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domingo, 5 de agosto de 2012

COM A MEDIDA COM QUE MEDIRDES

COM A MEDIDA COM QUE MEDIRDES
“Não julgueis para que não sejais
julgados, Porque com o juízo com que
julgardes sereis julgados. e com a
medida com que tiverdes medido vos
hão de medir a vós.”
(Mateus, 7:1-2)
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A citação evangélica que encima esta crônica, por si só, revela toda a
amplitude do ensinamento que Jesus pretendeu transmitir. .
Certa vez, fazendo as suas costumeiras pregações, o Mestre defrontou-se com
um homem que lhe suplicou: Senhor, dize a meu irmão que reparta comigo a
herança. Mas ele lhe respondeu: Homem, quem me instituiu a mim por juiz ou
repartidor entre vós? (Lucas, 12:13-14).
O Meigo Nazareno — a despeito da grandiosidade do seu Espírito — relutou e
não concordou em exercer o papel de juiz. Esse exemplo nos leva a pensar duas vezes
antes de querer exercer um papel dessa natureza, pois, indubitavelmente, somos ainda
criaturas imperfeitas e eivadas de parcialidade, de paixões, de egoísmo, e jamais
poderíamos julgar alguém de forma reta e irrepreensível.
A máxima: Com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós,
além de ser incisiva e endereçada a todos nós, encerra os esclarecimentos mais sérios,
no tocante à aplicação do nosso juízo, quando nos defrontamos com problemas
alheios.
No âmbito da lei de causas e efeitos, o preceito exarado por Jesus não invalida
outro mais ou menos semelhante: Quem com ferro fere, com ferro será ferido, o que
significa dizer que, no âmbito da justiça divina seremos bitolados com o mesmo
gabarito que empregarmos no trato dos nossos irmãos, no desenrolar do nosso
aprendizado terreno.
Se o nosso juízo for unilateral quando julgarmos as atitudes e os atos do nosso
próximo, como pretender um julgamento equitativo e reto para com as nossas
próprias ações? O nosso falso juízo, prejudicando alguém, faz com que surja a
necessidade de um reajuste, do qual o nosso Espírito passa a ser réu, uma vez que não
existe causa que não conduza a um efeito.
Os preceitos de Jesus Cristo não se aplicam apenas aos indivíduos, mas
também abrangem as instituições e as coletividades. A História nos tem ensinado os
duros reveses experimentados por grandes e poderosas nações, porque o orgulho fez
com que seus governantes não aplicassem o critério de uma justiça reta aos olhos de
Deus.
O antigo povo de Israel nos serve de paradigma para uma demonstração clara e
positiva: Apesar de se considerar um povo eleito e se julgar preferido por Deus para
colimar os objetivos mais relevantes, essa comunidade alimentava sentimentos de
conquista e julgava os demais povos pelo limite acanhado de suas leis religiosas. Por
isso a justiça divina fez com que experimentasse dolorosos resgates, através de duros
e prolongado! cativeiros, nas mãos dos babilônicos, dos caldeus, dos egípcios e dos
romanos. Os seus homens e mulheres foram perseguidos, escravizados, aprisionados,
mortos e dispersos. A velha e orgulhosa Jerusalém, que matava os profetas e os
sábios que lhe eram enviados pelo Alto, que foi palco de um dos mais incríveis
julgamentos da História, assistindo impassível à crucificação do Ungido de Deus,
teve suas casas destruídas, seus filhos massacrados e o seu precioso templo destruído,
dele não restando pedra sobre pedra.
O profeta Elias usou a medida da violência, ordenando a decapitação de
centenas de sacerdotes de Baal. Reencarnado na pessoa de João Batista, também foi
degolado por ordem de Herodes.
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Os espíritas sabem, melhor do que ninguém, as conseqüências funestas dos
juízos apressados e dos atos maldosos. A lei da reencarnação é inexorável, e, através
dela, os Espíritos pecaminosos experimentam duros ciclos expiatórios.
Pôncio Pilatos mediu Jesus Cristo pelo gabarito dos seus interesses políticos,
permitindo que um justo fosse crucificado por temer descoJ1tentar um poder terreno
transitório.
Judas Escariotes mediu Jesus pelos seus interesses financeiros, denunciando
um missionário a troco de trinta moedas de prata. Por isso o remorso, o suicídio e as
terríveis expiações na vida espiritual foram o corolário de sofrimento que
experimentou.
Os homens sempre julgam de modo unilateral, colocando em primeiro plano as
suas conveniências mais imediatas, conseqüentemente, assim como a justiça divina
caiu pesadamente sobre os Espíritos de Pilatos, de Judas e de muitos outros homens
do passado, ela cairá também sobre todos aqueles que não sabem usar um sentimento
retilíneo no trato com os interesses de seus semelhantes.
Esse foi o motivo primário que levou Jesus Cristo a sentenciar o Amai ao vosso
próximo como a vós mesmos, pois todo aquele que assim proceder, jamais usará de
juízo apressado e iníquo para com o seu irmão.
Por isso disse o Mestre: Se alguém vos obrigar a caminhar mil quilômetros,
caminhe com ele mais mil, pois é provável que, nessa segunda caminhada, o seu
próximo será visto com mais amor, com menos ódio, e então o seu julgamento será
muito mais equitativo.

Livro: Padrões Evangélicos- Paulo Alves de Godoy

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