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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Ninguém se Casa com a Pessoa Errada


INALDO LACERDA LIMA
Com tristeza, verificamos no seio das atuais sociedades ocidentais de
nosso planeta, e de modo já bastante arraigado no Brasil, a prática abusiva dos
divórcios, dos ajuntamentos clandestinos, das separações irresponsáveis com o
abandono da família e dos escândalos recheados de cinismo.
E mais: há até quem chega ao exagero de manifestar propósitos
relacionados com a extinção ou abolição do casamento, como se tratasse de
costume desnecessário.
A propósito, no momento em que rascunhamos este trabalho, somos
chamados à atenção, por nossa esposa, para mais um escândalo através da
mídia relacionado com o número excessivo de adolescentes grávidas entre 10 e
19 anos. São mães solteiras que, em sua maioria, terão de abandonar a escola
para cuidar de filhos sem pais! O próprio Ministro da Saúde se mostra
preocupado, achando que tal situação tão seriamente desoladora é
conseqüência dos maus exemplos oferecidos pelos adultos. Aliás, a essa
situação de se procurar pôr filhos no mundo, na condição de mães solteiras, o
ministro cognominou de produção independente. Independente quanto ao
arbítrio, sim; mas de modo algum quanto às conseqüências que acarreta às suas
famílias, a esses filhos e ao próprio Estado.
O caso é citado aqui dada a oportunidade do assunto e em face de uma
entrevista que acompanháramos, não faz muito tempo, quando um juiz da
infância e da juventude orientava a uma mãe solteira, dizendo-lhe que filho vem
ao mundo para ter pai e mãe, que a sua educação precisa contar com esse duplo
apoio. Dava a entender a todos que estavam presentes àquela solene audiência
ser essa a função primacial do casamento: assistência e educação aos filhos,
com vistas ao bem-estar e defesa da própria sociedade.
Realmente, essa é a finalidade essencial do casamento num mundo que
valoriza a civilização. Caso contrário, a Ciência Espírita, que se encontra na Terra
por determinação divina, desde abril de 1857, não lhe daria enfoque tão elevado
nas questões 695 a 699 de “O Livro dos Espíritos”, obra máxima do Espiritismo.
Não se trata de mero comentário. É manifestação dos Espíritos superiores
por determinação divina, através da mediunidade, advertindo o homem planetário
quanto à sua responsabilidade de criatura de Deus presa no escafandro carnal.
Já temos tido diversas oportunidades de tratar desse assunto em palestras
nas casas espíritas. E, aqui, ele vem a propósito de uma interessante
reportagem, na televisão, a respeito das causas de divórcios ou separações de
casais, em que se tenta demonstrar que a razão dos fatos deve encontrar-se nos
casamentos indevidos, quando alguém se consorcia com a pessoa errada. Se os
homens atentassem bem nos ensinos do Evangelho, pensariam melhor antes de
externar certos juízos relacionados com as separações no casamento.
Vejamos de que modo Jesus respondeu aos fariseus, quando, para tentálo,
indagaram se era lícito ao homem abandonar a sua mulher por qualquer
motivo. E como o Mestre respondesse em sentido contrário, citando a lei divina,
eles perguntaram por que Moisés mandou dar-lhe carta de divórcio e abandonála?
E Jesus, Cristo de Deus, responde-lhes com estas palavras: “Moisés, por
causa da dureza de vossos corações, vos permitiu repudiar as vossas mulheres;
mas no princípio não foi assim” (Mateus, 19:3-8).
A bem da verdade, ninguém casa com a pessoa errada, seja qual tenha
sido o móvel do casamento. Enganam-se os que assim pensam. Os casamentos
são sempre acertados ou melhor preparados na vida espiritual, em face dos
desacertos, abusos, crimes ou incontinência moral praticados em encarnações
anteriores. De modo que os Espíritos comprometidos com a lei divina, no
passado, reencarnam com o fim de reparar esses males que envolveram, até
mesmo, os que virão depois na condição de filhos.
A reencarnação é a grande e luminosa forma de aperfeiçoamento das
almas e reparação dos erros em que se comprometeram por desatentas às leis
que regem a Vida. Um dia, quando a Humanidade toda atentar no papel do
Espiritismo no mundo, compreenderão que ele não veio para destruir as religiões,
pelo contrário, veio para iluminá-las, esclarecendo-as, sobre a lei das vidas
múltiplas como meio de purificação dos Espíritos. Nesse dia, todos
compreenderão melhor a importante função do casamento.
Compreenderão todos que não há, e nunca houve, casamento errado,
nem mesmo no tempo em que os casamentos eram determinados pela tirania
dos pais, em face de interesses de ordem econômica e social; nem mesmo
quando, ainda hoje, alguém se aproxima de uma mulher ou de um homem com
intenções levianas!... Ah, homens do mundo como sois imperfeitos e atrasados,
mesmo quando vos vangloriais de vossos títulos acadêmicos!
Cada indivíduo está casado ou vai casar-se com a pessoa certa, com
quem se comprometeu na teia dos desatinos e das paixões, num passado
distante. O que ocorre é que, após o enlevo das fantasias à qual dão o nome de
paixão, caem as máscaras e cada um passa a ver o outro tal como ele é. Porque
os casamentos, em nossas sociedades, ainda são provacionais em sua grande
maioria. Estudai bem, homens do mundo, a Revelação Espírita.
Há os casamentos de almas que não se rebelam diante do realismo de
suas provas ou expiações. E esses são tidos como felizes. E os filhos que deles
se originam dispõem de melhor condição de se prepararem para a vida. São
casamentos felizes, muitas vezes na aparência, porque representam uniões de
almas um pouco mais evolvidas no processo de seu caminhar incessante na
direção do infinito bem.
Naqueles lares, porém, onde os pais reagem ou se rebelam diante da
prova ou da expiação, os filhos se sentem infelizes e correm riscos sérios em
relação à sua formação social, por cujos desajustes os pais responderão mais
tarde.
Os divórcios ou separações ocorrem em função do livre-arbítrio de cada
casal ou do cônjuge responsável, mas não se encerram aí. Esses Espíritos deverão
encontrar-se mais adiante, no roteiro da marcha evolutiva, depois de
sofrerem bastante, no cumprimento dos compromissos que retardaram!...
Voltaremos ao assunto, oportunamente. .
Revista O Reformador Dezembro de 1999

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