EVANGELHO E
PAZ
Emmanuel
I
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou;
Não vô-la dou como o mundo a dá.
JESUS, JOÃO,
14:27.
O bem
semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento
evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a
estagnação.
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O PROBLEMA
da paz é questão de fraternidade, em todas as latitudes. E o Evangelho do
Cristo constitui o manancial divino, em cujas correntes de água viva pode
o coração renovar-se para a vitória do legítimo entendimento.
Guerras,
discórdias, crises, representam a resultante da grande desarmonia que a
ausência do amor estabeleceu no caminho da inteligência.
A
concórdia real jamais será incubada por decretos políticos ou por
princípios apressados de filosofia salvacionista, nas relações dos homens
entre sí, e para a harmonia individual não valem tão-somente a
argumentação da psiquiatria e as descobertas preciosas da ciência médica.
A
incompreensão das criaturas torna sombrios todos os caminhos da Terra e o
valor da carne sofre a influenciação da angústia que ele mesmo projeta.
Outro
recurso não nos resta, além daquele que conduz com a justa retificação.
O Grande
Médico e Sublime Renovador do mundo ainda é o Cristo que revelou o
ministério do sacrifício pessoal por lição inesquecível de ressurreição e
triunfo.
“Ajuda
ao que te persegue e calunia. Ora pelos que te odeiam. Serve sem aguardar
retribuição. Renuncia a ti mesmo, toma a cruz da abnegação em favor dos
que te cercam e segue, de ânimo robusto, para diante. Aquele que te pede a
capa, dá igualmente a túnica. Ao que te exigir a jornada de mil passos,
caminha com ele dois mil”.
Semelhantes ensinamentos pairam sobre a fronte da Humanidade, concitando-a
à vida nova.
A
organização mental é um instrumento que, ajustado ao Evangelho, deixa
escapar às vibrações harmônicas do amor, sem cujo domínio a vida em sí
prosseguirá desequilibrada, fora dos objetivos superiores, a que
indiscutivelmente se destina.
Há
produção de pensamentos no mundo, como existe a produção de flores e
batatas. Criamos, em torno de nós, a atmosfera de ordem ou perturbação,
quanto incentivamos a seara de trigo ou suportamos, por relaxamento, a
colheita compulsória de ervas daninhas.
Induzindo-nos ao trabalho construtivo com bases no devotamento pessoal
pelo bem de todos, a mensagem de Jesus compele-nos a irradiar fé e
paciência, serenidade e bom ânimo, com atividade plena e infatigável a
benefício da alegria comum. Habituamo-nos, assim, a compreender as
necessidades do vizinho, guardando um coração educado para auxiliar
sempre, cedendo de nosso egoísmo ao alheio contentamento.
Sob tais
moldes, a experiência do lar é mais sadia e mais nobre, o clima de
confiança possibilita sólidos alicerces à felicidade e caminhamos para a
frente de espírito arejado, pronto a socorrer todas as dores e a
contribuir na equação dos problemas de quantos procuram a bênção do
progresso junto de nós.
A comunhão
com Jesus sublima as secreções ocultas da alma, proporcionando-nos acesso
fácil ao manancial de forças renovadoras do ser ou de hormônios
espirituais da vida eterna.
Afeiçoando-nos ao Mestre Sublime, seremos verdadeiros irmãos uns dos
outros.
Em nosso
coração e em nossa mente reside a sementeira da luz.
Auxiliando-a com a boa vontade, sob a inspiração ativa e constante da Boa
Nova, no esforço mútuo de compreensão das nossas necessidades e problemas
que exigem o concurso incessante do amor, alcançaremos, mais cedo, a
vitória da saúde e da alegria, do aperfeiçoamento e da redenção.
(Francisco Cândido Xavier por Espíritos Diversos. in: Nosso Livro)
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