Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!

domingo, 30 de dezembro de 2012

QUAL DOS PODERES?


"E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei todo este poder e a glória, destes reinos
porque ela a mim me foi dado, e dou-a a quem eu quiser." - (Lucas, 4:6)
"E chegando-se Jesus falou-lhes, dizendo: É-me dada toda a autoridade
no Céu e na Terra." - (Mateus, 28:18)
No episódio simbólico, na tentação de Jesus, o espírito maligno oferece-lhe todo o poder e a glória deste mundo, em troca da Sua submissão, acrescentando ainda: "porque a mim foi dada toda a glória e dou-a a quem quero".

Por outro lado, o próprio Jesus, chegando à Galiléia (em Espírito), conclamou a multidão dos discípulos e disse-lhes: "E'-me dado todo o poder no Céu e na Terra".

Aparentemente há um conflito entre as duas citações evangélicas acima. Numa o Espírito do mal, personificado na figura lendária do diabo, proclama-se o detentor de todo o poder e glória deste mundo. Noutra o Cristo, após cumprir a sua redentora missão no mundo e ser crucificado, proclama em Espírito que toda a autoridade lhe foi outorgada, no Céu e na Terra.

O Mestre conquistou tudo aquilo que Lhe fora ofertado pelo Espírito das trevas, sem que lhe houvesse prestado qualquer tipo de subserviência. Ele, que desceu à Terra já investido desse poder, pelo fato de ser o Mentor maior do nosso mundo, e o Filho Ungido de Deus, confirmou a Sua posse após ter passado pelo mundo, nele implantando a Sua mensagem redentora, o que já o havia levado a dizer antes do martírio do Calvário: "Eu venci o príncipe deste mundo".

Realmente, desde os tempos mais primitivos, as forças das trevas vêm exercendo predomínio sobre muitos homens, pois estes preferem sempre o poder e a glória efêmera do mundo, as riquezas, o fausto e a opulência, relegando para segundo plano as conquistas das virtudes santificantes do Espírito, sintetizadas na implantação dos corações humanos, de tudo aquilo que Jesus no legou e que está contido nas páginas rutilantes dos Evangelhos.

O poder exercido pelas trevas é transitório, não persiste para sempre. A própria História da Humanidade nos tem demonstrado que os poderes e a glória conquistados pela força, pela violência, pela maldade, pela traição e pela prática das iniqüidades duram muito pouco. Para ilustração, mencionemos os grandes impérios que avassalaram nações e dominaram o mundo. Todos eles ruíram fragorosamente.

Os homens que a História registra como grandes heróis e conquistadores têm as suas memórias cultivadas nos monumentos de pedra, apenas pelos que sentem a mesma a volúpia de posse da vida terrena. Eles fundamentaram suas conquistas sobre dores, lágrimas e morte. O contrário sucede com os que aqui vieram, a fim de iluminar os horizontes sombrios do mundo, fazendo-o com os seus ensinos e exemplos edificantes.
A memória destes últimos permanece gravada no corações dos homens que se ufanam de propugnar pelas coisas do Espírito e pela implantação dos ensinamentos do Cristo em suas próprias almas. Estes procuram aplacar as dores, enxugar as lágrimas e ensinar o caminho da conquista da vida eterna.

Jamais se apagam dos corações humanos numerosas figuras exponenciais que amargara dores e aflições no desempenho de cruciantes apostolados no mundo, apregoando excelência do reinado do Espírito. Foram homens que experimentaram as perseguições e morte por causa das suas idéias reformadoras, por isso passaram a constituir verdadeiros elos entrelaçando o Céu e a Terra.
A glória e o poder de cunho terreno são efêmeros, e o homem pode desfrutar deles apenas durante uma vida no mundo, nada levando para a vida futura. Esse fastígio encerra-se no limiar do túmulo. Por outro lado, as conquistas processadas no campo do Espírito passam a ser parte intrínseca dos seres, e assim, levadas para a vida futura, por constituírem aquisições nobilitantes da alma ou um tesouro amealhado nos Céus.

Se Jesus quisesse aceitar a sugestão das entidades trevosas, por certo teria evitado o sacrifício do Calvário, faria um conluio com os poderes terrenos, continuaria a deleitar-se com o vinho alegre de Caná, porém, a Humanidade jamais seria premiada com o tesouro inesgotável dos Evangelhos, fonte perene de consolação, de lenitivo para todos os males; por isso, Jesus disse, sentenciosamente: "Retira-te satanás!".

Apenas para melhor elucidar estes episódios, cumpre-nos esclarecer que as figuras de diabo, satanás, Lúcifer, Belzebu ou príncipe dos demônios não representam entidades personificadas, mas são simplesmente nomes genéricos, identificando os espíritos do mal. Na antiguidade remota, acreditava-se na existência do deus do mal e do deus do bem. Hoje ninguém aceita essa concepção, pois somente existe um Deus, Criador de todas as coisas, arquiteto do Universo e da vida.
Paulo A. Godoy

Nenhum comentário:

Postar um comentário