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domingo, 30 de dezembro de 2012

REFORMA ÍNTIMA, JÁ!


"Voltando, achou-os dormindo; e disse Jesus a Pedro: Simão dormes?
Não pudeste vigiar nem uma hora?" - (Marcos, 14:37)
Enquanto os três apóstolos dormiam o Horto de Getsêmani, teve seu epílogo o maior ato de traição da História da Humanidade.
No curto intervalo daquele profundo sono dos assessores mais imediatos de Jesus Cristo, consumava-se a mais incrível das prisões.
No decorrer daqueles ligeiros momentos de invigilância, aconteceu o mais dramático drama vivido pelo Grande Nazareno, que, em súplicas ardentes, havia rogado ao Pai que, se fosse possível, evitasse que o cálice de amargura fosse por ele tragado.
Jerônimo, o erudito doutor da Igreja, autor da "Vulgata Latina", recomendava aos chefes da Igreja: "Não durmam, para que não se façam semeaduras de heresias entre os fiéis".
De forma idêntica, Jesus Cristo, na parábola do Joio e do Trigo, nos ensinou que, enquanto o dono da seara dormia, uma vasta semeadura do joio foi feita na terra, onde estava plantado o trigo.
O sono comum, conhecido por nós, é necessário para o refazimento de nossas energias. Ele é indispensável para a vida humana, e, obviamente, os ensinamentos de Jesus não se referem a ele.

A recomendação do Mestre diz respeito a um sono diferente: o sono da indiferença, do descaso, do comodismo, da invigilância. Esse tipo de sono é responsável pelas deturpações que têm ocorrido no mundo, no tocante a muitos problemas, principalmente os que dizem respeito à necessidade impostergável da REFORMA ÍNTIMA. Um imperativo de todos os tempos, uma necessidade que deve ser encarada em regime de urgência, ou melhor urgência urgentíssima. Uma reforma que deve ser colimada já.

Jesus Cristo desceu à Terra para nos legar uma mensagem que tem como ponto alto o alerta quanto à necessidade de nossos aprimoramentos moral e espiritual.

Enveredando, resolutamente, na senda da REFORMA ÍNTIMA, estaremos nos aproximando de Deus. Sem essa prática ficaremos simplesmente estacionados no caminho da vida, pois conviveremos com os vícios degradantes, com o crime, com o erro contínuo, fatores principais do endurecimento dos corações humanos, da violência, da falta de receptividade aos ensinamentos que emanam dos Céus.

Para nos trazer essa mensagem de concitamento à reforma íntima, o Mestre suportou toda a sorte de sofrimentos: a incompreensão dos homens, a prisão, a flagelação, os acintes e os açoites e, por fim, a crucificação no madeiro infamante.

O Evangelho, infelizmente, ainda continua a ser o "grande desconhecido", e isso porque os homens têm cogitado muito mais das coisas de César, relegando, para plano secundário, as coisas de Deus.

Muitas pessoas demoram no caminho da vida sem cuidar de aprimorar-se no bem. Por influência do meio onde vivem, ou por qualquer outra razão, chafurdam-se nas aberrações dos vícios e nos devaneios do crime, e, mesmo em face dos escolhos, das advertências, dos apelos, dos bons exemplos, jamais retrocedem.
Levam para o túmulo toda uma gama de contravenções à Lei de Deus e isso, obviamente, demandará série prolongada de dolorosos reajustes nos Planos espirituais e nas vidas futuras.

Após ultrapassarem o fenômeno da morte do corpo, seus Espíritos ressurgem nos Planos espirituais sem a condição mínima para merecerem qualquer uma das compensações prometidas por Jesus Cristo no Sermão da Montanha.
Se levaram na Terra uma vida cheia de contradições, de ódio, de revoltas, de inércia, é óbvio que se defrontarão, na vida espiritual, com a terrível realidade de não terem amealhado os tesouros imperecíveis da alma, de não terem implantado em seus corações os puros ensinamentos cristãos.

Essas pessoas consideraram o amor ao próximo como mera utopia. Passaram por cima dos direitos alheios. Ensurdeceram seus ouvidos aos clamores do bom senso. Fecharam os olhos às demonstrações de fé. Ignoraram a recomendação de Jesus: "Sedes perfeitos como perfeito é o vosso Pai celestial".

Quando nos referimos aos que estão com suas mentes adormecidas por influência das viciações terrenas, não fazemos alusão apenas aos que usam qualquer tipo de entorpecente que possa afetar os seus sentidos. São viciosos, também, os subjugados pela avareza, pelo orgulho, pela vaidade, pela inveja, pela calúnia, pelo ciúme, pelo ódio e por todo e qualquer prejuízo que denota falta de caridade, e que, em muitos casos, avilta, degrada o ser humano, retardando ou oferecendo obstáculo à sua marcha ascensional para Deus.

A todos esses que assim dormem no caminho da evolução, deve-se fazê-los sentirem os ecos das palavras do Cristo dirigidas a Pedro; Simão, dormes?
Paulo A. Godoy

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