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domingo, 29 de julho de 2012

LEIS TRANSITÓRIAS

OBS:...Moisés havia estabelecido uma série de leis transitórias que
deveriam ter servido apenas para a sua época, legisladas com o objetivo de disciplinar
o povo embrutecido que ele havia libertado do Egito...
Jesus veio evoluir estas leis a luz do Amor.

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LEIS TRANSITÓRIAS:
“Eu sou a luz que vim ao mundo,
para que todo aquele que crê em mim
não permaneça nas trevas.”
(João, 12:46)
Os antigos escribas e fariseus eram inimigos figadais dos inovadores, por isso,
quando Jesus Cristo veio trazer a sua mensagem, com o objetivo de revolucionar o
mundo, ele encontrou pela frente o ódio e a resistência desses homens.
Na realidade eles não podiam aceitar a revelação cristã, uma vez que ela vinha
deitar por terra todo um sistema fundamentado sobre a mentira e a hipocrisia.
Os judeus contemporâneos de Jesus Cristo viviam subjugados por uma série de
tradições inócuas, que os mentores religiosos do povo impingiam como sendo de
origem divina; por isso o Mestre deparou com tremendo obscurantismo, no qual
algumas leis legisladas por Moisés quase vinte séculos antes ainda desfrutavam de
plena validade.
Na realidade, Moisés havia estabelecido uma série de leis transitórias que
deveriam ter servido apenas para a sua época, legisladas com o objetivo de disciplinar
o povo embrutecido que ele havia libertado do Egito. Obviamente, com a evolução do
povo, aquelas leis deveriam ter sofrido um aprimoramento, cedendo lugar a uma
legislação mais compatível com o progresso registrado. Isso, entretanto, não ocorreu,
porque quase todas as leis emanadas daquele grande legislador levavam o nome de
Deus, e os seus sucessores hesitavam em alterar normas que tinham por intróito o
célebre “Deus ordenou” ou “Deus não terá por inocente aquele que não a observar”.
Como decorrência, quando Jesus Cristo veio à Terra, ainda se apedrejavam
mulheres adúlteras, sacrificavam-se animais e observavam-se com verdadeiro zelo
religioso várias ordenações já obsoletas e aberrantes, que representavam verdadeiros
empecilhos à evolução dos homens, acobertados por um sistema impregnado de
superstições e de fanatismo.
A observância das leis mosaicas era tão estrita que até homens esclarecidos,
como Paulo de Tarso, se achavam a elas subjugados, tendo este último consentido na
morte de homens idealistas e inovadores, como foi o caso de Estevão, o jovem cristão
que foi apedrejado sob o olhar zeloso e fanatizado do futuro apóstolo dos gentios.
Todos os ensinamentos legados pelos grandes reformadores da Humanidade
foram ministrados segundo a linguagem da época, levando-se em consideração os
costumes e o ambiente no qual foram proferidos.
Tomemos um exemplo propiciado pelo próprio Jesus Cristo: quando se referia
aos planos inferiores que os homens denominam inferno, ele tomava como referência
a Geena, um lugar existente nas adjacências de Jerusalém, onde se cremavam
cadáveres de animais e todo o detrito proveniente da cidade. Era um lugar terrível,
onde “os vermes jamais deixavam de corroer e o fogo de arder”. Era, portanto, um
perfeito simbolismo para o ensinamento que desejava propiciar sobre os “lugares
onde há choros e ranger de dentes, onde o fogo jamais se extingue e os vermes jamais
deixam de corroer.”
Com o decorrer dos tempos os homens deveriam passar a compreender que
tendo Deus por Pai e sendo ele a expressão máxima do amor e da bondade, jamais
poderia condenar qualquer de seus filhos sem possibilidades de remissão. Isso não
ocorreu, entretanto. Os homens agravaram mais a situação criando um lendário
inferno eterno com todo um exército de demônios, sempre disposto a atormentar as
criaturas de Deus.
É óbvio que, para falar dos planos espirituais inferiores, o Mestre não precisava
apelar para a figura da Geena, que passou a ser sinônimo de Hades e de Inferno;
entretanto, se ele tivesse empregado outra linguagem, talvez não fosse compreendido.
A evolução humana não comporta leis inflexíveis. Somente as leis emanadas
de Deus são eternas e imutáveis.
Moisés recebeu no Monte Sinai um conjunto de leis morais que são eternas e
que foram sintetizadas por Jesus Cristo numa só: “Amar a Deus sobre todas as coisas
e ao próximo como a si mesmo”.
No entanto, as leis estabelecidas por Moisés, de sua própria concepção,
deveriam ter uma duração relativa, deveriam sofrer alterações com o decorrer do
tempo, o que não aconteceu, tendo elas contribuído poderosamente para que o
próprio Jesus Cristo, ao pretender destruí-las, fosse condenado a levar pesado
madeiro até o Calvário, onde foi crucificado.

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