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sexta-feira, 20 de julho de 2012

A Transição Planetária

A Transição Planetária

“Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.

O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral

Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.

Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.

Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.

Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.

Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.

Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes, que estimulem ao avanço e à felicidade.

Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.

Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.

A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.

Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...

A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.


A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude.

Há, em toda parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.

A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega da maneira espontânea, gerando lamentáveis conseqüências, que se avolumam em desaires contínuos.

É inevitável a colheita da sementeira por aquele que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.

Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que se lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.

Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.


A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.

Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos.

Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.

Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança.

Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.

O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.

Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.


Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.

O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.

São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões.

Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.


A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.

Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.

A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.

As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.

Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial.

A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.


Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.

Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.

Joanna de Ângelis.


(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 30 de julho de 2006, no Rio de Janeiro, RJ)

Reino dos Céus

Pesquisaste, arrebatado, páginas comoventes e nobres que
encerravam a linguagem do Reino dos Céus.

Ouviste expositores fluentes, informando as excelências do
Reino dos Céus.

Acompanhaste missionários que erigiram templos onde se
pudessem guardar as mensagens do Reino dos Céus.

Meditas, extasiado, sobre as paisagens do Reino dos Céus.

E sonhas, fascinado, ante a esperança de entrares no Reino
dos Céus.

Todavia estás na Terra...
Lama e dor em toda parte.
Ignomínia e crime em enxurradas de ódio onde flutuam venenos
 e pestes.
Mentiras e traições emoldurando as telas mentais dos homens.

E deixas que a amargura vinque a tua face, macerando tua alma...

Desejarias saltar do trampolim da fé as cristas procelosas do
oceano dos homens em aflição, atingindo a plataforma celeste,
de um só impulso.

Mal sabes que o escritor das páginas impregnadas de beleza
sofre também no vale das sombras, sedento de luz.

Ignoras que o pregador carrega urzes no coração e tem as mãos
feridas no trato com o trabalho.

Desconheces as lágrimas que se derramam pelas faces dos
apóstolos, no labor abençoado.

Não estás informado das distâncias entre o ensino e a ação,
nem te percebes de que há muito céu a descobrir nos corações
humanos e muita luz a esconder-se nas paisagens da aflição.

O céu do gozo começa na terra do trabalho, como a árvore gigante
surge na semente minúscula.

Desdobra as percepções e apura os ouvidos.

Muitos preconizam a paz social em guerrilhas familiares a que se
não podem furtar.

Outros ensinam a verdade, utilizando a astúcia, como se a
sagacidade fosse o instrumento de manejo nobre  a serviço
do ideal.

Encontrarás missionários atarefados com as igrejas e almas abandonadas sem pastores nem agasalhos.
Não intentes um paraíso para ti, longe do trabalho fraternal aos
irmãos da margem.

Nem acredites em repouso justo sem a contribuição do necessário cansaço.
Há muita felicidade que é ociosidade negativa, como muita
expressão que é veneno verbal.

"O Reino de Deus - disse o Mestre - está dentro de vós mesmos."

Atende ao aflito, vigia as tuas atitudes, espalha a luz do
entendimento, trabalha sem cansaço, verificando que o terreno
desolado, quando arroteado com amor e perseverança, se
transforma em jardim colorido e perfumado.

Busca, desse modo, os céus da santificação; primeiro, porém,
santifica-te na Terra, transformando-a em bendito pomar de
felicidade perene, a um passo da glória da Imortalidade.


[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Messe de Amor]
[Editora LEAL]

O Reino dos Céus

AUTOR: Amélia Rodrigues - IN: LIVRO "Dias Venturosos" - Psicografia de Divaldo P.Franco


Permaneciam, na musicalidade da natureza e na ressonância dos corações os acordos maviosos do incomparável Sermão da montanha.

A melodia daquele voz, que enunciara as prodigiosas lições de esperança e de paz, continuava em vibração doce no âmago de todos quantos a ouviram.

As palavras pareceram fundir-se nos sentimentos do público, assinalando de forma especial cada um dos que estiveram presentes, como jamais ocorrera anteriormente.

Qual se nunca houvesse existido o passado, tudo agora se resumia nas expectativas do futuro promissor.

As dores que, até então, significavam amargura, apreensão, pesar, perderam o significado perturbador, para assinalarem os seus portadores com diferentes expressões, que os tornariam eleitos para o porvir ditoso.

Antes, as dificuldades e os sofrimentos representavam desgraça, abandono do socorro divino, orfandade espiritual. A partir daquele momento, porém, não seria mais a mesma coisa, porque uma Era Nova se inciava, clareada por incomum sol de alegria, mensageiro de felicidade.

Desde quando Jesus se acercara da multidão às margens do lago de Genesaré, houve uma significativa alteração na vida antes tranquila e modorrenta dos habitantes da Região.

Acostumados à rotina e à submissão aos dominadores políticos e religiosos, todos cumpriam com os deveres lhes eram assinalados, deixando-se arrastar quase indiferentes pelos pequenos sucessos diários.

Todavia, quando se ouviram as primeiras notícias do Rabi, que Se transformou repentinamente no fulcro de todas as ansiedades, um bulício permanente passou a agitar as pessoas e as comunidades instaladas na sua orla.

De certo modo, aquelas águas piscosas, que refletiam os céus sempre azuis e transparentes, se tornaram a moldura fulgurante para a tela especial onde Ele começou a escrever a música sublime dos Seus ensinamentos, que jamais desapareceriam das paisagens terrenas.
Ao lado de todos esses sentimentos, incomuns para aquelas gentes simples e modestas da Galiléia, pairavam no ar dulcidas emoções que embalavam os corações em festa contínua.

Agora, a cada instante, chegavam novas notícias, informações a respeito dos Seus feitos e dos Seus ditos, de boca a boca, em festival de beleza e de encantamento incessante.

Os encontros sucediam-se, ora nas praias largas; em ocasiões outras, nas praças públicas onde se reuniam as pessoas de contínuo, na barca de Simão, que Ele havia elegido para tribuna de dissertações encantadoras, tendo em vista a avidez com que todos O buscavam.

O Seu contacto suavizava a aspereza dos comportamentos agressivos, das necessidades crescentes, dos sofrimentos sem quartel.

Estimulado por esse dealbar de ansiedades, após uma reunião, que tivera lugar no seu lar, quando o Mestre se dirigiu à praia para sintonizar com as forças vivas da Natureza e melhor comungar com Deus, Simão, enternecido aproximou-se, cuidadoso, e após sentir-se notado, justificou a presença, elucidando que necessitava de informações, a fim de acalmar o corcel desenfreado dos pensamentos que o dominavam naqueles dias.

A noite, esplêndida de estrelas, que lucilavam à distância, tinha quebrado o seu silêncio pelas ondas sucessivas que se arrebentavam nas areias de seixos e pedras miúdas, levemente sacudidas pela brisa, ou pelos indefiníveis sons que se misturavam ao perfume suave das flores silvestres.

Jesus sempre ouvia aqueles que O buscavam com um misto de ternura, bondade e mansidão, permitindo que se estabelecesse um intercâmbio de vibrações dulçurosas, que passariam a impregnar o interlocutor para sempre.

Animado pela expressão de doçura do Amigo silencioso e atento, o pescador inquiriu, de monstrando interessse justificado:
- Falas a respeito do reino dos Céus, enriquecendo-nos a imaginação com símbolos - incomuns para a nossa compreensão. Acreditamos nas Tuas palavras. No entanto, acostumados à pesca rude, aos trabalhos desgastantes, sem hábitos mentais diferentes, todos nos inquirimos como será esse lugar. Eu próprio me tenho interrogado onde fica e como é constituído.

Fez uma pausa, emocionado, como se estivesse concatenando as idéias, para logo prosseguir:
- Gostaria, Senhor, que me explicasses, a fim de que, entendendo, também eu o pudesse dizer aos companheiros que participam das mesmas interrogações.

Abarcando a noite luminosa que dominava a paisagem à vista, o Mestre, paciente, elucidou:
- O reino dos Céus é o recanto calmo e silencioso do mundo interior onde repousam todas as ansiedades. Enquanto se está na Terra, os seus domínios se ampliam pela consciência em tranquilidade, pelo dever rectamente cumprido, e domina o coração com bem-estar, envolvendo todo o mundo íntimo em harmonia.

Proporciona alegria de viver, confiança no futuro, equilíbrio de acção, e dá sentido à existência corporal. E mesmo quando advém a morte física do ser, ei-lo que se transfere para a Imortalidade.

Silenciou momentaneamente, a fim de facultar ao discípulo compreender o conteúdo da lição, logo prosseguindo:
- A vida na Terra é constituída pelo elementos que existem no Reino Eterno e que são adaptados pelas necessidades humanas ao seu desenvolvimento e progresso. Porque a criatura ainda se encontra em processo de evolução, as suas construções primárias e grosseiras, que lentamente se vão transformando para melhor, a esforço de cada um e de todos reunidos.

Observa a delicada flor do espinheiro, que oscila ao vento e constatarás que é elaborada com a mesma substância dos acúleos que existem nas hastes. A luz prateada do astro que se engasta no Infinito e que nos parece repousante quão fria, é ardente e insuportável na superfície dele. No orvalho que nos humedece a face e os cabelos tens o mar miniaturizado, mas não é o mar gigantesco em si mesmo, que está à nossa frente ...

Assim é o reino dos Céus, a que me refiro e que a todos nos aguarda.

As suas fronteiras não podem ser conhecidas, porque são infinitas; a sua constituição escapa a qualquer definição, somente podendo ser apreendida pela emoção e a razão que dispensam palavras. Lá, não existe sofrimento, nem medo. A alma, que o alcança, liberta-se de preocupações e ansiedades, usufruindo das alegrias que na Terra jamais experimentou. O amor é vivo e pulsante, irradiando-se em todas as direcções, qual música divina que enternece e sustenta a esperança, fundindo os corações uns nos outros, sem desconfiança, nem precipitação.

Envolvendo o discípulo, que tinha os olhos iluminados de esperança e sorria de júbilos ante a possibilidade de transladar-se para esse paraíso, prosseguiu:
- O homem no mundo tudo mede pela pequenez de sua capacidade de entender a vida, não conseguindo possuir capacidade mental para superar os limites nos quais se encontra, enjaulado pelo corpo. No entanto, porque a vida orgânica é transitória, momento chega em que ele se liberta do carcere pela morte e defronte o mundo da realide, que ultrapassa a sua capacidade de antecipação,no qual se não foi vitorioso na luta contra as paixões e os vícios que o infelicitam, prossegue sofrendo, apegado aos interesses doentios a que se entregou. No entanto, quando consegue libertar-se das algemas do pecado, das rudes injunções afligentes que o apequenam, havendo superado os desejos malsãos, a inferioridade, porque cultivou o amor e a virtude, adentra-se pelo reino dos céus, como triunfador após a refrega das batalhas vencidas e a superação dos sentimentos animais.

Calou-se, por instante, para logo concluir:
- A morte do justo, a grande libertadora, transporta-o para o país da felicidade total, que já carrega interiormente, e onde nunca mais se acabará.

Hoje estamos lançando as bases colossais desse futuro, e porque ainda não é conhecido, experimentaremos a incompreensão dos sensualistas e gozadores, dos que desfrutam o poder enganoso e a propriedade injusta... Dia virá, porém, que não está próximo nem longe, no qual, as criaturas compreenderão a necessidade de preparar-se para conquistá.lo e envidarão todos os esforços, entregando a própria vida física, a fim de desfrutarem dele por toda a Eternidade...

Não foi necessário dizer mais nada. O silêncio, que se fez natural, estava saturado de bençãos, e Simão, emocionado, deixou-se arrastar pelas esperanças de o conseguir, quase em êxtase de felicidade.

FONTE: Revista de Espiritismo (Federação Espírita Portuguesa) - Artigo Jan - Março 2006 nº.67
Autor Espíritual: Amélia Rodrigues
Psicografia de: Divaldo P. Franco
IN: "Dias Venturosos"