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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

JOSÉ HERCULANO PIRES, EXPLICA AS DESENCARNAÇÕES COLETIVAS:

DESENCARNAÇÕES COLETIVAS
JOSÉ HERCULANO PIRES, EXPLICA AS DESENCARNAÇÕES COLETIVAS:
No Centro Espírita Lola Nave, da capital paulista, foi feito um diálogo aberto e livre de perguntas e respostas durante os trabalhos espíritas na noite de 1° de julho passado, trazendo à baila acontecimentos como o choque no pouso do avião da TAM, o afundamento do navio Titanic, a derrubada das Torres Gêmeas do Worl Trad Center, em Nova Iorque, o acidente do submarino atômico russo e trazendo nesse enfoque de resgates coletivos o incêndio do Edifício Joelma, e o incêndio do Edifício Andraus, em São Paulo e outros tantos acidentes trágicos, registrados ao longo do tempo.
Reportamo-nos aos escritos psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier e interpretaados por J. Herculano Pires, no livro Chico Xavier pede licença (GEEM), por Espíritos diversos.
No capítulo As Leis da Consciência, Herculano comenta a resposta de Emmanuel no capítulo anterior - Desencarnações coletivas, em que o benfeitor espiritual responde à pergunta: "Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos de grandes incêndios?"
"A resposta de Emmanuel vem do plano espiritual e acentua o aspecto terreno dos encarnados em virtude de um fator psicológico: o das leis da consciência. Obedecendo a essas leis, as vítimas de mortes coletivas aparecem como as mais severas julgadoras de si mesmas. São almas que se punem a si próprias em virtude de haverem crescido em amor e trazerem consigo a justiça imanente. Se no passado erraram, agora surgem como heroínas do amor no sacrifício reparador.
As leis da Justiça Divina estão escritas na consciência humana. Caim matou Abel por inveja e a sua própria consciência o acusou do crime. Ele não teve a coragem heróica de pedir a reparação equivalente, mas Deus o marcou e puniu. Faltava-lhe crescer em amor para punir-se a si mesmo. O símbolo bíblico nos revela a mecânica da autopunição cumprindo-se compulsoriamente. Mas, nas almas evoluídas a compulsão é substituída pela compaixão.
Para a boa compreensão desse problema precisamos de uma visão clara do processo evolutivo do homem. Como selvagem ele ainda se sujeita mais aos instintos do que à consciência. Por isso não é inteiramente responsável pelos seus atos. Como civilizado ele se investe do livre-arbítrio que o torna responsável. Mas o amor ainda não o ilumina com a devida intensidade. As civilizações antigas (como o demonstra a própria Bíblia) são cenários de apavorantes crimes coletivos, porque o homem amava mais a si mesmo do que aos semelhantes e a Deus. Nas civilizações modernas, tacadas pela luz do Cristianismo, os processos de autopunição se intensificam.
O suicídio de Judas é o exemplo da autopunição determinada por uma consciência evoluída. O que ocorreu com Judas em vida, ocorre com as almas desencarnadas que enfrentam os erros do passado na vida espiritual. Para encontrar o alívio da consciência elas sentem a necessidade (determinada pela compaixão) de passar pelo sacrifício que impuseram aos outros. Mas o que é esse sacrifício passageiro, diante da eternidade do espírito? A misericórdia divina se manifesta na reabilitação da alma após o sacrifício para que possa atingir a felicidade suprema na qualidade de herdeira e co-herdeira de Cristo, segundo a expressão do apóstolo Paulo.
Encarando a vida sem a compreensão das leis da consciência e do processo da reencarnação não poderemos explicar a Justiça de Deus - principalmennte nos casos brutais de mortes coletivas. Os que assim perecem estão sofrendo a autopunição de que suas próprias consciências sentiram necessidade na vida espiritual. A diferença entre esses casos e o de Judas é que essas vítimas não são suicidas, mas criaturas submetidas à lei de ação e reação.
Judas apressou o efeito da lei ao invés de enfrentar o remorso na vida terrena. Tornou-se um suicida e aumentou assim a própria culpa, rebelando-se contra a Justiça Divina e tentando escapar dela."
ARTHUR PUXIAN - Jornal O Semeador - setembro/07