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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

VAIDADE " soberba, sob seus vários aspectos constitui a pedra de tropeço que embarga nossos passos na conquista dos bens imperecíveis consubstanciados no reino de Deus."

 


Dizemos - vítimas - porque realmente o são todos os que se deixam enredar nas malhas urdidas pelas múltiplas modalidades em que o orgulho se desdobra.Este mundo, como planeta de categoria inferior, é um grande palco de vaidades onde se entrechocam as vítimas daquele mal.

A vaidade sempre produz resultado oposto àquele a que suas vítimas aspiram, confirmando destarte a sábia assertiva do Mestre: "Os que se exaltam serão humilhados".

Se meditássemos na razão por que Jesus, no Sermão do Monte, primeiro contato que teve com o povo, iniciou aquela prédica dizendo - bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus -, ficaríamos sabendo que a soberba, sob seus vários aspectos constitui a pedra de tropeço que embarga nossos passos na conquista dos bens imperecíveis consubstanciados no reino de Deus.

Geralmente se costuma glosar em todos os tons a vaidade da mulher. E que diremos da do homem? A vaidade da mulher está na periferia, é inócua, quase inocente. Seus efeitos recaem sobre ela própria, não afeta terceiros; demais, o tempo mesmo se incumbe de corrigi-la, mostrando-lhe a ingenuidade de sua presunção.

E a do chamado sexo forte? Realmente, ao menos nesse particular a denominação assenta-lhe perfeitamente. A vaidade do homem é profunda, radica-se nos refolhos recônditos do seu coração. E' cruel, é feroz e sinistra em seus malefícios, cujos efeitos, por vezes, separam amigos, destroem povos e arruinam nações.

A vaidade do homem tem feito correr rios de sangue e torrentes de lágrimas, estendendo o negro véu da orfandade sobre milhares de seres que mal haviam iniciado a existência.

Para comprovarmos o asserto, temos o testemunho da história do passado e a do presente. Que fizeram os tiranos ditadores de ontem e de hoje? Que fator, senão a vaidade, preponderou no ânimo dos Napoleões, dos Júlios Césares, dos Hitlers e dos Mussolinis, levando-os a desencadearem conflagrações, cada um na sua época, tripudiando sobre a vida humana, o direito, a liberdade e a justiça?

Diante, pois, dos flagelos e das hecatombes deflagradas pela vaidade masculina, que representam o "baton", o "rouge", o esmalte, as "permanentes" ? Coisas infantis, íngenuidades!

Cumpre ainda assinalarmos aqui que os edificantes exemplos de humildade registrados nos Evangelhos não tiveram nos homens os seus protagonistas, mas nas mulheres. Haja vista a atitude de Maria de Nazaré, já quando recebeu a investidura de Mãe do Cristo de Deus, já no que respeita à compostura em que se teve, acompanhando o desenrolar dos acontecimentos que se relacionavam com seu Filho, da manjedoura à cruz.

A figura quase apagada que Maria se conservou é o pedestal de glória em que refulge seu adamantino Espírito, ficando assim a justeza e a propriedade da sentença do Senhor: Os que se humilham serão exaltados.

Dizem que as guerras também contribuem para a obra da evolução. É certo que Deus sabe tirar das próprias loucura, que os homens cometem, os meios de corrigí-los e aperfeiçoá-los; todavia, não é menos certo que Deus não precisa nem necessita de tais insânias para realizar seus desígnios.

A guerra, portanto, sendo uma calamidade, uma infração monstruosa das leis humana e divina, nada pode apresentar que a justifique. Como fruto do atraso moral, da cegueira espiritual e da vaidade dos homens, está condenada e proscrita pela consciência cristã revivida e proclamada pela Terceira Revelação.

Vinícius

segunda-feira, 17 de maio de 2021

UM VERDADEIRO ISRAELITA: "Apresentava um Pai de misericórdia, de justiça e de amor em contraposição ao parcialíssimo Jeová, senhor dos exércitos;Não se submetia às tradições inócuas e combatia os dogmas e os ritos exteriores;

 

"Filipe achou Natanael e disse-lhe: Havemos achado aquele de que Moisés escreveu na lei e os profetas Jesus de Nazaré, filho de José. "Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré ! Disse-lhe Filipe: Vem e vê. "Jesus viu Natanaelvir ter com ele disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo. "João, 1:45-49)


Num dos versículos acima Jesus fez franco elogio a um homem "Eis um verdadeiro israelita em quem não há mácula".


Nos Evangelhos existem raras ocorrências dessa natureza e podem ser contadas. A apologia da personalidade de Natanael foi uma das poucas.


Não iremos, entretanto, nos aprofundar no mérito deste elogio, passando a discorrer sobre outros ensinamentos ensejados pelo trecho evangélico acima.


Afirma Mateus, em seu Evangelho, que Herodes indagou dos Príncipes dos sacerdotes e dos escribas do povo, onde haverá de nascer o Cristo. E eles disseram: Em Belém da Judéia, porque assim está escrito pelo profeta: "E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o guia que há de apascentar o meu povo de Israel" (Mateus, 2:4-6).


Mais adiante sustenta o mesmo apóstolo: "Ouvindo José que Arquelau reinava na Judéia em lugar de Herodes, receou ir para lá mas, avisado por meio de revelação espiritual, foi para a Galiléia, decidindo-se a habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora predito pelos profetas: "Ele será chamado Nazareno" (Mateus, 2:22-23).


A Galiléia era província bastante atrasada e Nazaré uma de suas principais cidades. Pelo fato de ser a região infestada de salteadores, sua reputação não era das melhores, sendo esse o motivo que levou Natanael a se surpreender com a afirmação de Filipe, de que o Cristo procedia de Nazaré, ou que Nazaré pudesse produzir alguma coisa boa.


João afirma nos versículos 41, 42 e 52, do Capítulo 7, do seu Evangelho, que havia controvérsia entre os judeus em torno da procedência do Cristo: "Vem pois o Cristo da Galiléia? Não diz a escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, e de Belém, da aldeia donde era Davi? Examina, e verás que da Galiléia nenhum profeta surgiu".


Essa idéia havia contaminado Natanael, e foi o que o levou a exclamar: "Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?".


Era questão pacífica entre os judeus que o Messias seria um profeta maior que Moisés e viria da linhagem de Davi.

Um grande rei era então esperado. Um guerreiro indômito era ansiosamente aguardado para, com sua espada, submeter todos os povos circunvizinhos e subtrair Israel do jugo romano. 

O Messias deveria ter o gênio expansionista de Moisés e viver como Davi, no fastígio da glória humana, impondo uma autoridade ímpar e abatendo com sua funda quantos Golias aparecessem.


O esperado Messias surgiu, entretanto, de modo a contrariar todas as expectativas alimentadas pelos orgulhosos escribas e fariseus.


- Nasceu numa cidade sem expressão e viveu numa província de reputação pouco invejável;


- Era filho de humilde carpinteiro;


- Seus companheiros de tarefa foram obscuros pescadores convocados às margens do Mar da Galiléia;


- Procurava, de preferência, os pequeninos e os humildes;


- Freqüentava a casa de publicanos e visitava outros pecadores;


- Apregoava a paz e a tolerância em vez da guerra e do ódio;


- Prometia a bem-aventurança aos pacificadores e aos mansos;


- Não cogitava ser o rei de Israel, na acepção humana;


- Apresentava um Pai de misericórdia, de justiça e de amor em contraposição ao parcialíssimo Jeová, senhor dos exércitos;


- Não se preocupava muito com a conversão dos grandes e potentados, mas caminhava léguas e léguas em demanda de um pecador que estivesse predisposto a aceitar a sua mensagem;


- Não se submetia às tradições inócuas e combatia os dogmas e os ritos exteriores;


- Apologiava os simples e limpos de coração e verberava a atuação dos escribas e fariseus hipócritas.


Tal situação jamais poderia vir ao encontro dos anseios nacionalistas e religiosos dos hebreus, e nem poderia encher as medidas daqueles que anulavam os preceitos da Lei de Deus por causa de suas tradições.


Como decorrência, o ódio transbordou e a crucificação do tão esperado Messias foi exigida em altos brados.


O Ungido de Deus pagou com a vida a "ousadia" de trazer ao mundo uma mensagem de luz e de amor.


Paulo A. Godoy

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O PROBLEMA DA LIBERDADE "...Só a educação pode produzir o milagre da regeneração comum..."


Emmanuel

 
Em verdade, o direito vem libertando os cidadãos da escura nódoa do cativeiro, no vasto círculo dos povos...
                                                                     *
Decretos e proclamações glorificam a liberdade...
Entretanto, o Homem, privilegiado herdeiro da inteligência, no mundo, ainda continua escravo adentro de si mesmo...
                                                                     *
Pesados grilhões acorrentam-no à inferioridade e à sombra, convertendo-o em fantasma de dor e treva, quando poderia erguer-se à condição de semeador de alegria e de luz...
                                                                     *
Mais que o rebenque dilacerante dos antigos capatazes de fazenda, a ira enrijece-lhe o coração, a avareza enregela-lhe o íntimo, a crueldade aguilhoa-lhe o sentimento, a incompreensão vergasta-lhe a alma e a ignorância espanca-o infatigável, ferindo-lhe a mente e a carne com os azorragues de seu nefasto domínio...
                                                                     *
Não valem ordenações  terrestres de liberdade para os instintos desabridos e será sempre perigoso ditar direitos humanos para seres racionais que se bestializam...
                                                                     *
Só a educação pode produzir o milagre da regeneração comum, porque, sem o Homem Renovado para o Infinito Bem, o mal se aproveitará de nossa desorientada independência para ampliar a infinita penúria...
                                                                     *
Não hesitaremos.
A única propriedade inalienável da criatura é a sua própria alma à frente do Criador e Pai.
                                                                     *
Somos aquilo que criamos em nós próprios.
                                                                     *
Temos o que detemos, assim como recolhemos o que semeamos.
                                                                     *
Liberemos nossas forças para a estruturação de novos destinos sob a Inspiração de Jesus.
                                                                     *
Enquanto o amor e a humildade não estabelecerem o seu império sobre nós, seremos invariavelmente vítimas potenciais do ódio e do orgulho, ameaçando a nossa própria felicidade pala auto-escravização no sofrimento.
                                                                     *
Não nos esqueçamos de que os grandes missionários emancipam as nações, mas somente nós mesmos poderemos redimir nossa alma cativa na Terra para o vôo sublime à gloriosa e definitiva libertação.

Da Obra “A Verdade Responde” – Espíritos: Emmanuel E André Luiz – Médium: Francisco Cândido Xavier
Digitado por: Lúcia Aydir
 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Requisitos para o Médium Seguro - João Cleofas

Requisitos para o Médium Seguro - João Cleofas

A fim de colimar êxito no empreendimento das comunicações espirituais inteligentes, deve o médium que se candidata ao ministério socorrista preencher, no mínimo, as seguintes condições:

Equilíbrio – Sem uma perfeita harmonia entre a mente e as emoções, dificilmente conseguem, os filtros psíquicos, coar a mensagem que provém do Mundo Maior.

Conduta – Não fundamentada a vida em uma conduta de austeridades morais, só mui raramente logra, o intermediário dos Espíritos, uma sintonia com os Mentores Elevados.

Concentração – Após aprender a técnica de isolar-se do mundo externo para ouvir interiormente, e sentir a mensagem que flui através das suas faculdades mediúnicas, poderá conseguir, o trabalhador honesto, registrá-la com fidelidade.

Oração – Não exercitando o cultivo da prece como clima de serenidade interior, ser-lhe-á difícil abandonar o círculo vicioso das comunicações vulgares, para ascender e alcançar uma perfeita identificação com os Instrutores da Vida Melhor.

Disposição – Não se afeiçoando à valorização do serviço em plena sintonia com o ideal espírita, compreensivelmente, torna-se improvável a colheita de resultados satisfatórios no intercâmbio medianímico.

Humildade – Escasseando o autoconhecimento, bem poucas possibilidades o médium disporá para uma completa assimilação do ditado espiritual, porquanto, nos temperamentos rebeldes e irascíveis a supremacia da vontade do próprio instrumento anula a interferência das mentes nobres desencarnadas.

Amor – Não estando o Espírito encarnado aclimatado à compreensão dos deveres fraternos em nome do amor que desculpa, do amor que ajuda, do amor que perdoa, do amor que edifica, torna-se, invariavelmente, medianeiro de Entidades perniciosas com as quais se compraz afinar.

O ministério do intercâmbio mediúnico é, sobretudo, um labor de auto-burilamento, no qual o encarnado mais se beneficia.

Quem não pretende domar-se, não consegue ajudar os que se debatem na indocilidade, sob as vergastadas da frustração e do equilíbrio.

Aquele que se recusa ascender por esta ou aquela razão, na teimosia das paixões em que se demora, sincroniza mentalmente com os Espíritos rebelados que o martirizam, e cuja companhia se lhe torna habitual.

Mediunidade é faculdade psíquica que se pode considerar meio, instrumento, ponte que faculta o intercâmbio entre duas situações vibratórias.

Aquele que não prepara este meio convenientemente, jamais logra sair de si mesmo, tão vencido se encontra pela predominância da personalidade em desalinho.

Ofertemos as nossas disposições a Jesus Cristo, o Amigo Operante, que soube transformar-se no excelente Médium de Deus, deixando que a suprema vontade do Pai se lhe fizesse a própria vontade, até o momento do holocausto por amor a todos nós.

Se não formos capazes de manter o nosso concurso mediúnico em forma de testemunho de amor pelo nosso próximo, na esfera física, não teremos condição de abrir a alma em flor ao sol da misericórdia divina, em benefício dos nossos irmãos infelizes do Mundo Espiritual, que esperam por nós.

Pelo Espírito de: João Cléofas
Psicografado por: Divaldo Pereira Franco
Livro: Intercâmbio Mediúnico – Salvador, BA: LEAL, 1986, cap. 12
 
Fonte: http://mediunsemediunidade.blogspot.com.br/2012/02/requisitos-para-o-medium-seguro-joao.html

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O Problema da Liberdade(...)"Só a educação pode produzir o milagre da regeneração comum, porque, sem o Homem Renovado para o Infinito Bem, o mal se aproveitará de nossa desorientada independência para ampliar a infinita penúria...


 

Emmanuel

Em verdade, o direito vem libertando os cidadãos da escura nódoa do cativeiro, no vasto círculo dos povos...
                                                                     *
Decretos e proclamações glorificam a liberdade...
Entretanto, o Homem, privilegiado herdeiro da inteligência, no mundo, ainda continua escravo adentro de si mesmo...
                                                                     *
Pesados grilhões acorrentam-no à inferioridade e à sombra, convertendo-o em fantasma de dor e treva, quando poderia erguer-se à condição de semeador de alegria e de luz...
                                                                     *
Mais que o rebenque dilacerante dos antigos capatazes de fazenda, a ira enrijece-lhe o coração, a avareza enregela-lhe o íntimo, a crueldade aguilhoa-lhe o sentimento, a incompreensão vergasta-lhe a alma e a ignorância espanca-o infatigável, ferindo-lhe a mente e a carne com os azorragues de seu nefasto domínio...
                                                                     *
Não valem ordenações t terrestres de liberdade para os instintos desabridos e será sempre perigoso ditar direitos humanos para seres racionais que se bestializam...
                                                                     *
Só a educação pode produzir o milagre da regeneração comum, porque, sem o Homem Renovado para o Infinito Bem, o mal se aproveitará de nossa desorientada independência para ampliar a infinita penúria...
                                                                     *
Não hesitaremos.
A única propriedade inalienável da criatura é a sua própria alma à frente do Criador e Pai.
                                                                     *
Somos aquilo que criamos em nós próprios.
                                                                     *
Temos o que detemos, assim como recolhemos o que semeamos.
                                                                     *
Liberemos nossas forças para a estruturação de novos destinos sob a Inspiração de Jesus.
                                                                     *
Enquanto o amor e a humildade não estabelecerem o seu império sobre nós, seremos invariavelmente vítimas potenciais do ódio e do orgulho, ameaçando a nossa própria felicidade pala auto-escravização no sofrimento.
                                                                     *
Não nos esqueçamos de que os grandes missionários emancipam as nações, mas somente nós mesmos poderemos redimir nossa alma cativa na Terra para o vôo sublime à gloriosa e definitiva libertação.

Da Obra “A Verdade Responde” – Espíritos: Emmanuel E André Luiz – Médium: Francisco Cândido Xavier
Digitado por: Lúcia Aydir
 

sábado, 10 de agosto de 2013

CONVITE À ORDEM

CONVITE À ORDEM
“Mas faça-se tudo com decência e ordem.”
(1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 14º, versículo 40.)
Ninguém desconsidere o imperativo da ordem, sejam quais forem os
argumentos nos quais estribe as próprias reações.
Ordem é sinônimo de evolução, de equilíbrio. Muitas vezes, constrangidos
pelas circunstâncias, somos convocados à rebelião na pressuposição de que
arrebentando as amarras a que nos atamos poderemos fruir liberdade.
Liberdade, todavia, que não se condiciona a diretrizes de segurança, mui
facilmente se converte em indisciplina que promove a anarquia e favorece a
libertinagem...
A ordem conduz ao entendimento dos deveres que ampliam as
possibilidades do ser a benefício do progresso.
Nesse particular a obediência às normativas superiores é dever
impostergável para os superiores resultados da vida.
Como devem os pais responsabilidade e esforço em prol da educação e da
preservação dos filhos, a estes cabem a submissão e a obediência.
Nem a chocante subserviência às condições arbitrárias, nem a indiferença
em face aos desvarios que se avolumam por toda parte.
Ordem significa, também, subordinação à Divina Vontade sem exigências
nem imposições.
Indispensável compreender a escala da evolução que a todos nos
identifica e a todos nos caracteriza. Assim considerando, há aqueles que são
os responsáveis pelo progresso, impulsionando a conquista e aqueles que são
cooperadores em diversos estágios do trabalho edificante. Contribuindo com
humildade e resignação, o homem se transforma em verdadeiro instrumento do
bem, desdobrando possibilidades e mantendo as condições de eficiência para
o engrandecimento do mundo e das demais criaturas.
Em toda parte a ordem é mensagem de Deus testificando a Sua
Imarcescível Grandeza e Perfeição.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Cada Qual

Cada Qual

Autor: Emmanuel (espírito)

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo”. - Paulo. I
(Corintios, 12:4).

Em todos os lugares e posições, cada qual pode revelar qualidades
divinas para a edificação de quantos com ele convivem.
Aprender e ensinar constituem tarefas de cada hora, para que
colaboremos no engrandecimento do tesouro comum
de sabedoria e de amor.
Quem administra, mais frequentemente pode expressar
a justiça e a magnanimidade.
Quem obedece, dispõe de recursos mais amplos para
demonstrar o dever bem cumprido.
O rico, mais que os outros, pode multiplicar o trabalho
e dividir as bênçãos.
O pobre, com mais largueza, pode amealhar a fortuna
da esperança e da dignidade.
O forte, mais facilmente, pode ser generoso, a todo instante.
O fraco, sem maiores embaraços, pode mostrar-se humilde,
em quaisquer ocasiões.
O sábio, com dilatados cabedais, pode ajudar a todos,
renovando o pensamento geral para o bem.
O aprendiz, com oportunidades multiplicadas, pode distribuir
sempre a riqueza da boa-vontade.
O são, comumente, pode projetar a caridade em todas as direções.
O doente, com mais segurança, pode plasmar as lições
da paciência no ânimo geral.
Os dons diferem, a inteligência se caracteriza por diversos graus,
o merecimento apresenta valores múltiplos, a capacidade é fruto
do esforço de cada um, mas o Espírito Divino que sustenta
as criaturas é substancialmente o mesmo.
Todos somos suscetíveis de realizar muito, na esfera de trabalho
em que nos encontramos.
Repara a posição em que te situas e atende aos imperativos do
Infinito Bem. Coloca a Vontade Divina acima de teus desejos,
e a Vontade Divina te aproveitará.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Fonte Viva

sexta-feira, 22 de março de 2013

ANTE A LIÇÃO DO SENHOR." ... Recebamos o dom das horas, como quem sabe que o tempo é o mais valioso empréstimo do Senhor à nossa estrada e, convertendo os minutos em ação construtiva e salutar, faremos a descoberta de nosso próprio mundo íntimo, em cuja maravilhosa extensão, a paz e o trabalho são os favores mais altos da vida..."


 
    Emmanuel
         Louvando os “pobres de espírito”, Jesus não exaltava a ignorância, a insuficiência, a boçalidade e a incultura.
         Encarecia a benção da simplicidade, que nos permite encontrar os mais preciosos tesouros da vida.
         Abençoava a humildade, que nos conduz à fonte da paz.
         Salientava a sobriedade que nos garante o equilíbrio.
         Destacava a paciência que nos dilata a oportunidade de aprender e servir.
         Se procuras o Mestre do Evangelho, não admitas que a tua fé se transforme em combustível ao fogo da ambição menos eficiente.
         Vale-te da lição de Jesus, à maneira do lavrador vigilante que sabe selecionar as melhores sementes a fim de enriquecer a colheita próxima ou à maneira do viajor que guarda consigo a lâmpada acesa para a vitória sobre as trevas.
Muita gente se alinha nos santuários da Boa Nova, procurando em Cristo um escravo suscetível de ser engajado a serviço de seus escusos desejos, buscando na proteção do céu, favorável clima à infeliz materialização de seus próprios caprichos, enquanto milhões de aprendizes da Divina Revelação se aglomeram nos templos do Mestre em torneios verbalísticos nos quais entronizam a vaidade que lhes é própria, tentando posições de evidência nos conflitos e tricas da palavra, em que apenas efetuam a mal versão das riquezas do espírito.
         Se a Doutrina Redentora do Bem Eterno é o caminho que te reclama a sublime aquisição da Vida Superior, simplifica a própria existência.
         Evitemos complicações e exigências que nada realizam em torno de nós senão amargura, desencanto e inutilidade.
         Recebamos o dom das horas, como quem sabe que o tempo é o mais valioso empréstimo do Senhor à nossa estrada e, convertendo os minutos em ação construtiva e salutar, faremos a descoberta de nosso próprio mundo íntimo, em cuja maravilhosa extensão, a paz e o trabalho são os favores mais altos da vida.
         Contentemo-nos em estruturar com bondade e beleza o instante que passa, cedendo-lhe o melhor de nós mesmos, a favor dos que nos cercam, e descerraremos o novo horizonte, em que a plenitude da simplicidade com Jesus nos fará contemplar, infinitamente, a eterna e divina alegria.  
  
Livro: Construção Do Amor   Autor: Francisco C. Xavier  -  Emmanuel
 

sábado, 16 de março de 2013

Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita-Livro I - Roteiro 4 - Módulo 2 A Missão de Jesus: guia e modelo da Humanidade

CRISTIANISMO E ESPIRITISMO
MÓDULO II - O CRISTIANISMO
• Tendo por missão transmitir aos homens o pensamento de Deus, somente a sua
doutrina (a do Cristo), em toda a pureza, pode exprimir esse pensamento. Allan
Kardec: A gênese. Cap. 17, it. 26.
• Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o
teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante
a este, é: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos
dependem toda a Lei e os profetas. (Mateus, 22:37-40) Esse ensinamento de Jesus
[...] é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres
do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal
respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que
para nós desejamos. Allan Kardec: O evangelho segundo o espiritismo. Cap. 11,
item 4.
• Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para servir de guia
e modelo?
“Jesus”. Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a
Humanidade pode aspirar na Terra. Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão
625.
A MISSÃO DE JESUS - GUIA E
MODELO DA HUMANIDADE
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
1. Jesus, guia e modelo da Humanidade
Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso
sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do
Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades
planetárias.
Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos,
ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a
solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas
vezes no curso dos milênios conhecidos.
A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim
de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e
os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia
a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu
Evangelho de amor e redenção. 17
Vemos, dessa forma, a excelsitude de Jesus, o construtor da nossa moradia,
planeta destinado à nossa melhoria espiritual .
Jesus [...], com as suas legiões de trabalhadores divinos, lançou o escopo da sua misericórdia
sobre o bloco de matéria informe, que a Sabedoria do Pai deslocara do Sol para
as suas mãos augustas e compassivas. Operou a escultura geológica do orbe terreno,
talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se
em amor, claridade e justiça. Com os seus exércitos de trabalhadores devotados, estatuiu
os regulamentos dos fenômenos físicos da Terra, organizando-lhes o equilíbrio futuro
na base dos corpos simples de matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrenos
puderam identificar por toda a parte no universo galáxico. Organizou o cenário
SUBSÍDIOS
MÓDULO II
Roteiro 4
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 4 - A Missão de Jesus: guia e modelo da Humanidade
da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir.
Fez a pressão atmosférica adequada ao homem, antecipando-se ao seu nascimento no
mundo [...]. Definiu todas as linhas de progresso da humanidade futura, engendrando a
harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias. 18
Por ignorar o amor de Jesus e o trabalho que vem realizando ao longo
dos milênios, em nosso benefício, permanecemos imersos em sofrimentos
atrozes.
A ciência do mundo não lhe viu as mãos augustas e sábias na intimidade das energias que
vitalizam o organismo do Globo. Substituíram-lhe a providência com a palavra “natureza”,
em todos os seus estudos e análises da existência, mas o seu amor foi o Verbo da criação
do princípio, como é e será a coroa gloriosa dos seres terrestres na imortalidade sem-fim.
[...] Daí a algum tempo, na crosta solidificada do planeta, como no fundo dos oceanos,
podia-se observar a existência de um elemento viscoso que cobria toda a Terra. Estavam
dados os primeiros passos no caminho da vida organizada. Com essa massa gelatinosa,
nascia no orbe o protoplasma e, com ele, lançara Jesus à superfície do mundo o germe
sagrado dos primeiros homens. 19
Precisamos conhecer e sentir mais Jesus, estudar com dedicação os seus
ensinos, aceitar o seu jugo, divulgando a sua mensagem de amor.
Jesus, cuja perfeição se perde na noite imperscrutável das eras, personificando a sabedoria
e o amor, tem orientado todo o desenvolvimento da Humanidade terrena, enviando os
seus iluminados mensageiros, em todos os tempos, aos agrupamentos humanos e, [...]
desde que o homem conquistou a racionalidade, vem-lhe fornecendo a idéia da sua divina
origem, o tesouro das concepções de Deus e da imortalidade do Espírito, revelando-lhe,
em cada época, aquilo que a sua compreensão pode abranger. 22
Entendemos, dessa forma, por que os Espíritos Superiores afirmam ser
Jesus guia e modelo da humanidade.
Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar
na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é
a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm
aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava. 11
2. A mensagem cristã
Jesus tem por missão encaminhar a Humanidade terrestre ao bem, disponibilizando
condições para que o ser humano evolua em conhecimento e em
moralidade. «Tendo por missão transmitir aos homens o pensamento de Deus,
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
somente a sua doutrina, em toda a pureza, pode exprimir esse pensamento.
Por isso foi que ele disse: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será
arrancada.» 6
A vinda de Jesus foi assinalada por uma época especial. Os historiadores
do Império Romano sempre observaram com espanto os profundos contrastes
da gloriosa época de Augusto (Caio Júlio César Otávio), o primeiro imperador
romano, com os períodos anteriores e posteriores.
É que os historiadores ainda não perceberam, na chamada época de Augusto, o século do
Evangelho ou da Boa Nova. Esqueceram-se de que o nobre Otávio era também homem
e não conseguiram saber que, no seu reinado, a esfera do Cristo se aproximava da Terra,
numa vibração profunda de amor e de beleza. 13
Jesus chegou ao Planeta no reinado do sobrinho de Júlio César, Otávio,
também conhecido como Augusto César.
Acercavam-se de Roma e do mundo não mais Espíritos belicosos [...], porém outros
que se vestiriam dos andrajos dos pescadores, para servirem de base indestrutível aos
eternos ensinos do Cordeiro. Imergiam nos fluidos do planeta os que preparariam a
vinda do Senhor e os que se transformariam em seguidores humildes e imortais dos seus
passos divinos. É por essa razão que o ascendente místico da era de Augusto se traduzia
na paz e no júbilo do povo que, instintivamente, se sentia no limiar de uma transformação
celestial. Ia chegar à Terra o Sublime Emissário. Sua lição de verdade e de luz ia
espalhar-se pelo mundo inteiro, como chuva de bênçãos magníficas e confortadoras. A
Humanidade vivia, então, o século da Boa Nova. 14
A vinda do Cristo mostra que a Humanidade estava em condições de receber
ensinamentos superiores. «Começava a era definitiva da maioridade espiritual
da Humanidade terrestre, de vez que Jesus, com a sua exemplificação divina,
entregaria o código da fraternidade e do amor a todos os corações.» 20
Jesus nasceu num momento em que o mundo estava mergulhado numa
miscelânea de idéias religiosas, predominantemente politeístas. O «[...] mundo
era um imenso rebanho desgarrado. Cada povo fazia da religião uma nova fonte
de vaidades, salientando-se que muitos cultos religiosos do Oriente caminhavam
para o terreno franco da dissolução e da imoralidade [...].» 21
O [...] Cristo vinha trazer ao mundo os fundamentos eternos da verdade e do amor.
Sua palavra, mansa e generosa, reunia todos os infortunados e todos os pecadores. Escolheu
os ambientes mais pobres e mais desataviados para viver a intensidade de suas
lições sublimes, mostrando aos homens que a verdade dispensava o cenário suntuoso
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dos areópagos, dos fóruns e dos templos, para fazer-se ouvir na sua misteriosa beleza.
Suas pregações, na praça pública, verificam-se a propósito dos seres mais desprotegidos
e desclassificados, como a demonstrar que a sua palavra vinha reunir todas as criaturas
na mesma vibração de fraternidade e na mesma estrada luminosa do amor. Combateu
pacificamente todas as violências oficiais do judaísmo, renovando a Lei Antiga com a
doutrina do esclarecimento, da tolerância e do perdão. Espalhou as mais claras visões
da vida imortal, ensinando às criaturas terrestres que existe algo superior às pátrias, às
bandeiras, ao sangue e às leis humanas. Sua palavra profunda, enérgica e misericordiosa,
refundiu todas as filosofias, aclarou o caminho das ciências e já teria irmanado todas as
religiões da Terra, se a impiedade dos homens não fizesse valer o peso da iniqüidade na
balança da redenção. 21
A mensagem cristã causa impacto por ser límpida e cristalina, livre de
fórmulas iniciáticas ou de manifestações de culto externo.
Não se reveste o ensinamento de Jesus de quaisquer fórmulas complicadas. Guardando
embora o devido respeito a todas as escolas de revelação da fé com os seus colégios iniciáticos,
notamos que o Senhor desce da Altura, a fim de libertar o templo do coração
humano para a sublimidade do amor e da luz, através da fraternidade, do amor e do
conhecimento. Para isso, o Mestre não exige que os homens se façam heróis ou santos
de um dia para outro. Não pede que os seguidores pratiquem milagres, nem lhes reclama
o impossível. Dirige-se a palavra dEle à vida comum, aos campos mais simples do
sentimento, à luta vulgar e às experiências de cada dia. 32
A despeito do caráter reformador que Jesus imprimiu à Lei de Deus,
recebida mediunicamente por Moisés e conhecida como os Dez Mandamentos,
na verdade o Cristo ensinou como compreendê-la e demonstrou como
praticá-la.
Jesus não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus; veio cumpri-la, isto é, desenvolvê-la,
dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens. Por isso
é que se nos depara, nessa lei, os princípios dos deveres para com Deus e para com o
próximo, base da sua doutrina. [...] combatendo constantemente o abuso das práticas
exteriores e as falsas interpretações, por mais radical reforma não podia fazê-las passar,
do que as reduzindo a esta única prescrição: “Amar a Deus acima de todas as coisas e o
próximo como a si mesmo”, e acrescentando: aí estão a lei toda e os profetas. 1
3. Ensinamentos da mensagem cristã
A mensagem cristã nos esclarece que o «[...] Velho Testamento é o alicerce
da Revelação Divina. O Evangelho é o edifício da redenção das almas. Como tal,
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devia ser procurada a lição de Jesus, não mais para qualquer exposição teórica,
mas visando cada discípulo o aperfeiçoamento de si mesmo, desdobrando as
edificações do Divino Mestre no terreno definitivo do Espírito.» 23
Neste sentido, é importante compreender que o Cristianismo é «[...] a
síntese, em simplicidade e luz, de todos os sistemas religiosos mais antigos,
expressões fragmentárias das verdades sublimes trazidas ao mundo na palavra
imorredoura de Jesus.» 24
Sendo assim, o cristão verdadeiro «[...] deve buscar, antes de tudo, o modelo
nos exemplos do Mestre, porque o Cristo ensinou com amor e humildade
o segredo da felicidade espiritual, sendo imprescindível que todos os discípulos
edifiquem no íntimo essas virtudes, com as quais saberão remontar ao calvário
de suas dores, no momento oportuno.» 24
Assinalamos, em seguida, alguns ensinamentos que caracterizam a
mensagem cristã, sem guardarmos a menor pretensão de termos esgotado o
assunto.
• A humildade
«A manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo,
como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.» 19 Por
essa razão, afirmou Jesus: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles
é o Reino dos céus. (Mateus, 5: 3)
Dizendo que o reino dos céus é dos simples, quis Jesus significar que a ninguém é
concedida entrada nesse reino, sem a simplicidade de coração e humildade de espírito;
que o ignorante possuidor dessas qualidades será preferido ao sábio que mais crê em
si do que em Deus. Em todas as circunstâncias, Jesus põe a humildade na categoria das
virtudes que aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que dele afastam a criatura,
e isso por uma razão muito natural: a de ser a humildade um ato de submissão a Deus,
ao passo que o orgulho é a revolta contra ele. 2
• A lei de amor
O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência,
e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. [...] E o
ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas
esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações todas
as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos
seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade,
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ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! Ditoso aquele que ama, pois não
conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiro os pés e vive como que transportado,
fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra – amor, os povos
sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo. 5
A mensagem cristã é um poema sublime de amor que Jesus trouxe à
Humanidade.
Descendo à esfera dos homens por amor, humilhando-se por amor, ajudando e sofrendo
por amor, passa no mundo, de sentimento erguido no Pai Excelso, refletindo-Lhe a vontade
sábia e misericordiosa. E, para que a vida e o pensamento de todos nós lhe retratem
as pegadas de luz, legou-nos, em nome de Deus, a sua fórmula inesquecível: - “amai-vos
uns aos outros como eu vos amei”. 31
• Amor e justiça de Deus
O amor puro é o reflexo do Criador em todas as criaturas. Brilha em tudo e em tudo
palpita na mesma vibração de sabedoria e beleza. É fundamento da vida e justiça de toda
a Lei. Surge, sublime, no equilíbrio dos mundos erguidos à gloria da imensidade, quanto
nas flores anônimas esquecidas no campo. Nele fulgura, generosa, a alma de todas as
grandes religiões que aparecem, no curso das civilizações, por sistemas de fé à procura
da comunhão com a Bondade Celeste, e nele se enraíza todo impulso de solidariedade
entre os homens. 29
A mensagem cristã reflete o amor e a justiça de Deus, daí ser importante
compreender as suas lições.
O amor, repetimos, é o reflexo de Deus, Nosso Pai, que se compadece de todos e que a ninguém
violenta, embora, em razão do mesmo amor infinito com que nos ama, determine
estejamos sempre sob a lei da responsabilidade que se manifesta para cada consciência,
de acordo com as suas próprias obras. E, amando-nos, permite o Senhor perlustrarmos
sem prazo o caminho de ascensão para Ele, concedendo-nos, quando impensadamente
nos consagramos ao mal, a própria eternidade para reconciliar-nos com o Bem, que é
a Sua Regra Imutável. [...] Eis por que Jesus, o Modelo Divino, enviado por Ele à Terra
para clarear-nos a senda, em cada passo do seu Ministério tomou o amor ao Pai por
inspiração de toda a vida, amando sem a preocupação de ser amado e auxiliando sem
qualquer idéia de recompensa. 30
• Fidelidade a Deus
Ensina-nos Jesus que a primeira qualidade a ser cultivada no coração,
acima de todas as coisas, é a fidelidade a Deus. 15
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
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Na causa de Deus, a fidelidade deve ser uma das primeiras virtudes. Onde o filho e o pai
que não desejam estabelecer, como ideal de união, a confiança integral e recíproca? Nós não
podemos duvidar da fidelidade de Nosso Pai para conosco. Sua dedicação nos cerca os espíritos,
desde o primeiro dia. Ainda não o conhecíamos e já ele nos amava. E, acaso, poderemos
desdenhar a possibilidade da retribuição? Não seria repudiarmos o título de filhos amorosos,
o fato de nos deixarmos absorver no afastamento, favorecendo a negação? 15
Registra o livro Boa Nova, em relação ao assunto, que Jesus aconselhou
o apóstolo André nestes termos:
André, se algum dia teus olhos se fecharem para a luz da Terra, serve a Deus com a tua
palavra e com os ouvidos; se ficares mudo, toma, assim mesmo, a charrua, valendo-te
das tuas mãos. Ainda que ficasses privado dos olhos e da palavra, das mãos e dos pés,
poderias servir a Deus com a paciência e a coragem, porque a virtude é o verbo dessa
fidelidade que nos conduzirá ao amor dos amores! 16
A fidelidade a Deus é também sinônimo de amor, prédica resumida por
Jesus, segundo atesta o registro de Mateus. (Mateus, 22:37-39)
• Amor ao próximo
O amor aos semelhantes é um dos princípios basilares do Cristianismo,
incessantemente exemplificado por Jesus. Neste sentido, nos recorda o apóstolo
João, citando Jesus, respectivamente, em sua primeira epístola e no seu
evangelho: “Amados, amemo-nos uns aos outros” (1 João, 4:7). “Nisto todos
conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (João,
13:35)
Nem um só monumento do passado revela o espírito de fraternidade nas grandes civilizações
que precederam o Cristianismo. Os restos do Templo de Carnaque, em Tebas,
se referem à vaidade transitória. Os resíduos do Circo Máximo, em Roma, falam de
mentirosa dominação. As ruínas da Acrópole, em Atenas, se reportam ao elogio da inteligência
sem amor. [...] Antes do Cristo, não vemos sinais de instituições humanitárias de
qualquer natureza, porque, antes d´Ele, o órfão era pasto à escravidão, as mulheres sem
títulos, eram objeto de escárnio, os doentes eram atirados aos despenhadeiros da imundície
e os fracos e os velhos eram condenados à morte sem comiseração. Aparece Jesus,
porém, e a paisagem social se modifica. O povo começa a envergonhar-se de encaminhar
os enfermos ao lixo, de decepar as mãos dos prisioneiros, de vender mães escravas, de
cegar os cativos utilizados nos trabalhos de rotina doméstica, de martirizar os anciãos e
zombar dos humildes e dos tristes. [...] Sem palácio e sem trono, sem coroa e sem títulos,
o gênio da Fraternidade penetrou o mundo pelas mãos do Cristo, e, sublime e humilde,
continua, entre nós, em silêncio, na divina construção do Reino do Senhor. 32
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 4 - A Missão de Jesus: guia e modelo da Humanidade
É por essa razão que Jesus indica quais são os mandamentos mais importantes
da sua Doutrina: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração,
e de toda tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande
mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como
a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.
(Mateus, 22:37-40)
Entendemos, assim, que esse ensino de Jesus representa «[...] é a expressão
mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem
para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito,
que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós
desejamos.» 4
• O reino de Deus
Afirma Jesus: “O Reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem
dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque eis que o Reino de Deus está entre vós”.
(Lucas, 17:20-21)
Exegetas e teólogos, historiadores e pensadores, estudiosos e simples leitores, em significativa
maioria, parecem concordarem em que a pregação de Jesus gira em torno da
noção básica do Reino de Deus, que ele estabelece como meta a atingir, objetivo pelo
qual devem convergir todos os esforços, sacrifícios, renúncias e anseios. O caminho para
o Reino de Deus não é largo, amplo e fácil, contudo: é estreito e difícil. O instrumento
para sua realização é o amor a Deus e ao próximo, tanto quanto a si mesmo, um amor
total, universal, paradoxalmente uma extensão modificada do egoísmo, uma transcendência,
uma sublimação do egoísmo, pois amando aos outros tanto quanto amamos a
nós mesmos, estaremos doando o máximo, em termos humanos, tão poderosa é a força
da auto-estima em nós. Acima disso – “de todas as coisas” – disse ele – só o amor de
Deus. Esse programa, o roteiro, a metodologia que nos levam à conquista do Reino, que
– outro paradoxo – está em nós mesmos. Podemos, portanto, dizer que há duas tônicas,
duas dominantes, como objetivo da vida e a prática do amor como programa para essa
busca, como seu instrumento e veículo. 12
• A necessidade do perdão
Aproximando Pedro de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, até quantas vezes
pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse:
Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete.” (Mateus, 18: 21-22)
O [...] ódio e o rancor denotam alma sem elevação, nem grandeza. O esquecimento das
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ofensas é próprio da alma elevada, que paira acima dos golpes que lhe possam desferir.
Uma é sempre ansiosa, de sombria suscetibilidade e cheia de fel; a outra é calma, toda
mansidão e caridade. [...] Há, porém, duas maneiras bem diferentes de perdoar: uma,
grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem pensamento oculto, que evita, com
delicadeza, ferir o amor-próprio e a suscetibilidade do adversário, ainda quando este
último nenhuma justificativa possa ter; a segunda é a em que o ofendido, ou aquele que
tal se julga, impõe ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir o peso de um perdão
que irrita, em vez de acalmar; se estende a mão ao ofensor, não o faz com benevolência,
mas com ostentação, a fim de poder dizer a toda gente: vede como sou generoso! Nessas
circunstâncias, é impossível uma reconciliação sincera de parte a parte. Não, não há aí
generosidade; há apenas uma forma de satisfazer ao orgulho. 3
Vemos, assim que o perdão é, uma necessidade humana, caminho seguro
da felicidade.
Para a convenção do mundo, o perdão significa renunciar à vingança, sem que o ofendido
precise olvidar plenamente a falta do seu irmão; entretanto, para o espírito evangelizado,
perdão e esquecimento devem caminhar juntos, embora prevaleça para todos os instantes
da existência a necessidade de oração e vigilância. 26
• O valor da oração
Lembra-nos Jesus: “Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando,
crede que o recebereis e tê-lo-eis. E, quando estiverdes orando, perdoai, se
tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos
perdoe as vossas ofensas.” (Marcos, 11: 24-25)
Orienta também Jesus: “E quando orardes, não sejas como os hipócritas,
pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para
serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta,
ora a teu Pai, que vê o que esta oculto; e teu Pai que vê o que está oculto, te
recompensará. E orando, não useis vãs repetições, como os gentios, que pensam
que, por muito falarem, serão ouvidos.” (Mateus, 6: 5-7)
Jesus nos ensina como orar, dizendo: “Pai Nosso, que estás nos céus,
santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto
na terra, como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as
nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos
induzas à tentação, mas livra-nos do mal.” (Mateus, 6: 9-13.)
«A oração é divino movimento do espelho de nossa alma no rumo da
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Esfera Superior, para refletir-lhe a grandeza.» 26
Orar é identificar-se com a maior fonte de poder de todo o Universo, absorvendo-lhe as
reservas e retratando as leis da renovação permanente que governam os fundamentos da
vida. A prece impulsiona as recônditas energias do coração, libertando-as com as imagens
de nosso desejo, por intermédio da força viva e plasticizante do pensamento, imagens essas
que, ascendendo às Esferas Superiores, tocam as inteligências visíveis ou invisíveis que
nos rodeiam, pelas quais comumente recebemos as respostas do Plano Divino, porquanto
o Pai Todo-Bondoso se manifesta igualmente pelos filhos que se fazem bons. A vontade
que ora, tange o coração que sente, produzindo reflexos iluminativos através dos quais
o espírito recolhe em silêncio, sob a forma de inspiração e socorro íntimo, o influxo dos
Mensageiros Divinos que lhe presidem o território evolutivo, a lhe renovarem a emoção
e a idéia, com que se lhe aperfeiçoa a existência. 28
Os Ensinamentos de Jesus representam, pois, «[...] a pedra angular, isto
é, a pedra de consolidação do novo edifício da fé, erguido sobre as ruínas do
antigo.» 7
Sendo assim, chegará o dia em que estas palavras do Cristo se cumprirão:
“Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém
agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.” 8
(João, 10:16)
Por essas palavras, Jesus claramente anuncia que os homens um dia se unirão por uma
crença única; mas, como poderá efetuar-se essa união? Difícil parecerá isso, tendo-se
em vista as diferenças que existem entre as religiões, o antagonismo que elas alimentam
entre seus adeptos, a obstinação que manifestam em se acreditarem na posse exclusiva
da verdade. [...] Entretanto, a unidade se fará em religião, como já tende a fazer-se socialmente,
politicamente, comercialmente, pela queda das barreiras que separam os povos,
pela assimilação dos costumes, dos usos, da linguagem. Os povos do mundo inteiro
já confraternizam, como os das províncias de um mesmo império. Pressente-se essa
unidade e todos a desejam. Ela se fará pela força das coisas, porque há de tornar-se uma
necessidade, para que se estreitem os laços de fraternidade entre as nações; far-se-á pelo
desenvolvimento da razão humana, que se tornará apta a compreender a puerilidade de
todas as dissidências; pelo progresso das ciências, a demonstrar cada dia mais os erros
materiais sobre que tais dissidências assentam e a destacar pouco a pouco das suas fiadas
as pedras estragadas. Demolindo nas religiões o que é obra dos homens e fruto de sua
ignorância das leis de Natureza, a Ciência não poderá destruir, mau grado à opinião de
alguns, o que é obra de Deus e eterna verdade. Afastando os acessórios, ela prepara as
vias para a unidade. A fim de chegarem a esta, as religiões terão que encontrar-se num
terreno neutro, se bem que comum a todas; para isso, todas terão que fazer concessões e
sacrifícios mais ou menos importantes, conformemente à multiplicidade dos seus dogmas
particulares. 9 No estado atual da opinião e dos conhecimentos, a religião, que terá de
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EADE - Roteiro 4 - A Missão de Jesus: guia e modelo da Humanidade
congregar um dia todos os homens sob o mesmo estandarte, será a que melhor satisfaça
à razão e às legítimas aspirações do coração e do espírito; que não seja em nenhum ponto
desmentida pela ciência positiva; que, em vez de se imobilizar, acompanhe a Humanidade
em sua marcha progressiva, sem nunca deixar que a ultrapassem; que não for nem
exclusivista, nem intolerante; que for a emancipadora da inteligência, com o não admitir
senão a fé racional; aquela cujo código de moral seja o mais puro, o mais lógico, o mais
de harmonia com as necessidades sociais, o mais apropriado, enfim, a fundar na Terra
o reinado do Bem, pela prática da caridade e da fraternidade universais. 10
111
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
1. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Guillon
Ribeiro. 125. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 1, item 3, p. 58.
2. ______. Cap. 7, item 2, p.146-147.
3. ______. Cap. 10, item 4, p. 186-187.
4. ______. Cap. 11, item 4, p. 203.
5. ______. Item 8, p. 205.
6. ______. A gênese. Tradução de Guillon Ribeiro. 50. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2006. Cap. 17, item 26, p. 432.
7. ______. Item 28, p. 433.
8. ______. Item 31, p. 436.
9. ______. Item 32, p. 436-437.
10. ______. p. 437-438.
11. ______. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 88. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2006, questão 625, comentário, p. 346
12. MIRANDA, Hermínio C. Cristianismo: a mensagem esquecida. 1. ed. Matão
[SP]: O Clarim, 1988. cap. 12 (Cristianismo e a doutrina de Jesus), p. 294.
13. XAVIER, Francisco Cândido. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos.
33. ed. Rio de Janeiro, 2005. Cap. 1 (Boa nova), p. 17-18.
14. ______. p. 18.
15. ______. Cap. 6 (Fidelidade a Deus), p. 44.
16. ______. p. 48.
17. ______. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 33. ed. Rio de Janeiro:
FEB, 2006. Cap. 1 (A gênese planetária), item: A comunidade dos espíritos
puros, p. 17-18.
18. ______. Item: O divino escultor, p. 21-22.
19. ______. Item: O verbo na criação terrestre, p. 22-23.
20. ______. Cap. 12 (A vinda de Jesus), item: A manjedoura, p. 105.
21. ______. Item: A grande lição, p. 107-108.
22. ______. Emmanuel. Pelo Espírito Emmanuel. 25. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2005. Cap. 2 (A ascendência do evangelho), p. 25.
23. ______. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2005, questão 282, p.168.
24. ______. Questão 286, p. 169.
REFERÊNCIAS
EADE - Roteiro 4 - A Missão de Jesus: guia e modelo da Humanidade
112
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
25. ______. Questão 293, p. 172.
26. ______. Questão 340, p. 193.
27. ______. Pensamento e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 15. ed. Rio de Janeiro:
FEB, 2005. Cap. 26 (Oração), p. 119.
28. ______. p. 121-122.
29. ______. Cap. 30 (Amor), p. 136-137.
30. ______. p. 138-139.
31. ______. p. 139.
32. ______. Roteiro. Pelo Espírito Emmanuel. 11. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004.
Cap. 13 (A mensagem cristã), p. 59.
33. ______. Segue-me. Pelo Espírito Emmanuel. 7. ed. 1. ed. Matão [SP]: O
Clarim, 1992. Item: Fraternidade, p. 135-136.
EADE - Roteiro 4 - A Missão de Jesus: guia e modelo25. ______. Questão 293, p. 172.

quinta-feira, 7 de março de 2013

POBREZA QUE ENRIQUECE (...)os grandes Espíritos luminares, quando se lhes depara a necessidade de visitar, na regiões trevosas do umbral, os Espíritos que vivem na incompreensão e na rebeldia, revestem-se temporariamente de aparência menos radiante, com o objetivo de não chocá-los, face à situação de inferioridade na qual vivem e persistem; em outra palavras, os Espíritos Puros não se revelam com o resplendor espiritual que lhes é próprio quando objetivam atrair Espíritos que vivem estagnados nos planos espirituais menos evoluídos... .

POBREZA QUE ENRIQUECE
"Porque já sabeis a graça de Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre;
para que pela pobreza enriquecêsseis." (II Coríntios, 8:9)
O Apóstolo Paulo deixa bem claro, no versículo 9 da Epístola aos Coríntios, que Jesus Cristo se fez pobre para que pela sua pobreza, nós enriquecêssemos. Essa assertiva do Apóstolo dos Gentios equivale a dizer que a luz se ofuscou a si própria temporariamente, para que aqueles que estavam nas trevas e na ignorância se iluminassem.
A Doutrina Espírita esclarece que os grandes Espíritos luminares, quando se lhes depara a necessidade de visitar, na regiões trevosas do umbral, os Espíritos que vivem na incompreensão e na rebeldia, revestem-se temporariamente de aparência menos radiante, com o objetivo de não chocá-los, face à situação de inferioridade na qual vivem e persistem; em outra palavras, os Espíritos Puros não se revelam com o resplendor espiritual que lhes é próprio quando objetivam atrair Espíritos que vivem estagnados nos planos espirituais menos evoluídos.
Não existe palavra humana que possa traduzir em toda a sua magnitude e transcendência o fato ocorrido há quase vinte séculos do advento de Jesus Cristo entre nós: o Ungido de Deus descendo da sublimidade de sua glória para se nivelar à Humanidade da Terra com o nobre objetivo de revelar-lhe a grandiosidade do seu Evangelho. O manso Cordeiro de Deus, descendo da espiritualidade mais relevante, para enfrentar os lobos vorazes do fanatismo, do erro e da recalcitrância.
O Mestre, objetivando atingir o desiderato superior de sua sublime missão, revestiu-se de tudo aquilo que era peculiar às camadas mais obscuras da Terra, pois, vivendo entre os humildes e desprotegidos, haveria muito maior possibilidade de elevá-los ao fortalecimento da esperança nas recompensas futuras que o Alto reserva aos que se desincumbem satisfatoriamente dos seus deveres na pauta da vida terrena.
Na realidade, analisando-se o Novo Testamento, vemos que a missão de Jesus foi inteiramente desenvolvida entre os humildes e os desajustados:
- Nasceu em humilde aldeia, não tendo senão uma manjedoura para acomodá-lo;
- Seus pais eram criaturas das mais humílimas condições sociais
- Seus apóstolos foram convocados dentre obscuros pescadores;
- O cenário que serviu para o desempenho do seu Messiado foi todo ele dos mais singelos e os lugares onde o Senhor conviveu eram dos mais despretensiosos;
- Sua ação principal se processou no meio de sofredores do corpo e da alma e pecadores de todos os matizes.
Convivendo entre os humildes e os pecadores, o Mestre teve a oportunidade de fazer com que se capacitassem da importância de uma vivência equilibrada e segundo os moldes estabelecidos no Evangelho, de moralização e de conformação com os sábios desígnios de Deus.
Se o Nazareno tivesse nascido no seio das camadas mais opulentas da sociedade, é óbvio que a sua missão não teria sido tão bem sucedida. Ele seria recebido com reservas e com ceticismo.
Francisco de Assis, tendo Jesus como paradigma e compenetrado da importância de se ombrear com aqueles a quem pretendia servir e ensinar, ao ouvir na igreja de Porciúncula o célebre:
"Ide e pregai, dizendo que está próximo o reino dos céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os maus Espíritos, dai de graça o que de graça recebestes. Não possuais ouro nem prata, nem tragais dinheiro nas vossas cintas, nem alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem calçado, nem boldão; porque digno é o trabalhador do seu alimento", compreendeu o verdadeiro sentido espiritual de sua missão, despojando-se de todos os bens materiais para transmudar-se no "poverelo de Assis", a fim de que, através da sua pobreza, pudesse propiciar a todos a riqueza da autoiluminação.
Por isso, afirmou categórico o Converso de Damasco: "Jesus Cristo, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis".
Paulo A. Godoy
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