CARIDADE DO ESQUECIMENTO
Emmanuel
Não olvides a caridade do esquecimento de todo mal.
Nela reside a força progressiva do bem.
Dissabores revividos são espinhos bem cultivados.
Diariamente, é possível exercê-la, porque o cipoal dos
desgostos de toda sorte nasce também de sementes minúsculas.
A benefício da paz, não te fixes nas pequenas desarmonias
que te rodeiam.
Esquece o erro do vizinho.
O mau temperamento do próximo.
A irritação do companheiro.
A ingratidão da parentela.
A intriga sutil.
A palavra maldosa.
A frase contundente.
A resposta impensada dos outros.
A saudação não respondida.
A ilusão dos que te seguem.
A irreflexão de alguns ou de muitos.
A ignorância do associado de luta.
A atitude do irmão, em desacordo com a tua.
A opinião diferente da que adotas.
A cicatriz ou a ferida dos semelhantes.
A infelicidade do companheiro inseguro.
A observação injuriosa que procura ferir-te a dignidade
pessoal.
A incompreensão do meio a que serves.
A dificuldade e o obstáculo que se apresentam por
abençoadas provas à tua fortaleza moral ou à tua boa vontade.
Lembra-te do auxílio simples do esquecimento da sombra que
se interpõe entre o nosso espírito e a realidade.
Abre o coração à Luz e adianta-te, olvidando as trevas da
jornada.
Quem recebe a dádiva da luta na condição de um tesouro por
engrandecer e aperfeiçoar, realmente encontrou para a própria felicidade,
o verdadeiro caminho do Céu.
Do livro Instrumentos do Tempo. Psicografia de Francisco
Candido Xavier.
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