Emmanuel
Caridade que se
expresse tão-somente na cessão do supérfluo pode facilmente induzir-nos à
vaidade.
* * *
Não é difícil dar o que
retemos, no entanto, a virtude genuína pede a doação de nós mesmos, através
do que temos e do que somos.
Em razão disso, é
preciso não esquecer que a caridade também e acima de qualquer
circunstância, o sentimento que nos rege a atitude.
No templo doméstico, é
compreensão e gentileza.
Em família, é
cooperação desinteressada e fraterna.
Na profissão, é a
honestidade.
No trabalho, é o dever
bem cumprido.
Na dor, é fortaleza.
Na alegria, é
temperança.
Na saúde, é a presença
útil.
Na enfermidade, é a
paciência.
Na abastança, é o
serviço a todos.
Na pobreza, é
diligência.
Na direção, é a
responsabilidade.
Na obediência, é
humildade digna.
Entre amigos, é a
confiança.
Entre adversários, é
perdão das ofensas.
Entre os fortes, é o
socorro aos mais fracos.
Entre os bons, é o
auxílio aos menos bons.
Na cultura, é o amparo
à ignorância.
No poder, é a
autoridade sem abuso.
Em sociedade, é o apoio
fraterno que devemos uns aos outros.
Na vida privada, é a
conduta reta ante o próprio julgamento.
Não vale espalhar um
tesouro amoedado com as vítimas de penúria, alimentando o ódio e a
incompreensão, a revolta e o pessimismo nas almas.
* * *
Aceitemos a experiência
que o Senhor nos reserva cada dia, fazendo o melhor ao nosso alcance.
* * *
Seja a nossa tarefa um
cântico de paz e esperança, eficiência e alegria, onde estivermos.
* * *
E recebendo o divino
dom de pensar e entender, irradiando os mais belos ideais que nos enriquecem
a vida, em forma de serviço aos semelhantes, a caridade será, em nossos
corações, a luz constante clareando, desde as sombras da terra os mais
remotos horizontes de nosso luminoso porvir.
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