"E,
CHEGANDO, ACHOU-OS DORMINDO, E DISSE A PEDRO: SIMÃO, DORMES? NÃO
PODES VIGIAR UMA HORA?"
"E
ESTANDO UM CERTO MANCEBO, POR NOME EUTICO, ASSENTADO NUMA JANELA,
CAIU DO TERCEIRO ANDAR, TOMADO DE SONO PROFUNDO QUE LHE SOBREVEIO
DURANTE O EXTENSO DISCURSO DE PAULO". (ATOS, 20:9)
CAIU DO TERCEIRO ANDAR, TOMADO DE SONO PROFUNDO QUE LHE SOBREVEIO
DURANTE O EXTENSO DISCURSO DE PAULO". (ATOS, 20:9)
Os
apóstolos Pedro, Tiago e João acompanharam o Mestre ao Horto das
Oliveiras, onde o assessoraram numa invocação espiritual das mais
decisivas, cuja finalidade principal consistiu em entrar em contato com o plano
espiritual superior a fim de sondar, uma vez mais, os sábios desígnios
de Deus em torno do desfecho do Messiado de Jesus na Terra.
Numa
autêntica sessão espírita, o Cristo entrou em comunicação
com o Alto e rogou: Pai, se for possível, passa de mim este cálice,
mas faça-se a tua e não a minha vontade. Os três apóstolos,
entretanto, subjugados por forças inferiores do plano espiritual, interessadas
no malogro da missão redentora de Jesus, adormeceram e, apesar de o Mestre
acordá-los mais de uma vez, persistiram naquele sono profundo.
Eutico,
por sua vez, atraído pela maravilhosa pregação de Paulo,
na cidade de Troas, assentara-se numa janela do terceiro andar do prédio
onde o apóstolo fazia a sua pregação. O discurso fora bastante
prolixo e o jovem não vigiou suficientemente, sendo tomado também
de profundo sono, caiu de grande altura, sendo dado por morto. O apóstolo
dos Gentios, descendo, inclinou-se sobre ele e disse: Não vós
perturbeis, que a sua alma nele está.
O
Evangelho segundo Lucas (12:35-38) nos legou o seguinte ensinamento de Jesus:
Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias. E sede vós
semelhantes aos homens que esperam o seu Senhor quando houver de voltar das
bodas, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe. Bem-aventurados
aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando. Em verdade vos
digo que se cingirá, e os fará assentar-se à mesa e chegando
servirá. E se vier na segunda vigília, e se vier na terceira e
os achar assim, bem-aventurados são os tais servos.
Todas essas narrativas evangélicas têm um escopo: demonstrar que o Espírito é pronto, mas a carne é fraca. O Mestre recomendou aos três apóstolos que participando daquela fase decisiva e angustiante do seu Messiado: Orai e vigiai para não cairdes em tentação.
A advertência de Jesus é extensiva aos homens de todos os tempos, que dormem no esquecimento dos mais rudimentares deveres de ordem espiritual, malbaratam os talentos que lhe foram confiados agindo semelhantemente àquele homem da parábola que egoisticamente, enterrou o talento que lhe fora confiado tornando-o improdutivo e destituído de qualquer benefício para o próximo.
As pessoas que não se capacitam das responsabilidades de que se acham investidas, ou que não despertam para a vivência dos ensinamentos evangélicos, passam pela vida sem ter vivido, pois uma existência perdida poderá redundar em séculos de retardamento no processo evolutivo do Espírito.
Muitos homens se configuram animosos no desempenho de tarefas relevantes, mas não tomam o devido cuidado no trato de assuntos que dizem respeito ao Espírito. Muitos homens se configuram animosos no desempenho de tarefas relevantes, mas não tomam o devido cuidado no trato de assuntos que dizem respeito ao Espírito, preferindo antes se engolfarem no desfiladeiro do erro, pervertendo seus valores morais e aniquilando os atributos que, por força das tarefas de que se acham investidos, lhe são outorgados na Terra.
Todas essas narrativas evangélicas têm um escopo: demonstrar que o Espírito é pronto, mas a carne é fraca. O Mestre recomendou aos três apóstolos que participando daquela fase decisiva e angustiante do seu Messiado: Orai e vigiai para não cairdes em tentação.
A advertência de Jesus é extensiva aos homens de todos os tempos, que dormem no esquecimento dos mais rudimentares deveres de ordem espiritual, malbaratam os talentos que lhe foram confiados agindo semelhantemente àquele homem da parábola que egoisticamente, enterrou o talento que lhe fora confiado tornando-o improdutivo e destituído de qualquer benefício para o próximo.
As pessoas que não se capacitam das responsabilidades de que se acham investidas, ou que não despertam para a vivência dos ensinamentos evangélicos, passam pela vida sem ter vivido, pois uma existência perdida poderá redundar em séculos de retardamento no processo evolutivo do Espírito.
Muitos homens se configuram animosos no desempenho de tarefas relevantes, mas não tomam o devido cuidado no trato de assuntos que dizem respeito ao Espírito. Muitos homens se configuram animosos no desempenho de tarefas relevantes, mas não tomam o devido cuidado no trato de assuntos que dizem respeito ao Espírito, preferindo antes se engolfarem no desfiladeiro do erro, pervertendo seus valores morais e aniquilando os atributos que, por força das tarefas de que se acham investidos, lhe são outorgados na Terra.
Na
Parábola do Semeador, notamos que uma parte da semente caiu à
beira da estrada e foi devorada pelas aves. Eutico se enquadrou perfeitamente
no rol dos homens que são simbolizados por essa parte da semente, são
os que, no dizer evangélico, recebem as palavras oriundas do plano superior,
mas não lhes dão guarida, sendo elas racilmente subtraídas
pelos Espíritos malignos, interessados am manter os homens distanciados
de Deus.
Entretanto, pelo menos uma semente ficou semeada no coração daquele mancebo. Ele foi dado por morto, mas Paulo afirmou que ele ainda estava vivo, para comprovar aquilo que Jesus ensinou: Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. (João, 5:24)
Eutico já não poderia morrer para as coisas do Espírito, pois já havia vislumbrado a centelha dos ensinamentos evangélicos, que Paulo fora divulgar em Troas. Na realidade ele dormira, pois a carne é fraca e naquela contingência investida dos Espíritos trevosos fora arrasadora, entretanto o seu Espírito estava pronto para assimilar o conhecimentos novos que Paulo ali fora ministrar, o qual o levaria descortinar um novo mundo onde todos se sentiam felizes, úteis a Deus, abominando o servilismo às coisas de César.
Os três apóstolos de Jesus também sofreram o impacto da ofensiva dos espíritos das trevas, porém, suas almas estavam iluminadas pelas luzes da consoladora Doutrina que Jesus Cristo viera revelar, o que fazia com que estivessem vigilantes interiormente.
O ensinamento propiciado por estas duas passagens evangélicas representa incisiva admoestação àqueles dormem sobre as riquezas e as glórias efêmeras da Terra, tornando-se avaros, egoístas e orgulhosos, aos que repousam sobre as várias formas de viciações, esquecidos das aquisições de ordem espiritual que impulsionam a criatura para o Criador, aos que se locupletam com as vantagens temporárias que muitas vezes a vida oferece e postergam as coisas que enobrecem a alma, as únicas que são permanentes e que acompanham os Espíritos em sua trajetória evolutiva.
A Parábola
do Trigo e do Joio, narrada em Mateus, 13:24-30, descreve: Assemelha-se o reino
dos céu homem que semeou boa semente em seu campo. Enquanto porém,
dormiam os homens veio inimigo dele e semeou por cima do joio. Jerônimo,
o grande doutor da igreja (Patrol, Lat. vol 26 col. 93), previne os chefes da
igreja para que não durmam, para que não se façam semeaduras
de heresias entre os fiéis.Entretanto, pelo menos uma semente ficou semeada no coração daquele mancebo. Ele foi dado por morto, mas Paulo afirmou que ele ainda estava vivo, para comprovar aquilo que Jesus ensinou: Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. (João, 5:24)
Eutico já não poderia morrer para as coisas do Espírito, pois já havia vislumbrado a centelha dos ensinamentos evangélicos, que Paulo fora divulgar em Troas. Na realidade ele dormira, pois a carne é fraca e naquela contingência investida dos Espíritos trevosos fora arrasadora, entretanto o seu Espírito estava pronto para assimilar o conhecimentos novos que Paulo ali fora ministrar, o qual o levaria descortinar um novo mundo onde todos se sentiam felizes, úteis a Deus, abominando o servilismo às coisas de César.
Os três apóstolos de Jesus também sofreram o impacto da ofensiva dos espíritos das trevas, porém, suas almas estavam iluminadas pelas luzes da consoladora Doutrina que Jesus Cristo viera revelar, o que fazia com que estivessem vigilantes interiormente.
O ensinamento propiciado por estas duas passagens evangélicas representa incisiva admoestação àqueles dormem sobre as riquezas e as glórias efêmeras da Terra, tornando-se avaros, egoístas e orgulhosos, aos que repousam sobre as várias formas de viciações, esquecidos das aquisições de ordem espiritual que impulsionam a criatura para o Criador, aos que se locupletam com as vantagens temporárias que muitas vezes a vida oferece e postergam as coisas que enobrecem a alma, as únicas que são permanentes e que acompanham os Espíritos em sua trajetória evolutiva.
Deparamos,
portanto, também nessa parábola com a necessidade de nos mantermos
vigilantes, a fim de que as deturpações doutrinárias não
venham a se constituir em embaraços para a propagação das
verdades enunciadas pelo Cristo e hoje consagradas pelo Espiritismo.
Paulo A.
Godoy Livro: Crônicas Evangélicas
Nenhum comentário:
Postar um comentário