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domingo, 5 de agosto de 2012

AS DUAS TEOLOGIAS

AS DUAS TEOLOGIAS
José Reis Chaves
Jamais considerei os teólogos ignorantes e pouco inteligentes. É o contrário, tenho-os
como muito inteligentes, pois eles até conseguem a proeza de convencerem muitas pessoas a
acreditarem piamente em coisas em que eles próprios não acreditam.
Ao se referir aos sacerdotes judeus de sua época, o Mestre já aconselhava as pessoas
a fazerem o que eles mandavam, mas que elas não os imitassem em suas obras (Mateus
23,3). Obviamente, nem todos os sacerdotes daquela época e de hoje são hipócritas, pois há
os que, mesmo estando errados, são de boa fé.
Admiro as teses filosóficas de Kardec e de São Tomás de Aquino, quando este afirma
que Deus é o único ser incontingente, e quando aquele define Deus como sendo a causa
primária de todas as coisas. Ser incontingente é o que não tem causa ou não é causado. Para
São Tomás todos os demais seres são contingentes, pois que são causados. E a causa
primária de Kardec sobre Deus é também uma causa não causada, pois é a primeira ou a
causa anterior a qualquer outra.
Costumo chamar Deus, o ser incontingente, a causa primária e também o Único e o
Brâman dos orientais, de Deus absoluto, e de deuses relativos todos os seres contingentes,
causados, gerados ou criados. Todos nós, pois, inclusive Jesus Cristo, somos deuses relativos:
“Vós sois deuses” (Salmo 82,6; São João 10,34; e 1 Samuel 28,13).
Jesus Cristo, só por ser Filho de Deus, torna-se “ipso facto” um ser contingente e,
portanto, um Deus relativo. Aliás, para São Paulo, Jesus Cristo é o primogênito das criaturas.
Ora, Deus mesmo é criador e jamais criatura.
As idéias tomistas e kardecistas sobre Deus são compatíveis com uma teologia racional
e à prova da crítica textual bíblica. Mas é óbvio que são incompatíveis com uma outra
teologia, ou seja, a teologia antibíblica, profissional e que manipula as pessoas, a qual,
infelizmente, tem muitos inocentes úteis por esse mundo afora

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