União e Unificação
Filhas e filhos da alma, que Jesus nos abençoe!
A união dos espíritas é ação que não pode ser postergada e a unificação é o laço de segurança dessa união.
A união vitaliza os ideais dos trabalhadores, mas a unificação conduz com equilíbrio pelas trilhas do serviço.
A
união demonstra a excelência da qualidade da Doutrina Espírita nos
corações, mas a unificação preserva essa qualidade, para que passe à
posteridade conforme recebemos do ínclito Codificador.
Em união somos felizes. Em unificação estamos garantindo a preservação do Movimento Espírita aos desafios do futuro.
Em
união teremos resistência para enfrentar o mal que existe em nós e
aquele que cerca o nosso caminho, tentando impossibilitar-nos o avanço.
Em unificação estaremos consolidando as atividades que o futuro coroará
de bênçãos.
Em
união marcharemos ajudando-nos reciprocamente. Em unificação estaremos
ampliando os horizontes da divulgação doutrinária em bases corretas e
equilibradas.
Com
união demonstraremos a nós mesmos que é possível amar sem exigir nada.
Com unificação colocaremos as ideias pessoais em planos secundários,
objetivando a coletividade.
Com
união construiremos o bem, o belo e o nobre. Com Unificação traremos de
volta o pensamento do Codificador, preservando a unidade da Doutrina e
do Movimento Espírita. Com união entre os companheiros encarnados,
tornaremos mais fácil o intercâmbio entre nós outros, os que os
precedemos na viagem de volta, e eles, que rumam pela estrada difícil.
Com unificação estaremos vivenciando o Evangelho de Jesus quando o
Mestre assevera: Um só rebanho , um só pastor.
Unindo-nos,
como verdadeiros irmãos, estabeleceremos o laço de identificação com os
propósitos dos Mentores da Humanidade, que esperam a influência que o
Espiritismo provocará no mundo, à medida que seja conhecido e adotado
nas áreas da ciência, das artes, do pensamento filosófico e das
religiões.
União para unificação, meus filhos, é o desafio do momento.
Rogando a Jesus que nos abençoe e nos dê a sua paz, o servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra
Mensagem
psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, por ocasião do
encerramento do 1º Congresso Espírita do Estado do Rio de Janeiro, na
manhã de 25.01.2004, na sede da Federação Espírita do Rio de Janeiro, em
Niterói, RJ.
Em 29.12.2009.
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quarta-feira, 27 de março de 2013
União e Unificação
Embaixadores do Reino
A
sinfonia da Boa Nova encontrava-se no auge da sua musicalidade,
enternecendo os corações antes em angústia e confortando as mentes que
se encontravam desarvoradas.
Em
toda parte, no abençoado solo de Israel, o doce canto penetrava a
acústica das almas, da mesma forma que o sândalo suavemente é absorvido
por qualquer superfície porosa.
Tratava-se de uma epopeia que atingia o clímax e nunca mais se repetiria na Terra, jamais igualada em todo o seu esplendor.
A
passagem iridescente por onde Ele deambulava, enriquecia-se de belezas
espirituais e uma permanente aragem de esperança e de paz permaneceria
assinalando as ocorrências ditosas.
Em
madrugada que se fazia bordada de luz, Ele reuniu os Seus, em
Cafarnaum, às margens do mar-espelho, e lhes explicou ternamente como
seria o programa de engrandecimento moral que estava traçado para toda a
Humanidade.
Era necessário empreender a desafiadora façanha de informar às gentes de todo lugar o seu conteúdo invulgar.
Na
Sua condição de rei, deveria visitar as regiões bravias e difíceis de
comunicação, nas quais necessitava instalar os alicerces do reino, para
tanto, enviaria embaixadores que se encarregariam de anunciá-lO, de
abrir clareiras nas selvas dos sentimentos devastados pelas paixões
primárias, proporcionando espaços para a fixação dos pilotis do amor e
da compaixão, sobre os quais seria erguido o altar da caridade.
Aqueles eram dias de egoísmo, de soberba, de intérminas batalhas nas quais predominavam os ódios e as rixas perversas.
O
ser humano era escravo dos dominadores mais astutos e impiedosos, que
os submetiam ao talante das suas misérias morais interiores.
Não brilhava o sol da esperança e muito menos a doce possibilidade de compaixão.
A
miséria espiritual transbordava, e as pessoas encontravam-se submetidas
aos preconceitos, às situações, de penúria e de abandono.
De certo modo, ainda hoje é quase assim...
O
processo da evolução íntima do Espírito, que deve abandonar o
primarismo de onde procede, na busca dos alcantis do infinito, é longo e
penoso...
Envolvendo
os discípulos selecionados para o mister especial, tocou-os, um a um,
transmitindo-lhes a santificada energia que O caracterizava, e
esclareceu:
-Ide em paz e com irrestrita confiança no Pai.
Nunca
temais, seja o que for, porquanto estais investidos do mandato superior
e conseguireis avançar imunes às agressões, às picadas dos escorpiões e
das serpentes que ficarão esmagados sob vossos pés, enquanto as vossas
vozes calarão a agressão dos Espíritos perversos, zombeteiros e
causadores do pânico nas multidões desavisadas...
Seguireis
amparados pelas legiões angélicas, encarregadas de trabalhar a
Humanidade e nela renascer através dos séculos para recordar e ampliar
as sublimes propostas que apresentareis.
Inspirar-vos-ão e ouvir-vos-ão, num contínuo intercâmbio de amor.
Ninguém terá como silenciar-vos as vozes, e todos se vos submeterão ao canto incomparável com as revelações da verdade...
Depois, eu próprio vos seguirei, fixando as estrelas do Evangelho no zimbório das almas em escuridão.
Abençoo-vos em nome de meu Pai e despeço-me em paz.
* * *
Eram
setenta discípulos preparados para a propaganda e difusão da Sua
mensagem insuperável. Estavam assinalados pela autoridade moral e
identificados pelo profundo sentimento de fraternidade.
Haviam
renascido para participar da grandiosa envergadura espiritual e
deveriam trabalhar enriquecidos pela alegria inaudita do bem fazer.
Quando
o Sol diluía nas águas doces e transparentes do mar os seus raios de
ouro disparados com certeira pontaria, eles partiram em cânticos de
júbilos...
* * *
A
partitura imensa, na qual estavam grafadas as harmonias da Boa Nova,
alcançava aldeias humildes e cidades orgulhosas, perpassavam pelos
caminhos impérvios e se expandia pelas estradas bem cuidadas, em
perfeita identificação com o Cantor, onde quer que se encontrasse.
A
sociedade terrestre sempre aflita e sofrida, que transpirava horror e
decomposição espiritual, passou a receber o bálsamo sarador e a força
revigorante para que pudesse superar a difícil conjuntura do seu estágio
primitivista.
Ele
inaugurava, naqueles dias, a era das provas e expiações, proporcionando
os recursos valiosos para que se pudessem suportar as dificuldades da
evolução.
O largo período de selvageria e impiedade cederia lugar lentamente a uma fase nova de esperança e de certeza de paz.*
Os dias correram céleres na ampulheta do tempo e os embaixadores desincumbiram-se da responsabilidade que lhes foi concedida.
Num entardecer de sol desfiando plumas de luz de cor variada, eles retornaram exultantes.
Diante da multidão, na mesma praia de Cafarnaum, de onde saíram, eles se apresentaram e depuseram:
Em
toda parte proclamamos a Era Nova, explicando que um reino de paz se
acercava, iniciando-se no coração do ser humano, e que avançará ditoso
no rumo do futuro feliz.
Desafiados
por saduceus hipócritas e pretorianos insensíveis, perseguidos por
fariseus fanáticos e cínicos, assim como pela malta sempre revoltada,
demonstrando o poder que nos foi conferido, curamos as suas mazelas em
nome do nosso Rei, submetemos Espíritos vingativos, saramos feridas,
restituímos visão aos cegos, audição aos surdos, movimentos aos
paralíticos e alegria aos tristes em momentos de inconfundível ligação
com Deus.
Nenhum
mal nos aconteceu, e sempre conseguimos anunciar o amanhecer de um novo
tempo com os olhos iluminados pela alegria e os corações pulsando
felicidade.
Algumas
cidades de prazer e de loucura gargalharam das nossas palavras, mas
sempre encontramos infelizes à espera de compaixão e de ajuda.
Vimos rostos desfigurados pela lepra sorrir de alegria e vidas despedaçadas recompor-se ao toque da esperança.
A
vossa palavra em nossas bocas soava como cânticos nunca dantes
enunciados ou ouvidos e nossas presenças tornaram-se fortaleza para os
fracos e apoio para os oprimidos.
Estão lançadas as balizas do reino que Vos pertence, Senhor!
Jubiloso,o Rabi sábio novamente os abençoou, e dirigindo-se à massa em expectativa emocionada, lamentou:
Ai
de ti, Corazim! Ai de ti Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidon se
tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se
teriam arrependido, assentadas em pano de saco e cinza.
Contudo, no juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidon, do que para vós outras.
Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até o céu? Descerás até o inferno?
Leve
palor tomou-Lhe a bela face, como resultado da percepção de que as
grandiosas Corazins e Betsaidas do futuro, por largo período prefeririam
o bezerro de ouro àave de luz do Seu amor.
*
Passaram-se
muitos séculos. Seus embaixadores continuam renascendo em todas as
épocas, proclamando a Boa Nova, e os ouvintes permanecem moucos com os
sentimentos enregelados nas paixões vergonhosas.
Em
consequência, acumulam-se as nuvens borrascosas na imensa Galileia
moderna, a Sua voz continua chamando vidas para o Seu reino, enquanto o
corcel rápido da fantasia e da luxúria, é conduzido pelos seus
cavalgadores na direção dos abismos...
Ai de vós, que tendes ouvido e visto o amanhecer de bênçãos e optais pela triste noite de pesadelos e de horror!
Os embaixadores estão ao vosso lado: cuidai de ouvi-los, quando se inicia o período de regeneração da Humanidade!
Amélia RodriguesPsicografia de Divaldo Pereira Franco, na reunião da noite de 16 de
julho de 2012, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 2.1.2013
Parábolas e símbolos
Pergunta-se, frequentemente, por qual razão falava Jesus por parábolas.
A interrogação pode ser respondida após breve e cuidadosa reflexão.
Desejando
que a Sua mensagem ultrapassasse o tempo em que era enunciada e o lugar
em que se fazia ouvida, não poderia ficar encerrada nas formulações
verbais vigentes, pela pobreza da própria linguagem.
Se assim fora, à medida que o tempo avançasse, ficaria superada em razão da maneira como fora formulada.
Utilizando-se, porém, da parábola, do conhecimento dos símbolos, deu-lhe caráter de permanência em todas as épocas.
A
Semiótica ou disciplina que estuda os símbolos, demonstra a facilidade
que os mesmos representam para o entendimento de tudo quanto é
transcendental ou subjetivo, tornando-o de fácil identificação. Talvez o
símbolo seja o recurso mais recurso de comunicação entre os seres
humanos.
Especialistas
em paleontologia encontraram-nos gravados em cascas de ovos há mais de
sessenta mil anos, o que confirma a sua perenidade.
Todo
símbolo reveste-se de um significado, não somente num como em todos os
lugares, em qualquer idioma ou dialeto, facilitando o entendimento da
sua representação.
Demais,
uma narrativa amena, em forma de parábola, facilmente é entendida, ao
mesmo tempo, memorizada, e quando é narrada, embora se alterem as
palavras, o símbolo nela incluído ressalta e preserva-lhe o significado.
Convivendo
com mentes pouco esclarecidas culturalmente, numa época de
obscurantismo e de graves superstições, deveria superar os limites de
então e coroar as futuras conquistas do conhecimento intelectual.
Concomitantemente,
o seu objetivo era o de insculpir o pensamento no imo das emoções, e as
parábolas, por centrarem o seu significado nos símbolos, jamais seriam
olvidadas ou adulteradas.
Caberia
à psicologia do futuro penetrar nos arcanos do inconsciente humano, no
qual se arquivam todos os acontecimentos e se transformam em símbolos,
que se fazem decompostos à medida que são liberados em catarse
espontânea...
Uma figueira brava e uma rede de pescar, uma pérola e uma semente de mostarda em qualquer idioma e em todas as épocas preservam a sua realidade, facilitando o entendimento da narrativa na qual comparecem.
Desejando apresentar o reino dos Céus de
forma inconfundível como deveria ser, totalmente desconhecido então,
explicitado num símbolo adquiria fácil compreensão dos ouvintes e mais
acessível assimilação emocional.
A
moderna psicologia analítica, assim como a psicanálise penetram nos
símbolos para interpretar os arquétipos, as heranças ancestrais, os
mitos e contos de fadas, que se encontram arquivados nos recessos
profundos do inconsciente humano.
Recorrem
aos sonhos e às associações, para desvelar as imagens sombreadas e
guardadas em símbolo que, interpretados, facultam trabalhar-se os
conflitos, a fim de dilui-los.
Jesus
foi e permanece sendo o mais qualificado psicoterapeuta da Humanidade,
antecipando as doutrinas psicológicas, a fim de iluminá-las quando
surgissem.
* * *
Todos os seres humanos têm no seu jornadear conflitos semelhantes aos do filho pródigo, que
foge do lar, atraído pela ilusão do prazer e, tombando na realidade
angustiante que desconhecia, retorna à segurança do pai generoso...
Como expressar em profundidade excepcional a lição do bom samaritano, propondo o amor ao inimigo em forma de caridade compassiva, senão conforme o fez Jesus?
A reflexão em torno das virgens loucas, insensatas e das prudentes, que se preservaram, teoriza, de forma segura, o significado da fidelidade ao dever de maneira muito especial.
O pastor que
vai em busca da ovelha extraviada, assim como a mulher que procura a
dracma perdida, são especiais e inesquecíveis ensinamentos sobre a
valorização e a dedicação pessoal.
As
extraordinárias imagens simbólicas de que Ele se utilizou para ser
compreendido e dizer da Sua grandeza sem autoencômios nem relevações
desnecessárias, refletem-Lhe a sabedoria:
- Eu sou a luz do mundo...
- Eu sou a porta das ovelhas...
- Eu sou o caminho, a verdade e a vida...
- Eu sou o pão da vida...
- Eu sou a videira...
-Aquele que beber da água que eu lhe der...
Nas admoestações, os Seus célebres ais ainda convidam à meditação:
- Ai de vós os ricos!...
-Ai de ti Corazim! Ai de ti Betsaida!...
-Ai do homem pelo qual vem o escândalo...
-Ai de vós escribas e fariseus...
-Ai de vós, porque sois semelhantes aos túmulos...
Não menos enriquecedores são os postulados de amor e de promessa de plenitude em favor daqueles que Lhe forem fiéis:
- O que fizerdes a um destes em meu nome...
- Eu vos apresentarei a Meu Pai...
-Eu vos mando como ovelhas mansas...
-Eu os aliviarei...
As canções de exaltação penetram, ainda hoje, a acústica de todas as almas, que Lhe ouvem os enunciados incomparáveis:
- Um homem tinha dois devedores...
- Ide convidar os estropiados, os excluídos, os infelizes...
- O Reino dos Céus é semelhante a um homem que...
-Eu estarei convosco para sempre...
* * *
As suaves parábolas de Jesus são o coroamento melódico da sinfonia das bem-aventuranças que a Humanidade jamais olvidará.
Todos os seres
humanos estão incluídos no sermão do monte, quando o amor se transforma
na fonte inexaurível da trajetória evolutiva dos Espíritos.
Por fim, Ele exclamou:
- O Reino dos Céus está dentro de vós...
Exultai!
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na reunião
mediúnica de 6 de novembro de 2012, no Centro Espírita Caminho da
Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 11.3.2013.
mediúnica de 6 de novembro de 2012, no Centro Espírita Caminho da
Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 11.3.2013.
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