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terça-feira, 13 de novembro de 2012

No Limiar do Amanhã / A comunicação com Deus



A comunicação com Deus

Herculano Pires

“O Espiritismo é uma doutrina racional e científica, mas adota a prece e o passe e se diz continuador do Cristianismo. Vejo nisso uma tremenda contradição. O que o senhor me diz?”
Não há contradição nenhuma. Quando o Espiritismo se diz uma doutrina racional e científica, ele se pauta através dos seus princípios. Basta ler O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a obra fundamental do Espiritismo, para certificar-se de todas as questões científicas e de pesquisas, de acordo com os princípios da doutrina. Então, a Doutrina Espírita é realmente racional e científica.
Quanto à prece, ela não é irracional. Pode ser irracional para, por exemplo, os selvagens, que pronunciam a prece sem saber o seu significado. Assim, a formulam, impulsionados pelas emoções de momento. Mas quando uma pessoa já tem o desenvolvimento mental para entendê-la, ela é uma forma de comunicação, e a forma de comunicação não é, absolutamente, mágica ou supersticiosa. Ela existe em todos os campos.
Há dois tipos de comunicação humana:
1)    a comunicação horizontal, ou seja, no plano social, de homem para homem, entre as criaturas humanas;
2)    a comunicação vertical, isto é, com as entidades espirituais e com Deus.
O homem pode, inclusive, falar com Deus, quando dirige a Ele, por exemplo, a prece do Pai Nosso, repetindo aquelas palavras que Jesus deixou, no Evangelho. Essa comunicação é racional, pois o Pai Nosso traduz uma série de pedidos, de solicitações, que correspondem exatamente às nossas necessidades humanas. Tentamos, então, nos comunicar com Deus. E Deus nos ouve. Há essa comunicação com aquele que sabe usá-la, compreendendo o seu sentido e o seu alcance.
A prece dos espíritas não é dirigida somente a Deus, mas a todos os bons Espíritos, que podem não ser angélicos, mas são bons. São Espíritos de criaturas boas, que viveram na Terra, que vêm nos auxiliar, porque são nossos amigos. Todos nós, como dizia o apóstolo Paulo, temos as nossas testemunhas, que são os Espíritos que se aproximam de nós, os que são simpáticos a nós, por isso, vêm nos auxiliar; ou aqueles que nos detestam e que procuram nos atingir e prejudicar-nos. Mas todos eles estão à nossa volta e há aqueles que nos ajudam e nos defendem da maldade daqueles que nos detestam. Então, quando dirigimos a nossa prece a esses Espíritos, estamos quase na própria comunicação horizontal, de criatura humana para criatura humana, porque eles estão ao nosso redor e convivem conosco na Terra.
A prova de que isso não é uma superstição está, por exemplo, nas pesquisas atuais da parapsicologia, principalmente no campo da transmissão do pensamento. Por que é que a Rússia, neste momento, investiga com tanto interesse esse assunto, pois a Parapsicologia não cuida de problemas materiais, mas daqueles fenômenos paranormais, que se passam fora daquilo que é considerado material, na vida terrena? Por que os Estados Unidos empenham-se em verdadeiras campanhas, no sentido do desenvolvimento das pesquisas parapsicológicas? Por que há uma verdadeira corrida parapsicológica, entre os Estados Unidos e a União Soviética? Porque as experiências científicas já demonstraram essa coisa extraordinária, para todos aqueles que podem pensar um pouco a respeito.
A prece não é, absolutamente, um elemento mágico. É uma realidade no campo das comunicações, hoje em dia. Na Universidade de Moscou, por exemplo, a telepatia figura nas escolas de comunicação, como pertencente ao campo das comunicações biológicas.
Quanto ao passe, no Espiritismo ele não é considerado como uma varinha mágica. É como um elemento que permite a transmissão de energias vitais do passista. Essa transmissão de energias vitais está provada em pesquisas, na Rússia e Estados Unidos, sobre a aura humana e a aura das coisas, de acordo com o sentimento das criaturas, com a posição mental da pessoa, das suas emoções. Há variações não só na intensidade, como no colorido da aura.
A alma representa a energia vital do homem, que pode extravasar-se pelo corpo e que forma, então, essa aura verdadeiramente de luminosidade, em torno da pessoa. A aura existe, também, nos objetos, na pedra, no vegetal, porque todos os seres são dotados dessa energia íntima, que determina a sua expressão luminosa, além dos limites da estrutura material.
Assim, o passe é considerado uma transmissão energética, de uma pessoa para outra. Esse passe é mais poderoso quando auxiliado por uma entidade espiritual. Porque ocorreram, muitas vezes, a fraqueza das energias. Não há, portanto, nenhuma contradição no Espiritismo, ao se dizer racional e científico e admitir a prece e o passe.

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