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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O JUÍZO FINAL


"Então aparecerá nos Céus o sinal do Filho do homem." (Mateus, 24:30)
Segundo o modo de ver das teologias, existiriam duas espécies de juízo: um chamado parcial, que ocorreria logo após a desencarnação do Espírito, e outro chamado final, que teria lugar em determinada época, quando aprouvesse a Deus, separando os bons dos maus.
O simbolismo desses Juízos é tomado excessivamente ao pé da letra, pois, segundo esse modo de pensar o julgamento final, com a conseqüente separação dos bons e maus, simbolizados nos Evangelhos por ovelhas e bodes, ocorreria como um fato retumbante, como uma autêntica ressurreição de todas as criaturas que já viveram na Terra, as quais seriam julgadas de forma definitiva, selando-se seu destino para toda a eternidade: bem-aventurança para os bons e as tormentas eternas para os maus.
Segundo a concepção dessas religiões, Jesus voltaria ao nosso planeta com todo o seu poder e glória, precedendo a esse miraculoso julgamento coletivo, remetendo para o Céu, de forma definitiva os que foram bons, e para o inferno, também de forma definitiva, os que foram maus.
O Juízo Final encerra um sentido alegórico que sempre reclamou uma elucidação que viesse arrancar-lhe o véu do miraculoso e do fantástico. Ao Espiritismo está reservado o papel de dar-lhe a explicação lógica, racional, eqüitativa com a justiça divina, situando assim as coisas em seus devidos lugares.
Através da definição da Doutrina Espírita, o chamado Juízo Final deixou de ser tremendo espantalho, para adquirir um sentido prático e positivo, perfeitamente compatível com a justiça do Criador de todas as coisas.
Os Espíritos nos ensinam que o gênero humano, com o desenrolar das vidas sucessivas do Espírito na carne, atingirá uma determinada perfeição no que diz respeito à evolução moral e espiritual. Nessa época, o número dos bons deverá ter ultrapassado o número dos maus e, consoante o que está explícito nas páginas dos Evangelhos, os dias da grande tribulação serão abreviados pelo amor de muitos, a Terra que atualmente é um planeta de expiação e de dor, converter-se-á na Nova Jerusalém prometida, onde haverá mais felicidade, nenos sofrimento e a fraternidade passará a presidir ao procedimento dos homens. Cumprir-se-á então a narrativa do Apocalipse: E Deus limpará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor; nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
Chegando esse tempo, é indubitável que muitos Espíritos recalcitrantes ainda permanecerão encastelados nas muralhas do ódio e da maldade, preferindo viver nas trevas. Estes não terão mais a oportunidade de reencarnar na Terra, entre os que perseveraram até o fim. Consumar-se-á então a separação entre os bodes e as ovelhas, os bons voltarão a renascer na Terra, com o objetivo de atingir uma meta de perfeição mais sublimada, ao passo que os maus não regressarão mais a este nosso mundo, passando a habitar planetas situados em condições de inferioridade em relação ao nosso e onde, segundo o sábio dizer evangélico, haverá choro e ranger de dentes.
Ensinam os Espíritos Benfeitores que a alma jamais regride em seu progresso e, se não evolui, permanece estacionária. Deste modo, se um Espírito cuja evolução já permitiu que ele viesse a reencarnar em nosso planeta, jamais voltará para um planeta inferior; entretanto, quando da reforma espiritual do nosso mundo, isso sucederá pelo amor de muitos, pois, não é lógico que muitas almas boas continuem a sofrer indefinidamente por causa da obstinação de alguns em viverem mergulhados na maldade e no erro.
Um escritor oriental escreveu que indagado quando seria o juizo finl, Deus respondeu: pergunta aos homens.
Na realidade, os homens são os artífices do próprio destino e unicamente deles depende o menor ou maior lapso de tempo para o advento daqueles dias mais felizes, prometidos pelo Cristo, quando uma nova era raiará para a Humanidade.
O Juízo Final, destituído das peias do miraculoso e do fantástico, representa a elevação da Humanidade a um estágio mais elevado de progresso e não a destruição física deste mundo e a condenação ou salvação sumária das almas que nele habitam ou habitaram.
O Mestre ensinou que somente através do conhecimento da verdade o homem será livre; por isso, o Espiritismo foi revelado à Terra com a finalidade precípua de abolir todas essas crenças e crendices absurdas, pois, jamais poderemos conceber um Deus que pudesse consagrar essas teorias obsoletas e unilaterais de penas eternas, de condenações irremissíveis e da existência de um príncipe dos demônios eternamente disputando o domínio das almas.
Já se eclipsou no tempo a crença na existência do Deus do bem e do Deus do mal. O que existe é apenas o Deus de infinita bondade e amor, que faz o sol brilhar para justos e injustos, e a chuva cair para bons e maus.
Lembremo-nos do judicioso dizer do profeta: Deus não quer a morte do ímpio, mas que ele se redima e viva. Pois, mesmo aqueles que irão para planetas inferiores, não perderão jamais os benefícios de novas oportunidades concedidas por Deus, uma vez que ele é Pai de justiça e amor, e dispensa a todos os seus filhos o mesmo desvelo e os mesmos sentimentos de paternidade.
Paulo A. Godoy
Livro: O Evangelho Pede Licença

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