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quinta-feira, 7 de março de 2013

POBREZA QUE ENRIQUECE (...)os grandes Espíritos luminares, quando se lhes depara a necessidade de visitar, na regiões trevosas do umbral, os Espíritos que vivem na incompreensão e na rebeldia, revestem-se temporariamente de aparência menos radiante, com o objetivo de não chocá-los, face à situação de inferioridade na qual vivem e persistem; em outra palavras, os Espíritos Puros não se revelam com o resplendor espiritual que lhes é próprio quando objetivam atrair Espíritos que vivem estagnados nos planos espirituais menos evoluídos... .

POBREZA QUE ENRIQUECE
"Porque já sabeis a graça de Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre;
para que pela pobreza enriquecêsseis." (II Coríntios, 8:9)
O Apóstolo Paulo deixa bem claro, no versículo 9 da Epístola aos Coríntios, que Jesus Cristo se fez pobre para que pela sua pobreza, nós enriquecêssemos. Essa assertiva do Apóstolo dos Gentios equivale a dizer que a luz se ofuscou a si própria temporariamente, para que aqueles que estavam nas trevas e na ignorância se iluminassem.
A Doutrina Espírita esclarece que os grandes Espíritos luminares, quando se lhes depara a necessidade de visitar, na regiões trevosas do umbral, os Espíritos que vivem na incompreensão e na rebeldia, revestem-se temporariamente de aparência menos radiante, com o objetivo de não chocá-los, face à situação de inferioridade na qual vivem e persistem; em outra palavras, os Espíritos Puros não se revelam com o resplendor espiritual que lhes é próprio quando objetivam atrair Espíritos que vivem estagnados nos planos espirituais menos evoluídos.
Não existe palavra humana que possa traduzir em toda a sua magnitude e transcendência o fato ocorrido há quase vinte séculos do advento de Jesus Cristo entre nós: o Ungido de Deus descendo da sublimidade de sua glória para se nivelar à Humanidade da Terra com o nobre objetivo de revelar-lhe a grandiosidade do seu Evangelho. O manso Cordeiro de Deus, descendo da espiritualidade mais relevante, para enfrentar os lobos vorazes do fanatismo, do erro e da recalcitrância.
O Mestre, objetivando atingir o desiderato superior de sua sublime missão, revestiu-se de tudo aquilo que era peculiar às camadas mais obscuras da Terra, pois, vivendo entre os humildes e desprotegidos, haveria muito maior possibilidade de elevá-los ao fortalecimento da esperança nas recompensas futuras que o Alto reserva aos que se desincumbem satisfatoriamente dos seus deveres na pauta da vida terrena.
Na realidade, analisando-se o Novo Testamento, vemos que a missão de Jesus foi inteiramente desenvolvida entre os humildes e os desajustados:
- Nasceu em humilde aldeia, não tendo senão uma manjedoura para acomodá-lo;
- Seus pais eram criaturas das mais humílimas condições sociais
- Seus apóstolos foram convocados dentre obscuros pescadores;
- O cenário que serviu para o desempenho do seu Messiado foi todo ele dos mais singelos e os lugares onde o Senhor conviveu eram dos mais despretensiosos;
- Sua ação principal se processou no meio de sofredores do corpo e da alma e pecadores de todos os matizes.
Convivendo entre os humildes e os pecadores, o Mestre teve a oportunidade de fazer com que se capacitassem da importância de uma vivência equilibrada e segundo os moldes estabelecidos no Evangelho, de moralização e de conformação com os sábios desígnios de Deus.
Se o Nazareno tivesse nascido no seio das camadas mais opulentas da sociedade, é óbvio que a sua missão não teria sido tão bem sucedida. Ele seria recebido com reservas e com ceticismo.
Francisco de Assis, tendo Jesus como paradigma e compenetrado da importância de se ombrear com aqueles a quem pretendia servir e ensinar, ao ouvir na igreja de Porciúncula o célebre:
"Ide e pregai, dizendo que está próximo o reino dos céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os maus Espíritos, dai de graça o que de graça recebestes. Não possuais ouro nem prata, nem tragais dinheiro nas vossas cintas, nem alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem calçado, nem boldão; porque digno é o trabalhador do seu alimento", compreendeu o verdadeiro sentido espiritual de sua missão, despojando-se de todos os bens materiais para transmudar-se no "poverelo de Assis", a fim de que, através da sua pobreza, pudesse propiciar a todos a riqueza da autoiluminação.
Por isso, afirmou categórico o Converso de Damasco: "Jesus Cristo, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis".
Paulo A. Godoy
Padrões Evangélicos

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