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terça-feira, 13 de novembro de 2012

No Limiar do Amanhã / O fermento dos fariseus



O fermento dos fariseus

(Locutora do programa) – Abrindo o Evangelho ‘ao acaso’, encontramos, em Lucas, capítulo 12, versículos 2 e 3: “Tendo-se juntado milhares de pessoas, de modo que um e outro se atropelavam, começou Jesus a dizer primeiro aos seus discípulos: Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada há encoberto, que se não venha a descobrir; em oculto que se não venha a saber. Por isso, o que disseste na treva, à luz será ouvido; o que falastes ao ouvido, no interior da casa, sobre os telhados será proclamado.”
Vemos, nessa passagem do Evangelho de Lucas, a colocação de um problema tipicamente espírita, ou seja: o problema da supressão das vidas. Jesus advertia, naquele momento, os seus discípulos, quanto àquilo que chamou de o fermento dos fariseus, ou o fermento da hipocrisia. Esse fermento dos fariseus, para sermos justos, é o fermento humano, que existe em toda a humanidade.
A hipocrisia nos faz mostrar um semblante alegre, sorridente, para os outros, quando, na verdade, mostramos apenas a nossa falsa casaca, como se costuma dizer. Então, Jesus diz que o que se diz ao ouvido, o que se diz dentro de casa, no ambiente familiar, escondido dos outros, afinal será proclamado, mais cedo ou mais tarde; aquilo que se diz no escuro será revelado na luz.
Quem conhece o problema das vidas sucessivas sabe que após a morte passamos a viver no mundo espiritual. Temos ali uma extensão da vida terrena, muitas vezes, igual ou com maior extensão do que a existência na Terra. Quando chegarmos ao mundo espiritual, vamos nos encontrar com uma sociedade diferente, onde quase não se pode esconder aquilo que se pensa, pois a linguagem dos Espíritos é o pensamento. Os Espíritos não precisam falar, como nós falamos, através da voz articulada, para se comunicarem entre si. Eles podem comunicar-se pelo pensamento.
Assim sendo, nós temos, no mundo espiritual, aquelas pessoas que costumavam, na Terra, falar mal do próximo e fingir amizade na sua presença, as quais encontram uma dificuldade muito grande, no Mundo Maior, porque estavam acostumadas a fazer assim na Terra. Mas na nova morada não podem fazê-lo, porque quando querem fingir, o fingimento transparece. E, praticamente, revelam as suas intenções ocultas. Então elas não podem adotar, como na Terra, a tática do fingimento, por não estarem escondidas atrás do corpo material; estão se comunicando através do seu próprio corpo espiritual, que é transparente e o pensamento, à flor da pele, se é que podemos dizer assim, revela-se por meios evidentes, não podendo ser escondido.
É por isso que Jesus disse que tudo aquilo que fizermos aqui será revelado, no Mundo Maior. Nas pesquisas de Allan Kardec sobre esse assunto, publicadas na Revista Espírita, vemos Espíritos que se queixam profundamente das situações em que se encontram, porque não podem fazer nada escondido. Tudo o que querem ocultar está sempre sob os olhos de entidades espirituais que enxergam tudo quanto fazem, tudo quanto pensam e sentem.
É por isso que Jesus nos dá uma lição, através desse trecho do Evangelho de Lucas, no sentido de que devemos ser leais. Devemos ser sinceros, a fim de evitarmos situações embaraçosas para o nosso Espírito, pois, após a morte, se não nos libertarmos, na Terra, do vício da hipocrisia, nos colocaremos em situações verdadeiramente desesperadoras, revelando aquilo que não queremos revelar. Não pensem que a desencarnação dá atestado de santidade a alguém. Seremos lá exatamente o que fomos aqui.

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