desespero nos resvaladouros
da loucura ou da obsessão, a fim de valorizares o cérebro tranqüilo que te
coroa a existência... Visita os asilos que resguardam a sucata do
sofrimento humano e observa as disciplinas dos que foram entregues às
meditações da penúria, para quem um simples sanduíche é um brinde raro e
partilha os exercícios de saudade e de dor dos que foram abandonados pelos
entes que mais amam, a fim de abençoares o pão de tua casa e os afetos que
te enriquecem os dias.
Quando o tédio te procure, vai à escola da caridade... Ela
te acordará para as alegrias puras do bem e te fará luz no coração,
livrando-te das trevas que costumam descer sobre as horas vazias.
Do livro Coragem. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
DEPRESSÕES
Emmanuel
Se trazes o Espírito
agoniado por sensações de pessimismo e tristeza, concede ligeira pausa a
ti mesmo, no capítulo das próprias aflições, a fim de raciocinar.
*
Se alguém te
ofendeu, desculpa.
Se feriste alguém,
reconsidera a própria atitude.
Contratempos do
mundo estarão constantemente no mundo, onde estiveres.
Parentes difíceis
repontam de todo núcleo familiar.
Trabalho é Lei do
Universo
Disciplina é
alicerce da educação.
Circunstâncias
constrangedoras, assemelham-se a nuvens que aparecem no firmamento de
qualquer clima.
Incompreensões com
relação a caminhos e decisões que se adote são empeços e desafios, na
experiência de quantos desejem equilíbrio e trabalho.
Agradar a todos, ao
mesmo tempo, é realização impossível.
Separações e
renovações representam imperativos inevitáveis do progresso espiritual.
Mudanças equivalem a
tratamento da alma, para os ajustes e reajustes necessários à vida.
Conflitos íntimos
atingem toda criatura que aspire a elevar-se.
Fracassos de hoje
são lições para os acertos de amanhã.
Problemas enxameiam
a existência de todos aqueles que não se acomodam com estagnação.
*
Compreendendo a
realidade de toda pessoa que anseie por felicidade e paz, aperfeiçoamento
e renovação, toda vez que sugestões de desânimo nos visitem a alma,
retifiquemos em nós o que deva ser corrigido e abraçando o trabalho que a
vida nos deu a realizar, prossigamos à frente.
Do Livro “Coragem”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
SAÚDE
Emmanuel
A saúde é assim como
a posição de uma residência que denúncia as condições do morador, ou de um
instrumento que produz em si o zelo ou a desídia das mãos que o manejam.
A falta cometida
opera em nossa mente um estado de perturbação, ao qual não se reúnem
simplesmente as forças desvairadas de nosso arrependimento, mas também as
ondas de pesar e acusação da vítima e de quantos se lhe associam ao
sentimento, instaurando desarmonias de vastas proporções nos centro da
alma, a percutirem sobre a nossa própria instrumentação.
Semelhante
descontrole apresenta graus diferentes, provocando lesões funcionais
diversas.
A cólera e o
desespero, a crueldade e a intemperança criam zonas mórbidas de natureza
particular no cosmo orgânico, impondo as células a distonia pela qual se
anulam quase todos os recursos de defesa, abrindo-se leira fértil à
cultura de micróbios patogênicos nos órgãos menos habilitados à
resistência.
Ë assim que muitas
vezes, a tuberculose e o câncer, a lepra e a ulceração aparecem como
fenômenos secundários, residindo a causa primária no desequilíbrio dos
reflexos da vida interior.
Todos os sintomas
mentais depressivos influenciam células em estado de mitose, estabelecendo
fatores de desagregação.
Por outro lado,
importa reconhecer que o relaxamento da nutrição constrange o corpo e a
pesados tributos de sofrimento.
Enquanto
encarnados, é natural que as vidas infinitesimais que nos constituem o
veículo de existência retratem as substâncias que ingerimos.
Nesse trabalho de
permuta constante adquirimos imensa quantidade de bactérias patogênicas
que, em se instalando comodamente no mundo celular, podem determinar
moléstias infecciosas de variegados caracteres, compelindo-nos a
recolher, assim, de volta, os resultados de nossa imprevidência.
Mas não é somente
ai, no domínio das causas visíveis, que se originam os processos
patológicos multiformes.
Nossa emoções
doentias mais profundas, quaisquer que sejam, geram estados enfermiços.
Os reflexos dos
sentimentos menos dignos que alimentamos voltam-se sobre nós mesmos,
depois de convertidos em ondas mentais, tumultuando o serviço das células
nervosas que, instaladas na pele, nas vísceras, na medula e no tronco
cerebral, desempenham as mais avançadas funções técnicas: acentue-se,
ainda, que esses reflexos menos felizes, em que se derramando sobre o
córtex encefálico, produzem alucinações que podem variar de fobia oculta à
loucura manifesta, pelas quais os reflexos daqueles companheiros
encarnados ou desencarnados, que se nos subjugam ao modo de proceder e de
ser, nos atingem com sugestões destruidoras, diretas ou indiretas,
conduzindo-nos a deploráveis fenômenos de alienação mental, na obsessão
comum, ainda mesmo quando no jogo das aparências possamos aparecer como
pessoas espiritualmente sadias.
Não nos esqueçamos,
assim, de que apenas o sentimento reto pode esboçar o reto pensamento, sem
os quais a alma adoece pela carência de equilíbrio interior, imprimindo no
aparelho somático os desvario e as perturbações que lhe são conseqüentes.
Livro:
Pensamento e Vida - Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo espírito
EMMANUEL
Diante da Angústia
A ausência de objetivos existenciais conduz o indivíduo à conceituação do nada como um mecanismo de fuga da realidade.
Kierkegaard, o eminente teólogo e filósofo dinamarquês, estabeleceu que a ausência de sentido da vida conduz à angústia, procedendo do nada e vivenciando realidades para o futuro .
Essa ambigüidade entre o nada e o ser leva a uma irracionalidade da sua existência metafísica e a expressão absurda da vida.
Essa conceituação abriu espaço para formulações variadas na área da filosofia, facultando aos existencialistas, através do pensamento de Sartre, que a considerava como sendo uma expressão de liberdade, conseqüência da falta de objetivos essenciais. Igualmente os sensualistas têm-na como ausência de metas, o absurdo, produzindo resultados de aniquilamento da vida, como pensava Camus e todo um grupo de apologistas do prazer.
Sob o ponto de vista psicológico, a angústia resulta de vários fatores ancestrais, que podem possuir uma carga genética, que imprimiu no comportamento a patologia perturbadora.
Outros impositivos psicossociais como perinatais influenciam a conduta angustiante, levando à depressão profunda, que pode resultar em suicídio.
A fixação de pensamentos negativos em que o homem se compraz termina por gerar conflitos graves quando se negam auto-estima e o direito à felicidade, vivência a autoconsideração, tombando na revolta surda e silenciosa, que cultiva nos dédalos da personalidade conflitiva.
Entretanto, as raízes fortes da angústia encontram-se emaranhadas no passado de culpa do Espírito, que reconhece o erro e teme ser descoberto.
Envolve-se , sem dar-se conta, num manto sombrio de desconforto moral e sem ter consciência da sua realidade, compreende-a, mas não sabendo digeri-la, transforma-a em mortificação, em cilício, que o amargura.
Faltando valores morais para um enfrentamento lúcido com a realidade em que limita os movimentos, transfere o sentido de responsabilidade para o próximo, para a sociedade e descarrega a sua mágoa, rebelando-se, anulando-se.
A angústia é estado mórbido que deve ser combatido na sua causalidade.
A reflexão em torno dos valores que são desconsiderados, a introspeção sobre a oportunidade de despertamento para ser útil, o sentimento de fraternidade que deve ser despertado, contribuem positivamente para o tratamento libertador...
A ajuda especializada de terapeuta responsável enseja o desalgemar do Espírito desse amargo estado aflitivo, acenando possibilidades felizes que se transformam em bem –estar e saúde.
Não raro, o portador de angústia cultiva o masoquismo, que resulta de uma consulta egoísta, graças, ao que, mediante mecanismo psicológico especial, foge da realidade por necessidade de valorização pessoal.
Em face da ausência de recursos positivos e superiores, recorre ao atavismo dos instintos primários e descamba na torpe angústia.
Diante dela, somente uma resolução firme e legítima para facultar abertura terapêutica para o desafio.
Não havendo interesse do paciente, é certo que mais difícil se torna a liberação da psicopatologia tormentosa.
Considera a bênção da oportunidade que desfrutas e espanca as sombras da tristeza que, periodicamente, te assaltam.
Evita acumular amarguras defluentes da queixa, da sensação de infelicidade, e trabalha-te, a fim de que teu amanhã se apresente menos tenebroso.
Hoje colhes, enquanto fruis o ensejo de ensementar.
Busca ser útil a alguém, mesmo que, aparentemente, nenhum objeto se te delineie de imediato.
Sempre há oportunidade, quando se deseja crescer e desenvolver valores latentes.
Jesus informou que Ele é vida e vida em abundância.
Recorre-lhe à ajuda, e deixa-te curar pela sua assistência de Psicoterapeuta por excelência.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco
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