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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

A NOVA ALIANÇA "Apresenta Deus, não mais como potência vingadora que destrói e aniquila, fomentando lutas cruentas, mas como Poder que edifica, orienta e conduz.


"Após a ceia, tomou Jesus, do mesmo modo, o cálice dizendo: Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós" (Evangelho)


A expressão — Nova Aliança — faz ver que houve, em tempo, uma outra aliança, que, destarte, fica sendo a velha.


Entre esta e aquela medeia um abismo de distância evolutiva. A primeira se reporta ao pacto mosaico, firmado com o povo judeu, encerrando o conceito humano do Deus único, a quem se denominou Jeová. Seu escopo era sobrepor o monoteísmo ao politeísmo.


Para lograr tal objetivo, justificava-se a violência, cerceando a liberdade em todos os setores, ditando regras e preceitos acompanhados de ameaças e severos castigos aos infratores. Tudo se impunha pela força e pelo terror.


Jeová era cioso dos seus direitos, lavrando sentenças em voz tonitroante, através de labaredas que lambiam as sarças do Sinai. Lutas cruentas e guerras de extermínio se sucediam, ensopando o solo de sangue e de lágrimas.


O ferro e o fogo vingavam a rebeldia da gentilidade idólatra. A fé não grangeava corações: impunha-se, reduzindo a ruínas e escombros as cidades e os povos recalcitrantes.


A Nova Aliança encerra ideal e programa diametralmente opostos. Fundada no amor, a ninguém constrange, por isso que não pretende impor dogmas nem princípios rígidos, mas revelar à humanidade as leis divinas, portanto naturais, que regem os seus destinos. É um pacto social, de caráter universitário.


Apresenta Deus, não mais como potência vingadora que destrói e aniquila, fomentando lutas cruentas, mas como Poder que edifica, orienta e conduz.


O Onipotente não é mais cabo de guerra, ou marechal de campo, porém, o Pai que recebe em seus braços, com bondade e doçura, os filhos transviados. O intérprete de sua vontade não é a casta sacerdotal fanática e vaidosa, eivada de pruridos particularistas: é o seu Cristo bem amado.


A Ele delegou poderes de firmar com os homens de todas as raças, nações e povos, a Nova Aliança, não mais provocando a efusão de sangue alheio, mas dando o seu próprio, como penhor de renúncia e sacrifício, em prol daqueles que, mergulhados nas trevas da ignorância e do pecado, necessitam de luz e de redenção.


Abolida foi por isso a violência, o emprego de todos os processos terroristas e liberticidas na implantação da Fé oriunda da Nova Aliança. Enquanto a Velha açulava os ânimos, originando lutas fratricidas, a Nova desperta os sentimentos altruístas, gerando apóstolos capazes de sacrificar a própria vida pela causada verdade que ilumina e da justiça que reabilita e santifica.


Onde sopra o espírito da Nova Aliança, aí há liberdade, contrastando com o da Velha, cujo fumo asfixiante sufocava os corações, obnubilando o entendimento. Segundo a Nova Aliança, Deus é o Pai comum, e os homens são todos irmãos, portanto iguais perante a soberana justiça,- sujeitos aos mesmos deveres e participantes dos mesmos direitos.


Só o caráter e a virtude assinalarão o grau evolutivo que distingue os homens entre si. Nenhum distintivo, título, marca ou rubrica, vigorará entre eles.


Uma só distinção revelará os que se acham sob o pálio da Nova Aliança: o amor recíproco, expresso no desejo de servir, na disposição de renunciar, sempre que da renúncia própria resulte um bem para outrem.


A Velha Aliança explorando o egoísmo humano, promete recompensas aos fiéis passivos, e cruéis penalidades aos rebeldes e relapsos. A Nova apela para a centelha divina que bruxoleia nas profundezas da alma humana, despertando-lhe as faculdades latentes para as nobres conquistas do Bem e do Belo.


Proclama e demonstra os proventos recíprocos que decorrem da solidariedade, como processo natural e prático de vencer os óbices do carreiro que todos têm de percorrer na consumação do destino comum.


Tal é, em ligeira síntese, a Nova Aliança, selada com o sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.


Vinícius