Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!

domingo, 29 de julho de 2012

A TORRE DE SILOÉ- O Evangelho à luz do Espiritismo

OBS: Tema- Resgate. "Arrependimento..resgate através da reencarnação..."

A TORRE DE SILOÉ ( Extraído do Livro " Os Padrões Evangélicos-Paulo Alves de Godoy")
“E aqueles dezoito sobre os quais
caiu a Torre de Siloé e os matou, cuidais
que foram mais culpados do que todos
quantos homens habitam em
Jerusalém!”
(Lucas, 13:4)
Numa conversa com Jesus Cristo, alguns judeus discorreram sobre o fato de ter
Pilatos ordenado que o sangue de alguns adoradores de deuses fosse misturado com o
dos sacrifícios.
O Mestre, no entanto, disse-lhes: Cuidais vós que esses homens galileus foram
mais pecadores de que todos os galileus, pelo fato de terem padecido tais coisas? Ao
que logo acrescentou: Eu vos digo, antes, se vós não arrependerdes, todos de igual
modo perecereis.
E a fim de ilustrar mais as suas palavras, aditou ainda: E aqueles dezoito sobre
os quais caiu a Torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados de que
todos quantos homens habitam em Jerusalém?
Sempre que sucede qualquer coisa de mal para determinada pessoa, costuma-se
dizer que a mão de Deus estava sobre ela, pelo fato de ser criminosa ou perversa.
Diante de um cataclisma ou um acidente, todos passam a lamentar que junto com os
maus também perecem homens bons, moralizados e dotados de virtudes.
Uma passagem evangélica narrada por Mateus (26:25), contribuiu para a
formação dessa crença: vendo que o Mestre ia ser preso, o apóstolo Pedro puxou da
espada e feriu a orelha do servo do sumo sacerdote. Diante desse gesto de violência,
o Senhor retrucou: Mete no seu lugar a tua espada, porque todos os que lançarem
mão da espada, à espada morrerão.
Essa assertiva de Jesus, no entanto, não pode ser tomada em seu sentido
absoluto, pois são incontáveis os criminosos que passaram pelo mundo, que
empregaram os mais abomináveis métodos de tortura ou de morte contra os seus
semelhantes, e não pereceram do mesmo modo, pelo menos naquela encarnação
terrena.
A lei das vidas sucessivas é a única que equaciona o problema e à luz das
reencarnações passamos a compreender que, mesmo os grandes missionários, se
incorreram no caminho do crime, devem também saldar seus débitos para com a
justiça divina, haja vista o caso de João Batista, que, ao ser decapitado, resgatou o
crime que havia cometido muitos séculos antes, quando, habitando o corpo do profeta
Elias, ordenou a decapitação de várias centenas de sacerdotes do deus Baal.
Afirma o livro dos “Atos dos Apóstolos” (28:4) que Paulo de Tarso, escapando
do naufrágio de um navio que o levava a Roma, chegou a uma ilha chamada Melita,
onde foi mordido por uma serpente. Os nativos logo disseram: Certamente este
homem é homicida, visto como, escapando do mar, a justiça divina não o deixou
viver. Quando viram que nada sucedeu ao apóstolo, passaram a alimentar a crença de
que ele era um deus, tal o conceito que tinham sobre o castigo que Deus reserva aos
criminosos.
Diante da catástrofe ocorrida com a Torre de Siloé, que havia caído sobre
dezoito homens, os judeus passaram a proclamar que as vítimas eram pecadores ou
criminosos. Jesus Cristo, no entanto, esclareceu: “Cuidais que eles foram mais
culpados do que todos quantos homens habitam Jerusalém?”
Pilatos havia ordenado o massacre de alguns galileus que faziam sacrifício de
animais a seus deuses. Os judeus também passaram a crer que esses homens eram
pecadores relapsos, por isso mereceram tal gênero de morte. O Mestre teve que
prestar o mesmo esclarecimento: “Cuidais que eles eram mais pecadores que os
demais?”
Entre os homens que alimentavam essa crença, estavam muitos daqueles que,
alguns dias mais tarde, diante do Pretório, pediriam a condenação de Jesus Cristo e a
libertação de Barrabás. Com a montanha de iniqüidade dentro dos corações, e com o
ódio brutal que alimentavam, é óbvio que eles nada ficavam a dever aos que foram
atingidos pela matança ordenada por Pilatos, ou que ficaram sob os escombros da
torre de Siloé. Eram também pecadores do mesmo porte, e é notório que muitos deles
não desencarnaram de morte violenta naquela vida, pois, se a justiça Divina fosse
submeter à morte desse gênero todos os chamados pecadores, não restaria ninguém
para sucumbir de morte natural.
Aqui cumpre ressaltar que o simples fato de se habitar este planeta de expiação
e de dor é indício seguro de imperfeição moral e espiritual.
Um grupo de anciãos de Israel não chegou a matar a pedradas a mulher
adúltera, porque houve a intervenção de Jesus com a célebre sentença: “aquele que
estiver sem pecado atire primeira pedra”. De modo algum aqueles homens eram m:
inocentes do que a mulher que pretendiam lapidar. Diante das palavras sábias e
ponderadas do Mestre, eles sentiram a montanha de pecados que dormitava em seus
corações e deliberaram abandonar a idéia de massacrar a pobre criatura.
“Se vós não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis”.
Arrependimento, nesse caso, equivale a resgate através, de reencarnações depuradoras e
expiatórias. Para o reajustamento da alma não basta o arrependimento, toma-se
necessária a expiação. O arrependimento, por si só, não é suficiente para isentar
criatura das conseqüências oriundas dos transviamentos ou dos crimes! É imperioso
que o indivíduo se redima através dos embates de vidas múltiplas do Espírito na
carne, como conseqüência inevitável da lei de causas e efeitos.
Não poderemos jamais julgar que apenas os que desencarnam vítimas de
acidentes ou submetidos a mortes violentas, sejam pecadores em débito perante a
Justiça Divina. Todos quantos padecem enfermidades incuráveis, cegos de nascem
crianças que nascem deformadas, aleijados de toda a sorte, surdos-mudos, mutilados
ou portadores de outras enfermidades agudas, e mesmo a maior parte daqueles que
nada sofrem na Terra, que gozam saúde e abastança, têm contas a serem ajustadas no
quadro da lei divina, através das vidas múltiplas muitos homens bons que perecem de
modo violento, vítimas de acidentes ou de catástofres, não são também inocentes, e
simplesmente passam por uma fase de reajustamento perante a justiça do Alto

Nenhum comentário:

Postar um comentário