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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Reino dos Céus

Pesquisaste, arrebatado, páginas comoventes e nobres que
encerravam a linguagem do Reino dos Céus.

Ouviste expositores fluentes, informando as excelências do
Reino dos Céus.

Acompanhaste missionários que erigiram templos onde se
pudessem guardar as mensagens do Reino dos Céus.

Meditas, extasiado, sobre as paisagens do Reino dos Céus.

E sonhas, fascinado, ante a esperança de entrares no Reino
dos Céus.

Todavia estás na Terra...
Lama e dor em toda parte.
Ignomínia e crime em enxurradas de ódio onde flutuam venenos
 e pestes.
Mentiras e traições emoldurando as telas mentais dos homens.

E deixas que a amargura vinque a tua face, macerando tua alma...

Desejarias saltar do trampolim da fé as cristas procelosas do
oceano dos homens em aflição, atingindo a plataforma celeste,
de um só impulso.

Mal sabes que o escritor das páginas impregnadas de beleza
sofre também no vale das sombras, sedento de luz.

Ignoras que o pregador carrega urzes no coração e tem as mãos
feridas no trato com o trabalho.

Desconheces as lágrimas que se derramam pelas faces dos
apóstolos, no labor abençoado.

Não estás informado das distâncias entre o ensino e a ação,
nem te percebes de que há muito céu a descobrir nos corações
humanos e muita luz a esconder-se nas paisagens da aflição.

O céu do gozo começa na terra do trabalho, como a árvore gigante
surge na semente minúscula.

Desdobra as percepções e apura os ouvidos.

Muitos preconizam a paz social em guerrilhas familiares a que se
não podem furtar.

Outros ensinam a verdade, utilizando a astúcia, como se a
sagacidade fosse o instrumento de manejo nobre  a serviço
do ideal.

Encontrarás missionários atarefados com as igrejas e almas abandonadas sem pastores nem agasalhos.
Não intentes um paraíso para ti, longe do trabalho fraternal aos
irmãos da margem.

Nem acredites em repouso justo sem a contribuição do necessário cansaço.
Há muita felicidade que é ociosidade negativa, como muita
expressão que é veneno verbal.

"O Reino de Deus - disse o Mestre - está dentro de vós mesmos."

Atende ao aflito, vigia as tuas atitudes, espalha a luz do
entendimento, trabalha sem cansaço, verificando que o terreno
desolado, quando arroteado com amor e perseverança, se
transforma em jardim colorido e perfumado.

Busca, desse modo, os céus da santificação; primeiro, porém,
santifica-te na Terra, transformando-a em bendito pomar de
felicidade perene, a um passo da glória da Imortalidade.


[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Messe de Amor]
[Editora LEAL]

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