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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

VOLTARÁ O CRISTO?


Afirmam solenemente os Evangelhos que a volta de Jesus Cristo será como o relâmpago que sai do oriente e se mostra até ao ocidente (Mateus 24:27).
Sustentam ainda os Evangelhos que o Mestre virá com grande poder e glória e diante de tods as nações reunidas separará um dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas (Mateus, 25:31-32)
Estes e outros trechos dos Evangelhos fizeram com que muitos homens passassem a acalentar a idéia da volta de Jesus de forma corpórea, no chamado "Final dos Tempos."
Não haverá necessidade da volta do Messias da maneira como o fez há vinte séculos, nem de qualquer outra forma, uma vez que os Espíritos Superiores estão enviando Terra um aluvião de mensagens espirituais que está suplementando a Revelação cristã a qual já foi complementada há pouco mais de um século com o advento da Terceira Revelação, consubstanciada na Doutrina Espírita.
Considerando-se que o processo de revelação emanado do Alto não sofre solução de continuidade, é óbvio que os Espíritos Superiores não cessam nem cessarão de nos enviar novas mensagens e novos ensinamentos, fazendo-o numa progressão geométrica à medida que os homens vão evoluindo espiritualmente ou, pelo menos, capacitando-se para a assimilação de novas verdades.
A separação dos "bodes e das ovelhas" que simboliza os recalcitrantes no mal e os bons, dar-se-á de forma harmoniosa, através das vidas sucessivas sob a égide de Jesus.
Os bons (as ovelhas) continuarão a viver na Terra, mas os maus recalcitrantes (os bodes) daqui serão afastados; irão habitar mundos menos evoluídos, onde guardarão a lembrança de terem perdido um paraíso.
Paulo Alves Godoy
Os 4 Sermões

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O JUÍZO FINAL


"Então aparecerá nos Céus o sinal do Filho do homem." (Mateus, 24:30)
Segundo o modo de ver das teologias, existiriam duas espécies de juízo: um chamado parcial, que ocorreria logo após a desencarnação do Espírito, e outro chamado final, que teria lugar em determinada época, quando aprouvesse a Deus, separando os bons dos maus.
O simbolismo desses Juízos é tomado excessivamente ao pé da letra, pois, segundo esse modo de pensar o julgamento final, com a conseqüente separação dos bons e maus, simbolizados nos Evangelhos por ovelhas e bodes, ocorreria como um fato retumbante, como uma autêntica ressurreição de todas as criaturas que já viveram na Terra, as quais seriam julgadas de forma definitiva, selando-se seu destino para toda a eternidade: bem-aventurança para os bons e as tormentas eternas para os maus.
Segundo a concepção dessas religiões, Jesus voltaria ao nosso planeta com todo o seu poder e glória, precedendo a esse miraculoso julgamento coletivo, remetendo para o Céu, de forma definitiva os que foram bons, e para o inferno, também de forma definitiva, os que foram maus.
O Juízo Final encerra um sentido alegórico que sempre reclamou uma elucidação que viesse arrancar-lhe o véu do miraculoso e do fantástico. Ao Espiritismo está reservado o papel de dar-lhe a explicação lógica, racional, eqüitativa com a justiça divina, situando assim as coisas em seus devidos lugares.
Através da definição da Doutrina Espírita, o chamado Juízo Final deixou de ser tremendo espantalho, para adquirir um sentido prático e positivo, perfeitamente compatível com a justiça do Criador de todas as coisas.
Os Espíritos nos ensinam que o gênero humano, com o desenrolar das vidas sucessivas do Espírito na carne, atingirá uma determinada perfeição no que diz respeito à evolução moral e espiritual. Nessa época, o número dos bons deverá ter ultrapassado o número dos maus e, consoante o que está explícito nas páginas dos Evangelhos, os dias da grande tribulação serão abreviados pelo amor de muitos, a Terra que atualmente é um planeta de expiação e de dor, converter-se-á na Nova Jerusalém prometida, onde haverá mais felicidade, nenos sofrimento e a fraternidade passará a presidir ao procedimento dos homens. Cumprir-se-á então a narrativa do Apocalipse: E Deus limpará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor; nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
Chegando esse tempo, é indubitável que muitos Espíritos recalcitrantes ainda permanecerão encastelados nas muralhas do ódio e da maldade, preferindo viver nas trevas. Estes não terão mais a oportunidade de reencarnar na Terra, entre os que perseveraram até o fim. Consumar-se-á então a separação entre os bodes e as ovelhas, os bons voltarão a renascer na Terra, com o objetivo de atingir uma meta de perfeição mais sublimada, ao passo que os maus não regressarão mais a este nosso mundo, passando a habitar planetas situados em condições de inferioridade em relação ao nosso e onde, segundo o sábio dizer evangélico, haverá choro e ranger de dentes.
Ensinam os Espíritos Benfeitores que a alma jamais regride em seu progresso e, se não evolui, permanece estacionária. Deste modo, se um Espírito cuja evolução já permitiu que ele viesse a reencarnar em nosso planeta, jamais voltará para um planeta inferior; entretanto, quando da reforma espiritual do nosso mundo, isso sucederá pelo amor de muitos, pois, não é lógico que muitas almas boas continuem a sofrer indefinidamente por causa da obstinação de alguns em viverem mergulhados na maldade e no erro.
Um escritor oriental escreveu que indagado quando seria o juizo finl, Deus respondeu: pergunta aos homens.
Na realidade, os homens são os artífices do próprio destino e unicamente deles depende o menor ou maior lapso de tempo para o advento daqueles dias mais felizes, prometidos pelo Cristo, quando uma nova era raiará para a Humanidade.
O Juízo Final, destituído das peias do miraculoso e do fantástico, representa a elevação da Humanidade a um estágio mais elevado de progresso e não a destruição física deste mundo e a condenação ou salvação sumária das almas que nele habitam ou habitaram.
O Mestre ensinou que somente através do conhecimento da verdade o homem será livre; por isso, o Espiritismo foi revelado à Terra com a finalidade precípua de abolir todas essas crenças e crendices absurdas, pois, jamais poderemos conceber um Deus que pudesse consagrar essas teorias obsoletas e unilaterais de penas eternas, de condenações irremissíveis e da existência de um príncipe dos demônios eternamente disputando o domínio das almas.
Já se eclipsou no tempo a crença na existência do Deus do bem e do Deus do mal. O que existe é apenas o Deus de infinita bondade e amor, que faz o sol brilhar para justos e injustos, e a chuva cair para bons e maus.
Lembremo-nos do judicioso dizer do profeta: Deus não quer a morte do ímpio, mas que ele se redima e viva. Pois, mesmo aqueles que irão para planetas inferiores, não perderão jamais os benefícios de novas oportunidades concedidas por Deus, uma vez que ele é Pai de justiça e amor, e dispensa a todos os seus filhos o mesmo desvelo e os mesmos sentimentos de paternidade.
Paulo A. Godoy
Livro: O Evangelho Pede Licença

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Do Livro A Genese " Sinais dos Tempos" parte 2 (final)

16. Com o pensamento de que a atividade e a cooperação individuais na obra geral da civilização são limitadas à vida presente, que antes a criatura nada foi, e que depois nada será, que importa ao homem o progresso ulterior da humanidade? Que lhe importa que no futuro os povos sejam melhor governados, mais felizes, mais esclarecidos, melhores uns para com os outros? Pois se ele não vai daí tirar nenhum fruto, esse progresso não é perdido para ele? De que lhe serve trabalhar para os que virão depois se jamais os conhecerá, se são seres novos que dali a pouco reentrarão no nada, também eles? Sob o império da negação do futuro individual, tudo se amesquinha forçosamente às acanhadas proporções do momento e da personalidade.
Mas, ao contrário, que amplitude dá ao pensamento do homem a certeza da perpetuidade de seu ser espiritual! Quê de mais racional, de mais grandioso, de mais digno do Criador, que esta lei segundo a qual a vida espiritual e a vida corporal não são senão dois modos de existência que se alternam para a concretização do progresso! Quê de mais justo e de mais consolador senão a idéia dos mesmos seres progredindo sem cessar, a princípio através das gerações do mesmo mundo, e em seguida, de um mundo para outro, até atingir a perfeição sem solução de continuidade! Todas as ações têm então uma finalidade, pois, trabalhando para todos, estamos trabalhando para nós mesmos e reciprocamente; de sorte que nem o progresso individual nem o progresso geral jamais são estéreis; aproveita às gerações e às individualidades futuras, que não são senão as gerações e as individualidades passadas, chegadas a um grau mais alto do adiantamento.
17. A fraternidade deve ser a pedra angular da nova ordem social; porém não há fraternidade real, sólida e efetiva, se não for apoiada numa base inquebrantável; esta base, é a fé; não a fé em tais ou quais dogmas particulares que mudam com os tempos ou os povos e se apedrejam, pois quando se anatematizam alimentam o antagonismo; mas a fé nos princípios fundamentais que todo o mundo pode aceitar; Deus, a alma, o futuro, o progresso individual, indefinido, a perpetuidade das relações entre os seres. Quando todos os homens se convencerem de que Deus é o mesmo para todos; de injusto; que o mal vem dos homens e não dele, hão de que este Deus, soberanamente justo e bom, nada pode querer se encarar como filhos de um mesmo Pai, e estender-se-ão as mãos.
É esta fé que o Espiritismo proporciona e que de agora em diante será o eixo sobre o qual se moverá o gênero humano, quaisquer que sejam o modo de adoração e as crenças particulares.
18. O progresso intelectual realizado até hoje nas mais vastas proporções é um grande passo, e marca a primeira fase da humanidade; porém, sozinho, é impotente para regenerá-la; enquanto o homem for dominado pelo orgulho e pelo egoísmo, utilizará sua inteligência e seus conhecimentos para vantagem de suas paixões e seus interesses pessoais; é por isso que ele os aplica ao aperfeiçoamento dos meios de prejudicar os seus semelhantes, e os destruir.
19. Unicamente o progresso moral pode assegurar a felicidade dos homens sobre a Terra pondo um freio às más paixões; unicamente ele pode fazer reinar entre os homens a concórdia, a paz e a fraternidade.
É ele que derrubará as barreiras dos povos, que fará cair os preconceitos de casta e calar os antagonismos de seitas, ensinando aos homens a se considerarem como irmãos chamados a se auxiliar reciprocamente, e não a viver às expensas uns dos outros.
É anda o progresso moral, secundado aqui pelo progresso da inteligência, que confundirá os homens numa mesma crença estabelecida sobre verdades eternas, não sujeitas a discussão e por isso mesmo aceitas por todos.
A unidade de crença será o liame mais possante, o mais sólido fundamento da fraternidade universal, quebrada desde todo o tempo pelos antagonismos religiosos que dividem os povos e as famílias, que fazem ver nos dissidentes, inimigos que se devem exortar, combater, exterminar, em vez de irmãos a quem se deve amar.
20. Um tal estado de coisas supõe uma mudança no sentimento das massas, um progresso geral que não se podia realizar senão saindo do círculo das idéias estreitas e terra-a-terra, que fomentam o egoísmo. Em diversas épocas, homens de elite têm procurado impelir a humanidade nesta via; mas a humanidade, ainda demasiado jovem, permaneceu surda, e seus ensinamentos foram como a boa semente lançada sobre as pedras.
Hoje, a humanidade está madura para lançar suas vistas mais alto que nunca, para assimilar idéias mais amplas e compreender o que antes não pudera.
A geração que desaparece levará com ela seus preconceitos e seus erros; a geração que se eleva, embebida numa fonte mais purificada, imbuída de idéias mais sadias, imprimirá ao mundo o movimento ascensional no sentido do progresso moral, que deve assinalar a nova fase da humanidade.
21. Esta fase já se revela por sinais inequívocos, por tentativas de reformas úteis, por idéias grandes e generosas que vêem o dia e que começam a encontrar ecos. É assim que se vêem fundar uma porção de instituições protetoras, civilizadoras e emancipadoras, sob o impulso e pela iniciativa de homens evidentemente predestinados à obra da regeneração; que as leis penais se impregnam a cada dia de um sentimento mais humano. Os preconceitos de raça se enfraquecem, os povos começam a se encarar como membros de uma grande família; pela uniformidade e facilidade dos meios de transação, suprimem-se as barreiras que os dividiam; de todas as partes do mundo, reúnem-se conclaves universais para os torneios pacíficos da inteligência.
Porém, falta a essas reformas uma base para se desenvolver, se completar, se consolidar, uma predisposição moral mais geral para frutificar e se fazer aceita pelas massas. Isto não deixa de ser um sinal característico do tempo, o prelúdio do que se realizará em mais larga escala, à medida que o terreno se torne mais propício.
22. Um sinal não menos característico do período em que entramos, é a reação evidente que se opera no sentido das idéias espiritualistas; uma repulsão instintiva se manifesta contra as idéias materialistas. O espírito de incredulidade que se havia apoderado das massas, ignorantes ou esclarecidas, e as fizera rejeitadas, com a forma, o próprio fundo de todas as crenças, parece ter sido um sono do qual, ao sair, se experimenta a necessidade de respirar um ar mais vivificante. Involuntariamente, onde o vácuo se faz, procura-se alguma coisa, um ponto de apoio, uma esperança.
23. Suponho que a maioria dos homens são imbuídos de tais sentimentos, facilmente se podem figurar as modificações que os mesmos trarão para as relações sociais: caridade, fraternidade, benevolência para com todos, tolerância para todas as crenças, tal será a sua divisa. É o objetivo para o qual se orientará a humanidade, o objetivo de suas aspirações, de seus desejos, sem que ela saiba bem com que meios os realizará; ela ensaia, ela tateia, mas é detida por resistências ativas ou pela força da inércia dos preconceitos, das crenças estacionárias e refratárias ao progresso. São resistências que será preciso vencer, e isto será a obra da nova geração; se seguirmos o curso atual das coisas, reconhecemos que tudo parece predestinado a lhe abrir caminho; ela terá para si a dupla potência do número e das idéias, e mais a experiência do passado.
24. A nova geração marchará pois, para a realização de todas as idéias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver chegado. Marchando o Espiritismo para o mesmo objetivo, e realizando suas finalidades, ambos se encontrarão sobre o mesmo terreno. Os homens de progresso encontrarão nas idéias espíritas uma possante alavanca, e o Espiritismo encontrará nos homens novos, espíritos predispostos a acolhê-lo. Neste estado de coisas, o que poderão fazer aqueles que pretendessem se colocar em oposição?
Não é o Espiritismo que cria a renovação social, é a madureza da humanidade que faz de tal renovação uma necessidade. Pela sua potência moralizadora, por suas tendências progressivas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abraça, o Espiritismo, mais que qualquer outra doutrina, está apto a secundar o movimento regenerador; por isso mesmo são contemporâneos. Ele veio no momento em que podia ser mais útil, pois também para ele os tempos são chegados; mais cedo, teria encontrado obstáculos insuperáveis; teria sucumbido inevitavelmente, pois que os homens, satisfeitos com o que já tinham, não experimentavam ainda a necessidade do que ele traz. Hoje, nascido com o movimento das idéias que fermentam, encontra o terreno preparado a recebê-lo; os espíritos, cansados da dúvida e da incerteza, horrorizados com o abismo que se lhe abre à frente, o acolhem como uma âncora de salvação e um supremo consolo.
26. O número dos retardatários ainda é sem dúvida grande; mas o que podem eles contra a onda que sobe, senão atirar-lhe algumas pedras? Essa onda é a geração que se levanta, ao passo que eles somem com a geração que se retira cada dia a passos largos. Até então, porém, defenderão o terreno passo a passo; há, portanto, luta inevitável, mas desigual, pois é a do passado decrépito que cai em farrapos, contra o futuro jovem; da estagnação contra o progresso; da criatura contra a vontade de Deus, pois são chegados os tempos marcados.

Do Livro A Gênese " Sinais dos Tempos "Parte 1

Sinais dos Tempos
1. Os tempos marcados por Deus são chegados, dizem-nos de todos os lados, em que grandes acontecimentos vão se realizar para a regeneração da humanidade. Em que sentido se devem entender essas palavras proféticas? Para os incrédulos, elas não têm nenhuma importância; a seus olhos, tal não passa da expressão de uma crença pueril e sem fundamento; para o maior número dos crentes, elas têm qualquer coisa de místico e de sobrenatural, que lhes parece ser o precursor do transtorno das leis da natureza. Essas duas interpretações são igualmente errôneas: a primeira, em que ela implica a negação da Providência; a segunda, em que essas palavras não anunciam a perturbação das leis da natureza, mas sim o seu cumprimento.
2. Tudo é harmonia na criação; tudo revela uma previdência que não se desmente nem nas menores coisas, nem nas maiores; devemos pois, desde o início, afastar toda idéia de capricho, inconciliável com a sabedoria divina; em segundo lugar, se nossa época é marcada para a realização de certas coisas, é que elas têm sua razão de ser na marcha do conjunto.
Isto posto, diremos que nosso globo, como tudo quanto existe, está sujeito à lei do progresso. Progride fisicamente pela transformação dos elementos que o compõem, e moralmente pela purificação dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam. Estes dois progressos se seguem e caminham paralelamente, pois a perfeição da morada está relacionada com a do habitante. Fisicamente, o globo passou por transformações, constatadas pela ciência, e que sucessivamente o tornaram habitável por seres mais e mais aperfeiçoados; moralmente, a humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes. Ao mesmo tempo que a melhoria do globo se opera sob o império das forças materiais, os homens concorrem para ela, pelos esforços de sua inteligência; saneiam as regiões insalubres, tornam as comunicações mais fáceis e a terra mais produtiva.
Este duplo progresso de realiza de duas maneiras: uma, lenta, gradual e insensível; a outra, por modificações mais bruscas; cada uma delas resulta num movimento ascensional mais rápido, o qual marca, com sinais nítidos, os períodos progressivos da humanidade. Esses movimentos, subordinados nos pormenores ao livre-arbítrio dos homens, são de alguma forma fatais em seu conjunto, pois são submetidos a leis, como as que se operam na germinação, no crescimento e maturação das plantas; é por isso que o movimento progressivo é algumas vezes parcial, isto é, limitado a uma raça ou uma nação; outras vezes será geral.
O progresso da humanidade se efetua pois, em virtude de uma lei; ora, como todas as leis da natureza são a obra eterna da sabedoria e da presciência divinas, tudo o que é efeito dessas leis é o resultado da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável. Portanto, quando a humanidade está madura para franquear um grau, pode-se dizer que os tempos marcados por Deus chegaram, como se pode também dizer que em tal estação, são chegados os tempos para a maturidade dos frutos e a colheita.
3. Da afirmação de que o movimento progressivo da humanidade é inevitável, porque está na natureza, não se segue que Deus seja indiferente ao mesmo, e que após haver estabelecido suas leis, haja retornado à inação, deixando que as coisas se movam por si. Suas leis são eternas e imutáveis, sem dúvida, mas porque sua própria vontade é eterna e constante, e seu pensamento anima todas as coisas sem interrupção; seu pensamento, que penetra tudo, é a força inteligente e permanente que mantém tudo em harmonia; se este pensamento cessar de agir um só instante, o Universo seria como um relógio sem o pêndulo regulador. Deus vela pois, incessantemente, pela execução de suas leis, e os Espíritos que povoam o espaço são seus ministros encarregados dos detalhes, segundo as atribuições relativas ao seu grau de adiantamento.
4. O Universo é ao mesmo tempo um mecanismo incomensurável, conduzido por um número não menos incomensurável de inteligências, um imenso governo onde cada ser inteligente tem sua parte de ação sob o olhar do soberano Mestre, cuja vontade única mantém a unidade por toda a parte. Sob o império dessa vasta potência reguladora, tudo se move, tudo funciona numa ordem perfeita; aquilo que nos parecem perturbações, são os movimentos parciais e isolados, que só nos parecem irregulares, porque nossa vista é circunscrita. Se pudéssemos abarcar o conjunto, veríamos que tais irregularidades não são senão aparentes, e que elas se harmonizam no todo.
5. A humanidade realizou até hoje incontestáveis progressos; os homens, por sua inteligência, chegaram a resultados que jamais atingiram, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material; resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar; é o de fazer reinar entre eles a caridade, a fraternidade e a solidariedade para assegurar o bem-estar moral. Tal não lhes era possível, nem com suas crenças, nem com suas instituições envelhecidas e superadas, restos de uma outra era, boas numa certa época, suficientes para um estado transitório, mas que, tendo dado o que comportavam, seriam hoje um ponto de parada. Já não é mais somente o desenvolvimento da inteligência o que os homens necessitam; é a elevação do sentimento, e por isso é preciso destruir tudo quanto possa excitar neles o egoísmo e o orgulho.
Tal é o período no qual vamos entrar a partir de agora, o qual marcará uma das fases principais da humanidade. Esta fase, que se elabora neste momento, é o complemento necessário da etapa precedente, como a idade viril é o complemento da juventude; ela poderia pois ser prevista e predita com antecipação, e é por isso que se diz que são chegados os tempos marcados por Deus.
6. Nesse tempo, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a uma região, a um povo, a uma raça; é um movimento universal que se opera no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a se estabelecer, e os homens que maior oposição lhe fazem, trabalham nela contra sua vontade; a geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e formada por elementos mais purificados, encontrar-se-á animada por idéias e sentimentos completamente diversos dos que são adotados pela geração presente, que se retira a passos de gigante. O velho mundo estará morto, e viverá na História, como hoje acontece aos tempos da Idade Média, com seus costumes bárbaros e suas crenças supersticiosas.
Quanto ao mais, cada um sabe o quanto a ordem de coisas atual ainda deixa a desejar; depois de ter de alguma sorte esgotado o bem-estar material, que é o produto da inteligência, chega-se a compreender que o complemento de tal bem-estar só se encontra no desenvolvimento moral. Quanto mais se avança, mais se sente aquilo que falta, sem que todavia seja possível ainda defini-lo claramente: é o efeito do trabalho íntimo que se opera visando a regeneração; as pessoas têm desejos, aspirações, que são como o pressentimento de um estado melhor.
7. Porém uma mudança tão radical como a que se elabora, não pode realizar-se sem comoção; há a luta inevitável entre as idéias. De tal conflito nascerão forçosamente perturbações temporárias, até que o terreno haja sido desobstruído e o equilíbrio restabelecido. É pois da luta das idéias que surgirão os graves acontecimentos anunciados e não de cataclismos ou catástrofes puramente materiais. Os cataclismos gerais eram a conseqüência do estado de formação da terra; hoje não são as entranhas do globo que se agitam, são as da humanidade.
8. Se a Terra não tem mais a temer os cataclismos gerais, não estará, menos por isso, submetida a revoluções periódicas cujas causas são explicadas, do ponto de vista científico, nas seguintes instruções dadas por dois eminentes Espíritos (1):
"Cada corpo celeste, além das leis simples que presidem à divisão dos dias e das noites, das estações, etc., passa por revoluções que levam milhares de séculos para sua perfeita realização, mas que, como as revoluções mais breves, passam por todos os períodos, desde o nascimento até um máximo de efeito, depois do qual há um decréscimo até o limite inferior, para recomeçar em seguida a percorrer as mesmas fases.
"O homem não abarca senão as fases de duração relativamente curta, e das quais ele pode constatar a periodicidade; porém há outras que compreendem longas gerações de seres, e mesmo de sucessões de raças, cujos efeitos, por conseguinte, têm para ele as aparências de novidade e de espontaneidade, ao passo que, se seu olhar pudesse alcançar alguns milhares de séculos atrás, veria, entre estes mesmos efeitos e suas causas, uma correlação da qual nem sequer suspeita. Tais períodos, que confundem a imaginação dos humanos devido a sua relativa extensão, não são entretanto senão instantes na duração eterna.
"Em um mesmo sistema planetário todos os corpos que dele dependem reagem uns sobre os outros; todas as influências físicas dali são solidárias, e não há um só dos efeitos que vós designais sob o nome de grandes perturbações, que não seja a conseqüência do componente de influências de todo esse sistema.
"Vou mais longe: digo que os sistemas planetários reagem uns sobre os outros, em razão da proximidade ou do afastamento que resulta de seus movimentos de translação através dos miríades de sistemas que compõem nossa nebulosa. Vou mais longe ainda: digo que nossa nebulosa, que é como um arquipélago na imensidade, tendo também seu movimento de translação através dos miríades de nebulosas, sofre a influência daquelas das quais se aproxima.
"Assim, as nebulosas reagem sobre as nebulosas, os sistemas reagem sobre os sistemas, como os planetas reagem sobre os planetas, como os elementos de cada planeta reagem uns sobre os outros, e assim de aproximação em aproximação até o átomo; daí, em cada mundo, as revoluções locais ou gerais, que não parecem perturbações senão em relação à brevidade da vida, a qual não permite ver senão os efeitos parciais.
"A matéria orgânica não poderia escapar a tais influências; as perturbações que ela sofre podem portanto alterar o estado físico dos seres viventes, e determinar algumas moléstias, como todos os flagelos, são para a inteligência humana um estimulante que a impele, por necessidade, à pesquisa dos meios de combatê-las, e à descoberta das leis da natureza.
"Porém a matéria orgânica reage por sua vez sobre o Espírito; este, por seu contato e ligação íntima com os elementos materiais, sofre também influências que modificam suas disposições, sem entretanto obstar ao seu livre-arbítrio, excitando ou moderando sua atividade, e, por isso mesmo, contribuem para o seu desenvolvimento. A movimentação que se manifesta por vezes em toda uma população, entre os homens de uma mesma raça, não é coisa fortuita, nem o resultado de um capricho; tem sua causa nas leis da natureza. Essa efervescência, a princípio inconsciente, que não passa de um vago desejo, uma aspiração indefinida de qualquer coisa melhor, uma necessidade de mudança, traduz-se por uma surda agitação, depois por atos que desfecham revoluções sociais, as quais, crede bem, também têm sua periodicidade, como as revoluções físicas, pois tudo se encadeia. Se a vista espiritual não fosse limitada pelo véu da matéria, veríeis as correntes fluídicas que, à semelhança de milhares de fios condutores, entrelaçam as coisas do mundo espiritual e do mundo material.
"Quando se diz que a humanidade chegou a um período de transformação, e que a terra deve se elevar na hierarquia dos mundos, não vede nestas palavras nada de místico, mas, ao contrário, o cumprimento de uma das grandes leis fatais do Universo, contra as quais se quebra a má vontade humana." _ ARAGO.
9. "Sim, certamente, a humanidade se transforma como já se transformou em outras épocas, e cada transformação é marcada por uma crise que é, para o gênero humano, o que são as crises de crescimento para os indivíduos; crises freqüentemente penosas, dolorosas, que com elas arrastam as gerações e as instituições, mas sempre seguidas de uma fase de progresso material e moral.
"A humanidade terrestre, chegada a um desses períodos de crescimento, está totalmente, já há quase um século, no trabalho da transformação; é por isso que ela se agita de todos os lados, presa de uma espécie de febre, e como que movida por uma força invisível até que retorne seu assento sobre novas bases. Quem a ver então, a encontrará bem mudada em seus costumes, seu caráter, suas leis, suas crenças, numa palavra, em todo o seu estado social.
"Uma coisa que vos parecerá estranha, mas que nem por isso deixa de ser rigorosa verdade, é que o mundo dos Espíritos que vos rodeia sofre o contra-golpe de todas essas comoções que agitam o mundo dos encarnados: digo mesmo que ele aí toma parte ativa. Isto nada tem de surpreendente, para quem sabe que os Espíritos e a humanidade não deixam de ser um todo; que eles dela saem, e nela devem reentrar; é, pois, natural, que se interessem pelos movimentos que se operam entre os homens. Tende pois certeza de que, quando uma revolução social se realiza sobre a Terra, ela agita igualmente o mundo invisível; todas as paixões boas e más ali são excitadas, como entre vós; uma invencível agitação reina entre os Espíritos que ainda fazem parte de vosso mundo e que aguardam o momento de ali reentrar.
"À agitação dos encarnados e dos desencarnados se juntam, por vezes, e mesmo na maior parte dos casos, pois que tudo se relaciona na natureza, às perturbações dos elementos físicos; dá-se, então, por algum tempo, uma verdadeira confusão geral, que passa como um furacão, depois do qual o céu volta a ser sereno, e a humanidade, reconstituída sobre novas bases, imbuída de novas idéias, percorre nova etapa de progresso.
"É no período que se abre que se verá florescer o Espiritismo, e que produzirá seus frutos. É pois, para o futuro, mais que para o presente, que vós trabalhais; contudo, era necessário que tais trabalhos fossem preparados antecipadamente, pois eles preparam as vias da regeneração pela unificação e a racionalidade das crenças. Felizes aqueles que dele aproveitam desde hoje: isto será para eles um outro passo e penas poupadas." _ Doutor BARRY.
(1)Extrato de duas comunicações dadas na Sociedade de Paris, e publicadas na "Revue Spirite" de outubro de 1868, pág. 313. São o corolário das de Galileu, referidas no capítulo VI, e um complemento ao Capítulo IX, acerca das revoluções do globo.
10. Resulta do que precede que, em conseqüência de seu movimento de translação através do espaço, os corpos celestes exercem, uns sobre os outros, uma influência maior ou menor, conforme sua aproximação e sua posição respectivas; que essa influência pode ser causa de uma perturbação momentânea em seus elementos constitutivos, e modificar as condições de vitalidade de seus habitantes; que a regularidade dos movimentos deve resultar da volta periódica das mesmas causas e dos mesmos efeitos; que se a duração de certos períodos é bastante curta para ser apreciável pelos homens, outras vêem passar gerações e raças que dela não se apercebem, e para as quais o estado de coisas é normal; as gerações, ao contrário, contemporâneas da transição, dela recebem o contra-golpe, e tudo lhes parece afastar-se das leis ordinárias. Elas vêem uma causa sobrenatural, maravilhosa, milagrosa, naquilo que na realidade nada é senão o cumprimento das leis da natureza.
Se, pelo encadeamento e a solidariedade das causas e dos efeitos, os períodos de renovações morais da humanidade coincidem, como tudo leva a crer, com as revoluções físicas do globo, elas podem ser acompanhadas ou precedidas de fenômenos naturais, insólitos para aqueles que não estejam habituados, de meteoros que lhes parecem estranhos, da recrudescência e intensificação desacostumadas, de flagelos destruidores. Tais flagelos não são causa, nem presságios sobrenaturais, mas sim uma conseqüência do movimento geral que se opera no mundo físico e no mundo moral.
Ao predizer a era de renovação que devia abrir-se para a humanidade e marcar o fim do velho mundo, Jesus pôde, pois, dizer que ela seria assinalada por fenômenos extraordinários, tremores de terra, flagelos diversos, sinais nos céus _ que não são outra coisa senão meteoros, _ sem sair das leis naturais; mas o vulgo ignorante viu nessas palavras o anúncio de fatos miraculosos. (1)
11. A previsão dos movimentos progressivos da humanidade nada tem de surpreendente para os seres desmaterializados que vêem o objetivo para o qual tendem todas as coisas, pois alguns deles possuem o pensamento direto de Deus, e são os que julgam, nos movimentos parciais, o tempo no qual se poderá realizar o movimento geral, como se estima o tempo que necessitará uma árvore para frutificar, como os astrônomos calculam a época de um fenômeno astronômico pelo tempo que um astro leva para realizar sua revolução.
12. A humanidade é um ser coletivo no qual se operam as mesmas revoluções morais que em cada ser individual, com esta diferença: que umas se realizam de ano para ano, e as outras de século em século. Se a seguirmos em suas evoluções através dos tempos, veremos a vida das diversas raças marcada por períodos que dão a cada época uma fisionomia particular.
13. A marcha progressiva da humanidade opera-se de duas maneiras, como temos dito: uma gradual, lenta, insensível, se se consideram as épocas próximas, que se traduz por melhorias sucessivas nos costumes, nas leis, nos usos, e não se percebe senão à distância, como as mudanças que as correntes d'água realizam na superfície do globo; outra, por movimentos relativamente bruscos, rápidos, semelhantes àqueles de uma torrente que rompe seus diques, que lhe fazem franquear em alguns anos o espaço que levou séculos a percorrer. É então um cataclismo moral que traga em alguns instantes as instituições do passado, e ao qual sucede uma nova ordem de coisas que se assenta aos poucos, à medida que a calma se restabelece e se torna definitiva.
A quem viver tempo bastante para abarcar as apresentações da nova fase, parecerá que um mundo novo haja saído das ruínas do antigo; o caráter, os costumes, os usos, tudo mudou; é que com efeito surgiram homens novos, ou melhor, regenerados; as idéias adotadas pela geração que se extingue deram lugar às idéias novas da geração que se eleva.
14. A humanidade, tornada adulta, tem novas necessidades, aspirações mais amplas, mais elevadas; ela compreende o vazio das idéias nas quais foi acalentada, a insuficiência das suas instituições, no tocante à sua felicidade; ela não encontra mais no estado de coisas as satisfações legítimas cujo apelo sente; é por isso que deixa o círculo infantil e se lança, impelida por uma força irresistível, em direção a praias desconhecidas, à descoberta de novos horizontes menos estreitos.
É a um desses períodos de transformação ou, se quisermos, de crescimento moral, que chegou a humanidade. Da adolescência ela passou à idade viril; o passado não pode mais bastar às suas novas necessidades; ela não pode mais ser conduzida pelos mesmos meios; ela não se prende mais a ilusões e prestígios: sua razão amadurecida necessita de alimentos mais substanciais. O presente é por demais efêmero; ela sente que seu destino é mais vasto e que a vida corporal é demasiado restrita para a encerrar toda inteira; é por isso que ela lança seus olhares no passado e no futuro, a fim de descobrir o mistério de sua existência e daí extrair uma segurança consoladora.
E é no momento em que ela se encontra demasiado acanhada em sua esfera material, onde a vida intelectual transborda, onde o sentimento da espiritualidade se expande, que homens intitulados filósofos esperam preencher o vácuo com as doutrinas do negativismo e do materialismo! Estranha aberração! Estes mesmos homens que pretendem empurrá-la para a frente esforçam-se por circunscreve-la no círculo estreito da matéria de onde ela aspira sair; eles lhe barram o aspecto da vida infinita, e lhe dizem, apontando-lhe o túmulo: Nec plus ultra!
15. Quem quer que haja meditado sobre o Espiritismo e suas conseqüências, e não o circunscreve à produção de alguns fenômenos, compreende que ele abre à humanidade uma via nova, e lhe revela os horizontes do infinito; iniciando-o nos mistérios do mundo invisível, mostra-lhe seu verdadeiro papel na criação, papel perpetuamente ativo, tanto no estado espiritual como no estado corporal. O homem não caminha mais como cego: sabe de onde vem, para onde vai e porque está sobre a Terra. O futuro se mostra a ele na realidade, desembaraçado dos preconceitos da ignorância e da superstição; não é mais uma vaga esperança: é uma verdade palpável, tão certa para ele como a sucessão do dia e da noite. Sabe que seu ser não é limitado a alguns instantes de uma existência efêmera; que a vida espiritual não é interrompida pela morte; que já viveu, que ainda reviverá, e que de tudo que adquire em perfeição pelo trabalho, nada é perdido; encontra nas suas existências anteriores a razão do que hoje é, e pode deduzir o que ele será um dia, pelo que hoje faz.
(1) A terrível epidemia que, de 1866 a 1868, dizimou a população da Ilha Maurícia, foi precedida por uma chuva tão extraordinária e tão abundante de estrelas cadentes, em novembro de 1866, que seus habitantes ficaram aterrorizados. A partir desse momento a doença, que grassava há alguns meses de modo benigno, tornou-se um verdadeiro flagelo devastador. Sem dúvida houve um sinal no céu, e talvez neste sentido se pode entender as estrelas caindo do céu, de que fala o Evangelho, como um dos sinais dos tempos. (Pormenores sobre a epidemia da Ilha Maurícia, "Revue Spirite" julho de 1867, pág. 208, novembro de 1868, pág. 321).