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quarta-feira, 21 de abril de 2021

TIRADENTES NOS BRAÇOS DE ISMAEL.


"resgatas hoje os delitos cruéis que cometeste quando te ocupavas do nefando mister do inquisidor, nos tempos passados. Redimiste o pretérito obscuro e criminoso com as lágrimas do teu sacrifício em favor da Pátria do Evangelho de Jesus. Passarás a ser um símbolo para a posteridade, com o teu heroísmo resignado nos sofrimentos purificadores. Qual novo gênio surges, para espargir bênçãos sobre a terra do Cruzeiro, em todos os séculos do seu futuro. "




Tiradentes nos braços de Ismael


[...]
"Os historiadores falam do grande pavor daqueles onze homens que se ajuntavam, andrajosos e desesperados, na sala do Oratório, para ouvirem a sentença da sua condenação, após três longos anos de separação, em que haviam ficado incomunicáveis nos diversos presídios da época. A leitura da peça condenatória, pelo Desembargador Francisco Alves da Rocha, levou quase duas horas. Depois de conhecerem os seus termos, os infelizes conjurados passaram às mais dolorosas e recíprocas recriminações. Os mais tristes quadros de fraqueza moral se patenteavam naqueles corações desiludidos e desamparados; mas, no dia seguinte, a dura sentença era modificada. D. Maria I havia comutado anteriormente as penas de morte em perpétuo degredo nas desoladas regiões africanas, com exceção do Tiradentes, que teria de morrer na forca, conservando-se o cadáver insepulto e esquartejado, para escarmento de quantos urdissem novas traições à coroa portuguesa.

O mártir da inconfidência, depois de haver apreciado, angustiadamente, a defecção dos companheiros, reveste-se de supremo heroísmo. Seu coração sente uma alegria sincera pela expiação cruel que somente a ele fora reservada, já que seus irmãos de ideal continuariam na posse do sagrado tesouro da vida. As falanges de Ismael lhe cercam a alma leal e forte, inundando-a de santas consolações.

Tiradentes entrega o espírito a Deus, nos suplícios da forca, a 21 de abril de 1792. Um arrepio de aflitiva ansiedade percorre a multidão, no instante em que seu corpo balança, pendente das trevas do cadafalso, no Campo da Lampadosa.
Mas, nesse momento, Ismael recebia em seus braços carinhosos a alma edificada do mártir.

– Irmão querido – exclama ele – resgatas hoje os delitos cruéis que cometeste quando te ocupavas do nefando mister do inquisidor, nos tempos passados. Redimiste o pretérito obscuro e criminoso com as lágrimas do teu sacrifício em favor da Pátria do Evangelho de Jesus. Passarás a ser um símbolo para a posteridade, com o teu heroísmo resignado nos sofrimentos purificadores. Qual novo gênio surges, para espargir bênçãos sobre a terra do Cruzeiro, em todos os séculos do seu futuro. Regozija-te no Senhor pelo desfecho dos teus sonhos de liberdade, porque cada um será justiçado de acordo com as suas obras. Se o Brasil se aproxima da sua maioridade como nação, ao influxo do amor divino, será o próprio Portugal quem virá trazer, até ele, todos os elementos da sua emancipação política, sem o êxito incerto das revoluções feitas à custa do sangue fraterno, para multiplicar os órfãos e as viúvas na face sombria da Terra...

Um sulco luminoso desenhou-se nos espaços, à passagem das gloriosas entidades que vieram acompanhar o espírito iluminado do mártir, que não chegou a contemplar o hediondo espetáculo do esquartejamento.

Daí a alguns dias, a piedosa rainha portuguesa enlouquecia, ferida de morte na sua consciência pelos remorsos pungentes que a dilaceravam e, consoante as profecias de Ismael, daí a alguns anos era o próprio Portugal que vinha trazer, com D. João VI, a independência do Brasil, sem o êxito incerto das revoluções fratricidas, cujos resultados invariáveis são sempre a multiplicação dos sofrimentos das criaturas, dilaceradas pelas provações e pelas dores, entre as pesadas sombras da vida terrestre."

Trecho retirado do capítulo"Inconfidência Mineira" no Livro “Brasil – Coração do Mundo – Pátria do Evangelho”
Psicografia Francisco C. Xavier – Espírito Humberto de Campos


segunda-feira, 19 de abril de 2021

FELIPE DOS SANTOS : UM TESTEMUNHO PARA OS INCONFIDENTES -"O sofrimento maior é o de fracassar na própria destinação!"

 

Contexto:

No plano espiritual , Ismael, convocava ,para um alistamento , Espíritos que pudesem levar ,no campo das ideias, uma nova proposta , para evolução . Essas ideias deveriam constar os ideais de Fraternidade de Igualdade e Liberdade. Neste ínterim , Ismael , após sua exposição, trouxe um testemundo, um depoimento , uma mensagem de *Felipe dos Santos , que acabara de desencarnar , redimido perante sua consciência, de forma cruel, por implantar estas novas idéias , visando encorajar esses Espíritos para uma missão nobre a desempenhar no Brasil, em Minas Gerais.
*Felipe dos Santos teve seu desencarne no ano de 1720 , condenado pelo conde de Assumar , na chamada Revolta de Vila Rica!




( Ismael) Não vos devo negar um alertamento. hoje recebemos em nosso plano um irmão que testemunhou, até a morte violenta, pelas novas ideias que vos chamamos a defender. Felipe dos Santos tem seus despojos espalhados como sementes mas seu espírito eterno já se refaz e vos envio um recado.


( Tomás Antônio Gonzaga) No mesmo instante, envolto em luz verde radiosa viva a figura do Mártir, cuja sentença tanto me revoltar, materializou se diante de nós e falou: 


 ( Felipe dos Santos ) Amados irmãos da Pátria do Cruzeiro, Jesus seja abençoado por por me aceitar como um soldado infiel que só doou sua vida, por mais não ter para o engrandecimento desta Terra tão querida.Eu, que me banhei nas suas cachoeiras, que corri selvagem entre os potros e  escravos, que foi livre e amei , e fui amado, estou feliz e agradecido pela oportunidade de voltar vitorioso, deixando o sangue do corpo botar na terra abençoada, como preito de saudade e esperança.O espírito eterno! O sofrimento maior é o de fracassar na própria destinação! O amor pelo Brasil me insuflou as veias da carne ,mas se o corpo tombou - este mesmo amor são as asas benditas da minha redenção e também dos erros do meu passado. Ajudar-vos-ei se Jesus me permitir,  tanto quanto me ajudaste hoje com vossas preces, na hora decisiva. Que a paz do Senhor abençoe  nossos espíritos tão fracos! 



Trecho retirado do livro:
Confidências de um Incofidente - 17ª edição - pg.23
Autora : Marilusa Moreira Vasconcelos
ditado pelo Espírito : Tomás Antônio Gonzaga.



sexta-feira, 16 de abril de 2021

TERIA O CHAMADO 'BOM LADRÃO IDO PARA O PARAÍSO?


"[...]A Doutrina Espírita nos ensina que apenas os Espíritos puros, que já atingiram elevado índice de perfeição, terão acesso a essas elevadas regiões[...]E' evidente que o Espírito do chamado Bom Ladrão não o acompanhou, mas passou a sentir um novo estado de Espírito; passou a desfrutar de serenidade, sentiu toda a extensão dos seus desvios e, interiormente, sentiu a necessidade do reajuste, de resgatar todo o mal que havia semeado.Com isso, em novas reencarnações, que forçosamente deveria ter no futuro, viveria num estágio melhor, experimentaria em seu coração os benefícios da paz, da serenidade e do amor, esforçando-se por redimir-se dos delitos do pretérito; passaria a conceber que na Justiça Divina não existe a promoção pela graça, ou pelo milagre, na senda evolutiva, mas Deus, em sua infinita misericórdia, lhe daria novas oportunidades, a fim de se enquadrar no rol dos homens sensatos, ponderados, que vivem num estado de paz interior e de uma relativa felicidade."






"E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino,

E disse-lhe Jesus: "Em verdade te digo, que hoje estarás comigo no Paraíso."

- (Lucas, 23:42-43)


Teria o Espírito imperfeito do chamado Bom Ladrão ido para Paraíso, juntamente com o excelso Espírito de Jesus Cristo? Ele apenas proferiu algumas ligeiras palavras de simpatia, e será que isso teria sido o bastante para ele adentrar as alcandoradas regiões celestiais, da mesma maneira como o fez Jesus Cristo?


A Doutrina Espírita nos ensina que apenas os Espíritos puros, que já atingiram elevado índice de perfeição, terão acesso a essas elevadas regiões.


Entretanto, houve uma promessa emanada de Jesus: Hoje estarás comigo no Paraíso". É evidente que o Mestre, pendurado no madeiro infamante, não poderia jamais formular uma promessa em vão. Por isso, como ocorre com numerosos ensinamentos de Jesus, cumpre se deduza dessa passagem evangélica o sentido alegórico que ela encerra, interpretando-a, não pela "letra que mata", mas pelo "Espírito que vivifica".


Viver no Paraíso ou nas regiões umbralinas é simplesmente um estado consciencial. Um indivíduo que vive em constante estado de revolta, que pratica toda a sorte de maldades, que menospreza os mais comezinhos princípios da bondade e do amor, que espanca esposa e filhos, que se embriaga ou se chafurda nos vícios, que alimenta ódio contra os seus semelhantes, vive com a sua consciência num estado verdadeiramente infernal.


Não desfruta da paz de Espírito e está em constante estado de revolta interior, blasfemando contra tudo e contra todos. Por outro lado, um homem que pratica o bem sem mistura do mal, que sente o coração inundado dos sentimentos de amor ao próximo, que se rege pelas normas da brandura, da tolerância, da fraternidade, que vive em paz com os seus familiares, que abomina os vícios, os desregramentos, vive num estado conciencial de paz, de serenidade.


Com fundamento nesses dois parâmetros, pode-se afirmar que a criatura humana, mesmo aqui na Terra, pode viver no chamado Inferno ou no Paraíso.


O chamado Bom Ladrão, evidentemente, dado o gênero de vida que levava, prejudicando o seu próximo,  apropriando-se dos bens alheios e semeando a maldade e talvez até a morte, bem revelava o estado de inferioridade de seu Espírito. No entanto, condenado pela justiça dos homens a morrer na cruz, evidencia que os crimes por ele praticados eram de acentuada gravidade.


Todavia, suspenso no madeiro, sentiu, repentinamente, um sentimento de remorso, ao ver Jesus, um inocente, um expoente do amor, morrer de maneira tão infamante. Ele se condoeu; sentiu no âmago do seu coração que havia apenas praticado o mal, que não havia; amuado o seu próximo. Ao ouvir os impropérios que o outro ladrão, crucificado, dirigia a Jesus, exclamou: "E nós, na verdade, com justiça fomos condenados e estamos recebendo o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez."


E, dirigindo-se ao Mestre, disse: "Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino", merecendo a promessa de Jesus: "Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso". Espírito elevado que é, Jesus que assolava aquele seu irmão menor, viu o seu arrependimento, e, como o remorso é a porta da redenção espiritual, sentenciou: "Hoje estarás comigo no Paraíso."


E' evidente que o Espírito do chamado Bom Ladrão não o acompanhou, mas passou a sentir um novo estado de Espírito; passou a desfrutar de serenidade, sentiu toda a extensão dos seus desvios e, interiormente, sentiu a necessidade do reajuste, de resgatar todo o mal que havia semeado.


Com isso, em novas reencarnações, que forçosamente deveria ter no futuro, viveria num estágio melhor, experimentaria em seu coração os benefícios da paz, da serenidade e do amor, esforçando-se por redimir-se dos delitos do pretérito; passaria a conceber que na Justiça Divina não existe a promoção pela graça, ou pelo milagre, na senda evolutiva, mas Deus, em sua infinita misericórdia, lhe daria novas oportunidades, a fim de se enquadrar no rol dos homens sensatos, ponderados, que vivem num estado de paz interior e de uma relativa felicidade.


Com isso, estaria ele desfrutando de um "Paraíso" consciencial, quando comparado com o estado verdadeiramente infernal em que viveu na existência que havia culminado com a sua crucificação.


O Mestre não falhou em sua promessa, pois o enquadrou numa senda diferente, que o conduziria melhor na caminhada rumo a Deus, diminuindo, paulatinamente, a distância que o separava do Criador; abreviaria o tempo necessário para, realmente, adentrar as regiões elevadas dos Planos Divinos, região comumente chamada de "Paraíso".


Paulo A. Godoy