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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

DESPERTAR OS QUE DORMEM - LAMMENAIS ''Os grandes acontecimentos são sempre precedidos de anúncios ou sinais para fixar a atenção dos homens na importância do fato que vai realizar-se, a fim de despertar os que dormem.[...]Recordai-vos do Espírito de Verdade prometido por Jesus Cristo - e esperai-o despertos e preparados.[...]algumas nuvens vos impedem de ver todo o esplendor da luz; mas essas nuvens serão varridas por uma vontade soberana, e a verdade brilhará em toda a sua pureza[...]

 


Os grandes acontecimentos são sempre precedidos de anúncios ou sinais para fixar a atenção dos homens na importância do fato que vai realizar-se, a fim de despertar os que dormem.

O fim da igreja pequena é um acontecimento solene, o mais solene e importante de quantos a Humanidade tem presenciado; porque o fim da Igreja de Roma é o começo da igreja universal e o estabelecimento da doutrina de Jesus no entendimento e no coração dos pobres desterrados da Terra.

Os séculos vindouros saudarão com júbilo essa jornada, com o júbilo com que saudais a encarnação e a memória do Cristo. Por isso, o fim da igreja pequena, que é o começo da igreja universal, vem precedido de sinais maravilhosos, que vereis multiplicar-se à medida que os tempos avancem.

E os tempos se precipitam, porque tudo conspira para isso, mesmo aquilo que parece aos homens empecilhos ou obstáculos.

O sinal que precede ao fim da igreja pequena e ao começo da igreja universal é o ensino manifesto dos Espíritos, derramado com maravilhosa e misericordiosa profusão, de um a outro extremo da Terra.

E o ensino dos Espíritos vem, porque é absolutamente necessário; pois é tal o vácuo que há nas crenças, que a Humanidade não poderia despertar sem esse auxílio superior. Antes, porém, do fim da igreja pequena de Roma e do começo da igreja universal de Jesus Cristo, vereis ainda outro sinal:

Ouvir-se-á uma voz que soará por toda parte.

Recordai-vos do Espírito de Verdade prometido por Jesus Cristo - e esperai-o despertos e preparados.

Os pobres filhos dos homens, os infelizes viajores da Terra, ouvirão essa voz suave e atraente, como o murmúrio da brisa e como o perfume da flor, e verão o céu aberto, porque os seus corações se abrirão à esperança e à fé.

Esses tempos vêm pertos; podeis pressenti-los, podeis vê-los, porque estão no vosso horizonte.

O Sol aparece obscurecido aos vossos olhos; algumas nuvens vos impedem de ver todo o esplendor da luz; mas essas nuvens serão varridas por uma vontade soberana, e a verdade brilhará em toda a sua pureza.

Mais um momento, e vereis cumpridas estas palavras.

Irmãos congregados, adorai a Deus.

Despeço-me de vós, deixando-vos o espírito de caridade, de humildade e de adoração do nosso Mestre Jesus Cristo.

A paz seja convosco e com todos os homens.

Lamennais

De Roma ao Evagelhos : Ensino dos Espíritos

terça-feira, 13 de novembro de 2012

No Limiar do Amanhã /A Terceira Revelação



Herculano Pires

“Por que o Espiritismo se apresenta como a Terceira Revelação, se sabemos que houve muito mais do que três revelações no mundo? Kardec não sabia disso?”
Kardec sabia, perfeitamente. Mas acontece o seguinte: as numerosas revelações que houve no mundo, desde a época primitiva, entre os povos primitivos, podemos classificar como as revelações entre os homens da caverna, porque sabemos que os mesmos, como crianças que se iniciavam na vida, tiveram os seus preceptores, aqueles Espíritos superiores que cuidaram deles e os orientaram.
Todas essas revelações têm um sentido preparatório, no tocante a uma revelação de importância fundamental para o desenvolvimento da civilização, que foi a revelação Mosaica, que, como sabemos, deu origem à Bíblia – a Bíblia dos judeus, que é também a Bíblia dos Cristãos. Porque o Cristianismo é uma reforma do Judaísmo, feita por Jesus, que era judeu. Essa revelação é de importância fundamental, porque estabelecia uma modificação muito profunda nos conceitos sobre Deus e o homem, sobre a vida na Terra e o destino do próprio homem.
A respeito de Deus, podemos acentuar um ponto capital: enquanto as revelações, ocorridas nas diversas partes do mundo, nos davam uma idéia de Deus como distanciado do homem, alguém que houvesse, por assim dizer, criado o mundo e depois pouco se tivesse importado com ele, a revelação judaica nos mostra um Deus providencial. É aquilo que estudam os filósofos e se chama providencialismo.
O providencialismo judeu modificou por completo o conceito de Deus. Deus não está ausente do mundo; Deus está presente; Deus faz a História. Ora, Deus, em fazendo a História, a sua participação no mundo dos homens é permanente, é constante. Essa primeira modificação é de uma importância decisiva. É para o homem uma concepção de Deus mais consentânea com a realidade daquilo que nós chamamos, hoje, a estrutura unitária do Universo.
Além disso, a revelação Mosaica nos deu a idéia de que Deus havia criado o mundo, não se servindo de material já existente, mas produzindo, ele mesmo, os materiais necessários. É o dogma bíblico da criação a partir do nada. Deus não criou o mundo do nada. O nada parece não ter condições para dar elemento algum a Deus, para que Ele pudesse criar o mundo. O nada bíblico, como nós o entendemos, na sua significação mais profunda, é como o nirvana de Buda, que parece ser o nada, a negação de tudo o que existe. Um nada apenas simbólico; um nada relativo; um nada em relação ao tudo que consideramos na Terra.
A matéria e todas as conseqüências da matéria, na vida terrena, não existem, no mundo espiritual superior. Então, vem daí a designação do nada. Além desse ponto, que é de importância fundamental para a compreensão do Universo e do processo criador de Deus, temos ainda um outro aspecto na revelação Mosaica, que é fundamental. Enquanto entre os povos das diversas religiões do mundo, não só mitológicas de que são exemplos típico e clássico as mitologias grega e romana, mas sim todas as religiões da Antigüidade, as revelações dessas religiões colocavam o problema de Deus numa situação múltipla. Havia deuses múltiplos, para todos os setores da natureza e para todos os aspectos da atividade humana. Alguns desses deuses sobreviveram até o nosso tempo. Hoje, quando falamos em Mercúrio, estamos nos referindo ao deus do comércio. Estamos voltando o nosso pensamento para os primórdios do desenvolvimento das religiões na Terra, e assim por diante.
A revelação Mosaica firmou a idéia do Deus único. Nasceu com ela o monoteísmo. Deus é um só. Isso foi de grande importância para a humanidade, porque mostrou que a humanidade havia atingido um plano de evolução mental capaz de encarar o Universo como um processo total, de maneira global; não só provou isto, como trouxe conseqüências sociais muito importantes. Quando nos lembramos de que no passado os povos tinham os seus deuses particulares, por exemplo, os egípcios, os babilônios, os gregos, os indianos e os judeus, que tinham seu Deus pessoal, Iavé, vemos que esses deuses, representando os protetores especiais de um desses povos e até mesmo seus criadores, estabeleciam diferenças fundamentais entre as raças, entre os povos.
Essas diferenças incentivavam as guerras de conquistas, de dominação e escravização dos povos. Os judeus, por exemplo, foram escravizados na Babilônia e no Egito; os gregos foram escravizados pelos romanos e assim por diante, porque quando Júpiter, o deus dos romanos, conseguiu vencer a batalha contra Zeus, o deus dos gregos, isso mostrou que o deus dos romanos era mais poderoso e o povo grego teve que se submeter, então, ao domínio e à escravização do povo romano.
Assim, a idéia do Deus único vinha abrir nova compreensão entre os homens, no sentido de uma maior possibilidade de harmonia entre as nações e os povos. Isso não quer dizer que as guerras se acabariam imediatamente, porque as mesmas têm vários motivos e elas continuam até os nossos dias. Mas aquelas guerras absolutas, do passado, em que o povo dominador tinha todos os direitos sobre o povo dominado, mudaram completamente de aspecto. Os povos conquistadores viam-se obrigados a respeitar, daí por diante, os outros povos, considerando que eles, embora subjugados temporariamente pela força, não obstante eram também filhos do mesmo Deus, que dera força ao povo conquistador.
Dessa maneira e graças a essas revelações especiais da revelação Mosaica, ela se tornou uma revelação de importância fundamental para o desenvolvimento da civilização no mundo. Por outro lado, a revelação Mosaica anunciava a vinda do Messias; a vinda de Jesus; a vinda do Cristo; conseqüentemente, essa revelação era também profética e já determinava uma relação entre ela e a próxima revelação que surgiria, ou seja, a vinda do Cristo.
Foi por isso que Kardec adotou a tese das três revelações fundamentais:
  primeira – a revelação judaica;
  segunda – a revelação cristã;
  terceira – a revelação espírita, que está prometida no Evangelho de Jesus.
Quando lemos, por exemplo, o capítulo 16 do Evangelho de João, encontramos a promessa do Consolador, do Espírito de Verdade, do Parácleto, que é aquele que virá restabelecer a verdade do destino do Cristo sobre o destino do homem na Terra. É aquela revelação que vem, ao mesmo tempo, completar a revelação cristã, a segunda revelação. É por isso, então, que Kardec chamou o Espiritismo de Terceira Revelação.

domingo, 21 de outubro de 2012

VOLTARÁ O CRISTO?


"A volta de Jesus será como o relâmpago que sai do oriente e se mostra até ao ocidente." (Mateus, 24:27)
Sustentam os Evangelhos que Jesus Cristo virá com grande poder e glória e, diante de todas as nações reunidas, "separará uns dos outros, como o pastor separa dos bodes as ovelhas", (Mateus, 25:31-32)

Este e outros trechos dos Evangelhos fizeram e fazem com que muitas criaturas humanas acalentassem e acalentem a idéia da volta de Jesus no "final dos tempos".

Não haverá necessidade da volta do Cristo da maneira como o fez há 20 séculos, nem de nenhuma outra forma, uma vez que os Espíritos Superiores, emissários da sua vontade, estão enviando à Terra um aluvião de mensagens espirituais que estão suplementando a revelação cristã, que, por sua vez, já está também sendo complementada pelos ensinamentos provenientes da Terceira Revelação, ocorrida há pouco mais de um século e consubstanciada na Doutrina dos Espíritos.

Considerando-se que o processo de revelação emanado do Alto não sofrer solução de continuidade, é óbvio que os Mensageiros de Jesus não cessam nem cessarão de nos enviar mensagens e novos ensinamentos, fazendo-o numa progressão geométrica, à medida que os homens vão evoluindo espiritualmente ou, pelo menos, capacitando-se para a assimilação de novas verdades.
A separação dos bodes das ovelhas — dos Espíritos bons e dos maus — é um simbolismo, e far-se-á de modo harmonioso, sem sobressaltos, sem retumbância, consoante a própria afirmação do Mestre, que recomendou: "quando vos disser que O Cristo está aqui ou ali, não lhe deis crédito." É óbvio que essa separação se concretizará no âmbito das vidas sucessivas do Espírito na carne.

A passagem evangélica citada abaixo foi uma das causas que deram origem à crença na volta do Cristo: Quando, pois, vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra, porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, sem que venha o Filho do Homem. (Mateus, 10:23) Com fundamento nestas palavras de Jesus, contidas no Evangelho segundo Mateus, tornou-se universal a crença de que Jesus voltaria à Terra, mesmo antes que seus apóstolos ou discípulos percorressem todas as cidades de Israel.

Esperançosos desse novo advento do Mestre, mas pressionados por tremenda perseguição, os cristãos passaram a adotar palavras que encerravam um sentido velado. A fim de se reconhecerem entre si e formarem um elo entre todos, empregavam a expressão Maranatha, que quer dizer O Senhor não tardará, isso porque supunham que, antes que tivessem de percorrer todas as cidades de Israel, a volta do Cristo se consumaria revestida de todo poder e glória, pondo, assim, termo às perseguições e implantando, definitivamente, o seu reino entre os homens. Supunham que o retorno de Jesus seria quase que imediato.

De forma idêntica, os chamados pagãos, nos primórdios do Cristianismo, admirados de que os cristãos se abstivessem do culto oficial, lhes perguntavam qual era o seu Deus, ao que os interrogados respondiam: ÍCTHUS, palavra grega que literalmente significa peixe. Então, os satíricos zombavam daqueles ateus, que, não crendo nos deuses, adoravam um peixe. O sentido, porém, era muito diferente, no espírito dos cristãos: as cinco letras que compõem aquela palavra em grego são as letras iniciais das cinco palavras: 'léous Christos Théon Yos Soter', que significam: "Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador."

De modo geral, os homens são imediatistas e acreditam que muitas coisas devem ocorrer de modo retumbante, repentino, miraculoso. Muitas vezes, não conseguem, pelo menos, ponderar que as coisas do Espírito produzem seus benefícios ou se concretizam a longo prazo.

Num dos seus maravilhosos ensinamentos, Jesus Cristo afirmou que muitas coisas teria a dizer, mas os homens ainda não estavam preparados para recebê-las, adiantando, entretanto, que enviaria, em tempo oportuno, o Espírito de Verdade, o Consolador, para restabelecer todas as coisas em seus devidos lugares. É óbvio que o advento desse Paráclito se processaria muitos séculos após, quando os homens estivessem mais amadurecidos e quando sua evolução estivesse mais adequada. No entanto, logo após a crucificação de Jesus ocorreu a eclosão mediúnica, descrita em Atos dos Apóstolos (2:1-13), quando os apóstolos tiveram suas mediunidades desabrochadas.
Hoje, os adeptos de muitas religiões cristãs acreditam piamente que o Pentecostes representou o advento do Espírito consolador, cumprindo-se, assim, a promessa de Jesus. Se os apóstolos não estiveram preparados para receberem todos os ensinamentos do Mestre poucos meses antes, por que razão o estariam logo após o sacrifício do Calvário? Seria a consagração do contra-senso. Seria acreditar que a evolução dá saltos miraculosos.

O Espírito de Verdade, o Consolador (João, 15:26), deveria, como de fato ocorreu, vir quase 20 séculos após, através da Codificação do Espiritismo. Mateus afirma em seu Evangelho (24:25-28) que não deveremos procurar o Cristo no deserto, nem no interior das casas. Não devemos crer que Ele esteja aqui, ali ou acolá, porque "como o relâmpago que sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem". O mesmo evangelista sustenta que Jesus virá com "poder e glória". (24:30)

É verdade que o Cristo voltará para exercer realmente, entre nós, o seu reinado de paz e amor. Entretanto, não o fará da forma como o fez anteriormente. Se Ele disse que tudo na lei deverá ser cumprido, que nenhum til se omitirá, que passarão o Céu e a Terra, mas suas palavras não passarão, ou melhor, não deixarão de ser cumpridas, é certo que o seu novo advento se consumará através da implantação definitiva das suas palavras, dos seus ensinamentos em todos os corações. O Evangelho será a lei magna que presidirá a superior destinação do homem. Os ensinamentos que o Mestre nos legou, há quase vinte séculos, constituem o roteiro seguro para a Humanidade do futuro.

A nova vinda de Jesus se processará não mais na forma física deste mundo, mas sim pela implantação de toda a Verdade na face da Terra. "O poder e grande glória" de que nos fala o evangelista estão encerrados nos mananciais dos grandes livros que orientarão o proceder do homem do futuro. Já temos entre nós O Evangelho Segundo o Espiritismo, que constitui o marco inicial de um processo de descortino de novos horizontes para a criatura sofredora, equacionando muitos dos angustiantes problemas humanos e abrindo a porta para a solução de muitos outros.

Os tempos são realmente chegados, e o homem não deverá protelar mais a sua estagnação nos abismos do erro, da superstição, do obscurantismo e das coisas mesquinhas do mundo. Deverá, pelo contrário, dinamizar a assimilação das palavras do Cristo, vivê-las e aplicá-las em sua vida de relação, para que a Terra ascenda à posição de Planeta ditoso, onde reine, definitivamente, a fraternidade, e onde todas as lágrimas serão enxutas.

A expressão o Senhor não tardará, que os nossos antepassados adotavam sob a forma de Maranatha, deverá consumar-se, através : uma ação coletiva dos grandes benfeitores espirituais, ação essa que os antigos chamavam de Poder do Espírito, repetindo-se, em grande escala, não só para os homens, mas também para a coletividade humana o grande e definitivo Pentecostes, quando, no dizer do profeta: O Espírito será derramado sobre toda a carne.

O amor passará, então, a imperar sobre a Terra. Jesus Cristo será definitivamente tomado como o nosso paradigma, e a humanidade verá raiar o Sol da esperança, do amor e da paz, e todos os Espíritos se rejubilarão com o grande dia do Senhor.

Paulo A. Godoy
Casos Controvertidos do Evangelho

sábado, 13 de outubro de 2012

DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO


"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Consolador, para que fique convosco para sempre." (João, 14:16)
No capítulo (16:12-13), o mesmo evangelista escreveu: "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis compreender agora. Mas quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas vos anunciará o que há de vir."

Desta forma, houve uma promessa de Jesus, de que em tempo adequado, quando os homens estivessem mais bem preparados, para assimilarem novas verdades, o Consolador, ou Espírito de Verdade, viria para reafirmar tudo o que Ele havia ensinado e muito mais.

Algumas teologias corroboram a promessa que, com a explosão mediúnica do Dia de Pentecostes, cumpriu-se de Jesus, somente com a diferença de que, em vez de uma falange de Espíritos Puros, as teologias proclamam que foi a descida do Espírito Santo.
Cumpre aqui esclarecer que, naquele tempo, não se falava em Espírito Santo, mas em Espírito de Deus, Santo Espírito e "Spiritum Bonum".

A crucificação de Jesus Cristo ocorreu na véspera da Páscoa, ou 50 dias antes do Dia de Pentecostes. Segundo o livro dos Atos dos Apóstolos, os Espíritos manifestantes passaram a apregoar os ensinamentos de Jesus em outros idiomas.
Esses ensinamentos já eram do conhecimento dos apóstolos e de muitos dos discípulos presentes, não se acrescentando nenhuma novidade no que tange à revelação cristã.

Se algumas semanas ou meses antes, os apóstolos não estivessem preparados para compreender como o poderiam estar em tão curto espaço de tempo?

Segundo a pregação do apóstolo Pedro, o que aconteceu no Dia de Pentecostes foi o cumprimento do vaticínio do profeta Joel, de que "o Espírito seria derramado sobre toda a carne".
Nesse dia, línguas repartidas, como se fosse de fogo, pousaram sobre a cabeça dos apóstolos, desenvolvendo suas mediunidades principalmente a poliglota, possibilitando-lhes as pregações dos ensinamentos do Mestre em outras línguas, principalmente aos estrangeiros de várias nações, que estavam em Jerusalém.

Nada de descida do Espírito Santo. O que aconteceu foi o desenvolvimento coletivo da mediunidade dos apóstolos, desrespeitando, assim, até a ordenação de Moisés, que proibia o intercâmbio entre Espíritos encarnados e desencarnados; pelo contrário, este fato provou que esse entrelaçamento entre os dois mundos — o visível e o invisível - sempre ocorreu em todas as épocas da Humanidade.

O advento do Consolador, ou do Espírito de Verdade, aconteceu realmente, mas foi quase 20 séculos após, com a revelação do Espiritismo, numa época com que a Humanidade já estava mais preparada para assimilar novas verdades, e quando podiam ser derrubados os dogmas e as deturpações que foram agregados ao Cristianismo no decurso dos séculos.
Paulo A. Godoy