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domingo, 30 de dezembro de 2012

DEUS


"Pai, santificado seja o Teu nome, venha o Teu reino". - (Lucas, 11:2)
Como definir Deus? Escasseiam-nos as palavras, vagueiam-nos as expressões, deixando-nos sem possibilidade de confïgurá-Lo em toda a Sua grandeza, em toda a Sua Majestade.

Debalde os homens procuram defini-Lo, enaltecendo Seus atributos, destacando ser Ele eterno, imutável, onipotente, onisciente, soberanamente justo e bom, completando com um interminável cortejo de qualificativos, no qual se salienta ser Ele o Criador de todas as coisas e o Arquiteto do universo e da vida.

Entretanto, a despeito de todos esses atributos, falecem-nos meios de expressar tudo aquilo que Ele realmente é, pois a pobreza da linguagem humana carece de terminologia para propiciar uma visão ampla a clara de tudo o que aureola o Seu santo nome.

Os nossos antepassados, confundindo Jeová com Deus, emprestavam-Lhe caracteres profundamente humanos, afirmando inclusive que Ele havia criado os homens à sua imagem e semelhança. Os antigos hebreus viam em Jeová - uma deidade tribal - o deus do universo e da vida, porém, aureolavam-no com propensões de natureza humana: uma entidade repleta de rancor, de parcialidade, de sentimentos de vingança, tendo mesmo chegado a promovê-Lo a "Senhor dos Exércitos", sempre pronto a fulminar com o furor de sua ira os inimigos do povo judeu, esquecendo-se de que eles também eram Seus filhos.

Em passado menos longínquo, no negro período da Idade Média, "Deus", além de ser o "Senhor dos Exércitos", transformou-se num tirano que se deleitava com o cheiro de carne assada
das vítimas da chamada "Santa Inquisição", que se comprazia con as lutas fratricidas e sanguinolentas das chamadas "santas" cruzadas, ou com o massacre indiscriminado, de supostos hereges, com maior destaque aquele ocorrido na noite de São Bartolomeu (24 de agosto de 1572), quando, na França, foram mortos cerca de 50.000 huguenotes (protestantes), dentre eles homens, mulheres e crianças.

Nos dias atuais, ainda prevalece a imagem de um "Deus" zeloso, parcial e vingativo, que continua a condenar Seus filhos às "penas eternas", a um clamoroso inferno, abominando Suas próprias criaturas, entregando-as ao domínio de um utópico Satanás chefe dos abismos infernais, como jamais o faria um pai terreno.

Debalde os materialistas apregoam que Deus não existe, pois a obra de Deus é manifesta em tudo o que existe no universo. Muitos homens dizem que Deus é a Natureza, esquecendo-se de que, na realidade, a Natureza é também uma obra de Deus.

A grandiosidade da obra de Deus se revela quando contemplamos o firmamento com os seus milhões e milhões de astros gravitando no espaço infinito, bem como a Sua criação dos reinos mineral, vegetal, animal e hominal.

Admiramos Deus quando nos revela o Seu incomensurável amor, fazendo descer à Terra o seu Filho amado, para nos trazer a imorredoura mensagem evangélica. O seu Ungido, a fim de poder consolidar, entre os homens, os Seus sublimes ensinamentos, deu a própria vida, no cimo do Calvário, abalando os corações humanos através dos séculos.

Afirmou Jesus Cristo que Deus faz o sol aquecer bons e maus,
e a chuva beneficiar justos e injustos, porque todos são Seus filhos amados, enredados num perene processo evolutivo.

Proclamou, também, o Mestre, que Deus simboliza o pai da Parábola do Filho Pródigo, sempre pronto a receber, de volta, a seu seio, o filho transviado, da mesma maneira como o bom pastor recebe com indescritível gozo as ovelhas perdidas que voltam ao aprisco.

Jesus Cristo nos revelou Deus como sendo o Pai generoso que veste os lírios dos campos e que sustenta os pássaros dos Céus, da mesma forma como provê as necessidades dos homens, que jamais devem duvidar da Sua justiça e do Seu amor paternal.

No célebre colóquio com a Mulher Samaritana, Jesus Cristo sustentou que o Pai quer ser adorado em espírito pelos verdadeiros adoradores, o que implica em dizer que as adorações exteriores, ou o culto externo, são pueris e inócuos, tendo pouco ou nenhum valor aos olhos do Criador.

Afirmou, ainda, o Mestre Nazareno que somente Deus é bom, o que significa dizer que mesmo o Mestre dos Mestres se considerava distanciado da Sua perfeição.

Alguns cristãos, do início da nossa era, não sabendo como definir Deus, nem conciliar com a verdade alguns ensinamentos de Jesus Cristo, outorgaram ao Criador um aspecto tríplice, sustentando ser Ele uma entidade trina, sendo simultaneamente Pai, Filho e Espírito Santo, mesclando, assim, o que é eterno, imutável, com o que é criado e sujeito à evolução.

Deus é o nosso Pai celestial, que cobre com os Seus amor incomensurável tudo aquilo que foi por Ele criado; e, em nosso modo de ver, não existem palavras que possam expressar toda a Sua grandeza e a extensão dos Seus poder e glória.
Paulo A. Godoy

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