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domingo, 1 de junho de 2014

Subscrição em favor dos operários lioneses: " Cárita"

Subscrição em favor dos operários lioneses:

A Sociedade Espírita de Paris não podia esquecer os irmãos de Lyon na sua aflição. Desde novembro apressou-se em subscrever 260 francos numa loteria beneficente organizada por vários grupos desta cidade. Mas o Espiritismo não é exclusivo. Para ele todos os homens são irmãos e se devem mútuo apoio, sem acepção de crença. Querendo, pois, dar o seu óbolo à obra comum, abriu na sede da Sociedade, na Rua e passagem Sant’Ana, 59, uma subscrição cujo produto será lançado no caixa da subscrição geral do jornal le Siècle.
Uma carta de Lyon, dirigida ao Sr. Allan Kardec, informa que um espírita anônimo acaba de enviar, diretamente e para tal fim, a soma de 500 francos. Que esse generoso benfeitor, cujo incógnito respeitaremos, receba aqui o agradecimento de todos os membros da Sociedade.
Um Espírito que se dá a conhecer sob o nome característico e gracioso de Cárita, e cuja missão parece ser a de provocar a beneficência em auxílio da desgraça, ditou, a respeito, a epístola que se segue, que nos foi enviada de Lyon. Como nós, os leitores certamente a colocarão no número das mais belas produções de além-túmulo. Possa ela despertar a simpatia de todos os espíritas por seus irmãos sofredores! Todas as comunicações de Cárita são marcadas pelo mesmo cunho de bondade e de simplicidade. Evocada na Sociedade de Paris, disse ter sido Santa Irene, Imperatriz.
Aos espíritas parisienses que mandaram 500 francos para os pobres de Lyon, obrigada!

“Obrigada a vós, cujo coração generoso soube compreender nosso apelo, e que viestes em auxílio aos irmãos infelizes. Obrigada! pois a vossa oferta vai cicatrizar muitas feridas e aliviar muitas dores. Obrigada! pois soubestes adivinhar que esse fruto de ouro que enviastes momentaneamente apaziguará a fome e aquecerá lareiras apagadas há muito tempo.
“Obrigada! sobretudo porque soubestes disfarçar a boa ação sob a capa do anonimato. Mas se ocultastes o generoso pensamento de serdes úteis aos vossos semelhantes, como a violeta que se oculta sob a folhagem, há um juiz, um senhor para o qual vossos corações não têm segredos e que sabe de onde partiu esse orvalho beneficente que veio refrescar mais de uma fronte abrasada, e afastar a miséria tão temida pelas mães de família.
“Deus, que tudo vê, conhece o segredo do anônimo e encarregar-se-á de recompensar os que tiveram a inspiração de socorrer as pobres vítimas de circunstâncias independentes de sua vontade. Deus, meus amigos, gosta desse incenso de vossos corações que, sabendo sentir a dor alheia, também sabe como se pratica a caridade. Ele aprecia, sobretudo, esse devotamento e essa abnegação que se encolhe ante um agradecimento pomposo, preferindo abrigar a sua modéstia sob simples iniciais. Mas ele ligou a todas as bênçãos que o vosso socorro vai atrair, o nome do benfeitor porque, como todos sabeis, esses transportes de alegria experimentados pelos corações socorridos sobem para Deus, e como ele vê que esses eflúvios, partidos da gratidão, são o resultado dos vossos benefícios, anota no grande livro do Espírito generoso que os fez nascer, a recompensa que lhe cabe.
“Se vos fosse dado ouvir estas suaves emoções, estas tímidas notas de simpatia que deixam escapar esses infelizes à vista da pequena moeda, maná celeste que cai em seu pobre tugúrio; se vos fosse dado ouvir os gritos infantis do pequenino ser que não compreende que o pão está assegurado por alguns dias, seríeis muito felizes e diríeis: ‘A caridade é suave e merece ser praticada’. É que, como podeis ver, pouca coisa é necessária para transformar lágrimas em alegria, sobretudo em casa do trabalhador que não está habituado a visitas frequentes da felicidade. Se essa pobre formiga que recolhe migalha a migalha o pão cotidiano encontrar em seu caminho um pão inteiro no momento em que perdia a esperança de dar à família o pão diário, então essa fortuna lhe parece tão incompreensível que, não encontrando expressões para a sua felicidade, deixa escapar algumas palavras soltas, às quais se seguem lágrimas de ternura.
“Socorrei, pois, os pobres, meus amigos, esses operários que não têm como última esperança senão a morte no hospital ou a mendicidade numa esquina.
“Socorrei-os tanto quanto puderdes, para que, quando Deus vos reunir, seguindo a extensa avenida que leva ao grande portal, em cujo frontispício estão gravadas as palavras Amor e Caridade, Deus, reunindo os benfeitores e os beneficiados vos diga a todos: ‘Soubestes dar. Fostes felizes em receber. Vamos, entrai! Que a caridade que vos guiou vos introduza no mundo radioso que reservo aos que têm como divisa: ‘Amai-vos uns aos outros.’ 
CÁRITA
  
OBSERVAÇÃO: A quem farão acreditar que foi o demônio que ditou tais palavras? Em todo o caso, se é o demônio que impele à caridade, nada se perde em fazê-la.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Apelo de Cárita

Cárita
Abri-me!
APELO DE CÁRITA

Escrevem-nos de Lyon:

“...O Espiritismo, esse grande traço de união entre todos os filhos de Deus, abriu-nos tão vastos horizontes que podemos olhar, de um a outro ponto, todos os corações esparsos que as circunstâncias colocaram no Oriente e no Ocidente, e os ver vibrar a um só apelo de Cárita. Ainda me lembro da profunda emoção que senti quando, no ano passado, a Revista Espírita nos dava conta da impressão produzida em todas as partes da Europa por uma comunicação desse bondoso Espírito. Por certo se poderá dizer tudo quanto se queira contra o Espiritismo: é uma prova de que ele cresce, pois geralmente não se atacam as pequenas causas,
mas os grandes efeitos. Aliás, a que se assemelham esses ataques? À cólera de uma criança que atirasse pedras ao oceano, para o impedir de murmurar. Os detratores do Espiritismo quase não suspeitam que, denegrindo a doutrina, pagam todas as despesas de uma propaganda que dá aos que a lêem vontade de conhecer esse temível inimigo, que tem como palavra de ordem: Fora da caridade
não há salvaçã o...” Esta carta estava acompanhada da seguinte comunicação, ditada pelo Espírito Cárita, a eloqüente e graciosa pedinte, que os bons corações conhecem tão bem.

(Lyon, 8 de novembro de 1865)

“Faz frio, chove, o vento sopra muito forte; abri-me.

“Fiz uma longa viagem através do país da miséria e volto com o coração mortificado, os ombros sobrecarregados pelo fardo de todas as dores. Abri-me bem depressa, meus amados, vós que sabeis que a caridade só bate à vossa porta quando encontra muitos infelizes em seu caminho. Abri o vosso coração para receber as minhas confidências; abri a vossa bolsa para enxugar as lágrimas de meus protegidos e escutai-me com essa emoção que a dor faz subir de vossa alma aos vossos lábios. Oh! vós que sabeis o que Deus reserva, e que muitas vezes chorais essas lágrimas de amor que o Cristo chamava o orvalho da vida celeste, abri-me!... Obrigada! eu entrei.

“Parti esta manhã; chamavam-me de todos os lados. O sofrimento tem a voz tão vibrante que um único apelo é suficiente. Minha primeira visita foi para dois pobres velhos: marido e mulher. Viveram ambos esses longos dias em que o pão escasseia, o sol se esconde e falta trabalho aos braços valentes que o chamam; sepultaram a miséria no lar da dignidade e ninguém pôde adivinhar que muitas vezes o dia transcorria sem trazer seu pão quotidiano. Depois chegou a idade, os membros se enrijeceram, os olhos ficaram velados e o patrão, que fornecia trabalho, disse: Nada mais tenho a fazer. Entretanto, a morte não veio; a fome e o frio são os visitantes habituais, diários, da pobre morada. Como responder a essa miséria? Proclamando-a? Oh, não! Há feridas que não se  curam arrancando o aparato que as cobre. O que acalma o coração é uma palavra de consolo, dita por uma voz amiga que adivinhou, com sua alma, o que lhe ocultaram aos olhos. Para esses pobres, abri-me!

“E, depois, vi uma mãe repartir seu único pedaço de pão com os três filhinhos; e como o naco era muito pequeno, nada guardou para si. Vi a lareira apagada, o pobre catre; vi os membros tiritantes envolvidos em farrapos; vi o marido entrar em casa sem ter encontrado trabalho; enfim, vi o filho caçula morrer sem socorro, porque o pai e a mãe são espíritas e tiveram que sofrer humilhações das obras de beneficência.

“Vi a miséria em toda a sua horrenda chaga; vi os corações se atrofiarem e a dignidade extinguir-se sob o verme roedor da necessidade de viver. Vi criaturas de Deus renegarem sua origem imortal, porque não compreendiam a provação. Vi, enfim, o materialismo crescer com a miséria e em vão gritei: Abri-me! eu sou a caridade; venho a vós com o coração cheio de ternura; não choreis mais, eu venho vos consolar. Mas o coração dos infelizes não me escutou: suas entranhas tinham muita fome!

“Então me aproximei de vós, meus bons amigos, de vós que me escutastes, de vós que sabeis que Cárita pede esmola para os pobres e vos disse: Abri-me!

“Acabo de vos contar o que vi em minha longa jornada e, eu vos suplico, tendes para os meus pobres um pensamento, uma palavra, uma doce lembrança, a fim de que à noite, à hora da prece, eles não adormeçam sem agradecer a Deus, porque lhes sorristes de longe. Sabeis que os pobres são a pedra de toque que Deus envia à Terra para experimentar vossos corações. Não os repilais, a fim de que, um dia, quando tiverdes transposto o limiar que conduz ao espaço, Deus vos reconheça pela pureza de vossos corações e vos admita na morada dos eleitos! – Cárita.”

É com alegria que nos fazemos intérpretes da boa Cárita, esperando que ela não tenha dito em vão: Abri-me! Se bate à porta com tanta insistência, é que o inverno aí bate por seu lado.
R.E. , dezembro de 1865, p. 471

O Blog comenta:
Linda Mensagem de abnegação, de humildade desse espírito Benfeitor, um obreiro de Deus dedicado ao próximo, como um irmão realmente.
Kardec nos fala que fora da Caridade não há salvação, e para podermos exercê-la temos que nos autoconhecer e buscar transformar os nossos vícios em virtudes , mas para essa transformação é necessário ir a prática, e devemos iniciar dentro de nosso próprio lar junto aos nossos familiares buscando  conciliação,  tolerância,  compreensão ,  benevolência .
Um trabalho árduo, que temos iniciar com coragem, ânimo , fé e amor não podendo esquecer que se estamos buscando nos modificar de conduta estaremos assistidos por espíritos que nos quer o bem, e o auxílio da oração em momentos de crise ajuda e muito para resistirmos as investidas de nosso ser velho com manias e vícios do passado.
Aguardamos o comentários de todos vocês.
Saudações Fraternas.
Negy